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A Metade Sombria

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Relançamento recente da editora Suma

Fico imaginando o plot de “A Metade Sombria” nas mãos de um outro autor que não fosse Stephen King. Acredito que a obra teria uma chance enorme de entrar no rol das mais ridículas do século, e encabeçando a lista. Digo isto porque a essência do enredo é muito inverossímil, algo amalucado, completamente fora da realidade. Falar o que de uma história onde um escritor famoso, de repente, vê o seu alter ego se “despregar” de sua alma e sair por aí aprontando poucas e boas? Tudo isso sem nenhuma explicação plausível. Ah! Lembrando ainda que o tal alter ego é de carne e osso, ou seja, ele não é nenhum fantasma ou alma penada, pelo contrário, o espertinho é bem consistente.
Juro que estava com uma cisma danada de “A Metade Sombria”, pois já conhecia esse plot maluco e fiquei temeroso em comprar a obra. Estava quase chegando ao ponto de adquirir o livro somente pelo seu layout e também para complementar a coleção “Biblioteca Stephen King” lançada pela Suma e que já se encontra em seu 5º volume. Juro que não pretendia lê-lo. Ocorre, galera, que o homem que deu vida a esse plot esquisito se chama Stephen King. Pois é, levando-se em consideração o nome do autor, resolvi comprar e ler o livro; aliás, acabei de ler.
E quer saber? Simplesmente, quebrei a cara. O livro é maravilhoso. King mostrou porque é considerado um dos melhores escritores – se não, o melhor – do gênero terror em todo o mundo. Ele transformou um enredo maluco e inconcebível em algo próximo da realidade. Acredite, King chegou ao ponto de buscar informações científicas que comprovam ser possível partes de um irmão gêmeo já morto - olhos, unhas, dedos ou dentes - sobreviverem no organismo do outro gêmeo que conseguiu se manter vivo. Loucura, não? Mas o autor consegue envolver o leitor com tanta intensidade que ele acaba acreditando em seus argumentos. A partir daí a leitura passa a fluir de uma maneira maravilhosa e até conseguimos esquecer do plot que momentos antes achávamos inverossímil.
Mesmo tendo alguns trechos cansativos – acho que King poderia ter enxugado um
Lançamento original de 1991
pouco mais a história e deixado com bem menos páginas do que as 464. Achei alguns diálogos e interações de personagens desnecessários, mas nem esse detalhe consegue tirar os mérito da obra que são muitos.
Em a “Metade Sombria”, King conta a história de um conceituado escritor chamado Thad Beaumont que após sofrer um bloqueio literário, decide adotar um pseudônimo e escrever romances policiais violentos, fugindo completamente de seu estilo clássico. Surge, assim, George Stark que é completamente diferente da sua outra metade. Explicando melhor: Ao criar o seu alter ego, Thad decidiu torna-lo o mais próximo possível da realidade. Para isso, ele escreveu até mesmo uma falsa biografia para Stark – um ex-presidiário, arrogante, violento e que só escrevia os originais de seus livros com lápis preto já que não sabia datilografar. O segredo de que Thad e Stark são a mesma pessoa é conhecido apenas pela sua mulher de Thad e o seu editor.
A ideia deu certo e os livros de Stark tornaram-se verdadeiros best-sellers, mas acontece que Thad estava a cada dia incorporando os hábitos nada salutares de sua “cara” metade. Após algum tempo, Thad resolve escrever um livro com o seu nome verdadeiro e aproveita a oportunidade para se livrar do “escritor maldito”, revelando que ele e George Stark são a mesma pessoa. Pronto, a partir daí começam os problemas na vida de Thad.
“A Metade Sombria” tem um enredo muito tenso e essa tensão vai aumentando com o desenrolar da história. O final é apoteótico, daqueles que ficam guardados muito tempo em nossa memória.
É importante frisar que a obra foi lançada no Brasil, originalmente em 1991, pela editora Francisco Alves como parte da coleção "Mestres do Horror e da Fantasia. Desde então, encontrava-se esgotada em todo o País. Há poucas semanas, a Suma relançou a história numa versão luxuosa de encher os olhos.
Antes que me esqueça, depois que li o livro fiquei com muita cisma de pardais, ao ponto de me assustar com essas aves tão inofensivas. Inofensivas? Será?! Após o “The End” de “A Metade Sombria” vocês ficarão sabendo o motivo do meu receio.
Inté!


10 livros que falam sobre acidentes marítimos

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Depois que li e assisti “O Destino do Poseidon” fiquei com um receio tão grande de cruzeiros transatlânticos que passei a recusá-los todos, dos mais longos aos mais curtos. Lulu dá boas risadas na minha cara desse medo bobo, mas fazer o que, não dá. Se eu já tinha medo do mar antes, depois da obra literária de Paul Gallico e do filme com Gene Hackman e Ernest Borgnine que catapultou filas e mais filas nos cinemas de 1972, esse medo transformou-se em pânico.
Encaro avião e até mesmo aqueles busões mal acabados, mas navio ou qualquer outra coisa que se mantenha ‘sobre’ ou ‘sob’ o mar, simplesmente, dispenso.
Ontem, depois do jantar, Lulu perguntou se o meu pavor “das águas”, como ela costuma dizer, tinha melhorado, respondi que não. – Acho difícil isso acontecer. – Acrescentei. Não são sei o motivo da pergunta, nem o que ela quis dizer, mas acho que tinha um “meio planejamento” de alguma viagem transatlântica passando na cabeça de Lulu. Sei lá, a minha única certeza é que essa conversa me rendeu um insight. – Caraca! Acidentes marítimos! Isto dá um post e tanto – exclamei.
Fiquei com vergonha e receio de contar o meu insight para a Lulu porque no mínimo, viria mais tiração de sarro para o meu lado. Coisa do tipo: “PQP! Quer passar o seu medo para os outros, agora?!!” ou então “Tá bancando o corvo Jam! Só porque tem medo de encarar um cruzeiro, agora fica azarando a viagem dos outros?!” Pois é, conheço muito bem a minha cara metade. Por isso fiquei na minha, mas não vai adiantar grande coisa, já que ela lê todos os meus posts e por isso, certamente saberá de onde tirei a inspiração para escrever esse texto.
Ok, chega de enrolação e vamos ao que interessa, ou seja, “a postagem sobre “10 livros que falam sobre acidentes marítimos”.

01 – O Destino do Poseidon (Paul Gallico)
Não poderia deixar de abrir esse post com o livro responsável pela minha fobia de viagens de navio. Paul Gallico escreveu “O Destino do Poseidon” em 1969. Três anos depois, a sua história iria parar nos cinemas papando dois Oscars – melhores efeitos visuais e melhor canção.
A história idealizada por Gallico sobre uma catástrofe em alto mar consegue prender o leitor da primeira a última página. O S.S. Poseidon, um antigo e gigantesco transatlântico convertido em navio de cruzeiro, transportando mais de 500 passageiros numa viagem de réveillon, é atingido por uma gigantesca onda que acaba virando o navio de cabeça para baixo. 
No meio dessa tragédia temos dois grupos de sobreviventes: um composto por pessoas conformadas que preferem aguardar o salvamento no meio dos destroços e outro grupo formado por aventureiros que decidem encarar uma viagem cheia de perigos até o casco do navio que se encontra na superfície. O livro é sobre esses aventureiros. Suas vitórias, derrotas, tristezas, alegrias, desentendimentos, traições, provas de amizade e coragem, durante essa jornada suicida.
Editora: Edibolso
Ano: 1978
Páginas: 288
02 – Horas Decisivas – A História Real do Mais Ousado Resgate Marítimo (Michael J. Tougias e Casey Sherman)
O livro de Michael J. Tougias e Casey Sherman foi muito elogiado tanto pela crítica especializada quanto pelo público em geral. Falando o português claro e usando apenas um tiquinho – veja bem, só um tiquinho – de hipérbole, posso dizer que todo mundo adorou a história do livro e também do filme.
“Horas Decisivas” conta a saga, baseada em fatos reais, do maior salvamento da guarda costeira americana. A história se passa em 1952 quando uma grande tempestade racha o casco do navio SS Pendleton que possuía 84 tripulantes a bordo. Apesar de diversas embarcações serem enviadas para o resgate, é um grupo de 4 pessoas em um barco pequeno, com capacidade para 12 pessoas, que consegue resgatar os 32 tripulantes do SS Pendleton. Para isso, eles precisam enfrentar uma tempestade de neve, ondas de 20 metros, bancos de areia, e instrumentos de orientação inoperantes.
O filme da Disney “Horas Decisivas” (2016) com Chris Pine (o Capitão James T, Kirk da nova franquia ‘Star Trek’ de J.J. Abrams) foi baseado no livro de Tougias e Sherman lançado originalmente em 2009 nos Estados Unidos. Sete anos depois, aproveitando o lançamento do filme no Brasil, a editora Gente publicou o livro com a capa do filme.
Editora: Gente
Ano: 2016
Páginas: 256
03 – Titanic – A História Completa (Philippe Masson)
O naufrágio do Titanic continuará sendo lembrado ainda por muitas décadas. A prepotência de seus construtores era tamanha que eles chegaram a afirmar “Que nem Deus poderia afundar o Titanic” devido as técnicas avançadas de engenharia utilizadas em sua construção.  Está frase considerada herética por alguns e petulante por outros ficou muito famosa após a tragédia envolvendo a embarcação.
“Titanic – A História Completa” foi escrita pelo professor universitário e historiador francês Phillipe Masson e lançado pela editora Contexto em 2011. A obra aborda em detalhes o naufrágio do navio mais famoso do mundo, desde a sua construção, em 1909 até a trágica noite de 15 de abril de 1912.  Aliás, uma noite dramática para mais de 2.200 pessoas que deveriam desembarcar em Nova York em 17 de abril daquele mesmo ano, mas após o Titanic atingir um iceberg, acabaram tendo a sua viagem abreviada. Mais de 1.500 pessoas morreram.
O livro explora minuciosamente os fatos que ocorreram antes, durante e depois do acidente. “Detalhes cobre a construção do navio”, “as façanhas heroicas de tripulantes e passageiros”, “as possíveis causas que teriam levado o navio a se chocar contra um iceberg”. Tudo isso e muito mais é narrado em detalhes pelo autor.
Editora: Contexto
Ano: 2011
Páginas: 272
04 – Bateau Mouche – Uma Tragédia Brasileira (Ivan Sant’Anna)
Em “Bateau Mouche”, Ivan Sant’Anna – também autor de “Caixa Preta” que restitui a história de três acidentes aéreos que comoveram o País – apresenta um trabalho investigativo para reconstituir as causas do acidente que chocou todo o Brasil no réveillon de 1988. Naquela noite, 150 pessoas saíram da enseada de Botafogo, na Baía da Guanabara, para comemorar a chegada do ano a bordo do Bateau Mouche IV. No caminho, o barco naufragou, matando mais de 50 pessoas.
O naufrágio aconteceu entre a Ilha de Cotunduba e o Morro da Urca. De casco chato, mais adequado a águas tranquilas, o barco não aguentou o excesso de peso.
Ao longo das 168 páginas o leitor vai ficando indignado com as sucessivas falhas que levaram ao acidente: a aprovação, pela Capitania dos Portos, da transformação do pesqueiro construído nos anos 1970 para levar 20 pessoas num barco de turismo para 153; a falta de vistoria, por parte da própria Capitania e dos tripulantes, na noite do réveillon, de todas as instalações (havia furos no casco, um problema na descarga dos banheiros do subsolo e escotilhas abertas, o que permitiu a passagem de água); a má localização dos coletes salva-vidas, deixados inacessíveis aos passageiros porque haviam ocorrido roubos em viagens anteriores; a decisão equivocada do capitão, que, no afã de seguir até Copacabana, para o espetáculo de fogos que se iniciaria, aventurou-se em mar aberto a despeito das condições adversas do tempo.
Sem dúvida nenhuma, um excelente trabalho investigativo do autor que foi muito elogiado na época de seu lançamento em 2015.
Editora: Objetiva
Ano: 2015
Páginas: 168
05 – No Coração do Mar (Nathaniel Philbrick)
“No Coração do Mar” do historiador Nathaniel Philbrick é um livro estritamente jornalístico, à exemplo de “A Tormenta: A História Real de Uma Luta de Homens Contra o Mar”, mas nem por isso cansativo ou chato. Pelo contrário, os dois livros tem uma escrita fluida que prende atenção dos leitores de uma tal maneira que torna-se impossível largá-los (se você quiser saber mais clique aqui e aqui).
Tendo como base para a sua narrativa, os depoimentos de sobreviventes, Philbrick narra uma das mais angustiantes tragédias marítimas do século XIX: o naufrágio do baleeiro americano Essex e a luta pela sobrevivência de seus 21 tripulantes. No final, os poucos marinheiros que escaparam foram obrigados a conviver - pelo resto de suas vidas - perturbados psicologicamente por lembranças aterradoras como por exemplo terem sido obrigados a praticar o canibalismo para não morrerem. Eles se alimentaram dos corpos dos seus próprios amigos.
Nunca se imaginava que uma baleia pudesse atacar um navio. Em 1820, porém, o baleeiro Essex foi abalroado por um cachalote enfurecido e afundou rapidamente. Os marujos reuniram o que puderam em três botes e, durante três meses, navegaram milhares de milhas pelo Pacífico, em busca de salvação. Os rigores da natureza, a fome e a sede lhes impuseram sofrimentos atrozes e os levaram aos extremos da loucura, da morte e do canibalismo.
O acidente com o baleeiro Essex inspirou a criação do clássico literário “Moby Dick” escrito um ano após a tragédia pelo romancista Herman Melville. Por sua vez, o livro de Philbrick inspirou o filme homônimo de 2015 com Chris Hemsworth, que se despiu do uniforme de Thor para viver o marinheiro Owen Chase, um dos sobreviventes da fatídica aventura.
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2000
Páginas: 371
06 – Costa Concórdia – Crônica de um Naufrágio (J. Quercus)
Pois é, para quem não lembra, o Costa Concordia era um navio de turismo que em 2012 levava mais de 4.200 pessoas. Depois de umas “gracinhas” do capitão Schettino, que passou da conta na bebida no jantar, o navio abalroou rochas na costa a Ilha de Giglio, no litoral italiano, e naufragou. O capitão, ao contrário do que manda o livro, foi um dos primeiros a abandonar o navio, no melhor estilo “cada um por si e Deus por todos”. 32 pessoas morreram. Entoce, que coisa heimm... o sujeito parece que amassou e ainda pisou em cima daquela regrinha básica no meio naval que diz que o comandante de um navio deve ser sempre o último a abandonar a embarcação.
O jornal espanhol El Mundo recordou após o naufrágio que enquanto Schettino estava a são e salvo, em terra firme, muitas das 4229 pessoas a bordo do Concordia (3216 passageiros e 1013 tripulantes) continuavam tentar fugir do barco que se ia inclinando cada vez mais.
Em fevereiro de 2015, três anos depois do desastre, Schettino foi, nos tribunais de primeira instância, condenado a 16 anos e um mês de prisão pelos 32 homicídios, abandono do navio e estragos ambientais.
O livro de J. Quercus narra a viagem e o naufragio do Concordia sob o ponto de vista dos passageiros. Em estilo leve, mas instigante, o autor leva o leitor para dentro do navio, serve-lhe de guia nas visitas às cidades portuárias, acompanhando-os no cruzeiro, até o momento em que o casco da embarcação é rasgado por algumas rochas, permitindo que as águas inundassem as suas entranhas, transformando o Costa Concordia em mais uma triste história envolvendo acidentes marítimos.
Editora: Schoba
Ano: 2012
Páginas: 160
07 – Moby Dick (Herman Melville)
O livro de Herman Melville publicado originalmente em 1851 traz descrições detalhadas sobre como costumava ser a rotina de um baleeiro. Repleto de referências náuticas, ensina medidas, processos e termos que guiavam a vida dos homens em alto mar. É importante lembrar que Melville também trabalhou como marinheiro em navios mercantes e baleeiros, o que o tornou um profundo conhecedor do cotidiano e da mentalidade de quem depende do mar para viver.
Como já citei nesse post, o romance foi inspirado no naufrágio do navio Essex, comandado pelo capitão George Pollard, que perseguiu teimosamente uma baleia e ao tentar destruí-la, afundou. Outra fonte de inspiração foi o cachalote albino Mocha Dick, supostamente morta na década de 1830 ao largo da ilha chilena de Mocha, que se defendia dos navios que a perturbavam com premeditada ferocidade.
“Moby Dick” narra a história do marinheiro Ismael que na cidade de New Bedford, em Massachusetts, conhece o arpoador Queequeg e, juntos, partem para a ilha de Nantucket em busca de trabalho no mercado de caça às baleias. Lá, eles embarcaram no baleeiro Pequod para uma viagem de três anos aos mares do sul. Entre eles estão tripulantes de diversas nacionalidades, arpoadores, além de Ahab, o sombrio capitão que ostenta uma enorme cicatriz do rosto ao pescoço e uma perna artificial, feita do osso de cachalote. Obcecado por encontrar a fera responsável por seus ferimentos e que nenhum arpoador jamais conseguiu abater - a temível "Moby Dick" -, o capitão Ahab conduz o baleeiro e toda a sua tripulação por uma rota de perigos e incertezas.
Editora: Cosac & Naify
Ano: 2008
Páginas: 656
08 – O Naufrágio do Golden Mary (Charles Dickens e Wilkie Collins)
Este livro escrito a quatro mãos por Charles Dickens e Wilkie Collins conta a história fictícia do Goldem Mary, um grande e belo navio a vela que no século XIX parte da Inglaterra para a América, levando a bordo, além da tripulação, emigrantes e aventureiros em busca de ouro na Califórnia. A embarcação, porém, não atinge o seu destino porque afunda, logo após bater num iceberg.
Depois do acidente, os passageiros, imediatamente, são recolhidos em uma lancha e um bote comandados pelo capitão e seu oficial que tem que administrar três barris de água, três sacos de bolachas, algumas porções de carne crua para 45 pessoas. Tanto o capitão quanto o seu imediato fazem de tudo para manter os sobreviventes vivos.
“O Naufrágio de Golden Mary” conta o drama dessas pessoas e a sua luta pela sobrevivência, enfrentando uma série de percalços durante a viagem.
Editora: FTD
Ano: 1998
Páginas: 138
09 – As Aventuras de Pi (Yann Martel)
“As Aventuras de Pi” do escritor canadense Yann Martel é considerado por alguns críticos como um dos romances mais importantes do século. Publicado pela primeira vez em 2001 o romance foi rejeitado por pelo menos cinco editoras de Londres, antes de ser aceito pela Knopf Canadá que o publicou em setembro de 2001. A edição britânica ganhou o Prêmio Man Booker - um dos mais importantes do Reino Unido - no ano seguinte.
“As Aventuras de Pi” rendeu uma polêmica danada quando Martel foi acusado de ter plagiado um conto do livro “Max e os Felinos” do escritor gaúcho Moacyr Scliar. Depois do estardalhaço dessa notícia, Martel veio a público confessar que, de fato, tinha se baseado na mesma premissa do livro brasileiro e inseriu uma nota de agradecimento no prefácio de sua obra.
No livro, todo ele escrito em primeira pessoa pelo personagem chamado Pi, uma família indiana vegetariana e dona de um jardim zoológico está com graves problemas econômicos e decide mudar-se para o Canadá em um barco. Após o naufrágio do barco, o rapaz sobrevive e encontra-se perdido no oceano, dividindo um bote com um tigre, uma hiena, um orangotango e uma zebra. A história é narrada pelo rapaz, já adulto, relatando sua aventura para um autor, que o entrevista, encantado com sua história. 
“As Aventuras de Pi” também  rendeu um filme de grande sucesso dirigido por Ang Lee em 2012.
Editora: Nova Fronteira
Ano: 2012
Páginas: 424
10 – A Tormenta – A História Real de Uma Luta de Homens Contra oMar” (Sebastian Junger)
A Tormenta”, como o próprio subtítulo aponta, é a história de vários homens e mulheres que em outubro de 1991 enfrentaram uma tempestade criada por uma combinação de fatores que os meteorologistas a consideraram de “tempestade perfeita” ou a “tempestade do século”. A tormenta atingiu várias cidades de Massachusetts, mas a pior parte ficou reservada para os pescadores de espadarte do porto de Gloucester, principalmente aqueles que no momento do fenômeno se encontravam com os seus barcos em alto mar, entre os quais os tripulantes do Andrea Gail que praticamente estavam no olho da tempestade. É a história desses heróis e heroínas que Sebastian Junger oferece – num cardápio de primeira – para os seus leitores.
Neste contexto, o drama dos pescadores acaba se fundindo com a história dos paraquedistas de resgate, conhecidos por PRs, que muitas vezes são obrigados a driblar o terror de enfrentar ondas da altura de um edifício de 10 andares para poderem salvar vidas que estão por um fio no mar bravio.
Junger inicia “A Tormenta: A História Real de Uma Luta de Homens Contra o Mar” nos apresentando a tripulação do Andrea Gail. Mais do que mostrar algumas características desses pescadores, o autor brinda os seus leitores com a rotina do dia a dia desses homens que entraram para a história de Gloucester ao enfrentar a tempestade do século.
O filme “Mar em Fúria”, de 2000, com George Clooney, Mark Wahlberg e Diane Lane foi baseado no livro de Junger.
Editora: Ediouro
Ano: 1997
Páginas: 254
E aí? Beleza? Por hoje é só galera.
Valeu! 

Márcio ABC lança seu sexto livro: “Delação”

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Márcio ABC - um jornalista e escritor que já conheço há um bom “par de anos”, pois estudamos juntos e também defendemos a nossa tese de graduação juntos - estará lançando no dia 16 de maio, em Bauru, o seu sexto livro: "Delação". Se eu tivesse uma lista, daquelas que eu pudesse rotular com a frase "Esse é o cara", Márcio ABC seria um deles. O camarada escreve muito.
Todos aqueles que acompanham a fanpage do "Livros e Opinião" sabem que eu, mais do que ninguém, perco o controle da alegria quando surge um escritor talentoso em nosso País.
Foi assim, por exemplo, com o César Bravo, quando o cara conseguiu lançar um livraço de terror (Ultra Carnem) pela Darkside, uma das editoras brasileiras mais respeitadas do momento. Foi assim com Flávio St James e Wemerson Damásio que publicaram, depois de muita luta, "As Crônicas de Miramar" - Uhauuu! Que livro!. Foi assim com Lennon Lima que me estonteou (no bom sentido) com "Angustia na Cidade do Caos". Foi assim... foi assim... e foi assim com tantos outros talentos. E há pouco tempo, voltou a ser assim com Márcio ABC. O cara é muito bom; bom, de fato. Seguindo o mesmo caminho do Bravo - um dos nomes mais respeitados do terror nacional, pelo menos para mim - mas optando por um gênero diferente, Márcio ABC "a cada dia" vem surpreendendo. Os seus enredos são fantásticos e exploram o cotidiano, hábitos, crenças e manias do povo brasileiro de várias regiões do nosso imenso Brasilzão. Pode ser metrópole, agreste ou sertão, qualquer cenário serve para render uma boa história, como também qualquer personagem – seja ele executivo, colono, mocinho ou bandido.
“Delação”, seu sexto romance, expõe uma das feridas humanas que mais latejam sem
Márcio Antonio Blanco Cava (Marcio ABC)
que possa ser efetivamente curada, pois está aberta em um núcleo muitas vezes impenetrável: a própria família. A narrativa é inspirada numa história real descoberta por acaso pelo autor num momento de intimidade com uma de suas protagonistas verdadeiras. Como ele mesmo diz: “Uma história que eu decidi, por muito tempo, apagar da minha mente”. Ao deixar transparecer essas poucas palavras, ABC para, reflete e com o olhar distante como se estivesse em dúvida se revela algo ou não, decide completar a frase anterior: “De fato, os acontecimentos que me foram narrados em cima da cama permaneceram adormecidos, mas, como se sabe, tudo que é falado vale para sempre. Não tem volta, não se pode simplesmente apagar”.
Ele complementa afirmando que três décadas depois, resolveu revisitar essa história dolorosa, situada em meio aos reflexos da escandalosa política nacional.
Entonce, é dessa forma que nasceu “Delação” que ABC lança pela editora Kazuá. A narração é conduzida por um jovem cineasta que refaz os passos da época em que foi asfixiado pelo obscuro cotidiano familiar, quando o abuso que vitimava os três irmãos vinha de onde não se podia imaginar. Já adulto, o narrador busca exorcizar os fantasmas que tanto assombraram a infância.
O autor nasceu em Cafelândia, interior de São Paulo, e estreou na literatura com "Parabala", em 2002. Na sequência, publicou "Desrumo" (2010), "Pater" (2012), "Na Pele dos Meninos" (2014) e "Estado Bruto" (2018).
“Delação” foi lançado em São Paulo no dia 11 de maio e agora, será a vez de Bauru acolher o lançamento da obra no dia 16 do corrente mês, as 20h00 no Templo Bar Ambiente.
Uma pena que não poderei ir, mas é evidente que não deixarei de ler a obra, como fiz com as anteriores.
Inté!

Dois livros e um causo

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Na semana passada ao comprar um livro sobre o naufrágio do Titanic lembrei de um ‘causo’ que aconteceu comigo no final dos anos 90. Naquela época, para ser mais exato em 1998, o filme Titanic com o Leonardo DiCaprio e a Kate Winslet havia se transformado numa verdadeira epidemia. Quando as lojas anunciaram a chegada da produção cinematográfica em VHS duplo com um encarte trazendo fotos e informações adicionais, um colega meu, o Renato, fez questão de comprar o box, mesmo sabendo que o sistema VHS já estando perto de decretar a sua morte com a chegada do DVD.
O Renatinho tinha acabado de instalar na sala da casa de seus pais um sistema de som com caixas amplificadas e de última geração para aquela época. Combinamos de assistir ao filme logo após a saída do nosso trabalho.
Até aí tudo bem, se não fosse... a dona Mirtes – que Deus a tenha – vizinha da mãe do Renatinho e que não saia de sua casa. Ela tinha toda aquela pompa de recato, austeridade, seriedade, etc. A mulher parecia uma freira – o que lhe valeu, inclusive, esse mesmo apelido - e todos evitavam falar frases picantes, fazer brincadeiras, enfim, qualquer coisa que ferisse a imaculada dona Mirtes. Palavrão, então... vote, vote, vote, vote mil vezes.
Ocorre que a nossa turma era uma fedelhada danada e apesar de muitos já serem tios e até mesmo casados, tínhamos muita liberdade uns com os outros, então, já viu né? Algumas vezes nossas bocas soltavam frases, digamos que... polêmicas para alguns ouvidos (rs). Para evitar uma tragédia, o Renato passou a semana inteira que antecedeu a sessão cinematográfica caseira, rezando a cartilha para todos nós. – Gente, se a ‘Freira” estiver por lá, vamos maneirar com as brincadeiras e quanto aos palavrões nem pensar – recomendou ele.
Resumindo; quando chegamos, a “Freira” estava lá. Pior, resolveu assistir ao filme conosco! Culpa da mãe do Renato que a convidou. Todos nós, sentados nos sofás controlando as nossas ações e línguas afiadas, parecíamos santos, a espera de sermos interrogados pela impoluta mulher em sua cadeira de balanço. Então, de repente, no meio do filme, o telefone toca e a dona Mirtes vai atender. Agora, imagine o sistema de som surround do Renatinho, no último, na cena do casco do navio se partindo ao meio e ainda como brinde, aquela música tenebrosa de fundo. Entonce... enquanto o casco do navio quebrava, enquanto as paredes da casa do Renatinho tremiam e enquanto o sistema surround cuspia uma barulheira para todos os lados, a “Freira” gritou: “Quer abaixar a ‘porra’ dessa porcaria!!!!”
Cara, depois disso a minha mente registrou todos os detalhes que eu trago guardados até hoje, e cada vez que me lembro caio na gargalhada. O Glauco, meu ex-editor, também o mais besteirento de todos nós e que já conhecia a fama de austera da dona Mirtes, olhou para a galera com os olhos arregalados e a expressão de pânico estampada no rosto e grunhiu com a boca cheia de pipocas: “Ela falou porra?! Ela falou porra?!” E repetiu essa pergunta mais duas ou três vezes com a expressão totalmente atarantada. Ele estava com um ar enlouquecido; ensandecido, de fato, pela surpresa do choque. Renatinho, por sua vez, se engasgou com a pipoca e começou a tossir loucamente. Giselda, nossa secretaria, só conseguia pronunciar: “Hã? Hã? Hã? Hã?”. Estas foram as três reações que me lembro até hoje.
O choque foi tanto, mas tanto, que ficamos desorientados e esquecemos de abaixar o som, o que levou a “Freira” a disparar um novo torpedo: “PMerd... abaixa isso aí que eu estou no telefone!”. Quando ela descarregou o “PMerd...”, o Francisco, um dos nossos repórteres, saiu rindo com a mão na barriga, igual um louco, pisando nos pés de todo mundo, derrubando o que estava na mesa e foi diminuir o volume do sistema de som.
Nem preciso dizer que a dona Mirtes ficou ‘sem graça’ e evitou se encontrar conosco outras vezes.
Toda vez que vejo ou leio algo relacionado ao Titanic lembro dessa cena hilária e principalmente da expressão mais hilária ainda do meu ex-editor, grunhindo repetidamente: “Ela falou porra?! “Ela falou porra?!”. Quanto a risada homérica do Francisco, juro que eu quero esquecer, porque ela ainda me ‘assombra’ e volta e meia estou lutando para não ter um acesso e riso durante uma entrevista ou quando estou no ‘ar’.
Pois é, lembrei-me de tudo isso nesse início de semana quando comprei o livro “Titanic – A História Completa” de Philippe Masson. As excelentes referencias da obra na web me levou a fazer a compra. Quero saber os fatos que aconteceram antes, durante e depois do acidente, e tudo indica que o livro de Masson promete desvendá-los respeitando os princípios do jornalismo sério, deixando as especulações e historietas sem fundamento de lado. Vamos ver se é isso, mesmo. Quando terminar prometo resenha-lo, mas acho que ainda vai demorar um pouquinho por causa da minha lista de leituras um pouco comprida.
Aproveitando o embalo, também comprei “Horas Decisivas – A História Real do Mais Ousado Resgate Marítimo” do historiadores Michael J. Tougias e Casey Sherman. O livro lançado originalmente em 2009 chegou ao Brasil somente sete anos depois aproveitando a estreia do filme homônimo com Chris Pine.
“Horas Decisivas” narra um dos resgates marítimos mais audaciosos da história da guarda costeira americana. No dia 18 de fevereiro de 1952 um grupo de homens do mar, corajosos e destemidos, se reuniram para tentar salvar os tripulantes de dois navios petroleiros - Pendleton e Fort Mercer - afetados por uma forte tempestade e que tiveram seus cascos partidos ao meio.
Taí galera; causo contado e livros adquiridos.
Inté!

Darkside relança “Pequenas Realidades”, primeiro livro escrito por Tabitha, mulher de Stephen King

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Tabitha e Stephen King

Quando a palavra King é citada em rodas de conversas de leitores, com certeza, o assunto está relacionado ao mestre do terror Stephen King. Cara, é batata! O famoso escritor está na boca de 10 em cada 10 leitores de histórias de terror. O nome de King se tornou tão lendário que chegamos ao ponto de esquecer ou pelo menos, camuflar um outro nome tão lendário quanto o dele e que pouco ou quase nada aparece quando um livro da fera é lançado. Estou me referindo a Tabitha Jane-Frances Spruce ou simplesmente Tabitha King, esposa do escritor.
Sabiam que se não fosse o bom senso dessa mulher, talvez hoje King não existiria como escritor? Foi Tabitha que salvou do lixo o original de “Carrie – A Estranha”. 
Verdade galera! King, naquela época ainda lutando para publicar o seu primeiro livro, achou a história de Carrie horrível e simplesmente, amassou o manuscrito e jogou no lixo. Sua esposa, muito perspicaz, foi até a famosa lata de lixo, recuperou as folhas tão raivosamente amassadas e deu uma dura no maridão. Acho que ela disse: “Seu otário, por que você amassou isso aqui?” – King deve ter balbuciado alguma coisa, quando Tabitha o interrompeu e tascou: “A história é ótima, trate de termina-la logo porque será um sucesso e irá nos tirar dessa merd... que nos encontramos!!”. 
Livro capa dura da Darkside
Pois é, não sei se ela usou essas mesmas palavras, o que sei é que o manuscrito foi salvo, King concluiu a história e a mesma foi um tremendo sucesso, tornando o seu nome conhecido em todo o mundo. A partir daí, as portas se abriram, novos livros vieram e Stephen ficou multimilionário com os seus enredos. E tudo isso graças a quem? Tabitha, é claro.

Outro detalhe que poucos conhecem é que essa mulher especial é a mentora de King há décadas. Ela é a primeira que lê os originais de suas histórias e a única que tem livre arbítrio para sugerir mudanças no enredo. King não dá atenção nem mesmo para os seus editores, mas se Tabitha propõe uma alteração, com certeza, King obedecerá.
Esta mulher tão importante no chamado “Universo Kingniano”, mas ao mesmo tempo tão discreta e distante dos holofotes, estará brindando os leitores brasileiros com um livro, mas dessa vez, escrito por ela. Explico melhor: A editora Darkside relançará no dia no dia 29 de maio “Pequenas Realidades”, livro de estreia de Tabitha escrito em 1981 e publicado no Brasil somente quatro anos depois com o título de “Miniaturas do Terror”. A obra fez parte da antológica coleção da editora Francisco Alves, chamada “Mestres do Horror e da Fantasia”. Mas a “Dama do Terror” - como está sendo chamada pela Darkside - já escreveu outros oito romances, seis contos, cinco poesias, um roteiro de TV e dois livros de não ficção. Todos eles lançados apenas na terra do Tio Sam. O único trabalho de sua autoria publicado no Brasil foi “Miniaturas do Terror” e que agora, a Darkside relança como “Pequenas Realidades” o que faz dessa obra algo muito raro.
Livro de 1985 lançado pela Francisco Alves
“Miniaturas do Terror” está entrando no rol dos livros em extinção. Até ontem restavam apenas quatro exemplares no portal da Estante Virtual à preços bem consideráveis que variam de R$ 50,00 a R$ 90,00.
“Pequenas Realidades” deverá desembarcar nas livrarias em 29 de maio com toda pompa e requinte em seu layout que já se tornaram marcas registradas dos lançamentos da Darkside. Os exemplares sairão em capa dura, com vários extras e marcador de página magnético.
Neste livro, conhecemos a socialite Dorothy Hardesty Douglas, filha de um antigo presidente norte-americano, que vive na redoma de seu legado de sucesso. Entusiasta de miniaturas, ela possui uma réplica da Casa Branca, perfeita em seus mínimos detalhes. Ao conhecer um homem chamado Roger Tinker, que trabalhou para o governo em um projeto secreto, ela descobre uma maneira fantástica — e um tanto perturbadora — de decorar sua casinha.
Em uma trama que envolve relações familiares problemáticas e o mundo estranho e obsessivo das miniaturas, Tabitha King conduz o leitor por uma história grotesca e disfuncional, mostrando os contornos mais sombrios que podem habitar a mente de todos nós. Por isso, não sabemos para onde os personagens vão nos levar com seus atos extremos, fazendo com que os leitores tenham uma sensação fascinante e aterrorizante ao mesmo tempo.
Portanto, agora é só aguardar com muita expectativa a chegada de 29 de maio para termos em mãos essa preciosidade e simplesmente, devorá-la.
Ah! O livro já está em pré-venda na Amazon.

“A Guerra do Lobo”, 11º livro das Crônicas Saxônicas, já entrou em pré-venda

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Não adianta galera, elas são superpoderosas e tratam todos nós, humildes leitores, como simples mortais, afinal de contas, as grandes editoras, pelo menos a maioria, se consideram puros sangues. Por que estou dizendo isso? Cara, não sei quantas vezes tentei me comunicar com a Record, interessado em saber se havia uma data prevista para o lançamento no Brasil do 11º livro da saga Crônicas Saxônicas, chamado “A Guerra do Lobo”, escrito por Bernard Cornwell. Só recebi geladeira. Pensei que talvez o problema poderia ser comigo, então propus que outros amigos blogueiros também questionassem a editora. E adivinhem? Nada da tão aguardada resposta. Geladeira, novamente.
Entonce, sem mais nem menos e sem nenhum estardalhaço, a Amazon coloca em pré-venda o tão aguardado livro. Sabem como fiquei sabendo dessa novidade? Através de um internauta que viu uma postagem que escrevi sobre o assunto (essa aqui) e gentilmente comentou no blog. Ao ver o comentário do Glaidson – cara, acredite, sou muito grato a você – tomei conhecimento de que “A Guerra do Lobo” tinha entrado em pré-venda nesta quarta-feira (15).
Após ter dado várias zapeadas em algumas livrarias virtuais, antes de escrever esse post, descobri que apenas a Amazon lançou a pré-venda do livro de Cornwell. A previsão para o seu lançamento é 26 de agosto e adivinhem se eu não reservei o meu? Claro que sim, né.
“A Guerra do Lobo” terá 378 páginas e o seu valor de pré-venda é de R$ 49,90.
Confiram a sinopse oficial da história que a Record distribuiu para as livrarias, quero dizer, para a Amazon: Na luta pelo poder, dois inimigos mortais vão se encontrar frente à frente no aguardado novo volume de Crônicas Saxônicas. Lorde Uhtred de Bebbanburg sabe que a paz ainda é um sonho distante. Embora tenha vencido a batalha pelo seu lar ancestral, rebeliões ameaçam a Mércia e os noruegueses espreitam em busca de oportunidades de invadir as terras. Com o reino num turbilhão, Uhtred fica frente à frente com o rei Sköll, um sanguinário líder norueguês que comanda um exército de úlfhéðnar, os guerreiros do lobo, determinado a dominar o reino ― e matar todos em seu caminho. Cercado e em inferioridade numérica por esses novos inimigos, Uhtred tem que contar com sua habilidade e sua coragem para sobreviver e evitar que sua querida Nortúmbria caia nas mãos das hordas invasoras”.
Caramba! Como torci pelo retorno do lendário guerreiro Uhtred e toda a sua rempa. Qual será o destino de Finnan, o principal guerreiro de Uhtred e acima de tudo o seu melhor amigo? Será que Cornwell vai selar esse destino em “A Guerra do Lobo” ou ainda teremos mais Finnan, “O Ágil” nos próximos livros? E quanto a Athelstan, o protegido de Uhtred? Qual será o seu próximo passo para se tornar um jovem rei com a ajuda do guerreiro pagão? Cara, são tantas perguntas. Espero que “A Guerra do Lobo” responda a maioria delas.
Bem galera, é isso aí. Agora só resta aos fãs de Uhtred reservarem, correndo, o seu livro.
Espero que tenham gostado da novidade.
Inté!

10 livros sobre viagens no tempo que não podem faltar em sua estante

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Sempre fui fissurado em enredos sobre viagens no tempo. Confesso que não dá pra resistir aos enredos sobre grupos de aventureiros corajosos que embarcam numa máquina do tempo para explorar épocas aquém ou além daquelas na qual estão acostumados viver. Conhecer novos ou antigos povos, encarar hábitos desconhecidos e assim por diante. Cara, simplesmente, adoro essas histórias!
Por isso hoje, comecei o domingo inspirado para escrever um post sobre o assunto. Estarei indicando 10 livros que envolvem viagens no tempo e que com certeza também fizeram muitos leitores viajarem no mundo da fantasia. Vamos a eles.

01 – A Máquina do Tempo (H.G. Wells)
Não poderia deixar de iniciar um post desse tipo citando o livro de H.G. Wells escrito em 1895 e considerado o pioneiro do gênero. Wells foi o primeiro grande desbravador do tema na literatura, somente depois dele e diga-se, bem depois, surgiram outros autores para abordar o assunto. Sem contar que grande parte deles se inspiraram em “A Máquina do Tempo” para escrever as suas histórias.
O livro de Wells ganhou “infinitas” reedições ao longo dos anos; a mais recente, lançada em junho de 2018 pela editora Suma.
A ideia que saiu da mente do autor é fascinante. Um certo personagem, sem um nome específico, conhecido apenas como "O Viajante do Tempo", desenvolve, com base em conceitos matemáticos, uma máquina capaz de se mover pela Quarta Dimensão, neste caso considerada como a dimensão do tempo. Com ela, viaja até ao ano de 802.701 d.C. Nesse futuro distante, ele descobre que o sofrimento da humanidade foi transformado em beleza, felicidade e paz. A Terra é habitada pelos dóceis Eloi, uma espécie que descende dos seres humanos e formou uma antiga e enorme civilização. Mas os Eloi parecem ter medo do escuro, e têm todos os motivos para isso: em túneis subterrâneos vivem os Morlocks, seus maiores inimigos. Quando a máquina do tempo que levou o Viajante some, ele é obrigado a descer às profundezas para recuperá-la e voltar ao presente, mas para isso terá de enfrentar os maléficos Morlocks.
02 – Operação Cavalo de Tróia (J.J.Benitez)
“Operação Cavalo de Tróia” é uma série literária formada por nove volumes, escrita pelo espanhol J.J.Benitez. O primeiro volume foi lançado originalmente em 1984 em Barcelona, mas no Brasil, o livro só chegou três anos depois.
O enredo desenvolvido por Benitez é uma verdadeira salada russa onde se misturam ficção científica, viagem no tempo, segredos do governo norte-americano e temas bíblicos. Uma salada que acabou virando um verdadeiro best-seller, explodindo em vendas por todo o mundo, principalmente no Brasil. A saga completa totalizou seis milhões de livros vendidos!
O autor narra a história de um major, de nome não revelado, e um piloto que através de uma engenhoca do tempo, ultrassecreta, construída pelo governo dos Estados Unidos, são levados ao passado, nos anos 30 da era cristã, com o propósito de comprovar a existência de Jesus Cristo. Os militares acabam tendo a oportunidade de presenciar muitos fatos narrados na Bíblia, além de se encontrarem e interagirem com Jesus Cristo e vários personagens bíblicos conhecidos. 
03 – A Mulher do Viajante do Tempo (Audrey Niffenegger)
O livro conta a história de um homem chamado Henry que possui um problema genético que faz com que viaje pelo tempo sem que possa controlar isso. Quando ele tem 40 anos viaja para um local desconhecido no futuro e lá conhece uma menina de 6 anos, Clare. Depois desse encontro, Henry viaja muitas outras vezes para lá e vê essa menina, que no futuro se transformará em sua esposa, crescer. Ela se torna uma artista que é obrigada a lidar com a constante ausência do marido e as arriscadas experiências, envolvendo as viagens incontroláveis no tempo, que ele faz.
A obra foi um grande best-seller e em março de 2009 já havia vendido cerca de 2,5 milhões de cópias nos Estados Unidos e Reino Unido. Vários críticos publicaram sua opinião sobre o livro, dando especial atenção à visão única da autora sobre a viagem no tempo. Alguns parabenizaram a forma como o casal foi mostrado, aplaudindo a profundidade emocional com que eles foram caracterizados; outros criticaram o modo como ela escreveu a história, classificando-a como melodramática e o tema como extremamente gasto.
Bem... só mesmo você lendo para saber qual será a sua reação.
04 – Novembro de 63 (Stephen King)
E quem disse que o mestre do terror Stephen King não escreveu nada sobre viagens no tempo? Quem disse isso, absolutamente, mentiu. "Novembro de 63" com mais de 700 páginas lançado no Brasil em 2013 arrancou rasgados elogios tanto da crítica quanto do público. Os leitores se deliciaram com a história de Jake Epping, um professor de inglês de uma cidade do Maine, que encontra um portal do tempo no porão da lanchonete de um velho amigo, e assim, tem a ideia de tentar impedir o assassinato de John F. Kennedy que ocorreu em 22 de Novembro de 1963. 
Jake chega ao ano de 1958 -  tempo de Eisenhower e Elvis Presley, carrões vermelhos, meias soquete e fumaça de cigarro. Após interferir no massacre da família Dunning, Jake inicia uma nova vida na calorosa cidadezinha de Jodie, no Texas. Mas todas as curvas dessa estrada levam ao solitário e problemático Lee Harvey Oswald, o assassino de Kennedy. O curso da história está prestes a ser desviado... com consequências imprevisíveis.
Li o livro e adorei. Na minha opinião, um dos melhores escritos por King.
05 – Outlander: A Viajante do Tempo (Diana Gabaldon)
O enredo criado pela americana Diana Gabaldon fez tanto sucesso que acabou virando numa saga de oito livros. A história se concentra em dois personagens principais, Claire Randall e Jamie Fraser e acontece na Escócia nos séculos XVIII e XX.
No final da Segunda Guerra Mundial, a enfermeira Claire Randall volta para os braços do marido, com quem desfruta uma segunda lua de mel em Inverness, nas Ilhas Britânicas. Durante a viagem, ela é atraída para um antigo círculo de pedras, no qual testemunha rituais misteriosos.
Dias depois, quando resolve retornar ao local, algo inexplicável acontece: de repente se vê no ano de 1743, numa Escócia violenta e dominada por clãs guerreiros. Tão logo percebe que foi arrastada para o passado por forças que não compreende, Claire precisa enfrentar intrigas e perigos que podem ameaçar a sua vida e partir o seu coração.
Ao conhecer Jamie, um jovem guerreiro das Terras Altas, sente-se cada vez mais dividida entre a fidelidade ao marido e o desejo pelo escocês. A pergunta que fica no ar é se ela será capaz de resistir a uma paixão arrebatadora e regressar ao presente?
06 – Um Som de Trovão (Ray Bradbury)
Não se trata, basicamente, de um livro, mas um conto presente em várias coletâneas do gênio da ficção científica Ray Bradbury. Publicada originalmente em 1952 na revista Collier’s, “Um Som do Trovão” é
uma história bem conhecida sobre viagem no tempo, envolvendo uma empresa denominada Time Safari, Inc. A Time Safari assegura que pode levar pessoas de volta no tempo de modo que elas possam caçar animais pré-históricos, tais como o Tyrannosaurus rex. A fim de evitar um paradoxo temporal, os viajantes agem com muito cuidado para deixar o curso dos acontecimentos intacto, visto que mesmo uma alteração mínima pode causar mudanças gigantescas no futuro. Eles só podem abater animais que iriam morrer em breve, e não podem sair de uma trilha demarcada, que flutua acima do solo. Até que um dos caçadores pisa, acidentalmente, em uma borboleta e entonce...
"Um Som de Trovão" serviu de inspiração para um filme homônimo em 2005 que continua a história do ponto onde Bradbury terminou. Outra referência ao conto acontece na série de TV “Os Simpsons” onde foi feita uma paródia num dos episódios da sexta temporada.
07 – Pedra no Céu (Isaac Asimov)
“Pedra no Céu”, publicado pela primeira vez em 1950, faz parte da série “Fundação” - uma obra de ficção científica iniciada por Isaac Asimov em 1942 e que descreve em detalhes a história de um futuro distante e de como o destino de seus habitantes é influenciado por uma instituição chamada Fundação Enciclopédica.
Em “Pedra no Céu”, um alfaiate aposentado chamado Joseph Schwartz desfruta de uma pacífica caminhada de verão quando, devido a um acidente em um laboratório na mesma cidade, acaba sendo involuntariamente transportado milhares de anos para o futuro. Chega então a uma Terra marginal e abandonada, cuja superfície é quase toda inabitável, e que fica às margens de um grandioso Império.
Publicado pela primeira vez em 1950, “Pedra no Céu” foi o romance de estreia de Asimov e é um marco do que se tornaria a sua mais famosa obra: “Fundação”.
08 – Tróia – Uma Viagem no Tempo (Grecyanny Carvalho Cordeiro)
Neste livro infanto-juvenil da escritora tupiniquim Crecyanny Carvalho Cordeiro, o leitor é convidado a fazer uma viagem com Mário, um garoto que, em circunstâncias misteriosas, cruza o portal do tempo e chega à bela e rica cidade de Troia. Com a ajuda da princesa Cassandra, Mário passa a morar no castelo de Príamo, tornando-se um dos soldados do príncipe Heitor e participando dos principais eventos que marcaram essa guerra épica entre gregos e troianos.
Nessa viagem, os leitores terão a oportunidade de percorrer os bastidores de uma guerra que durou dez anos, desencadeada pelo rapto da bela Helena pelo príncipe troiano Páris.
“Tróia – Uma Viagem no Tempo” coloca a Ilíada e vários clássicos gregos ao alcance de todos, numa trajetória envolvendo mitos, deuses, além de heróis gregos e troianos, fazendo com que o leitor viaje no mundo da imaginação, de Homero, da Guerra de Troia e dos eventos que se sucederam ao fim da sangrenta batalha. A obra mistura aventura, fantasia, mitologia, suspense, ação e romance.
Grecianny é promotora de Justiça, mestre em Direito e autora de vários livros, dentre jurídicos, romances e de poemas. Escreve semanalmente para o jornal O Estado. É, também,Membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza.
09 – Vende-se este futuro (Bruno Miquelino)
Olha outro autor da terrinha em nossa lista, gente! Adorei o livro de Bruno Miquelino. O enredo cheio de ação e surpresas prende o leitor da primeira à última página. Li o livro em poucos dias.
Em “Vende-se este Futuro”, temos a personagem Beatriz – que diga-se de passagem, me apaixonei -  uma espécie de agente de viagens temporais. Explicando melhor: ela trabalha para uma agencia que promove viagens no tempo chamada Déja Vu que surgiu 2097 em São Paulo, numa época em que esse tipo de viagem era comum. A principal função da Déja Vu é transportar pessoas do passado para o futuro, para que elas adquiram outra identidade, longe dos holofotes, da polícia, de seus problemas, enfim, do que for. No futuro que elas escolhem, então lhes é concedida uma nova identidade e consequentemente uma nova vida.
No livro a protagonista só precisa levar o grande Charles Chaplin para o futuro, mas inúmeras coisas dão errado e ela se vê presa no início do século XX, sem ter como voltar para o tempos modernos.
Simplesmente fantastic! Recomendo.
10 – As Melhores Histórias de Viagens no Tempo (Vários autores)
O livro de 464 páginas reúne dezoito contos sobre viagens no tempo escritos por várias feras do universo sci-fi. Por isso pode ter certeza de que você estará levando para a estante de seu quarto ou de sua sala, uma grande obra de ficção científica.
“As Melhores Histórias de Viagens no Tempo” abrange cinco décadas, de 1940 a 1990, incluindo desde “Um Som de Trovão”, de Ray Bradbury, que inspirou o nome da famosa teoria do Efeito Borboleta, até Ursula K. LeGuin, em “Outra História ou um Pescador do Mar Interior”, ou mesmo uma ideia impensável, como no conto do premiado Jack Dann “Inversão do Tempo”, que propõe respostas surpreendentes para uma pergunta perturbadora: e se todos viajassem no tempo, menos você?
A obra reúne nomes como Arthur C. Clarke, Ray Bradbury, Richard Matheson e Larry Niven.
Beleza? Escolham os seus livros preferidos e boa leitura!

“SOBs – Os Implacáveis” do coronel Nile Barrabás teria sido a inspiração para “Os Mercenários” de Stallone?

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Coronel Nile Barrabás

Sabe quando você vê algo e esse algo faz com que você se lembre de um outro algo? No meu caso, esse “algo” foi um filme. No início do mês assisti ao primeiro “Os Mercenários”, aquele com o Sylvester Stallone e uma pá de atores famosos do cinema de ação. Duvido que os fãs do eterno Rambo desconhecem a sinopse, mas não custa resumi-la por aqui. Na película, Barney Ross – vivido por Stallone – lidera um grupo de mercenários numa missão secreta: invadir um país sul-americano e derrubar o seu ditador.
Apesar do filme ter sido lançado há quase 10 anos, eu ainda não tinha assistido, o que só fiz agora, recentemente. Então, de repente no meio da exibição, acabei tendo aquela estranha sensação de déjà vu.
 – Epa! Já vi isso antes em algum lugar... – após ter dado essa divagada, acabei me lembrando – Caraca! SOBs, Implacáveis, Barrabás, O Executor... – Estes nomes tão estranhos para as gerações contemporâneas de leitores começaram a pipocar na minha mente sem parar.

Pois é, “Os Mercenários” fizeram com que me lembrasse de duas séries de livros que venderam horrores na década de 1980 e início de 1990, mas que inexplicavelmente, nos anos seguintes, caíram no esquecimento, a tal ponto de ter ficado muito difícil, quase impossível, obter qualquer informação sobre os livrinhos em formato de bolso: “SOBs – Os Implacáveis” e “Mack Bolan – O Executor”.
Os enredos dessas duas séries literárias, principalmente SOBs, tem tudo a ver com o filme que assisti, o que me faz imaginar se Stallone que também dirigiu “Os Mercenários”, em 2010, foi influenciado por SOBs e assim, decidiu se espelhar no coronel Nile Barrabás.
Os Mercenários
Mas vamos aos fatos; o meu primeiro contato com “SOBs – Os Implacáveis” aconteceu no início dos anos 80, no auge da minha juventude. Naquela época, viajava muito de ônibus para as cidades da região, principalmente Bauru, onde ia em médicos, escola, casa de amigos e parentes. Enquanto aguardava a chegada do busão que me levaria de volta para o meu ‘lar doce lar’, ficava folheando os livros vendidos nas bancas de revistas dos terminais rodoviários. As capas que mais chamavam a minha atenção eram de SOBs e também “O Executor” o que fazia com que gastasse as minhas parcas economias para adquiri-las. Cara, como viajava naqueles enredos malucos – no bom sentido, claro – nem percebia quando o ônibus chegava na rodoviária da minha cidade.
Mas o tempo passou e com o rolar dos anos acabei me esquecendo completamente dessas duas séries, só voltando a me lembrar após ter assistido ao filme de Stallone. Por isso, resolvi revivê-las nesse post. Quem sabe, alguns leitores também poderão se interessar por elas.
Os aproximadamente 38 livros sequenciais da série “SOBs – Os Implacáveis” foram escritos por um pequeno grupo de autores desconhecidos que adotaram um único pseudônimo: Jack Hild. Ahahaha! E eu que, naqueles tempos, pensava que o tal Jack Hild existisse, de fato. Pois é, esses escritores tinham assinado um contrato que não permitia que revelassem a verdade, ou seja, que eles eram na realidade o “famoso” Jack Hild.
Independentemente desse detalhe, os enredos eram muito bons, tanto é que SOBs arrebentava em vendas, só perdendo para outros ícones oitentistas como Brigitte Montfort.
SOBs" significa "Soldados de Barrabas", assim chamado em homenagem ao seu líder, o coronel Nile Barrabas, um veterano do Vietnã, de cabelos brancos, que agora comanda um esquadrão de mercenários.
Barrabas adquiriu os cabelos brancos lutando no Vietnã, após ter sido atingido por estilhaços de uma granada que penetrou em sua cabeça, afetando a coloração. Huuummmm... interessante, não acham?
Um detalhe curioso é que a taxa de mortalidade em The SOBs era quase tão certa para os heróis quanto para os vilões, o que dava um certo ‘ar’ de realidade para a trama. Se o sujeito levasse um tiro certeiro, ele morria mesmo, ao contrário de alguns enredos onde os heróis parecem ter o corpo blindado e a prova de balas.
Cada um na equipe possuía uma ou duas habilidades específicas como demolição submarina, conhecimento de armas, franco atirador, eletrônica e incursões de assalto. Ehehehe, não vai me dizer que esses detalhes não lembram o filme de Stallone?
Quanto a “Mack Bolan – O Executor”, a outra série que marcou o meu período pós adolescente, não seguiu o mesmo estratagema de SOBs, preferindo não esconder os nomes de seus escritores. O personagem foi criado por Donald Eugene ou simplesmente "Don" Pendleton que escreveu 37 dos aproximadamente 600 livros sobre o personagem. Isto mesmo, 600 livros!! Em 1980, Pendleton vendeu os direitos de seu personagem para uma outra editora, a Gold Eagle, que, por sua vez, contratou vários ghostwriters ou escritores-fantasmas, como queiram, para continuar publicando mensalmente as aventuras do “Executor”, satisfazendo, assim, a demanda dos leitores em todo o mundo. Don Pendleton permaneceu creditado como o único autor e supervisionou estas novas aventuras.
A exemplo de Nile Barrabas, o personagem Mack Bolan também foi um veterano de guerra do Vietnã. Ex-sargento do Exército dos Estados Unidos chamado de "O Executor" serve como franco atirador. Com grande capacidade militar, registrando mais de 97 mortes em seu "currículo, após ter voltado da guerra, ele usa suas habilidades para lutar contra a máfia nos Estados Unidos e acabar com o crime organizado. Êpa! Parece que esse enredo tem um “quezinho” de Frank Castle, o antológico “The Punisher”, não acham?
Uhauuu!! Taí! Viajei legal com esses dois personagens. Eles fizeram que eu voltasse anos e mais anos nas minhas saudosas viagens de busão e nas paradas nas bancas de revistas dos terminais rodoviários.
Valeu!


Os Mitos de Cthulhu viram HQ. Obra será lançada pela Pipoca e Nanquim em junho

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Antes de contar a novidade, deixe-me fazer uma pergunta. Sabiam que... Cara, pensando bem, não vou perguntar mais nada, aliás estou começando a bancar o tonto, não o índio, aquele amigo do Zorro – que por sinal era muito inteligente – mas o tonto, de fato. É! O paspalho, o aluado ou sei lá mais o que. Afinal de contas, o título do post já é a essência do próprio post, não precisando explicar mais nada. Portanto, não irei enrolar muito no texto, apenas estarei complementando algumas cositas.

Vamos lá. Como o próprio título já diz: “Os Mitos de Cthulhu” - talvez a maior obra
prima de H.P. Lovecraft, considerado um dos mestres do terror - virou histórias em quadrinhos e o seu lançamento no Brasil já tem data marcada. Segundo a Amazon, o livro que está em pré-venda deve aterrissar por aqui no dia 07 de junho. Esta informação já vale um sonoro Ihauuuuuuuuuuuuuuuuu!!! Daqueles bem gritados e esculachados para tremer as paredes da casa do vizinho.
Agora vamos as “novi”, de verdade. A adaptação do texto para os quadrinhos de “Os Mitos de Cthulhu” estará a cargo do artista espanhol Esteban Maroto. E o sujeito é fera, galera. Podem acreditar. Ele começou sua carreira nos anos de 1960 e ganhou destaque ao ilustrar a série Cinco por Infinitus em 1967. Sua arte apareceu em três revistas de horror: Creepy, Eerie e Vampirella. Seu trabalho com quadrinhos de horror ficou conhecido no Brasil com a publicação da revista Kripta pelo Rio Gráfica, lançada em 1976. C-a-a-r-a-c-a! O cara foi o desenhista da antológica Kripta!! Uhauuuu....
Quer mais? Ok, vamos lá. Foi ele que desenhou o biquíni metálico de Red Sonja em Savage Tales publicada pela Marvel Comics. Desenhou também a primeira aventura solo da heroína. Como não bastasse tudo isso, publicou ainda sua Trilogia dos Bárbaros (Wolff, Dax e Korsar) em diferentes edições mundo afora, recentemente compiladas no volume Espadas e Bruxas. Como aperitivo trabalhou em títulos como Zatanna, Aquaman e The Atlantis Chronicles, para a DC Comics. Ufaaa! Acho que o
seu currículo está aprovado, né?
Então galera, é esse cara que assumiu a responsabilidade de ilustrar a obra antológica de Lovecraft.
Em “Os Mitos de Cthulhu”, somos apresentados a três dos contos mais celebrados de Lovecraft: os clássicos A Cidade Sem Nome, O Cerimonial e O Chamado de Cthulhu.
A Cidade Sem Nome“Acompanhamos um arqueólogo que se aventura em busca de uma cidade misteriosa perdida no deserto da Arábia. Mas ela existe mesmo? E se existir, o que esconde?”
O Cerimonial“Um homem é convidado por sua família para testemunhar um antigo ritual na cidade de Kingsport no dia de Natal. O que ele vai descobrir é algo inimaginável e difícil de conceber para um ser um humano. O pano de fundo desse enredo tem um tanto do livro Necronomicon, escrito pelo mágico árabe Abdul Alhazred.”
Esteban Maroto
O Chamado de Cthulhu“A morte do professor Gammell Angel, da Brown University, é o estopim para levar o leitor para à cidade submersa de R’lyeh, no Oceano Pacífico.”
Os Mitos de Cthulhu tem 92 páginas, capa dura, miolo em papel couché e repleta de extras. A obra será publicada no Brasil pela editora Pipoca e Nanquim.
Acredito que nesse momento, os fãs de Lovecraft devem estar vibrando, principalmente aqueles que também são fãs de HQs.
Detalhes do produto
Capa: Dura
Páginas: 92
Autor: Esteban Maroto
Editora: Pipoca e Nanquim
Lançamento: 07 de junho


“O Hobbit” – edição ultra luxuosa da HarperCollins chega ao Brasil em julho

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Mesmo já tendo adquirido “O Hobbit” há muito tempo e relido a história do antológico Bilbo Bolseiro várias vezes, não posso negar que estou louco para comprar o livro novamente. Parece loucura, não é? “Você já tem o livro, já leu a história três, quatro ou cinco vezes, e mesmo assim quer compra-lo de novo”.
Pois é, a culpa dessa vontade maluca é da editora HarperCollins que decidiu relançar a obra, em 15 de julho próximo, com todos os aparatos de uma popstar. Verdade! É como se essa nova edição fosse uma popstar famosa e cheia de talentos que todo mundo estivesse desesperado para assistir a sua apresentação. Sei que a comparação é amalucada, mas fazer o que? Acho que o sentido da ‘coisa’ é por aí mesmo.
Cara, a edição que a HarperClllins já está divulgando na mídia e nas redes sociais é divinamente fantástica. Daquelas de deixar qualquer leitor apaixonado e qualquer colecionador com taquicardia. Confira só as características dessa “popstar”: capa dura com uma ilustração original da Terra Média feita por J.R.R. Tolkien, escaneada em alta resolução; capas internas com imagens de mapas, também da Terra Média; papel de qualidade; além de um super pôster. Ah! Não posso me esquecer da nova tradução.
E por falar nisso, o remodelamento do texto esteve sob a responsabilidade do jornalista Reinaldo José Lopes, do jornal Folha de S.Paulo, autor de oito livros e tradutor de outras obras de Tolkien, como: “A Queda de Gondolin” e “O Silmarillion”. Ele tem títulos de mestre e doutor pela Universidade de São Paulo por estudos sobre a obra de Tolkien. Entonce galera, já puderam perceber que a retradução de “O Hobbit” da HarperCollins esteve em boas mãos.
Lopes optou por modificar as grafias de alguns termos já consagrados nas obras de Tolkien. Por exemplo: “Anões” deram lugar a “anãos”, “goblins” viraram “gobelins”, a “Floresta das Trevas”, nesta reedição ficou como  “Trevamata”. E por aí afora, mas nada que prejudique o prazer da leitura dos Tolknianos.
Publicado originalmente em 1937, “O Hobbit” foi o primeiro livro de Tolkien a abordar a Terra Média. O romance acompanha Bilbo Bolseiro, um pacato hobbit, convocado a uma aventura por Gandalf, o mago, e os 13 anãos, que partem em busca de um tesouro guardado pelo dragão Smaug.
Essa jornada fará Bilbo e seus amigos atravessarem a Terra-média e enfrentarem inúmeros perigos, sejam eles, os imensos trols, as Montanhas Nevoentas infestadas de gobelins ou a muito antiga e misteriosa Trevamata, até chegarem (se conseguirem) na Montanha Solitária para enfrentarem o maléfico e mortal Samug.
O livro antecede os fatos ocorridos em “O Senhor dos Anéis”, o que torna, portanto, obrigatória a sua leitura, antes da galera “mergulhar” nos enredos dos três livros – “A Sociedade do Anel”, “As Duas Torres” e “O Retorno do Rei” - que formam a principal saga escrita por Tolkien.
Taí pessoal! Agora só resta aguardar a chegada de 15 de julho para adquirirmos essa preciosidade reeditada pela HarperCollins. Se você quiser garantir a compra para não correr nenhum risco, basta reserva o seu exemplar que já está em pré-venda na Amazon por R$ 59,36.
Inté!
Detalhes do produto
Capa: Dura
Páginas: 336
Autor: J.R.R. Tolkien
Editora: HarperCollins
Dimensões:  20,8 x 1,9 x 13,5 cm
Peso de envio: 390g
Lançamento: 15 de julho

10 livros sobre o naufrágio do Titanic que você deve ler

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Estou lendo “Titanic – A História Completa” de Philippe Masson – e, simplesmente, adorando. Cara, é como se eu estivesse dentro do famoso transatlântico, conhecendo os seus segredos, a intimidade de seus passageiros e tripulantes, enfim, uma obra fantástica. Pelo menos até a parte onde parei para escrever esse post.
Por estar gostando bastante da história, tive a ideia de fazer uma postagem sobre dez livros especiais que abordam fatos e curiosidades sobre o RMS Titanic, considerado o navio mais luxuoso e seguro da sua época, chegando ao ponto de ser considerado "inafundável". Mas quis o destino que o ‘super-transatlântico’ colidisse com um iceberg, no Oceano Atlântico e.., deixasse de ser “inafundável”. A tragédia aconteceu às 23h40min do dia 15 de abril de 1912. O grande navio com parte da lateral do casco rasgado agonizou até a madrugada do dia seguinte, quando por volta das 2H20min desceu para as profundezas do oceano. Foi um dos maiores desastres marítimos em tempos de paz de toda a história. De, aproximadamente, 2.224 pessoas a bordo, apenas 700 conseguiram sobreviver ao naufrágio.

Olha, vou ser sincero com a galera que acompanha esse espaço há muitos anos: não li todos os livros que estão nessa lista; apenas quatro – incluindo o atual, “Titanic – A História Completa”. Quanto aos demais: três foram sugestões de colegas leitores e os outros três, escolhi após pesquisas nas redes sociais, levando em conta comentários de internautas que leram as referidas obras. Belê? Mas todos, acredito que sejam muito bons.
Vamos as sugestões.
01 – Sobrevivente do Titanic (John Maxtone-Graham)
O livro na realidade é um manuscrito de Violet Jessop que serviu como comissária de bordo no Titanic. Estas memórias foram editadas e comentadas por John Maxtone-Graham dando origem a obra. Quando comprei “Sobrevivente do Titanic” estava à procura de informações mais detalhadas sobre o naufrágio do navio, mas sob o ponto de vista de alguns sobreviventes. Comecei a ler e vi que não era nada do que eu procurava, já que em sua autobiografia, Violet conta detalhes de sua vida desde o nascimento, a infância difícil, problemas amorosos e as situações de perigo que enfrentou como comissária de bordo não só no Titanic, mas também no naufrágio do Britannic que afundou após bater em uma mina marítima.
Se me arrependi da compra? Em nenhum momento. Pelo contrário adorei, mesmo estando a procura de um outro assunto. As situações enfrentadas por Violet durante a sua infância, juventude e a fase adulta são muito interessantes e conseguem prender a atenção do leitor que nem se dá ao trabalho de ficar frustrado com as poucas informações referentes ao naufrágio do Titanic: pouco mais de 35 páginas.
Podem acreditar a vida dessa comissária de bordo foi repleta de venturas e viagens perigosas.
Detalhes
Capa: Brochura
Ano: 1998
Páginas: 300
Ilustrações: Sim
Editora: Brasil Tropical
02 – Uma Noite Fatídica (Walter Lord)
Publicado em 1955, “Uma Noite Fatídica” tornou-se imediatamente um best-seller nos EUA. O livro só chegou ao Brasil, 57 anos depois através da editora Três Estrelas. Na opinião de muitos críticos literários, trata-se, atualmente, de um dos mais importantes livros sobre a tragédia, pela precisão na apuração dos eventos, riqueza das informações obtidas e depoimentos de sobreviventes.
Walter Lord ouviu o relato de 62 sobreviventes do naufrágio que narram os momentos de desespero de passageiros e tripulantes, além dos atos de heroísmo e covardia demonstrados por vários personagens reais. Pelo que pesquisei na web, o livro do escritor norte-americano é um relato fiel da tragédia envolvendo o RMS Titanic contada por aqueles que estiveram lá; os sobreviventes.
Lord não enrola com detalhes técnico sobre o transatlântico. Ele já vai direto ao ponto, ou seja, a partir das 23H40min quando o Titanic bateu no iceberg. Os relatos dos 62 sobreviventes começam desse ponto. A escrita do autor lembra um pouco o new journalism que narra fatos reais com uma aura de ficção.
Ahaha!! Com certeza, essa ‘belezura’ aí já entrou na minha lista de prioridades.
Detalhes
Capa: Brochura
Ano: 2012
Páginas: 295
Ilustrações: Sim
Editora: Três Estrelas
03 – O Crepúsculo da Arrogância (Sergio Faraco)
Um colega de trabalho leu e gostou muito. Acredito que a obra do autor brasileiro Sergio Faraco deva ter as suas virtudes já que foi vencedora na categoria não-ficção do Prêmio AGEs 2007 da Associação Gaúcha de Escritores. Ao todo, concorreram na categoria 43 obras de escritores do Rio Grande do Sul.
“O Crepúsculo da Arrogância” tem um enredo semelhante ao livro que estou lendo atualmente: “Titanic – A História Completa”. Faraco relata a combinação de erros, pretensão, arrogância e desinformação que resultou na tragédia envolvendo o navio que o mundo julgava ‘insubmergível’. O livro começa quando se inaugura a era dos vapores oceânicos, no primeiro quarto do século XIX. Trata em seguida dos planos de expansão da White Star Line, responsável pela construção do Titanic e também dos preparativos para a viagem inaugural.
Após descrever a partida do Titanic para Nova York em 10 de abril de 1912, o autor - que consultou, inclusive, os registros dos inquéritos de 1912 sobre as causas do desastre, com extensos e minuciosos depoimentos dos sobreviventes - reconstitui minuto a minuto os acontecimentos de 14 para 15 de abril: a colisão com o iceberg, o arriamento dos botes salva-vidas, o naufrágio e também o que ocorreu nos dias seguintes, no mar e em Nova York.
Detalhes
Capa: Brochura
Ano: 2006
Páginas: 213
Ilustrações: Não, apenas alguns gráficos
Editora: L&PM
04 – Titanic – A Verdadeira História e os Atos de Heroísmo dosPassageiros (Rupert Mattews)
O livro de Rupert Mattews reúne relatos de testemunhas e provas examinadas nos inquéritos, além das mais recentes descobertas sobre o naufrágio do Titanic, proporcionando uma visão completa dos acontecimentos da noite fatídica de 14 de abril de 1912.
Mais de 1.500 pessoas morreram no naufrágio do Titanic Titanic, muitas afogadas, mas a maioria de hipotermia.
Tudo bem que Titanic – A Verdadeira História e os Atos de Heroísmo dos Passageirosabordem vários temas que já explorados a exaustão em outros livros do gênero, mas o diferencial é que Mattews procura derrubar alguns dos inúmeros mitos criados sobre o naufrágio ao longo dos anos.
O autor explica o que aconteceu com o presidente da empresa, proprietária do Titanic e responsável pela sua fabricação, as especulações sobre um 'navio misterioso' que muitos passageiros disseram ter visto, a história do casal que não quis se separar e muitas outras informações interessantes.
Detalhes
Capa: Brochura
Ano: 2014
Páginas: 208
Ilustrações: Sim
Editora: Books
05 – Titanic – Minuto a Minuto (Jonathan Mayo)
O livro “Titanic – Minuto a Minuto” de Jonathan Mayo foi baseado num documentário produzido pelo próprio autor para um programa de rádio da  BBC, onde ele trabalha. E como o livro é oriundo desse roteiro, certamente está repleto de informações técnicas, inquéritos e histórias das pessoas que estavam a bordo do Titanic. Gostei muito livro, tanto é que estou a procura do documentário levado ao ar pela BBC.
Como o próprio título diz, a obra narra minuto a minuto os fatos envolvendo o antológico transatlântico, desde a saída do Titanic até seu fim. 
Para que você tenha uma ideia de como “Titanic – Minuto a Minuto” é detalhado, basta dizer que o autor cita até mesmo o menu servido, na véspera do acidente, para as três classes de passageiros do navio. Através da comida a que os passageiros da 1ª, 2ª e3ª classes tinham direito, já é possível perceber o pouco caso com essas pessoas, a maioria imigrantes, alojadas na 3ª classe.
Detalhes
Capa: Brochura
Ano: 2017
Páginas: 260
Ilustrações: Sim
Editora: Vestígio
06 – A Costureira (Kate Alcott)
Trata-se de um romance que tem o naufrágio do Titanic apenas como pano de fundo. Kate Alcott conta a história de Tess Collins, uma jovem empregada que limpa o chão e trabalha como auxiliar de costureira em Cherbourg e que sonhava se tornar uma pessoa conhecida e respeitada no mundo da costura. Depois de algum tempo, ela decide abandonar essa vida.  Depois de alguns dias, uma famosa estilista chamada Lucile Duff Gordon a convida para acompanha-la na viagem que fará para Nova York a bordo do Titanic. Lucile precisava de uma empregada nessa viagem e por esse motivo fez o convite que foi prontamente aceito por Tess que vê a sua grande chance de subir na vida.
Tess e Lady Duff conseguem sobreviver ao naufrágio do navio e passam a viver situações distintas; a primeira enfrenta as desilusões amorosas ao mesmo tempo que luta pela sua ascensão social; já a segunda se vê envolvida nos escândalos do inquérito sobre o terrível desastre naval e terá que empenhar-se muito para limpar o seu nome.
Capa: Brochura
Ano: 2013
Páginas: 376
Ilustrações: Não
Editora: Geração Editorial
07 – Amor Sem Igual (Danielle Steel)
Se o livro de Kate Alcott, apesar de ser uma história fictícia, ainda traz alguns fatos reais sobre a tragédia envolvendo o Titanic, “Amor Sem Igual” de Danielle Steel, traz o mínimo do mínimo do mínimo de informações concretas relacionadas ao acidente marítimo.
O livro retrata a vida da personagem Edwina Winfield, de 20 anos, uma sobrevivente do naufrágio. Ela perde os pais e o noivo que também estavam no transatlântico e acaba tendo de cuidar, sozinha, dos seus irmãos mais novos, tendo assim, de sacrificar os seus sonhos e ambições sociais e profissionais. 
A maior parte do livro foca na luta de Edwina para manter unida o que sobrou de sua família. Ela passa a se esquivar de qualquer relacionamento amoroso e sonha em como a sua vida teria sido diferente se ela e seus familiares não estivem no Titanic naquela noite terrível.
Se levarmos em conta os comentários de leitores e também de algumas resenhas nas redes sociais e nos blogs, a história idealizada por Steel é muito emocionante e vale a pena ser lida.
No meu caso, não sei... Até agora li dois livros da autora e não gostei; por isso fiquei um pouco escaldado.
Capa: Brochura
Ano: 2013
Páginas: 331
Ilustrações: Não
Editora: Record
08 – E A Orquestra Continuou Tocando (Christopher Ward)
A história da orquestra da RMS Titanic que tocou até o último minuto quando o transatlântico foi engolido pelo mar é tão fantástica que acabou transformando-se numa lenda. Só que essa história é real.
Os oito músicos do Titanic pereceram todos durante o naufrágio do navio em 15 de abril de 1912. Eles tocaram músicas, pretendendo acalmar os passageiros, por todo o tempo que foi possível e naufragaram com o navio. Todos foram reconhecidos por seu heroísmo. Nenhum deles sobreviveu.
Jock Hume, 21 anos, violinista da orquestra, deixou em terra a noiva grávida e jamais conheceu a filha. Algum tempo depois da tragédia, seu pai recebeu uma carta da companhia que o contratara: era uma cobrança pelos botões do uniforme do jovem morto.
Esta história de perda, crueldade e amor é magistralmente contada por Christopher Ward, neto de Jock Hume, que investigou com extrema minúcia o passado de sua família, iluminando detalhes pouco conhecidos da maior catástrofe marítima de que se tem registro.
Capa: Brochura
Ano: 2012
Páginas: 272
Ilustrações: Sim
Editora: Lafonte
09 – Titanic de James Cameron (Ed W. Marsh)
Um livro indispensável para os cinéfilos que se emocionaram com o filme de James Cameron considerado a grande coqueluche no ano de 1997. A obra de Ed W. Ward é ricamente ilustrada e conduz os leitores para um passeio nos bastidores da conhecida produção cinematográfica.
O autor explica detalhadamente como foi o esforço de produtores, roteiristas e diretor para levar às telas a história do mais famoso navio do século XX e também do romance ficcional do icônico casal Jack e Rose vividos por Leonardo DiCaprio e Kate Winslet.
O leitor encontrará uma descrição detalhada do esforço de milhares de artistas e artesãos na recriação acurada do RMS Titanic, incluindo a réplica do seu exterior em tamanho natural e o tanque de 64,6 milhões de litros projetado para o seu naufrágio; a riqueza dos detalhados espaços interiores; as novas descobertas dos mergulhos de Cameron até os destroços do navio em 1995, a aproximadamente quatro quilômetros abaixo da superfície do mar; os estudos sobre o incrementado vestuário, maquiagem e cabeleireiros que definiam o estilo da "Era de Ouro"; um resumo dos impressionantes efeitos visuais do filme; e as entrevistas com o elenco e a equipe, todas associadas aos eventos históricos da viagem inaugural, e final, do Titanic.
Como disse acima, um livro indispensável para os fãs do filme de Cameron.
Capa: Brochura
Ano: 1998
Páginas: 178
Ilustrações: Sim
Editora: Manole
10 – Titanic – A História Completa (Philippe Masson)

Fecho esse post com o livro que ainda estou lendo. O título faz jus ao enredo da obra, já que o autor faz um relato completo antes, durante e depois do naufrágio do Titanic. O que levou a empresa White Star Line a construir um navio gigantesco para o seu tempo? O trágico acidente foi uma fatalidade ou uma sucessão de erros que poderiam ter sido evitados? Como foi o inquérito do naufrágio? Como foram os momentos de pânico e terror vividos pelos passageiros e tripulação na madrugada de 15 de abril de 1912? E quanto aos atos de coragem e de covardia demonstrado por alguns?
Estas são algumas perguntas que o Philippe Masson responde em “Titanic – A História Completa” numa leitura fluida e cativante.
Além de detalhes sobre o naufrágio, Masson brinda os seus leitores com informações importantes sobre a história naval envolvendo a Marinha Mercante, principalmente no que diz respeito a grande corrida das empresas navais na conquista dos mares através da construção de enormes e sofisticados navios transatlânticos.
Estou lendo e adorando.
Capa: Brochura
Ano: 2011
Páginas: 272
Ilustrações: Sim
Editora: Contexto
Valeu!

“O Cemitério” e “O Mundo de Lore – Criaturas Estranhas”: dois bebês que chegaram hoje

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Cara, estou muuuuito feliz! Os meus dois bebês que estava aguardando com muita expectativa chegaram hoje pela manhã. Nossa, como eles são bonitinhos! Um se chama Saraiva e outro se chama... Ahahahaha!! Nada disso galera, apesar de gostar de crianças, não pretendo ter filhos; e muito menos Lulu. Os bebês a que me refiro são dois livros que já vinha namorando há muito tempo. O primeiro chegou pela Saraiva e o outro pela Amazon. Por isso que os chamo de bebês Saraiva e Amazon.
Mas vamos ao que interessa: falar escrever sobre esses dois bebês tão especiais.
O bebê Saraiva chegou meio que... digamos forçado, já que não pretendia compra-lo, pelo menos por enquanto, mas ‘entonce’ um amigo meu, o Augusto que é diretor de curtas metragens e super-fã assumido de Stephen King – diga-se, bem mais do que eu – me disse, certo dia, que “O Cemitério” foi o melhor livro do autor que ele já leu. Ele sempre encontrava uma brecha para falar sobre a sua obra preferida. Conhecem aquele ditado popular: “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”? Pois é, furou. Desta maneira, fui despertando interesse pelo livro até que há duas ou três semanas, o Augusto me deu uma espécie de ultimato, coisa do tipo: “ E aí? Já comprou o Cemitério?”
“Pronto! Não dá mais pra adiar”, disse para mim mesmo. E assim, comprei o livro. Levei muito em conta a opinião do meu amigo porque é um cara muito centrado quando o assunto é literatura, principalmente no que se refere a Stephen King. Tanto é que antes de se tornar um fantástico diretor e ator de curtas metragens, ele tinha um blog literário que eu considerava um dos melhores do gênero na blogosfera. O cara escreve muito bem. Adivinha como se chamava o blog? Eu conto; lá vai: Gato Smucky! Esse gato, para aqueles que desconhecem, pertencia a filha de King e morreu atropelado. Teve direito a funeral e foi enterrado num cemitério de animais. Aliás, Smucky foi a principal inspiração de King para escrever “O Cemitério”.

Vejam bem, o Augusto gostou tanto do livro que decidiu colocar o nome do famoso felino em seu blog. Infelizmente, o Gato Smucky – o blog, não o gato (rs) – encerrou as suas atividades. Uma pena, pois como já disse se tratava de um espaço literário incrível.
Portanto galera, não tinha como fazer vistas grossas para uma indicação feita por um expert em Stephen King, além de um ex-blogueiro com um incrível faro literário. Entonce, encarei a compra.
Agora, quanto ao outro bebê que chegou via Amazon: “O Mundo de Lore – Criaturas Estranhas”, confesso que a capa foi a grande culpada do estouro em meu cartão de crédito. Caraca, aquela caveirinha escalando a cova do tumulo onde havia sido enterrada, enquanto algumas pessoas com guarda-chuvas ao lado de um coveiro, segurando uma pá, encontram-se na superfície, ao lado da lápide, sem imaginar o que está acontecendo abaixo deles, é ‘escrotamente’ sedutrora.
O outro motivo é simples: sou um grande fã de podcast. Verdade! Talvez por trabalhar em rádio e apresentar alguns programas gosto muito dessa forma de transmissão de informações. A grosso modo, podcast é como um programa de rádio, porém sua diferença e vantagem primordial é o conteúdo sob demanda. Você pode ouvir o que quiser, na hora que bem entender. Basta acessar e clicar no play ou baixar o episódio.
Quando não estou escrevendo os meus posts ou então lendo um livro, podem ter certeza de que estou curtindo algum podcast pelo iTunes ou PodStore. Quando descobri que o enredo literário foi baseado num podcast de muito sucesso apresentado pelo autor da obra lançada pela Darkside, Aaaron Mahnke, comecei a pesquisar mais sobre o assunto.
Soube depois que o podcast em questão conta hoje com mais de 180 milhões de reproduções pelo mundo e que também, Mahnke é um expert em fatos misteriosos ou sem explicação, muito respeitado por pessoas ligadas nesses temas.
Fui mais a fundo e procurei saber detalhes sobre o livro. Descobri que “O Mundo de Lore – Criaturas Estranhas” pesquisa o folclore sombrio, principalmente do mundo ocidental. O autor busca origens de mitos e práticas bizarras de pessoas assustadas demais com eventos que não podem explicar. É aí que entram os ‘causos’ de vampiros que desenterravam corpos recém falecidos, buscando sinais de que ele estava muito preservado e com sangue ainda fresco no coração. Brrrrrrrrrrrrr!! Mortos vivos que voltavam para atazanar a vida de pessoas conhecidas; e por aí afora. Como sou fã do gênero terror, não pestanejei e comprei.
Taí galera, agora só resta aguardar a hora certa – o que deve acontecer rapidinho – para ler os dois bebes. O cheirinho deles, pelo menos, é muito bom.
Inté!



O Júri

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Demorei mais do que o habitual para terminar a leitura de “O Júri” de John Grisham. Demorei porque o início do livro cansa e confesso que pensei em mesclar a sua leitura com um outro livro. Não iria cometer o sacrilégio de abandonar uma obra de Grisham, jamais; mas estava fortemente propenso a desacelerar a leitura e me dedicar, simultaneamente, a um outro enredo mais... digamos, mais instigante. Galera, de fato, as primeiras páginas de “O Júri” por pouco não me deram sono, mas resisti e fui em frente, esquecendo até mesmo a ideia de pegar uma obra suplementar. Como diz o ditado popular: “resolvi agarrar o touro a unhas”. E quer sabe de uma coisa? Valeu a pena! Um pouco antes da metade do livro quando a personagem Marlee entra em cena, o enredo se transforma numa verdadeira caixa de conspirações cheia de surpresas. Se tivesse deixado o livro de lado teria perdido uma história e tanto, pelo menos da metade em diante.

Marlee é uma das personagens femininas mais fodásticas da literatura. Grisham foi muito feliz na sua criação. Ela é inteligente, esperta, maliciosa, dissimulada, mas acima de tudo, honesta. Pronto! Me ganhou! Fiquei apaixonado por ela.
Mesmo aparecendo bem menos do que os outros dois personagens principais de “O Júri”: Nicholas Easter e Rankin Fitch, as participações de Marlee são bombásticas e o leitor fica torcendo para que ela reapareça logo no enredo.
O livro de Grisham questiona até onde pode ir o poder de um júri e a independência dos jurados durante um julgamento. Agora imagine se essa disputa judicial colocasse frente a frente uma grande e poderosa companhia de cigarros e uma pobre viúva, cujo marido morreu de câncer no pulmão.
Nicholas faz de tudo para ser escolhido como jurado desse julgamento e mais: conquistar o posto de líder entre os 11 jurados eleitos. Para isso, arquiteta um plano infalível que o fará ocupar uma das 11 cadeiras. Mas porque ele quer tanto fazer parte desse júri? Teria ele alguma ligação com a com a viúva que perdeu o marido por causa do vício do cigarro ou o seu motivo é muito mais complexo? As intenções de Nicholas se tornam claras antes do leitor chegar na metade do enredo, mas nem isso faz com que a leitura perca o interesse.
Cartaz do filme "O Júri" com os personagens principais
Conforme o enredo vai se aprofundando, o leitor vai conhecendo os segredos que envolvem Nicholas e Marlee que passam a trabalhar juntos, visando atingir o mesmo objetivo: conseguir fazer a cabeça dos jurados para um determinado veredito. Mas por que? O motivo da dupla se empenhar tanto nesse sentido só é descoberto nas páginas finais, e não deixa de ser uma grande surpresa para o leitor.
E como todo bom enredo tem que ter um vilão convincente, Grisham caprichou nesse ponto, ao criar Rankin Fitch, um sujeito maquiavélico, contratado pelos executivos das industrias de cigarro, que usa das mais sujas artimanhas para intimidar os jurados com o objetivo de conseguir um veredito favorável aos seus patrões. O embate entre ele e Marlee é fantástico. A violência física não faz parte desse confronto, apenas a astúcia e a inteligência de ambos. Quem levará a melhor? Esta disputa vale todo o livro. O contexto envolvendo os bastidores do julgamento também é muito interessante, principalmente a interação, repleta de nuances e reviravoltas, envolvendo Nicholas e os outros jurados.
“O Júri” foi escrito em 1996 e ganhou uma adaptação cinematográfica em 2003 com um elenco estelar, entre os quais: Rachel Weisz (Marlee), Gene Hackman (Rankin Fitch), Jonh Cusack (Nicholas Easter) e Dustin Hoffman (Wendell Rohr, advogado da viúva). O filme fez um grande sucesso, a exemplo do livro.
Taí galera, só posso dizer: aguentem firme a primeira metade da obra, não desistam, porque depois vocês irão se deliciar as páginas seguintes.
Valeu!

A Sangue Frio

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Mesmo não sendo fã do “new journalism” ou jornalismo literário, tanto faz, acabei gostando de “A Sangue Frio”, tida como a obra máxima de Truman Capote que também pode ser considerado o criador desse estilo literário.
Por que não gosto, mas gostei? Ok. Vou tentar explicar essa confusão criada por mim. Não gosto do new journalism porque mistura jornalismo com literatura, ou seja, joga os fatos reais dentro de um enredo ficcional, possibilitando que o jornalista insira um pouco de literatura em suas matérias.
Acho um pouco arriscada essa fórmula que surgiu no final dos anos 50 com Capote, porque o jornalista corre o risco de se ser mais ficcionista do que repórter criando cenas e diálogos que não existiram na realidade. Resultado; a cabeça do leitor vira um trevo mal sinalizado, fazendo com que não saiba qual caminho deva seguir: o da realidade ou o da ficção. Com isso, a leitura acaba ficando, estranha, esquisita. Volta e meia você divaga e pensa que aqueles personagens e aquelas situações reais são todos fictícios. Então, pimba!! Você sai das divagações e cai na real por alguns minutos. – Epa, pera aí! Isto aqui, não é ficção não, é realidade!!
Este conflito acaba tornando a leitura confusa e por vezes, cansativa. Foi o que senti, por exemplo, lendo “Os Eleitos” de Tom Wolfe, também considerado literatura não ficcional. A primeira parte do livro-reportagem que conta a história dos “Mercury Seven”, os sete primeiros astronautas selecionados pela Nasa, que pilotaram as naves do programa Mercury, assim como de outros pilotos de teste, como o lendário Chuck Yeager, é tão cheia de adrenalina que me esqueci que estava lendo uma história real e embarquei na ficção. Já na segunda parte do livro, quando as cenas de ação foram trocadas por um enredo mais reflexivo, a leitura se tornou muito cansativa, pois ora imaginava estar com um texto jornalístico em mãos, ora com um texto literário.
Richard Eugene Hickock, em 1965, e Perry Smith, em foto de 1960. 
Mas então, porque gostei do livro de Capote? Acredito que tenha sido o enredo equilibrado. Capote não fez um mergulho cego e louco na ficção. Nada disso. Há os muitos diálogos entre os personagens reais da trama, mas também, na mesma proporção – talvez, até maior – há as descrições jornalísticas, como se o autor estivesse participando, em off, da história, dando detalhes sobre o massacre de todos os membros de uma tradicional família residente numa pequena cidade do Kansas.
Apesar de parecer um romance policial, em nenhum momento “A Sangue Frio” desvia o foco do leitor da realidade. Tudo por causa desse equilíbrio: ficção e realidade; para mim, perfeito.
Escritor Truman Capote
Capote narra a história a história do assassinato da família Clutter, uma das mais influentes na pequena cidade de Holcomb, no Kansas, onde residiam apenas 270 habitantes.
Poucos crimes na história chocaram tanto a população como o massacre dos quatro membros dessa família. Em 1959, na casa dos Clutter, onde estavam o casal Herbert e Bonnie e os filhos adolescentes Nancy e Kenyon, os ladrões Eugene Hickcock e Perry Smith após invadir a residência decidiram matar os quatro membros da família para não deixar testemunhas. 
Capote passou seis anos levantando informações e investigando passo a passo tudo o que ocorreu em Holcomb. Depois de muito trabalho, ele publicou a sua obra prima “A Sangue Frio”, livro que criaria um novo estilo literário com uma onda de seguidores.
O autor narra o crime da sua concepção à execução, além de fazer com que os leitores entrem na cabeça dos criminosos e conheçam os motivos que os levaram a cometer tal assassinato. A partir desse momento, você começa a ter contato com os pormenores da vida de Hickcoock e Smith – desde a infância a fase adulta - e, então, conhece os motivos que levou dupla a cometer tal atrocidade.
A intimidade dos relatos se deve ao fácil acesso que Capote teve aos assassinos. Ele visitava Hickcoock e Smith com frequência na prisão, fato que gerou muita polêmica na época, tanto é que surgiram indícios de que o autor teria se envolvido intimamente com um deles.
Controvérsias a parte, o que interessa é que “A Sangue Frio” é um grande livro e que, certamente, merece ser lido.

10 livros eróticos para você que leu e gostou de Cinquenta Tons de Cinza

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A literatura erótica a cada ano está ocupando um espaço maior nas estantes das livrarias e também nas bienais. Com certeza se esses livros tivessem sido pulicados num passado distante seriam motivos de escândalos, e se a publicação acontecesse num passado mais remoto ainda, eles fariam uma rápida e definitiva viagem para a fogueira... juntamente com os seus ‘heréticos’ autores. Mas como estamos no século XXI, os hábitos, costumes e ideologias são outros e com isso, tais obras puderam aparecer livremente nas prateleiras das livrarias físicas e virtuais, além das comentadas bienais paulistas e cariocas.
Com novas autoras, a literatura erótica ganhou força em blogs e redes sociais, fazendo nascer ou renascer o desejo de ler sobre sexo, sem o medo de ser pego no flagra, neurose que dominava os leitores e principalmente as leitoras de tempos idos, e muitos idos.
Não podemos esquecer também daquelas escritoras que ajudaram romper o tabu desse gênero literário num período onde tudo era proibido. Exemplo disso foi Cassandra Rios (1932-2002). Conhecida como “Safo dos Perdizes”, ela foi a primeira autora brasileira a atingir a marca de 1 milhão de livros vendidos – e escrevendo sobre sexo em plena ditadura militar.  Que coragem!
Décadas após a ditadura, o tabu de que a literatura erótica não podia ser consumida pelo público feminino, em hipótese alguma, ficou para trás. Hoje, histórias carregadas de ousadia e sensualidade acabaram virando coisa de mulher – como atesta o estrondoso sucesso da série Cinquenta Tons de Cinza.
Particularmente, não gosto desse tipo de literatura; prefiro enredos mais elaborados que sigam as vertentes do terror, suspense e até mesmo histórias românticas, tipo Nicholas Sparks, sem os ‘pegas prá capar’ que rolam nas páginas dessas obras, mas não posso negar que o erotismo na literatura tornou-se um sucesso enorme. Por isso, no post de hoje, selecionei alguns livros do gênero que foram muito comentados no passado e outros que estão sendo comentados no presente.
Vamos ao nosso toplist. Anotem os 10!
01 – Trópico de câncer (Henry Miller)
Trópico de Câncer, publicado no ano de 1934, em Paris, foi imediatamente proibido em todos os países de língua inglesa. Tachado como pornográfico, o livro, assim como seu sucessor Trópico de Capricórnio, só foi liberado nos Estados Unidos e na Inglaterra nos anos 60, aclamado como parte da revolução sexual. Polêmicas à parte, Trópico de Câncer foi celebrado pelos maiores intelectuais da época e se tornou um dos grandes clássicos da literatura americana.
Trópico de Câncer traz um relato autobiográfico e idiossincrático do personagem Joe, alter ego de Miller, que chega a Paris após abandonar nos EUA um casamento arruinado e uma carreira estagnada. Mesmo sem um centavo no bolso, Joe é apresentado à boemia francesa e redescobre seu próprio talento em dias e noites de boemia, liberdade e alegria sem fim. Ele vive perambulando pelas ruas, se embriagando e se jogando no mundo sujo do sexo. 
“Trópico de Câncer” faz “50 Tons de Cinza” parecer um conto de fadas infantil. Um livro, definitivamente, não aconselhado para todos leitores, mas mesmo assim, uma obra prima, na opinião de muitos.
02 – Toda sua (Sylvia Day)
“Toda Sua’ é considerado na opinião de várias pessoas, o sucessor do famoso “50 Tons de Cinza”, a obra escrita pela americana Sylvia Day conta o romance entre Eva Tramell, uma jovem de 24 anos que mora em Manhattan e que acaba de integrar uma das agências de publicidade americanas mais conceituadas do país, a Waters Field&Leaman e o milionário atraente Gideon Cross, dono não só da agência de seu mais novo emprego, como de todo o prédio em que ela trabalha.
Uma intensa relação calcada apenas no prazer casual vai, aos poucos, se desenvolvendo para uma paixão ardente – cheia de altos e baixos, capaz de reviver traumas antigos de ambos. 
Pelos comentários que vi nas redes sociais, muitas pessoas ficaram coradas e até mesmo indignadas com alguns trechos da obra. Talvez, elas ainda não tivessem intimidade com os livros de Sylvia Day, onde o sexo está muito acima do enredo.
A exemplo de “50 Tons de Cinza”; “Toda Sua” se tornou um grande sucesso literário.
03 – História de O (Pauline Réage)
Tido como um clássico da literatura erótica, “História de O” aborda o tema BDSM, mas do ponto de vista de uma personagem submissa. Por esse motivo, “50 Tons de Cinza”, na época de seu lançamento, foi imediatamente comparado ao livro de Pauline Réage – que na realidade é um pseudônimo adotado pela escritora e jornalista francesa Anne Desclos. Mas para quem leu os dois livros, essa comparação não passa de uma grande injustiça, já que a obra de Pauline ou Anne Descclos – tanto faz, é muito mais profunda.
O livro lançado originalmente em 1954 só chegou ao Brasil em 1990. “A História de O” fala de uma mulher livre e independente, que é levada por seu amante René a um castelo situado nas proximidades de Paris, onde ela se torna sua escrava e também de outros homens. Após esse período, a personagem conhecida apenas por “O” é entregue ao Sr. Stephen, que compartilha com René os direitos de tê-la como escrava. Ela é marcada a ferro quente com as iniciais de seu novo mestre Sr. Stephen e é submetida, por sua própria vontade e consentimento, a uma variedade de práticas sexuais sadomasoquistas.
Pela qualidade literária e pela considerável coragem com que trata o tema da submissão sexual feminina em um estilo cru e direto, o romance se tornou um dos ícones da literatura erótica do século.
O livro provocou fortes reações do público e da crítica, e recebeu o prêmio de literatura erótica Les Deux-Magots, em 1955.
04 – Trilogia Pede-me o que quiseres (Megan Maxwell)
Taí mais uma trilogia do gênero romance ficcional erótico. Desta vez saem Christian Grey e Anastasia Steele e entram Eric Zimmerman e Judith Flores. Quem leu a trilogia ou pelo menos o primeiro livro achou o enredo bem ousado e com forte doses de erotismo, não ficando atrás da saga escrita por E.L. James.
A trilogia de Megan Maxwell formada pelos livros – “Peça-me o que quiser”, “Peça-me o que quiser agora e sempre” e “Peça-me o que quiser ou deixe-me” – tem um enredo atrevido e contemporâneo. Os livros fizeram tanto sucesso que a autora espanhola María del Carmen Rodríguez do Álamo Lázaro (acredite, esse é o nome verdadeiro da autora; Megan Maxwell é apenas um pseudônimo) rapidinho lançou uma quarta publicação chamada “Surpreenda-me”.
A saga de Maxwell conta a história da secretária espanhola Judith Flores e seu chefe, o prestigiado empresário alemão Eric Zimmerman, também conhecido como Iceman: um homem muito sério e com os olhos azuis mais intensos e sexies que ela já viu. 
Após a morte do pai, Zimmerman decide viajar até Espanha para supervisionar as filiais da empresa que herdou. Nos escritórios centrais de Madrid conhece Judith, uma jovem inteligente e simpática, por quem se enamora de imediato. Judith sucumbe à atração que o alemão exerce sobre ela e aceita tomar parte nos seus jogos sexuais, repletos de fantasias e erotismo.
Com ele descobrirá o seu lado voyeur, e que as pessoas se dividem em submissos e dominantes… Mas o tempo passa, a relação intensifica-se e Eric começa a temer que o seu segredo seja descoberto, algo que poderia ditar o princípio do fim de uma relação.
05 – After (Anna Todd)
Com mais de 10 milhões de livros vendidos e mais de 1,5 milhão de leituras na plataforma online Wattpad, a série “After” é um fenômeno literário icônico da nova geração. O sucesso da saga criada pela escritora norte americana Anna Todd foi tanto que até agora já foram escritos cinco livros. Além disso, a trama saiu das páginas e foi parar nos cinemas no filme homônimo que estreou nas telonas brasileiras em 11 de abril.
Na trama, Tessa é uma garota de 18 anos que acaba de deixar a casa de sua mãe para ir morar no campus da faculdade.
Estudiosa, responsável e recatada, ela não quer saber de festas e nem de paixões. No primeiro dia na faculdade, Tessa conhece Hardin, um jovem rude, lindo e todo tatuado que implica com seu jeito de garota certinha. Os dois se detestam, mas ao mesmo tempo não conseguem ficar longe um do outro.
Logo, começam um relacionamento intenso e turbulento. Consumida por uma paixão que ela imaginava não ser possível, Tessa vê sua sexualidade aflorar. Mas por trás do chame irresistível de badboy, Hardin carrega fantasmas de seu passado, que podem colocar tudo a perder. Depois de Hardin, Tessa nunca mais será a mesma.
06 – Codinome Lady V (Lorraine Heath)
Para aqueles que procuram uma forma de literatura erótica mais tranquila e menos ousada, “Codinome Lady B” é uma indicação certa. De acordo com alguns leitores que apreciaram a obra de Lorraine Heath, a história tem aquele toque sensual cuidadoso, sem ser vulgar.
Minerva Dodger é uma bela mulher muito rica, mas cansada de rejeitar pretendentes interessados apenas em seu dote escandalosamente vultoso, ela decide que é melhor ser uma solteirona do que se tornar a esposa de alguém que só quer seu dinheiro. No entanto, Minerva não está disposta a morrer sem conhecer os prazeres de uma noite de núpcias e, assim, decide ir ao Clube Nightingale, um misterioso lugar que permite que as mulheres tenham um amante sem manchar sua reputação.
Protegida por uma máscara e pelo codinome Lady V, Minerva mal consegue acreditar que despertou o desejo de um dos mais cobiçados cavalheiros da sociedade londrina, o Duque de Ashebury. E acredita menos ainda quando ele começa a cortejá-la fora do clube. Por mais que ele seja tudo o que ela sempre sonhou, Minerva não pode correr do duque descobrir sua identidade, e não vai tolerar outro caçador de fortunas.
Depois de uma noite de amor com Lady V, Ashebury não consegue tirar da cabeça aquela mulher de máscara branca, belas pernas e língua afiada. Mesmo sem saber quem ela é, o duque nunca tinha ficado tão fascinado por nenhuma outra mulher antes.
Mas agora, à beira da falência, ele precisa arranjar muito dinheiro, e rápido. Sua única saída é se casar com alguma jovem que tenha um belo dote, e sua aposta mais certeira é a Srta. Minerva Dodger, a megera solteirona que tem fama de espantar todos os seus pretendentes.
Enredo bem interessante, não acham?
07 – O amante de Lady Chatterley (D.H. Lawrence)
Ao contrário de “Codinome Lady V”, “After” e até mesmo “Cinquenta Tons de Cinza”, o enredo de “O Amante de Lady Chatterley” de D.H. Lawrence é ‘trucão carga pesada’. Mas tão carga pesada que a obra chegou a ser julgada pelo tribunal criminal de Londres, em 1960, por obscenidade, o qual a editora Penguim venceu ao provar o seu valor literário. Até então, a obra estava proibida há 32 anos, ou seja, desde 1928.
O livro causou muita polêmica na época por conta de suas cenas de sexo explícitas e o uso de palavras consideradas "chulas".
“O Amante de Lady Chatterley” narra a história de Constance Reid (Connie), que, casada com um nobre paralítico, começa a ter um caso com o costureiro que trabalha na propriedade do marido.
Lawrence chegou a fazer alterações significativas no manuscrito original a fim de torná-lo mais aceitável aos leitores, mas mesmo assim, a obra continuou proibida.
Alguns estudiosos sobre a vida do autor, afirmam que a história foi baseada nos eventos infelizes de sua vida doméstica e que a inspiração para a "locação" do livro foi Ilkeston, em Derbyshire, onde Lawrence viveu por um tempo.
Hoje, “O Amante de Lady Chatterley” é apregoado por leitores e críticos como um clássico da literatura mundial.
08 – A coleira (Nana Pauvolih)
E quem disse que brasileiras também não escrevem romances eróticos? Taí a carioca Nana Pauvolih que não me deixa mentir. Alguns leitores acharam “A Coleira” polêmico e chocante; outros nem tanto, já que consideraram o enredo bem bobinho. Será?! Sei não, tudo é uma questão de gosto e como os gostos são diferentes...
A personagem principal da história é Lorenza. Ela é uma menina de 17 anos e mora com seu pai Otávio, vivendo como uma adolescente qualquer. Seu pai, para tentar salvar a empresa da família que está enfrentando sérias dificuldades financeiras, decide se associar a jovem empresário chamado Miguel.
Mas para ajudar Otávio, o rapaz faz uma exigência: quer Lorenza como sua amante. O pai da jovem aceita o acordo, pega o dinheiro de Miguel, paga os funcionários e foge com Lorenza para Portugal não cumprindo a promessa de dá-la como amante a Miguel.
Passam-se seis anos, o pai de Lorenza morre e entonce... Pelo título e também pela capa do livro já dá para saber o que irá rolar na vida de Lorenza. Como ela reagiará a tudo isto?
09 – Bem profundo (Porthia Costa)
Vi esse livro em vários blogs e as suas resenhas derivam para um lugar comum: enredo com um erotismo intenso e extremo. Tão intenso que a autora dá uma atenção muito maior aos jogos sexuais do que aos romance e sentimentalismo dos personagens.
Enquanto a ingênua personagem Anastasia Steele de “Cinquenta Tons de Cinza” narra a sua história de desejo e paixão; “Bem Profundo” é um mergulho na libertação da sensualidade e da libido da protagonista Gwendolyne ou simplesmente Gwen. Se Anastasia quer participar de um conto de fadas, Gwen quer um reencontro com sua feminilidade e com seus mais sinceros desejos.
Em “Bem Profundo”, Gwen tem como uma de suas tarefas esvaziar diariamente a caixa de sugestões da biblioteca. Um dia, ela encontra uma carta direcionada a ela, contendo uma proposta indecente. Um homem misterioso começa a lhe mandar correspondências de perder a cabeça e fica claro que ele não quer ficar só no papo! Suas ideias são chocantes, mas excitam Gwen.
Enquanto sua imaginação está a mil, ela ainda precisa lidar com o professor Daniel, que está fazendo uma pesquisa temporária na biblioteca. Um homem espetacular, em sua opinião. Gwen começa a fazer avanços sobre o professor inspirada pelas cartas picantes que recebe do admirador secreto. 
10 – Pequenos Pássaros (Anais Nin)
"Pequenos Pássaros", assim como "Delta de Vênus", é a ficção erótica mais difundida da escritora francesa Anais Nin (1903-1977) em todo o mundo. Estas histórias foram escritas na década de 40 e só publicadas em livro após a morte da autora, em meados da década de 70. Em Pequenos pássaros, treze histórias trazem pessoas - sobretudo mulheres - que dão vazão à paixão sob todas as formas e encaram seus mais variados anseios sexuais. A prosa de Anaïs Nin - mulher e escritora à frente do seu tempo - leva personagens e leitores a lugares recônditos do desejo humano. A autora é conhecida pela sinceridade com que trata de temas sexuais e eróticos e também pela delicadeza e musicalidade do seu estilo. 
“Pequenos Pássaros” apresenta os seguintes contos: Os passarinhos, A mulher das dunas, Lina, Duas irmãs, Siroco, Maja Desnuda, O modelo, A rainha, Hilda e Rango, O chanchiquito, Açafrão, Mandra e A Fugitiva, cujas histórias, um tanto "chocantes" para os leitores mais puritanos, falam de paixão, sexo, sensualidade, lesbianismo, etc. tudo de uma perspectiva feminina, num estilo provocante e ao mesmo tempo com muita sensibilidade.
Taí galera! Se vocês apreciam esse gênero literário, boa leitura.


Titanic – A História Completa

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Algo que me irrita demais são livros com capítulos enormes. Daqueles que você começa a ler e parece não ter mais fim. Então, mesmo que o enredo não seja ruim, aquela imensidão de letrinhas vai te esgotando, esgotando até você não ver a hora de terminar o tão malfadado ‘capitulão’. Cara, fico P. da Vida com esses autores ou editores que não tem a perspicácia de dividir esses ‘super-capítulos’ em subcapítulos. É por isso que admiro cada vez mais Stephen King. A maioria de seus livros – para não dizer todos – são divididos em subcapítulos, deixando a leitura de suas obras muito mais atrativa. Não é à toa que ele é conhecido como o mestre da escrita e... claro, mestre do terror, também.
Pois é, “Titanic – A História Completa” do escritor e historiador francês Philippe Masson, infelizmente, se enquadra na categoria dos livros com capítulos longos ao extremo e sem nenhuma subdivisão. Não sei se essa escolha partiu do autor ou de seus editores, o que sei é que tal atitude matou grande parte do enredo.
Talvez, acontece o mesmo com vocês, não gosto de interromper temporariamente a leitura sem terminar um capítulo. Quando sou obrigado a parar no meio daquele mar de letras por algum motivo, me sinto perdido quando retorno a leitura já que o enredo do “capitulão” foi ‘podado’- por mim - sem o autor completar a sua linha de raciocínio. Resultado: fico perdidão e acabo tendo de voltar vários parágrafos para pegar o embalo, novamente.
Apesar do livro de Masson ter um enredo interessante – não em seu todo, mas em partes – sofri para ler a obra, principalmente nas páginas sem ilustrações, já que as fotos ajudam a ‘quebrar’ um pouco os enormes capítulos. Vale lembrar que cada capítulo tem, me média 45 páginas com escrita corrida.
Bem, mas deixando os infernais ‘capitulões’ de lado, vamos ao que interessa: ao enredo, o qual vou me esforçar para não liberar spoiler. Vamos lá. A história é razoável, pois tem partes interessantes e outras nem tanto. Dos sete capítulos – excluindo “apresentação”, “glossário” e “bibliografia” – os que mais prenderam a minha atenção foram: “O Inconcebível”, “Imprudência ou Fatalidade” e “Do Salvamento no Mar”. No primeiro, o leitor se sente dentro do próprio Titanic, já que o autor narra como foi o naufrágio do transatlântico, desde o momento em que colidiu lateralmente com um iceberg até o instante dramático em que o navio se parte ao meio, e proa e popa submergem em posição vertical. É neste capítulo que Masson conta, baseado em depoimentos de sobreviventes, quais foram as reações de vários passageiros e tripulantes. Atos de muita coragem se fundem a atos de extrema covardia nos momentos de perigo. Vários desses atos são narrados em detalhes, fazendo com que o leitor se sinta como um dos passageiros do Titanic, ali, naquele momento, assistindo a tudo.
Não tenho como negar, que apesar da falta de subcapítulos, devorei essa parte do livro. A grande quantidade de fotos e gráficos também ajudaram a tornar o texto mais atrativo.
É neste capítulo que o autor aborda um assunto que para alguns não passa de uma lenda, mas para outros é a mais pura realidade: a orquestra do Titanic que tocou várias músicas no convés para acalmar os passageiros, enquanto o transatlântico submergia. Todos os oito músicos pereceram durante o naufrágio e devido ao ato de heroísmo e coragem, a história real do grupo acabou se tornando uma lenda.
Em “Imprudência ou Fatalidade”, são apresentadas várias hipóteses sobre o acidente para o leitor. Excesso de velocidade do transatlântico? Rota arriscada pré-determinada pela Companhia responsável pelo Titanic? Falha na comunicação de telégrafo? Enfim, Masson disseca todas as possibilidades que possam ter conduzido ao grave acidente. Achei o capítulo bem atraente.
Já em “Do Salvamento no Mar”, o autor analisa as falhas ocorridas no processo de salvamento dos passageiros que conseguiram sobreviver ao naufrágio. Reza a lenda que enquanto o Titanic mergulhava nas profundezas do Atlântico Norte surgiu no meio do nevoeiro, daquela noite fatídica de 15 de abril de 1912, um misterioso navio, o qual apenas poucos sobreviventes nas balsas conseguiram avistar. Seria um navio fantasma ou alguma embarcação que se recusou a ajudar no salvamento? Neste capítulo, Masson explora a possibilidade do suposto navio fantasma ser na realidade o cargueiro britânico SOS Californian. Discussões a respeito de uma possível negligência do comandante desse navio, Stanley Lord e de sua tripulação nos socorros à embarcação compatriota perduram até os dias atuais. O livro explora muito bem esse assunto e a presenta os fatos prós e contra o capitão e a tripulação do Californian, deixando para que o leitor, de posse das informações, opine se houve ou não omissão de socorro.
Quanto aos outros quatro capítulos, sinceridade? Achei desinteressantes. Juro que as informações sobre os motivos que levaram a construção Titanic não me atraíram; muito menos as tentativas de resgatar os lendários ‘restos mortais’ do transatlântico que repousa nas profundezas do oceano, além  dos inquéritos que foram abertos para apurar responsabilidades do naufrágio.
No balanço final, acredito que os capítulos: “O Inconcebível”, “Imprudência ou Fatalidade” e “Do Salvamento no Mar” valeram a leitura do livro, apesar dos temíveis e medonhos capitulões.
Por hoje é só.

O Cemitério

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O livro “O Cemitério”, de Stephen King, é tão bom, mas tão bom, que seria uma grande heresia estraga-lo com spoilers nessa resenha. Por isso pretendo escrever o mínimo possível para evitar esse mal. Aliás, estou escrevendo esse post especialmente para aquelas pessoas que ainda não leram o livro e tampouco assistiram aos dois filmes (1989 e 2019) baseados na obra.
Apesar da maioria dos “leitores-cinéfilos” já terem lido o livro e assistido, pelo menos, a produção de 20 anos atrás, alguns ainda desconhecem a história por completo, não sabendo quem morre, quem continua vivo, qual o resultado da atitude de Louis Creed, no que aquele ou este personagem se transforma. Bem, a resenha que você lê agora foi escrita para essas pessoas, por isso, talvez, ela possa parecer bem superficial, mas... paciência. Prefiro assim. Me perdoem aqueles que já estão calejados com o “Universo Pete Sematary” e esperavam algo mais detalhado.
Considero “O Cemitério” o livro mais denso e perturbador de King. Posso dizer que a morte é o personagem principal do enredo. Não a morte como algo físico, mas metafísico – do jeito que ela é realmente, agindo e mudando o comportamento dos personagens, influenciando em suas decisões.
Por exemplo, o personagem Louis Creed, por ser médico, sempre soube lidar e, principalmente, aceitar a morte como algo normal, até o momento em que ela cruza o seu caminho, mudando o seu modo de pensar e agir. No caso de Raquel, mulher de Creed, ela passou a ter ojeriza da morte após um trauma de infância envolvendo sua irmã, chegando ao ponto de não aceitar que um dia irá perder pessoas queridas em sua vida ou então animais de estimação. A pronúncia da palavra “morte” é proibida em sua casa. Mas após ser atingida pelo luto e quase perder a razão, surpreendentemente, ela se torna uma mulher forte, ao ponto de viajar quilômetros infindáveis para tentar salvar alguém querido. E tudo isso baseado numa premonição.
Cena do filme "Cemitério Maldito" de 1989
Outros personagens do livro também são atingidos pela morte, entre os quais Jud Crandall, amigo da família Creed; Ellie, filha do casal e até mesmo Irwin – pai de Rachel e sogro de Louis – que  juntamente com o seu genro protagonizam uma cena que seria hilária se não ocorresse no velório de um familiar. Aliás, King é mestre em transformar fatos engraçados, até mesmo pastelões em momentos de terror. Cada um desse personagens reage de maneiras diferentes quando alguém conhecido ou estimado perde a vida.
Enfim é isto, a morte está presente em toda a história e por isso, acredito que “O Cemitério” seja tão perturbador. Mas não apenas perturbador; o enredo também tem vários momentos que causam calafrios. Eu, mesmo, me arrepiei com quatro passagens que me incomodaram muito. Perto do final, um dos personagens, após a sua transformação maligna, choca o leitor não somente por sua aparência, mas também pelo seu linguajar, considerado incompatível para a sua idade. Algo que não acontece nos dois filmes.
"Cemitério Maldito", remake que estreou nos cinemas em 2019
Vários trechos da obra onde o cemitério maldito interage com alguns personagens, procurando arrastá-los para o abismo de uma loucura se fim, como se fosse uma entidade malévola, metem um medo visceral. Na maioria das vezes, li o livro sozinho em casa durante a madrugada e confesso que fiquei com aquele medo bobo de entrar num cômodo com a luz apagada. Acredite, “O Cemitério” consegue fazer isso.
Na trama, Louis Creed, um jovem médico de Chicago, acredita que encontrou seu lugar em Ludlow, uma pequena cidade do Maine, onde se muda com sua esposa, Rachel, e seus dois jovens filhos, Ellie e Gage. 
A boa casa, o trabalho na universidade, a felicidade da esposa e dos filhos lhe trazem a certeza de que fez a melhor escolha.
Num dos primeiros passeios familiares para explorar a região, conhecem um "simitério" no bosque próximo a sua casa. Ali, gerações e gerações de crianças enterraram seus animais de estimação.
Para além dos pequenos túmulos, onde letras infantis registram seu primeiro contato com a morte, há, no entanto, um outro cemitério. Uma terra maligna que atrai pessoas com promessas sedutoras e onde forças estranhas são capazes de tornar real o que sempre pareceu impossível.
Este local estranho e maligno passa a ter grande influência na família Creed.
Enfim, é isto. Espero não ter liberado muito spoilers para a galera que ainda não leu o livro e nem assistiu aos dois filmes.
Só posso dizer: não deixem de ler “O Cemitério”. É muito assustador e principalmente, perturbador. Talvez, o mais perturbador de todos os livros escritos pelo mestre do terror.

Medicina dos horrores – Livro polêmico desvenda o sangrento e macabro mundo das cirurgias do século XIX

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Ainda bem que não nasci no século XIX! Para ser mais específico, antes de 1846. Caraca, fico imaginando como seria naquela época uma cirurgia de fístula perianal. Por que? Simples, devo passar por essa intervenção cirúrgica na próxima semana.
Após ter visto os releases da pré-venda de “Medicina dos horrores” da historiadora Lindsey Fitzharris, obra que narra como era o chocante mundo da cirurgia do século XIX, agradeci à Deus por ter chegado ao mundo 115 anos depois. Ufaaa!!
Naquela época, ‘a coisa’ era trash, meu amigo. Imagine se você tivesse quer fazer uma cirurgia sem anestesia. Verdade! O ‘bem-aventurado’ Dr Crawford Long, só viria descobrir o éter etílico como anestésico em 30 de março de 1842, durante um procedimento cirúrgico para remover um tumor de um paciente. Antes disso, as intervenções eram cruciais e realizadas a sangue frio com os pobres pacientes sendo obrigados suportar a agonia de ter o seu corpo rasgado, remexido e costurado: bem acordadinhos.
Pois é, de forma brutal e sem qualquer ajuda de remédios, os cirurgiões cortavam os pacientes, quebravam ossos, retiravam órgãos e costuravam artérias. Enquanto essas pessoas permaneciam completamente conscientes.
Aiiiii.... eu e a minha fistula naquela época....Arghhhhhhh! Só de pensar....
Apaixonei-me pelo tema do livro. Na realidade, sempre tive uma queda por assuntos relacionados ao mundo da medicina. Para quem não sabe, o primeiro vestibular que prestei foi nessa área, somente algum tempo depois descobri a minha vocação para o jornalismo.
Gostei tanto do pouco que vi, que apesar do preço bem salgadinho (R$60,00), já reservei a minha edição que está em pré-venda nas principais livrarias virtuais.
Em “Medicina dos horrores”, Fitzharris evoca os primeiros anfiteatros de operações — lugares abafados onde os procedimentos eram feitos diante de plateias lotadas — e cirurgiões pioneiros, cujo ofício era saudado não pela precisão, mas pela velocidade e pela força bruta, uma vez que não havia anestesia. Não à toa, os mais célebres cirurgiões da época eram capazes de amputar uma perna em menos de trinta segundos, como por exemplo, Robert Liston, um cirurgião escocês que ficou conhecido por suas amputações rápidas, algumas delas feitas em cerca de dois minutos.
Trabalhando sem luvas e sem qualquer cuidado com a higiene básica, esses profissionais, alheios à existência de micro-organismos, ficavam perplexos com as infecções pós-operatórias, o que mantinha as taxas de mortalidade implacavelmente elevadas.
Joseph Lister vaporizando o campo cirúrgico com ácido carbólico
É nesse cenário, em que se considerava mais provável um homem sobreviver à guerra do que ao hospital, que emerge a figura de Joseph Lister, um jovem médico que desvendaria esse enigma mortal e mudaria o curso da história. Concentrando-se no tumultuado período entre 1850 e 1875, a autora nos apresenta Lister e seus contemporâneos e nos conduz por imundas escolas de medicina, os sórdidos hospitais onde eles aprimoravam sua arte, as “casas da morte” onde estudavam anatomia e os cemitérios, que eles, volta e meia invadiam para roubar cadáveres.
Listerera um cirurgião médico e cientista britânico que conseguiu desenvolver práticas de cirurgia anti-séptica durante a era vitoriana da Inglaterra graças ao seu conhecimento da teoria sobre a origem da putrefação e a fermentação de Louis Pasteur. Ele também foi quem descobriu o uso da chamada sutura de catgut ou absorvível em feridas cirúrgicas.
O método anti-séptico desenvolvido por Lister mudou substancialmente a prática de intervenções cirúrgicas no século XIX. Naquela época, como já disse, as operações eram realizadas em condições extremamente precárias, não só por causa de higiene inadequada, mas também pelo espetáculo público que tinham.
O livro “Medicina dos Horrores” tem previsão de chegar às livrarias no dia 5 de julho próximo, mas aqueles que quiserem garantir o seu exemplar já podem reserva-lo em pré-venda.
Inté!
Detalhes Técnicos
Autora: Lindsey Fitzharris
Tradução: Vera Ribeiro
Páginas: 320
Gênero: Biografia
Editora: Intrínseca
Ano da edição: 2019
Acabamento: Capa dura
Altura: 23.00 cm
Largura: 16.00 cm
Formato(s) de venda: livro, e-book
Formato: 16 x 23 x 2,1
Lançamento: 05/07/2019

“O Labirinto do Fauno”: dos cinemas para as páginas. Livro de Guillermo del Toro chega às livrarias em julho

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Uma das cenas mais chocantes que assisti no cinema foi um corte feito na boca de um sujeito com uma navalha. Uma menina tascou uma navalhada  na lateral do rosto do cara, acho que de dentro pra fora. Arghhhhh!! E o infeliz, ainda, ficava desfilando em cena com aquele corte horroroso até pegar uma agulha com linha e unir numa sutura b em rústica aquelas duas lapas de pele, mucosa e músculos. Cara, que ‘trucão’. Aliás, “O Labirinto do Fauno, lançado em 2006, é um verdadeiro trucão pesado, tanto no que se refere a qualidade do filme quanto as suas cenas chocantes.
Guillermo del Toro caprichou nesta obra. Não foi à toa que há 13 anos, recebeu seis indicações para o prêmio Oscar, incluindo melhor filme estrangeiro (Espanha/México). No final, acabou vencendo em três categorias: melhor fotografia, direção de arte e maquiagem. E de fato, o visual do filme é divinamente fantástico.
A boa notícia para os leitores é que o famoso cineasta, roteirista e produtor mexicano juntamente com a escritora Cornelia Funke decidiram transformar o filme em “um livro épico e uma fantasia sombria para leitores de todas as idades”.
O livro que já está em pré-venda na Amazon e com previsão de chegar as bancas em 10 de julho terá além da história principal, outros contos fantásticos que contribuirão para ampliar o universo de “O Labirinto do Fauno”. Ah! Outro detalhe. A obra terá várias ilustrações.
O livro de Guillermo e Cornelia é um conto de fadas que leva os leitores a um mundo sinistro, mágico e destruído pela guerra, repleto de personagens ricamente desenhados, como faunos trapaceiros, soldados assassinos, monstros comedores de crianças, rebeldes corajosos e uma princesa há muito perdida, esperando se reunir com sua família.
Resumidamente, o filme acompanha a personagem Ophelia, princesa do submundo que fugiu para o plano terreno com a sua mãe. Durante a trama, ela encontra um ser mágico chamado Fauno, que a ajudará a voltar para o seu lar. 
Quanto ao livro, o seu enredo expande o universo do filme, explorando agora o passado de seus personagens. Pelo o que eu entendi, a obra literária funciona como um complemento do filme, passando bem longe de uma simples novelização. Ufaaa! Ainda bem!

A fístula que vale uma divagação num blog literário

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Conhecem aquele filme famoso com o Bruce Willis e o Samuel L. Jackson? Corpo Fechado? Nele, o personagem David Dunn, por algum motivo misterioso, nasceu com o corpo completamente fechado – daí o título do filme. Por causa da sua invulnerabilidade, o sujeito consegue escapar sem nenhum arranhão de um grave acidente de trem. Aliás, no filme ele é o único sobrevivente. Então, o personagem de Jackson tenta convencê-lo de que ele é um super-herói de histórias em quadrinhos.
Pois é galera, acho que me pareço, um pouco, com David Dunn, quer dizer, se levar em conta que até agora nunca tive o meu corpo marcado por um bisturi. Verdade! Já ultrapassei cinco décadas e meia de vida e o meu corpo continua lacradinho contra qualquer ataque cirúrgico, ou seja, ainda não tive a oportunidade de conhecer uma sala de operações. Quer dizer... até esta quarta-feira, dia 03.
O blogueiro de corpo fechado, aqui, foi pego a traição por uma vilã sorrateira chamada fístula perianal. E uma fístula que está me botando um medo danado. Por isso, me perdoem por estar fugindo, novamente, da temática proposta por esse blog que é a abordagem de assuntos literários.
Mas nesta noite, perto da véspera de partir para o hospital e enfrentar a minha primeira cirurgia, me deu uma vontade enorme de “conversar” com vocês que acompanham o blog frequentemente. Bater um papo, falar sobre as minhas expectativas, os meus receios e convicções, enfim, me abrir um pouco. Acho que, assim, vou me sentir melhor.
Pois é, há quatro meses, quando descobri que tinha uma fistula perianal, comecei a pesquisar sobre o assunto, além de ver no Youtube alguns depoimentos de pacientes recentemente operados. PQP! Tinha cara que chorava, gemia, gritava, berrava, afirmando que o processo de recuperação estava sendo trash. Teve um sujeito que só faltou excomungar o médico, o hospital e a até mesmo a própria fístula operada. O engraçado é que esse cara xingava todo mundo sentado completamente torto na cadeira, já que não podia se acomodar corretamente por causa do buraco que haviam feito entre as suas nádegas e o ânus para extrair a fístula cruel. “Esta mardita ficou pior depois que mexeram!!” – esbravejava o homem, exortando todos aqueles que assistiam ao vídeo, a fugirem do ato cirúrgico. “Putz, é desse estímulo que eu precisava”, disse para mim mesmo, após xingar o cara de vários nomes. Xinguei mesmo, mas depois fiquei com remorso, pois pensei no seu sofrimento.
Outros ‘corvões’ cruzaram o meu caminho procurando “levantar o meu estado de espírito”. Um deles foi o pedreiro que trabalhava em minha casa.  - Sêo Moreira, o senhor vai operar de fístula anal? – disse ele.
- Vou sim, preciso.
- Vichii... – respondeu. É, somente isto: Vichii. E será que precisava mais alguma coisa?
Mas o tal pedreiro ainda não satisfeito, preferiu dar o golpe de misericórdia:
– Dizem que a dor é desgraçada de ruim e ainda fica um buracão no ‘forever’ – isso mesmo, ele disse ‘forever’ - que demora um dedéu de tempo pra fecha.
– Valeu pela força ‘doutor’ Nestor. Agora, deixe a minha fístula em paz e vai operar as suas paredes e os seus concretos. – disse a ele.
Os únicos que estão me dando força nesse momento é a minha esposa e o meu médico. Lulu vive me dizendo para não prestar atenção “nessas conversas” já que cada caso é um caso, e no meu, trata-se de uma fístula superficial.
Quanto ao meu médico, Dr, Dráusio, ele diz que a cirurgia é muito simples e bem menos dolorida do que uma operação de hemorroidas.
– Moreira, criaram uma mitologia em cima das intervenções cirúrgicas de fístulas perianais, e na realidade não é nada disso do que dizem. A impressão que fica é que o pós-operatório é um martírio. Nada a ver... menos, né – disse ele.
Estimulado por essas palavras, criei coragem e encarei novamente os vídeos do Youtube. E bingo!! Bingo!!! Encontrei uma boa alma revelando que fez a cirurgia, há quatro dias, e está passando super bem e sem dor. Gritei um vivaaaaaaaaaaaaaaaa!!! Mas foi um viva que mais pareceu um grito de gol, pois o amado sujeito desmistificou todos os tiros de fuzis que foram disparados em meu corpo outrora fechado. O sujeito que já considero o ‘meu melhor amigo do YouTube’ disse que não ficou com nenhuma sequela, incluindo a temível incontinência fecal, não sente dor e a recuperação está indo de vento em popa.
Galera, devo ser operado nesta quarta-feira, dia 3, e peço que rezem por mim. Me desculpem os ateus, mas acredito muito em Deus, em Maria e também nos santos anjos. Sei que estarei em boa companhia quando o meu ‘corpito’ receber o corte de sua cirurgia de estréia. A anestesia será a raquidiana, mas acredito que eles me darão, também, um sedativo para que me desligue desse mundo, temporariamente.
Não estou com medo da cirurgia, fico apenas um pouco “assim e assim” – garanto que é um “assim e assim” pequeno, principalmente depois que conheci o meu “melhor amigo do YouTube´ com o seu fantástico depoimentoo. O meu médico disse que após fazer a abertura e a curetagem do trajeto fistuloso, não é possível dar pontos e por isso o buraco fica aberto com a cicatrização ocorrendo de dentro para fora. Esta cicatrização pode demorar até dois meses.
Peço a compreensão da galera, porque dependendo do grau da minha recuperação, talvez tenha que desacelerar a periodicidade das postagens no blog nestes 30 ou 60 dias. Apenas talvez, não sei ainda. Vamos esperar o andar da carruagem.
Bye!
Uhauuu! Como foi bom ‘conversar’ com todos vocês que acessaram esse post.
Torçam por mim!
Inté depois da cirurgia!


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