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Super-heróis da Marvel e Dc Comics que já apanharam dos vilões, e muito!

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Na minha época de leitor inveterado de quadrinhos, isto há muitos anos atrás, nunca curtia das histórias do Superman. O cara era indestrutível! Nada o atingia, há não ser a tal kriptonita que às vezes algum vilão mais inteligente – quase sempre Lex Luthor – conseguia manipula-la com algum sucesso. Mas quase sempre, não dava pra ninguém, o super-herói arrebentava todo mundo. O problema é que depois, aquelas séries antigas de TV sobre Clark Kent e seu alter-ego também entraram na onda dos primeiros gibis e passaram a compor um super-herói chato ao extremo. O cara fazia até pose para receber os balaços na cara como que dizendo: - “Óh céus! De novo essa chateação! Vai, atirem logo esses grãos de areia, simples e desprezíveis mortais. Terminem a brincadeira para que eu possa terminar com vocês”. Olha galera, sinceridade: e-n-c-h-i-a  o  s-a-c-o!
Por isso, o meu favorito nos quadrinhos da ‘velha guarda’ era o ‘Cabeça de Teia’, ‘Amigo da Vizinhança, ‘Escalador de Paredes’ ou simplesmente “Homem Aranha”. Mêo! O Spiderman era demais! Ele batia, mas também apanhava e muito! Lembro de uma surra homérica que ele levou do Wilson Fisk, o ‘Rei do Crime’ e de outra humilhação danada imposta pelo Duende Verde que após ter amarrado o Peter Parker e rasgado parte de suas roupas, deixando à mostra o uniforme do Aranha, saiu arrastando-o pelos céus pendurado em seu planador. Nas duas histórias, lembro-me que o super-herói suou muito, mas depois conseguiu derrotar os vilões.
Sempre admirei os ‘supers’ que apesar de seu poderes incomensuráveis também sentiam medo, insegurança, além de enfrentarem os mesmos conflitos e dúvidas que nós. “Supers” que também levavam uns ‘catiripapos’ na cara ou então ‘uns’ tombos, mas depois de algumas escoriações conseguiam dar a volta por cima e vencerem. 

Ficava melhor ainda quando os ‘supers’ escapavam por pouco de deixarem este mundo e partirem para outro melhor. Mas, infelizmente, com o homem de aço, essas emoções praticamente não existiam.
Recordo-me que na minha infância e pré-adolescência passava um tempão na banca de revistas da minha cidade observando e devorando avidamente as capas dos gibis da saudosa Editora Ebal que publicava, nos anos 70 e início dos 80, as histórias da Marvel e DC Comics. Já naquela época, as ilustrações e enredos que mais me chamavam a atenção eram aquelas em que os super-heróis encontravam-se numa situação inusitada, surpreendidos pelo vilão. Cara, eu queria saber como aquele sujeito que eu curtia de montão iria se safar daquela armadilha ou então do abraço mortal de seu odioso algoz. E então já viu né? “Compre gibis e mais gibis” (rs).
Vibrei quando em 1993 a DC decidiu dar uma quinada de 360 graus na história batida de Superman, trazendo para o campo de batalha um inimigo tão ou até mais poderoso do que o alter ego de Clark Kent, tanto é que provocou a sua morte. Sete anos antes do monstro Apocalypse eliminar Superman, um outro vilão, quer dizer vilã, também, quase despachou o homem de aço. Banshee Prateada usando de magia, conseguiu pôr  o homem de aço num torpor semelhante a morte clínica. Todos pensaram que ele havia morrido e chegaram a fazer o seu funeral, mas depois o super se recuperou e acabou novamente dando as caras.
Outra sacada de gênio da DC foi o lançamento da saga “A Queda do Morcego”, praticamente no mesmo período em que foi lançada “A Morte de Superman”. Nos quadrinhos víamos um Batman cansado e estressado e que não lembrava em nada aquele justiceiro destemido de Gothan City. Se o algoz de Superman foi um ser alienígena, o de Batman foi de carne e osso, um cara completamente bombado chamado Bane que simplesmente deixou o Cavaleiro das Trevas paraplégico ao quebrar a sua coluna.

Outro momento antológico dos quadrinhos que não pode ser menosprezado é “A Queda de Murdock” que mostra um Demolidor arrebentado emocional e fisicamente, após o Rei do Crime colocar em prática um plano terrível para desmascara-lo. Pois é foram histórias que marcaram a minha fase de leitor de quadrinhos.
No post de hoje estou relembrando algumas capas e traços de quadrinhos da Marvel e DC que se tornaram antológicos, já que saíram da mesmice e mostraram super-heróis imbatíveis sofrendo bullying nas garras de um vilão, algumas vezes, nem tão perigoso ou letal.   


O Príncipe da Névoa

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Antes de entrar no assunto do post, propriamente dito, me perdoem galera, mas não posso deixar de registrar mais uma das peripécias do Kid Tourão. Vejam só: o bom velhinho nonagenário estava assistindo ao Jornal da Band, o seu preferido, quando aparece o repórter falando que Roger Abdelmassih está sendo acusado de estuprar 56 mulheres. –“Pega esse velho FDP e joga o danado numa cela do PCC e fala pra ele bancar o touro rufião no pedaço! Quero ver se ele vai ser ‘hômi’ o suficiente”. Dias antes, ele já tinha visto na Globo, o William Bonner trucidar o Aécio, o Eduardo Campos e a Dilma naquelas entrevistas que mais se parecem com bombardeios na Faixa de Gaza. “Esse rapaz está muito desaforento; quero ver ele bancar o brabão com aqueles brucutus da luta livre!”. Só para esclarecer os leitores que para o Kid Tourão a sigla MMA nada significa, para ele os atuais combates de artes marciais mistas não passam de lutas livres, iguaizinhas aquelas de antigamente com o Fantomas, Mister Argentino e Tedy Boy Marino. “Vai, coloca um daqueles pra ver se esse rapazinho (Bonner) vai ficar gritando na orelha e erguendo o dedo na cara. Tá loco!!”
Perdoem-me fugir do tema do post, mas tinha que contar mais essa ‘pérola’ do velhinho peralta que apesar dos problemas de saúde continua aprontando das suas e sempre com bom humor. Vocês que ainda não conhecem o Kid Tourão, se quiserem curtir as suas aventuras acessem aqui, aqui, aqui e mais aqui. Mas vamos ao que interessa: “O Príncipe da Névoa”.
Se você já leu “A Sombra do Vento”, “O Jogo do Anjo” ou “Marina” não vá com tanta sede ao pote quando encarar “O Príncipe da Névoa”. Vá com calma, sem expectativas exacerbadas. É fácil explicar esse chamado “pé no freio”, afinal de contas “A Sombra do Vento” é considerada a obra máxima de Carlos Ruiz Zafón, escrita no auge de sua carreira como autor, enquanto “O Príncipe da Névoa” foi apenas o seu primeiro romance publicado e como o próprio escritor espanhol disse, o livro que marcou o início de sua singular carreira de escritor. Portanto, quando escreveu esse livro, logicamente, Zafon estava começando a desenvolver os seus atributos literários que fariam dele, alguns anos depois, um dos principais e mais respeitados escritores do mundo.  Dessa maneira, a obra – que diga-se de passagem, tem os seus méritos – apresenta vícios de linguagem e falta de ritmo em alguns momentos, mostrando um jovem autor ainda ‘verde’. Seria uma grande falta de bom senso ter a pretensão de comparar “O Príncipe da Névoa” com “A Sombra do Vento”. Não dá. Esqueça.  O próprio Zafon reconhece as limitações de sua história ao explicar na introdução que se sentiu tentado a usar algumas coisas que aprendeu na prática de seu ofício, ao longo dos anos, para reconstruir e reescrever quase tudo. Só não fez isso porque achou que devia deixar a obra tal como é, com seus defeitos e sua personalidade intactos. Vale lembrar que apesar de ter sido lançado no mercado literário brasileiro no ano passado pela Suma de Letras, “O Príncipe da Névoa” foi escrito em 1993, só chegou aqui na terrinha, 20 anos depois. Com relação à Sombra do Vento”, Zafon só viria à escrevê-la, oito anos após “O Príncipe da Névoa”.
Mas certamente, você deve estar pensando que o enredo do primeiro livro do autor catalão é muito fraco. Bem, o leitor que pensa dessa maneira se esquece de um detalhe importante: Zafon é um gênio e quando um gênio escreve algo mediano, esse mediano ganha o status de ótimo. Sendo assim,  “O Príncipe da Névoa” é ótimo, mas... “A Sombra do vento” é excelente.
Caim: o palhaço demoníaco de "O Príncipe da Névoa"
Logo de cara, o autor já coloca na ponta da agulha, um palhaço demoníaco como vilão. Cara, quer coisa pior do que um palhaço todo desfigurado e com um sorriso macabro ‘pregado’ na cara?! E ainda por cima feiticeiro, macumbeiro, mago ou o escambau a quatro?! Pois é, o tal Caim de “O Príncipe da Névoa” não fica devendo nada para o Pennywise de Stephen King. O primeiro livro escrito por Zafon não tem apenas terror. Nada disso. A história mescla amor, amizade, respeito e redenção. A cena envolvendo Roland e Alícia no fundo do mar, quando um dos dois é obrigado a fazer uma escolha que irá mudar o destino do casal é de estraçalhar o mais duro dos corações. Preparem os lenços.
“O Príncipe da Névoa” é uma caixinha de emoções: ora lhe provocando arrepios de medo, ora lhe emocionando, sem contar comas reviravoltas – que já se tornaram marca registrada do estilo de Zafon - que deixam o leitor de queixo caído.  Perto do final do livro, Zafon faz uma revelação surpreendente envolvendo determinado personagem que nem mesmo o mais esperto dos leitores poderia desconfiar.  Cara, pode acreditar, quando li derrubou o meu queixo juntamente com todos os dentes. Fiquei com cara de bobo, completamente pasmado. Aliás é isso que me encanta no estilo de Zafon: “nada é o que parece ser”. Quando menos se espera vem a bomba.
Em “O Príncipe da Névoa”, o autor conta a história da família Carver que por decisão do pai, para fugir da guerra, decide se mudar para um tranqüilo vilarejo no litoral. Porém, a nova casa dos Carver está cercada de mistérios. Atrás da casa, o pequeno Max Carver descobre um jardim abandonado, que contem estranhas estátuas, incluindo a de um sinistro palhaço, juntamente com símbolos desconhecidos.
Os novos moradores se sentem cada vez mais ansiosos: a irmã de Max, Alícia, tem sonhos perturbadores, enquanto a outra irmã, Irina, ouve vozes que sussurram para ela de um velho armário.
Escritor espanhol, nascido em Barcelona, Carlos Ruiz Zafon
Com a ajuda do novo amigo, Roland, Max também descobre os restos de um barco que afundou há muitos anos, numa terrível tempestade. Todos a bordo morreram, menos um homem – um engenheiro que construiu o farol no fim da praia.
Enquanto os adolescentes exploram o naufrágio, investigam os mistérios e vivem um primeiro amor, um diabólico personagem começa a surgir: o Príncipe da Névoa, capaz de conceder qualquer desejo a uma pessoa – mas cobrando um preço alto demais.
“O Príncipe da Névoa” é o primeiro de uma série de romances juvenis escritos pelo autor, junto com “O Palácio da Meia Noite”, “As Luzes de Setembro” e “Marina”, escritos antes da publicação de “A Sombra do Vento”.
Podem ler tranqüilos, sem medo de se decepcionarem, afinal estamos nos referindo ao gênio Carlos Ruiz Zafon e como já escrevi no início do post, um gênio quando faz algo simples, esse simples se torna sofisticado.

Herdeiros de Agatha Christie autorizam a volta de Hercule Poirot pelas mãos de uma nova escritora

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Os fãs de Agatha Christie devem estar gritando, urrando, dando cambalhotas, plantando bananeiras e rolando no chão de alegria. Afinal de contas o emblemático detetive belga idealizado pela escritora está de volta em uma nova história. – “Pô, mas pêra aí! Hercule Poirot morreu em ‘Cai o Pano’, livro antológico que literalmente ‘enterra’ o famoso detetive belga!” Ehehehe... Calma, calma... afinal de contas, esses escritores contemporâneos sempre encontram um jeito de invocar famosos personagens literários do mundo dos mortos. Resultado: as pobres almas que estão descansando numa outra dimensão, acabam sendo obrigadas a voltar para uma derradeira missão... quer dizer: uma derradeira continuação. E foi assim que aconteceu com Poirot. Ah! Querem saber quem o chamou, quer dizer quem o invocou, já que Agatha Christie está completamente fora de questão, já que nos deixou no início de 1976. A responsável por ‘ressuscitar’ Poirot se chama Sophie Hannah, uma britânica que ganhou o aval e os elogios dos herdeiros de Christie, em especial de Mathew Prichard, neto da consagrada autora. Veja só o que ele disse: "A ideia dela (Sophie) para um enredo era tão convincente e a paixão dela pelo trabalho da minha avó tão forte, que sentimos que era hora de escrever um novo livro de Christie". É mole ou quer mais? As palavras do neto de Christie deixam evidente a confiança irrestrita no trabalho da autora.
Mas vamos ao que interessa, pois imagino que a galera já deva estar a beira de um ataque de nervos para saber quem é essa tal Sophie Hannah, além, é evidente, de alguns detalhes sobre o retorno de Poirot. Ok, vamos lá. Primeiramente, vou dar algumas pinceladas sobre Hannah. A moça, ao que tudo indica, não é nenhuma novata no ramo, sendo muito elogiada no meio. Logo de cara, em seu primeiro romance publicado, foi amplamente aclamada pela crítica. “O Pesadelo de Alice” caiu no agrado dos críticos literários, até mesmo dos mais severos. Logo depois, ela lançou “Intimidade Perigosa” que também conquistou tanto crítica quanto leitores. Hannah é especialista no desenvolvimento de thrillers piscológicos, por isso acredito que se dará muito bem nessa nova história de Poirot.
Agora falando do livro em si; em “Os Crimes do Monograma”, Hercule Poirot se aposentou da polícia belga há muitos anos, mas um novo caso acaba chamando a sua atenção. Tudo começa quando o detetive ao se encontrar num café em Londres, acaba sendo surpreendido pela entrada dramática de uma mulher certa de seu assassinato iminente. Mas, para o espanto de Poirot, ela não deseja ajuda: diz que merece o que está por vir e sai desabalada do local, sem mais explicações.
escritora britânica Sophie Hannah
Enquanto isso, o policial Edward Catchpool se depara com um cenário perturbador: em quartos diferentes do mesmo hotel, três cadáveres são encontrados dispostos da mesma maneira cuidadosa e com uma abotoadura de ouro com as iniciais P.I.J. em cada um. Juntos, Poirot e Catchpool tentarão desvendar a possível conexão entre aquela estranha mulher e os três crimes, antes que mais mortes ocorram e seja tarde demais. À primeira vista, o enredo é bem interessante; não acham?
Uma decisão tomada por Hannah causou muita polêmica entre os fãs de Poirot: a ausência do capitão Hastings, considerado o melhor amigo do detetive e seu parceiro inseparável. No lugar, estará um novato da Scotland Yard: o Catchpool que citei logo acima.
A autora disse que criou um caso diferente daqueles que Poirot está habituado a viver e resolver. “Espero elaborar um quebra-cabeça que vai confundir e frustrar o incomparável Hercule Poirot por pelo menos alguns capítulos”, declarou Hannah.
“Os Crimes do Monograma” será lançado no Brasil no dia 10 de outubro, mas já está em pré-venda nas grandes livrarias virtuais. O livro vem editado pela Nova Fronteira com 224 páginas e uma capa ‘da hora’.
Aguardemos!

James Bond vem aí! Dia 1º de setembro chega às livrarias o relançamento de “Os Diamantes são Eternos"

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Palavra das Palavras e ainda por cima de honra! Olha galera, não entendo porque tanta dificuldade para relançar os livros de James Bond escritos por Ian Fleming. Putz! É braba a coisa! Tô falandoescrevendo sério! Na minha opinião, a ‘coisa’ mais difícil, até mesmo do que encontrar, nos dias de hoje, uma pepita de ouro de ‘mil quilates’ em Serra Pelada é ver alguma editora relançar sequencialmente ou num box fechado os  14 clássicos sobre o agente secreto inglês. Não adianta, se você quiser ler um livro de 007, deve procurar num sebo e jamais numa livraria. É mole ou quer mais?
Bem, tentando mudar esse panorama, a Record planejou  há 11 anos recolocar no mercado as antológicas obras do escritor britânico, bem... ficou apenas no planejamento, excetuando três livros – “Moscou Contra 007”, “007 Contra o Satânico Dr. No” e “Cassino Royale” – lançados respectivamente em 2003 e 2004 e 2006. E ficou nisso. Lembro-me que, na época, após ter adquirido os três livros ficava fuçando diariamente na Net na esperança de descobrir quando a Record colocaria no mercado, os outros títulos. E a cada fuçada vinha a decepção porque não encontrava absolutamente nenhuma informação.
Por isso, fiquei com um pé atrás quando no ano passado, o selo Alfaguara da Editora Objetiva relançou os livros “Da Rússia Com Amor” (Moscou Contra 007) – uma perda de tempo, já que o livro relançado pela Record em 2003 pode ainda ser encontrado facilmente nas livrarias - “Viva e Deixe Morrer” e “Goldfinger”. Pensei com os meus botões: “Será que a Alfaguara vai repetir a síndrome “Ah! Tá vendo só? Te enganei!” da Record? Juro que fiquei escaldadíssimo e para ser sincero, ainda continuo escaldadíssimo, mas menos neurótico.
Agora, zapeando nas redes sociais vejo a notícia de que o tal selo da Objetiva  (My God! Vai ter selos assim na Conchinchina, a Suma de Letras que o diga!) estará recolocando no mercado o quarto livro de Fleming: “Os Diamantes São Eternos”, seguindo o mesmo padrão de capa das três publicações anteriores e diga-se de passagem, muito bonitos.
A previsão é a de que a Alfaguara (nome esquisito, né?) relance “Os Diamantes São Eternos” no dia 1º de setembro, aliás, o livro já está em pré-venda em algumas livrarias virtuais.
‘Diamonds Are Forever’ é o quarto livro sobre o agente secreto britânico James Bond. Escrito por Fleming, foi publicado em 1956 e lançado originalmente no Brasilpela Editora Civilização Brasileira em 1965 como Os Diamantes São Eternos, e em 1999 pela Editora L&PM.
A história do livro é centrada na investigação de James Bond em uma operação de contrabando de diamantes. Plano criado por uma rede que tem início nas minas de diamantes da Serra Leoa e termina em Las Vegas. Ao longo da trama, Bond conhece um dos membros da quadrilha de contrabando, a bela Tiffany Case.
Neste livro vemos um Bond bem diferente, ou seja, mais arrogante e insolente. O enredo também foge daqueles conflitos e disputas com agentes soviéticos. Dessa vez, 007 enfrenta uma quadrilha de pedras preciosas.
Excetuando a capa que está fantástica – espero que a Alfaguara mantenha o mesmo padrão para as próximas edições, isto é, se realmente vierem as próximas edições – e a tradução atualizada do competente Roberto Grey (‘A Gangue do Pensamento” e “O Ladrão no Armário”) a única falha que vi no projeto da editora foi a de não respeitar a ordem cronológica de lançamentos originais dos livros escritos por Fleming. Já que decidiu republicar “Moscou Contra 007” – que se encontra facilmente nas livrarias -  poderia respeitar a ordem de lançamentos dos livros “fleminguianos”, começando com “Cassino Royale”, porque não existe coisa pior para os colecionadores de livros do que olhar para a sua linda estante e ver uma coleção de obras com capas das mais diferentes espécies e cores; um verdadeiro carnaval. Agora, já pensou os 14 livros de 007 com capas e tamanhos personalizados? Ficaria show de bola, não é mesmo?
Portanto, mesmo que demorasse um pouco mais, seria muito melhor se a Alfaguara relançasse um box com a coleção completa de 007, mas nem tudo é perfeito nesse mundo.
Inté!

Já está na web os dois primeiros capítulos de “O bicho da seda”, novo livro de J.K.Rowling

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Os fãs de J.K.Rowling estão contando nos dedos a chegada do mês de novembro quando a Editora Rocco estará colocando no mercado brasileiro o novo livro da autora: “The Silkworm” (“O Bicho da Seda”, em tradução livre).
Olha,  não vou repetir tudo o que contei escrevi sobre o livro, mesmo porque, já está tudo aqui, num post que fiz há algum ‘tempinho’ atrás. Encher lingüiça não dá, né galera?
O objetivo desse post é dizer, apenas, que já está disponível na web dois capítulos da obra de Rowling. Uhauuuu! Cara, veja bem, “The Silkworm” só vai aterrissar nas livrarias tupiniquins perto do final do ano e os curiosos já podem se esbaldar com a leitura de pelo menos dois capítulos!!.
Ehehehehe, legal né? Taí galera curiosa, basta acessar aqui e ler o início da nova aventura de Cormoran Strike.

Depois de “Anatomia do Mal"; a DarkSide ataca de “Serial Killers: Louco ou Cruel’ e “Serial Killers: Made in Brazil”

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Prepararem-se para ingressar, novamente, no mundo dos psicopatas – digo novamente porque, com certeza, muitos leitores que acompanham esse blog já pegaram em suas mãos a obra “Serial Killers – Anatomia do Mal”. Vem aí numa ‘paulada só’ dois novos livros sobre o assunto: “Serial Killers: Louco ou Cruel’ e “Serial Killers: Made in Brazil”, todos eles lançados pela Editora DarkSide Books, a mesma de “Anatomia do Mal”. Para quem curte esse estilo de literatura, a compra se torna indispensável. E digo mais, se os dois próximos lançamentos da editora seguirem os mesmos passos de “Serial Killers: Anatomia do Mal”, com certeza essa compra será uma das melhores já feitas por você, amigo leitor. Em “Anatomia...” que li há alguns meses, o autor  Harold Schechter - professor de literatura e cultura americana no Queens College, na Universidade da Cidade de Nova York - faz um estudo minucioso da mente dos serial killers, desde a sua infância até a fase adulta, apontando as possíveis causas que poderiam ter levado uma criança normal a se transformar num assassino cruel, sanguinário e sem remorsos. Posso afirmar, sem medo de errar, que se trata de um “livraço”.
Depois de Schechter chegou a vez de uma brasileira explorar o mesmo assunto. Ilana Casoy, a autora de “Serial Killers: Louco ou Cruel” e “Serial Killers: Made in Brazil”, já publicou outros livros sobre crimes que ficaram famosos no Brasil, como “A Prova é a Testemunha“, relato inédito do Caso Nardoni, e “O Quinto Mandamento – Caso de Polícia”, sobre o assassinato do casal Richthofen.
Ela também colaborou com o site do canal Investigação Discovery entre 2012 e 2013. A escritora participou, a convite da Fox Brasil, da criação de um perfil do psicopata Dexter Morgan, anti-herói e protagonista da série que leva o seu nome e que se tornou uma das mais cultuadas dos últimos anos.
Bem, por aí, já dá pra ver que a mulher é fera no assunto, o que faz aumentar ainda mais a expectativa da galera quanto ao lançamento de seus dois livros.
Para escrever “Louco ou Cruel?”, a escritora mergulhou em arquivos da polícia e da Justiça, do FBI e da Scotland Yard. A obra aborda os serial killers sob diversos aspectos: à luz da Criminologia, do Direito, da Psiquiatria e da Psicologia, e dedica-se a dissecar este universo e o perfil do criminoso.
Já “Serial Killers: Made in Brazil” investiga os assassinos brasileiros, no que viria a ser o primeiro livro do gênero dedicado aos assassinos em série do Brasil. Foram cinco anos de pesquisas, visitas a arquivos públicos, manicômios e penitenciárias, além de entrevistas cara a cara com os criminosos.
Em “Made in Brazil”, Casoy relata sete casos de serial killers brasileiros, três dos quais ela entrevistou pessoalmente: Marcelo Costa de Andrade, o vampiro de Niterói, um dos casos e depoimentos mais chocantes do currículo da autora; Francisco Costa Rocha, o Chico Picadinho; e Pedro Rodrigues Filho, o Pedrinho Matador. Um relato cruel feito pelos próprios assassinos, conduzido com maestria por quem entende do assunto, que procura guiar o leitor pela sinuosa mente de pessoas frias e com movimentos mais que premeditados para o mal. Além deles, a autora se debruça sobre a vida e os crimes de José Augusto do Amaral (Preto Amaral), Febronio Índio do Brasil, Benedito Moreira de Carvalho (Monstro de Guaianases) e José Paz Bezerra (Monstro do Morumbi).
Os dois livros fazem parte de um box ultra-luxuoso que só mesmo o pessoal que cuida dos layouts das obras da DarkSide sabem fazer. Aqueles que já leram “Anatomia do Mal”, sabem que não estou mentindo e pelos releases distribuídos pela editora já dá pra ter uma noção do que virá pela frente.
O box com os dois livros já está em pré-venda nas principais livrarias virtuais pelo preço promocional de R$ 84,90. Vale lembrar que o preço normal, sem desconto, é de R$ R$ 119,80.
Agora, se você estava pretendendo adquirir apenas um dos dois livros, fique tranqüilo porque eles também podem ser comprados separadamente por R$ 52,90, cada. Mas se eu fosse você, aproveitaria para comprar o box lacrado porque iria economizar uma graninha considerável.
Anotem aí pessoal: os livros de Ilana casoy ‘desembarcam’ nas livrarias físicas e virtuais em 29 de setembro.
Inté!

Arqueiro lança em outubro o box de livros “As Aventuras de Robert Langdon”

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O Marcos, um antigo colega dos tempos de universidade, é completamente fissurado em box de livros. Sabem, aquelas caixas ultra-trabalhadas que abrigam três, quatro, cinco ou mais livros de um mesmo autor? Pois é, o Marquito fica ‘endoidecido’ quando vê uma dessas embalagens nas livrarias virtuais. Prá ser sincero, quando o assunto é box, o sujeito pira!
Dia desses, ele me falou: - “Zé, não sei o que acontece comigo, acho que essas ‘caixinhas’ tem o poder de me enfeitiçar. É como se estivesse vendo uma princesa semi nua executando a dança do ventre, enquanto me chama apontando aquele dedinho que eu tenho vontade de....” Bem, melhor eu parar por aqui, mas acho que já deu prá entender como o Marcos perde o controle ao ver essas coletâneas de livros guardadas numa caixa. Inclusive, já o questionei dizendo que era perda de tempo comprar, novamente, livros que ele já tinha em sua estante, simplesmente porque esses mesmos livros acabaram de ser relançados com uma nova capa dentro de uma caixa de papelão ‘me engana que eu gosto”. – “Tú tá me chamando de trouxa?!!” E prosseguiu: “Para e pensa na heresia que você acabou de vomitar desses seus lábios impuros!”. Após gritar essas palavras, meu colega virou as costas e foi embora, me deixando ali plantado no chão com os meus ‘lábios impuros’; não sem antes de me apontar o dedo médio em riste naquele sinal característico de “Vai se fud...”
Cara, o Marquitão só voltou a conversar comigo depois de vários dias e mesmo assim, meio ressabiado.
Contei esse fato, pra galera que me acompanha no blog, para que entendam a importância desses tais boxes na vida de alguns leitores inveterados com alma de colecionadores. Na verdade, leitores que primam pelo visual de suas estantes e prateleiras de livros e que não admitem nenhuma obra fora do seu devido lugar. E é pensando nesse nicho de consumidores que as editoras usam e abusam dos lançamentos dos famosos boxes que não tem nada de  originais, pelo contrário, são obras repetidas e facilmente encontradas em qualquer livraria. Sei lá, às vezes, penso que o sujeito está pagando um preço absurdo apenas pela embalagem. Pô, o cara já tem os livros! Mas tudo bem, vamos respeitar as manias alheias.
Bem, se você se enquadra nessa categoria de leitores, podem se preparar porque no dia 16 de outubro próximo, a editora Arqueiro estará lançando um box (minha antiga professora de português do antigo 2º grau garante que o correto é boxe e não box, mas...) com os quatro livros protagonizados pelo mais famoso personagem criado por Dan Brown. Será que eu preciso responder quem é? Tá bem, é o próprio, galera: Robert Langdon.
Devo admitir que a ‘casca’, quer dizer o box, que abriga o recheio, digo, os livros, é estonteante, como a dança do ventre citada pelo Marquito no início do post. Mêo, é muito b-o-n-i-t-a. E bota bonita nisso. Já o livros, podem esquecer; nada de novo: as mesmas capas, o mesmo tipo de papel e as mesmas letras das edições originais.
O box que tem o título sugestivo de “As Aventuras de Robert Langdon” e reúne as obras: “O Código da Vinci”, “Anjos e Demônios”, “O Símbolo Perdido” e “Inferno”, já está em pré-venda nas principais livrarias virtuais.
Fiquem à vontade para comprar ou não. Eu já decidi. Vou economizar o meu suado dinheirinho para adquirir livros que eu ainda não tenho. Cara, venhamos e convenhamos: R$ 89,90 (R$ 85,40, em caso de promoção) é muita ‘bufunfa’ para uma simples caixa bonitinha... muito bonitinha.
Inté!

Linha do Tempo

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“Pronto! Lá vem ele falando, novamente, sobre Michael Crichton”. Antigamente, pouco tempo antes de ter esse blog, era dessa maneira que eu era recebido pelos meus amigos nas rodinhas de assuntos em que nos encontrávamos. E olha que eles tinham razão, aliás muita razão. Sempre fui um fã fissurado desse autor, ao ponto de ter a maioria de suas obras em minha estante. Fissurado, ao ponto, de ter ficado hiper abatido com a sua morte que ocorreu à seis anos.
Olha, Crichton é o cara. Ele é capaz de transformar temas maçantes, como física quântica e história medieval, tratados de maneira sonolenta por professores em salas de aula, em assuntos interessantes, capazes de viciar quem os lê. Agora, se o tema já é interessante, como por exemplo a teoria do caos e a biogenética, Crichton faz desses assuntos enredos incomensuráveis. Comparando grosseiramente, seria como se você colocasse um prato de comida suculento na frente de uma pessoa que não se alimenta há vários dias. Resultado: o sujeito vai devorar tudo, até o próprio prato.
Em “Linha do Tempo”, o autor faz os leitores viajarem numa eletrizante aventura no universo medieval, tendo como ponto de partida a física quântica. Na história, três  estudantes do mundo contemporâneo encontram um meio de voltar à França feudal do século XIV para salvar um professor em apuros. A narrativa é rica em detalhes, desde a descrição das lutas e do ambiente medieval. É interessante ver o choque de hábitos dos séculos XIV e XX (época em que o livro foi escrito – 1999). Imagine você vivendo naquele período? Pois é galera, saiba que uma expressão corriqueira ou até mesmo um corte de cabelos considerado comum hoje em dia, naquele século, teria uma importância enorme, capaz de desencadear uma série de atitudes e acontecimentos que poderiam beirar a catástrofe. Isso fica evidente quando uma das estudantes é alertada à usar uma peruca, já que mulheres com cabelos curtos naquela época eram consideradas bruxas ou desonradas. É nesse mundo que os três jovens ingressam e apesar de todos os preparativos feitos com esmero e antecedência, há sempre algo imprevisto. Crichton faz desse imprevisto uma verdadeira montanha russa.
E como é a máquina do tempo idealizada pelo escritor para levar os jovens estudantes à França feudal? Bem, esqueça aqueles trambolhões esquisitos, cheios de botões e alavancas ou então aquelas ‘batidas’ fendas temporais; o autor teve uma idéia muito mais ousada, ou seja, uma espécie de fax quântico, que permite "transmitir" pessoas para o passado. Isso mesmo! Bem louco, não é? Mas você deve estar se perguntando como isso é possível? Bem, na diluição que ele faz da teoria de Albert Einstein, a distância que separa duas épocas não seria uma questão de tempo, e sim de espaço – como se os séculos fossem universos paralelos. Capiche?
Na verdade, “Linha do Tempo” não difere muito de “Micro”, obra póstuma de Crichton, concluída por Richard Preston. Nos dois livros, o homem sai de seu habitat natural e acaba sendo obrigado a se virar num ambiente desconhecido e hostil. Em “Micro”, alguns jovens cientistas, após serem miniaturizados são deixados numa floresta tropical onde se vêem cercados de várias ameaças, desde insetos a aves gigantes. Já em “Linha do Tempo”, a floresta tropical e os insetos cedem os seus lugares para uma terra  medieval bruta, povoada por monges e guerreiros com hábitos bem diferentes do homem do novo século.
Ah! Antes que me esqueça, a história foi adaptada para o cinema em 2003 e pra variar não chegou aos pés do livro. Por isso, siga um conselho de amigo: Deixem de lado a bomba do filme dirigido por Richard Donner e invistam na leitura da obra escrita fantasticamente desenvolvida por Crichton.

Revelação (Assédio Sexual)

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Sabem quando um escritor é bom, de fato? No momento em que ele consegue transformar um personagem amorfo, sem sal ou açúcar –  com toda a minha sinceridade: um cú de vaca que não presta prá nada – no sujeito mais carismático e fodástico do enredo. Mêo! Prá conseguir essa proeza, o autor tem que ser fera, bom mesmo; e pode crer, Michael Crichton fez isso.
Tom Sanders, o personagem do livro “Revelação”, idealizado pelo saudoso autor  é um cara medíocre ao extremo. Ele só leva ‘cala-boca’ da esposa e do chefe, além de demonstrar toda a sua incompetência ao chegar atrasado no serviço – justamente no dia da sua promoção!! - para poder suprir a inabilidade da esposa em preparar os filhos para irem à escola.
Então, o belezura chega no serviço e recebe a informação de que não será mais promovido porque eles encontraram uma outra pessoa bem mais jovem e impetuosa do que ele, além de ter o perfil da empresa. Estou falando escrevendo sobre a linda e estonteante Meredith Johnson. Ok, você deve estar pensando que Sanders depois que recebeu a notícia esbravejou, gritou, esperneou e cuspiu poucas e boas para o velhote de seu chefe metido. Ah! Ta! Me engana que eu gosto! Pode acreditar que ele  simplesmente deu algumas resmungadas bem baixinhas pra ninguém ouvir, se fêz de vítima e parou por aí mesmo. Mêo, para vai! Você acha que os leitores conseguem se simpatizar com um sujeito assim?! O pior, é que conseguem!! Bem mais do que isso: nós conseguimos torcer por Sanders e passamos – com o virar das páginas – até mesmo a descobrir virtudes no pobre coitado que estavam escondidas.
Sei que Crichton morreu, que eu sou seu fã, que ele é um gênio da escrita, mas em “Revelação”, o cara se ‘Revelou’ (desculpem o pleonasmo) num grande dum calhorda machista ao ter transformado o seu principal personagem masculino num herói valente e santo e a sua linda Meredith Johnson, sua principal personagem feminina, numa Cruela dos diachos; numa vilã tão maléfica, mas tão maléfica, capaz de fazer com que as feministas de carteirinhas – aquelas bem fanáticas – fiquem com vontade de esganá-la e depois trucidar o seu cadáver. Johnson é um poço de maldade bem profundo e muito mais.
Ao longo da história, Sanders vai crescendo e mostrando aos poucos que não é tão bobo quando imaginamos. Ele acaba conseguindo até mesmo, fazer a cabeça de uma advogada para que o defenda. Pois é, eu falei uma advogada e não advogado. A extensão da crueldade e safadeza de Johnson é tão extensa que consegue fazer com que uma outra mulher acabe aceitando como cliente um homem que diz ter sido vítima de assédio sexual. A advogada acredita mais no sujeito do que na mulher que, por sua vez, inverte os papéis, passando a afirmar que a abusada foi ela!
No enredo do autor, Tom Sanders é um executivo bem sucedido da DigiCom, uma empresa especializada no desenvolvimento de sistemas de computador. Seus sonhos de alçar-se à alta gerência da organização que ele ajudou a progredir, no entanto, começam a ruir quando ele reencontra Meredith Johnson, uma antiga amante, com quem viveu uma relação atribulada no passado, e descobre que ela foi escolhida para ser a nova diretora em seu lugar.
Apesar da frustração e do constrangimento, ele resolve, em nome do profissionalismo, acatar as ordens de sua chefe. Logo descobre que uma das determinações dela é seduzi-lo.
Pronto! Está armada a armadilha. Assediado sexualmente, Sanders acaba envolvido numa trama em que a verdade dos fatos não corresponde às aparências.
A manipulação cínica de dados atinge sua máxima tensão quando ele é acusado precisamente de assédio sexual pela chefe. Processado, Sanders com a ajuda de sua advogada, percebe que a DigiCom esconde um mistério que caberá a eles desvendar.
Portanto galera, deu pra ver que o livro de Crichton não se resume apenas aos ataques sexuais de Johnson para cima de um acuado marido fiel. Por trás disso, esconde algo muito maior; um segredo que a ‘Cruela Malévola’ e a DigiCom guardam a sete chaves e o qual Sanders pretende descobrir a qualquer custo.
A Rocco lançou o livro no Brasil em 1993 com o título de “Revelação”; um ano depois, Barry Levinson levaria para as telonas a adaptação cinematográfica, mas com um outro nome: “Assédio Sexual”. E a Rocco que não é ‘boba, nem nada’, aproveitaria a polêmica do filme para relançar, em conjunto com a L&PM a história de Crichton, mas agora com o mesmo título do filme.
Mas deixem o cinema para lá... o livro é muito melhor!

Eu, Christiane F., Treze Anos, Drogada e Prostituída

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Há livros que marcam as nossas vidas como verdadeiras tatuagens, daquelas gravadas e cravadas na pele e na carne. Obras que passam a nos perseguir (no bom sentido, é claro) para o resto de nossas vidas. É incrível como esses livros tem o poder de fazer-nos retornar ao período mágico e vibrante de nossas adolescências ou pré-adolescência. Puxa! Como é gostosa  essa viagem! Só mesmo aqueles leitores inveterados para entender e sentir essa magia.
Hoje, ao chegar na minha casa ‘Cansadaço da Silva’, deitei-me na cama e até que aparecesse a coragem para tomar uma ducha gostosa, me assolou uma sessão de nostalgia. Sem mais nem menos, comecei a recordar momentos que marcaram a minha adolescência: o primeiro beijo, o primeiro fora, o primeiro emprego, aquela professora que pegava no meu pé, os amigos que se foram e mais isso e aquilo. E nesse revival de memórias, lembrei-me de dois livros que marcaram essa fase de minha vida: “Eu, Christiane F., Treze Anos, Drogada e Prostituída” e “Feliz Ano Velho”.
Como estou muiiiito cansado, prá ser sincero, arrebentadaço, vou escrever apenas sobre o primeiro livro para não trocar Jesus por Genésio. Prometo que amanhã ou o mais tardar terça-feira faloescrevo sobre a obra do Marcelo Rubens Paiva.
Sempre fui um rato de biblioteca. A primeira coisa que fazia após ouvir o sinal do recreio ou então do final das aulas era ‘zarpar’ para a biblioteca da escola. Chegando por lá, fazia a festa! Lembro que o meu primeiro contato com “Eu, Christiane F...” aconteceu naquele espaço amplo e silencioso, onde se encontravam apenas eu e a minha estimada e saudosa bibliotecária Dona Alice.  Naquela época, os livros não podiam sair da biblioteca, por isso, os alunos tinham de ler por ali mesmo. Mas com jeitinho consegui convencer Dona Alice que abriu a chamada ‘exceção das exceções’. Acho que fez isso por me considerar um ratão de biblioteca (rs). Li o livro em dois ou três dias, não mais do que isso. Confesso que marcou. Foi uma leitura impactante. Sei que hoje, a história da vida de Christiane Vera Felscherinow perdeu parte de seu impacto em virtude dos tempos em que vivemos, onde alguns – incluindo a própria ON U – sugerem a descriminalização do consumo de drogas. Mas na década de 70, para ser exato em 1979, quando o livro foi lançado, não existiam essas idéias revolucionárias e chocantes. Se hoje, vários artistas famosos e suicidas não ficam nem um pouco encabulados de fazer apologia as drogas, afirmando que a ‘mardita’ faz um bem danado para o corpo e para alma; naqueles tempos idos o sujeito não podia se gabar tanto de sua coragem ou burrice em consumir o ‘produto’: ele fumava, cheirava ou ‘se injetava’ nas sombras do silencio.
Imagine, agora, nesse tempo repressivo e puritano, uma criança de apenas 13 anos ‘soltar a bomba’ publicamente ‘que além de se drogar, também se prostituía à vontade? Tenso, não é mesmo?!
No livro escrito pelos jornalistas Kai Hermann e Horst Hieck – que acompanharam o julgamento de Christiane num Tribunal de Infância e Juventude na Alemanha – a jovem com 13 anos, na época, literalmente, abre o jogo, não escondendo absolutamente nada, tanto é, que os autores da obra – dois profissionais experientes e acostumados a cobrir tragédias e mazelas humanas - ficaram de queijo caído com as revelações.
Cristiane afirma que começou a fumar maconha em 1974, quando tinha apenas 12 anos de idade. Com essa mesma idade também se iniciou no consumo de medicamentos como Valium e Mandrix, além de LSD.
Quando a heroína ainda era uma novidade em Berlim, algo desconhecido entre os dependentes químicos; Cristiane já entrava de cabeça na droga. Ela revela em seu depoimento que inalou heroína pela primeira vez em um show de David Bowie e depois disso, vieram as picadas no braço em banheiros públicos abandonados, até ir se afundando cada vez mais no vício.
Olha galera,  já li “Eu, Christiane F., Treze Anos, Drogada e Prostituída”, pares e pares de vezes, e confesso que em todas elas, a narrativa não deixou de ser perturbadora, densa, pesada.
É f.... ler que uma criança começou a se prostituir com 14 anos para ganhar dinheiro para comprar heroína. Cara, mexe com você, ver uma criança contando os detalhes de como fazia para selecionar os seus clientes e como agia com eles. É f... ir vendo, aos poucos, a degradação do corpo e da alma e consequentemente da vontade de viver dessa criança que encontrou nas drogas, ao mesmo tempo, a alegria e a tristeza, mas não uma tristeza comum... uma tristeza de morte.
Os leitores que devorarem “Eu, Christiane F., Treze Anos, Drogada e Prostituída” irão se interessar tanto pela história que passarão a vasculhar na web informações sobre Christiane Vera Felscherinow na esperança de encontrar várias respostas para as suas dúvidas e curiosidades, tais como:
“Ela está vida ou morta?”. “Conseguiu abandonar o vício”?. “Tem filhos?”. “É casada?”. “Trabalha?”, etc, etc e mais etc.
Posso garantir que todas essas dúvidas são respondidas em outro livro auto-biográfico de Felscherinow, o não menos polêmico: “Eu, Christiane F., A Vida Apesar de Tudo”. Aqueles que quiserem conhecer mais detalhes sobre a obra acessem aqui.
Bem, é isso aí galera; no mais só gostaria de acrescentar que “Eu, Christiane F., Treze Anos, Drogada e Prostituída” é o livro que todas as mães deveriam incentivar os seus filhos a lerem. E olha que quem disse isso não foi o menino aki, mas sim, uma mãe exemplar de um amigo meu.
Inté “Feliz Ano Velho”!

Feliz Ano Velho

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Sinceridade? Cara, eu fujo de livros autobiográficos! É verdade! Olha, é muito, mas muito difícil encarar esse gênero literário; tanto é verdade que em minha estante é possível contar nos dedos os livros com essas características. Acho que o sujeito que se propõe a tornar a sua vida pública deve ter vivido essa vida muito bem vivida. Ooops! Desculpe o pleonasmo, mas não encontro outras palavras para ser mais contundente. Muitos “Zé- Manés” pensam que participar de um “Big-Brother” já lhe dão o direito de escrever uma autobiografia e não é bem assim. Costumo dizer que a pessoa que se propõe a publicar detalhes sobre a sua vida deve ter consciência de que estará publicando um romance. Isto mesmo, um Best Seller que deve ter emoção, ação, enfim, todos os ingredientes que possam prender a atenção dos leitores. Ok, responda-me uma pergunta: o que você faz quando começa ler um enredo amorfo e personagens mais amorfos ainda? No meu caso, se a leitura não engrenar após duas ou três tentativas, no máximo, abandono no ato. Agora imagine uma autobiografia de um cantor ou artista que não tem nada de interessante para contar? Fica complicado, não é mesmo galera?!
Meu receio com autobiografias já é antigo e vem desde a minha pré-adolescência quando fugia desse gênero, mas certo dia acabou caindo em minhas mãos – meio que por acidente – o livro do Marcelo Rubens Paiva, “Feliz Ano Velho”. Uma ex-colega de trabalho iria se mudar para outra cidade e resolveu doar alguns livros para mim. Dois ou três dias após esse gesto caridoso, ela me ligou desesperada: -“ José Antônio, acho que lhe doei algo que não gostaria de ter doado jamais!”, exclamou  num misto de pânico e brincadeira. Ela estava se referindo a “Feliz Ano Velho” que veio junto com o “pacote” de livros. A Márcia me pediu encarecidamente que lhe despachasse a obra do Paiva pelo correio via sedex. Bem, diante do desespero da minha colega acabei me interessando pela obra e então fizemos um trato: assim que acabasse de ler lhe devolveria o livro. Cara, tive que jurar por todos os santos de que não iria demorar muito para concluir a leitura porque ela queria a sua pedra preciosa o mais rápido possível. – “Ok... Ok... Fica fria, Márcia, não vou seqüestrar o seu xodó” (rs).
Bem pessoal, foi assim que resolvi encarar – muito receoso – a leitura da primeira autobiografia nos meus vinte e poucos anos de leitor (naquela época). E posso garantir que não me arrependi.
“Feliz Ano Velho” foi um diamante lapidado que caiu em minhas mãos. Antes de ler a obra, tinha uma vaga noção de que se tratava do relato de um estudante universitário que gostava de curtir a vida, mas após sofrer um acidente acabou ficando ‘condenado’ à uma cadeira de rodas. Comecei a ler o livro do Marcelo Rubens Paiva, já me preparando para uma sessão lacrimosa e bem down, coisa do tipo “Uma Janela para o Céu” ou “Love Story”, onde tragédias, tristezas, sofrimento e desespero se fundem numa coisa só. Resultado: o leitor termina de ler a obra – se conseguir terminar! - completamente extenuado, acabado e arrebentado. Mas, pensei comigo, tudo bem, tudo bom, já que estou com o livro nas mãos vamos à luta. Além do mais, a Márcia não era o tipo de leitora que se amarrava nesse gênero literário do tipo “A cruz que carrego”. E assim, comecei a ler.
Mêo! Mêo! E novamente Mêo! “Feliz Ano Velho” era totalmente o oposto do que eu imaginava. O autor descreve o seu drama com muito bom humor, não dando tanta ênfase ao lado down do fato. É claro que há os momentos de tristeza e até mesmo lencinhos nas mãos, mas são raros pacas! E Graças à Deus, porque, caso contrário, se transformaria num verdadeiro vale de lágrimas: “ Um Janelão para o Céu”.
Marcelo Rubens Paiva tratou a sua situação de uma maneira realista e sem auto-piedade. Mais ou menos assim: “Putz! Me quebrei inteiro, fui parar numa cadeira de rodas e estou dependendo da ajuda de amigos e familiares para reaprender a viver. Êpa! Mas pêra aí... a vida continua! Tenho que dar o melhor de mim para se tornar cada vez menos dependente. Por isso, vou continuar brigando e lutando contra a vida, mas também desfrutando  as coisas boas que essa mesma vida bandida que me ferrou...  me oferece”. Não sei se consegui explicar como deveria, mas bem resumidamente esse é o tom da obra de Paiva.
Para aqueles que não conhecem o livro; “Feliz Ano Velho” pode ser considerado um experiência autobiográfica do autor, que relata o acidente que o deixou tetraplégico depois de um mergulho em um lago às margens da Rodovia dos Bandeirantes, em 14 de dezembro de 1979, após bater acidentalmente com a cabeça no fundo do lago. Como já disse, de maneira bem realista e sem chororô, mostra a dificuldade que muitas pessoas sofrem com essa situação e a força de vontade que um homem deve ter para se inserir novamente na sociedade, enfrentando seus problemas e medos.
Durante esse período de recuperação, Marcelo conta com carisma e sinceridade detalhes de sua infância e de sua juventude. Desvela seus casos amorosos, retrata sua carreira musical. Jovem ativo, participava do quadro político Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde cursava engenharia agrícola.
Filho do deputado federal Rubens Beyrodt Paiva,  ele conta ainda, em um dos momentos mais aflitivos, como foi o dia em que seis militares invadiram a sua casa e levaram seu pai, que ele não mais voltaria a ver.
Quando li o livro, poucos anos após o seu lançamento – a obra foi lançada em 1982 - confesso que foi uma leitura muito importante naquele período de minha vida, pois passei a dar valor as coisas pequenas que o mundo nos oferece.
Valeu “Feliz Ano Velho”! Valeu Marcelo Rubens Paiva!
Enfim, valeu a leitura!

A Sombra do Vento

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“A Sombra do Vento” literalmente te engole. Não dá pra parar de ler. É o tipo do livro que você gruda e não quer mais largar. Resultado: noites mal dormidas, mau rendimento no trabalho, almoço rifado, jantar comido as pressas e por aí se vai. É verdade, galera; o livro de Carlos Ruiz Zafon tem esse poder. Se você resolver lê-lo durante a semana, com certeza, ele vai destruir o seu dia, já que a sua produtividade profissional irá por ralo abaixo, mas por outro lado, o ‘sortudo’ ganhará uma leitura prazerosa.
Em sua obra-prima, Zafon nos transporta para a Barcelona de 1945, onde conhecemos um garoto de 11 anos, chamado Daniel Sempere. No dia de seu aniversário, seu pai o leva ao Cemitério dos Livros Esquecidos, uma biblioteca gigante e labiríntica localizada no coração histórico da cidade. Lá, o garoto – apaixonado por livros – entra em contato com um dos poucos exemplares existentes no mundo de “A Sombra do Vento”, de autoria de um misterioso escritor chamado Julián Carax. Após a leitura do romance, Sempere fica tão apaixonado pela história que passa a investigar todos os detalhes sobre a vida de seu autor. E é a partir desse momento que Zafon começa abrir a sua ‘mala de ferramentas’, ou melhor, a sua ‘mala de surpresas’. Caraca! Quanta reviravolta! É algo alucinante. Quando você pensa que está tudo se encaminhando para uma situação próxima a normalidade. Pimba! Vem a reviravolta e uma daquelas reviravoltas que deixam o protagonista e principalmente o leitor completamente atordoados.
Cada vez mais que Sempere vai se aprofundando nas investigações sobre Carax, novas surpresas de derrubar o queixo dos leitores vão surgindo.
É claro que não vou revelar quais são essas surpresas, mas prestem atenção no capítulo “Núria Monfort: Memória dos Desaparecidos”, onde todos os mistérios referentes a Julian Carax são desvendados. Definitivamente, não dá pra parar de ler, pior que isso: você começa a engolir as letras e palavras do referido capítulo no desespero de chegar à página seguinte. Caramba!!
Durante o seu romance, Zafon vai mostrando o crescimento do pequeno Daniel Sempere que passa a conhecer o amor e a amizade incondicional ao conhecer, respectivamente, Beatriz - a doce e corajosa Bea - e o ex-mendigo metido a intelectual Fermin.
Com o desenrolar dos acontecimentos, descobrimos que a vida de Sempere, pelo menos no setor sentimental, é praticamente um espelho da vida de Carax. Talvez, por isso, ele tenha se afeiçoado tanto com o misterioso escritor.
É  isso aí! “A Sombra do Vento” é uma verdadeira obra-prima. Um livro tão bom, mas tão bom que ficamos com receio de destruir a sua magia revelando detalhes importantes quando escrevemos uma simples resenha. Por isso, vou para por aqui com a recomendação expressa de que leiam a obra de Zafon sem medo e de preferência durante um final de semana para que o livro não interfira na produtividade de seus afazeres profissionais e em outras coisas também.
Indo galera!

Um blogueiro iniciante lutando para derrotar a 'Dona Crise'

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Nestes 15 dias em que fiquei ausente, estava enfrentando um tipo de crise comum entre aqueles que vivem no mundo da blogosfera, pelo menos entre os novatos, ou seja, aquele grupo de pessoas que conseguiu completar aniversário de dois ou até três anos de blog. Digo “conseguiu” porque manter um espaço desses no ar é difícil. Tudo bem, é prazeroso, mas não deixa de ser difícil, principalmente se você é o ‘responsável único’ pelas atualizações de sua página.
Cara, chega uma hora que a chamada “crise existencial dos blogueiros de primeira viagem” ataca e ataca com tudo. Ela chega trazendo um turbilhão de dúvidas que começam a lhe castigar. Coisas do tipo: ‘Modifico o meu blog ou não?’; ‘será que esse espaço está servindo para alguma coisa?’; ‘mudo o foco de abordagem, deixando os livros de lado e passo a escrever sobre filmes?’; etc, etc e mais etc. O problema é que essas dúvidas já são sintomas eminentes de desânimo com o seu trabalho. E vocês sabem né? Depois disso a próxima etapa é o abandono. É por culpa dessa tal crise que hoje temos tantos blogs com grande potencial, mas desatualizados à décadas e completamente abandonados no infinito universo da web.
No meu caso, essa crise ficou ainda mais agravada pela somatória de outros problemas particulares, envolvendo setor profissional e também de saúde, não minha, mas do velho e valente Kid Tourão que já ficou famoso por aqui, protagonizando várias postagens. Juro que chegou um momento em que pensei: - “Olha, vou largar isso aqui, não está dando mais”. Então, percebi que se abandonasse o blog, estaria entregando os pontos para a “Dona Crise” que, certamente, viria ‘babando para dar o seu segundo golpe, este sim, fatal: a perda do prazer da leitura. Pensei comigo: “Caramba! Se tenho um blog literário, se adoro escrever sobre o assunto é porque também adoro ler!. Mêo! Essa magia não pode jamais desaparecer! Tenho que manter viva, em mim, a chama da leitura, custe o que custar”. E assim, os pensamentos nefastos da “Dona Crise” foram se dissipando e as dúvidas com relação ao blog, também.
Decidi que vou mantê-lo com as mesmas características, tendo por essência os livros. Quanto aos meus problemas particulares, não vou deixá-los ‘meter a colher’ por aqui.
Poderia, muito bem, ter pulado essa explicação ou desabafo – sei lá, entendam como acharem melhor – mas sempre fui sincero com vocês que seguem o “O livros e Opinião” no blog e também na Fanpage e não poderia ser diferente, agora..
Vou prosseguir escrevendo, muitas baboseiras, concordo; vou prosseguir com mesmo blog, sem mudança de foco e principalmente, vou prosseguir lendo, sem perder o gosto pela magia de folhear e sentir cada letra, cada palavra, cada frase de uma história.
Inté galera e xô Dona Crise!!

A Maldição do Cigano

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Acabei de ler “A Maldição do Cigano” ou “A Maldição”, tanto faz. O recheio é o mesmo, só muda a embalagem, ou seja, a capa. O primeiro, trata-se do título original, lançado pela Francisco Alves em 1989 e o segundo é a reedição da Suma de Letras que entrou ‘bombando’ no mercado literário em 2012 e permanece vendendo horrores até hoje.
Olha, confesso que não é o melhor de Stephen King; lendo a obra percebemos que o mestre do terror não estava tão inspirado no dia em que decidiu escrever a história de um cigano que lança uma maldição medonha num advogado que atropelou a sua filha. Mas venhamos e convenhamos, mesmo um King menos inspirado consegue dar de 10 a 0 em muitos autores, principalmente nessa legião de novatos que são tão injustamente endeusados pela crítica teen.
Achei que o livro se perde em muitas descrições desnecessárias, além de dar  uma importância exagerada ao drama familiar vivido pelo advogado Bill Halleck, mas acontece que King é gênio. Por isso, apesar do excesso de ‘lenga-lenga’, não há como negar que o enredo idealizado pelo autor é agonizante, criando no leitor uma sensação esquisita, sei lá... uma mistura de pânico, medo, insegurança, ansiedade. É difícil explicar; só sei que a cada página virada essa sensação vai crescendo. Talvez, o responsável por essa miscelânea de sentimentos ruins seja o cigano feiticeiro Taduz Lemke com o seu nariz carcomido que lança a maldição sobre Halleck. Mêo, o sujeito, de fato,  provoca arrepios. Juro que após ter lido o livro não quero jamais me encontrar com nenhum cigano pela frente e se, por acaso, topar com um velhinho com brincos na orelha, argola no nariz e alguns pivôs dourados na boca, com certeza mijarei nas calças. E se esse mesmo velhinho tiver uma ferida no nariz, então:  ai! ai! ai! ai! acabo fazendo coisa pior nos fundilhos!
King conseguiu criar um personagem enigmático, forte, cruel, vingativo e que não conhece o medo. O velhinho mandingueiro inspira poder e... principalmente, medo.
A grande sacada de King – e é aí que entra o dedo do mestre – foi ter criado outro vilão tão cruel quanto Lemke que o enfrentasse sem medo, mas utilizando armas bem diferentes daquelas empregadas pelo feiticeiro patriarca. E, com certeza, armas tão letais quanto uma maldição. Quer saber quais são essas armas? Ok, eu digo: o mau caráter, a falta de escrúpulos, a maldade e a arrogância que o torna auto-confiante ao extremo, chegando ao ponto de pensar que nada poderá atingi-lo. Este personagem se chama Richard Ginelle, um gangster, amigo de Halleck á quem o pobre advogado recorre para tentar convencer Lemke à retirar a maldição.
Cara, King criou um gangster tão incomum que apesar de toda a sua crueldade, o leitor acaba se simpatizando com o homem. Admirei o calhorda e tornei-me seu fã porque enquanto borrava as minhas calças toda vez que Lemke aparecia no enredo, Ginelle encarava o velho patriarca cigano  com altivez e sem uma gota de medo. Acontece que Lemke também era casca grossa e não recuava até que... putz! Quase solto spoiler. “Parandoooo” (rs).
Bem, o destino final de Ginelle e Halleck também são inesperados, deixando o leitor boquiaberto e com aquela sensação ruim. Taí, mais um ponto para King.
“A Maldição” conta a história de Bill Halleck, um bem sucedido advogado que vive feliz ao lado da esposa Heidi e da filha adolescente, desfrutando os prazeres de uma vida sem grandes preocupações. Até o dia em que uma velha cigana se pôs em seu caminho. Ele não consegue pisar no freio de seu carro a tempo e com isso, as rodas acabam esmagando a senhora. A partir daí, a sua vida começa a ser destruída.
Não foi a implacável justiça americana que pôs fim a seus dias felizes. Na verdade, o júri foi muito compreensivo com o bom amigo, e ele não precisou pagar com sua liberdade pela vida da cigana. Mas, na saída do tribunal, Halleck dá de cara com um velho cigano com parte do rosto carcomido e de olhos profundos. O advogado ouve dos lábios do cigano uma única frase: “Mais magro”. Pronto! Tá lançada a terrível maldição!
A partir desse dia, Halleck mergulha num pesadelo. Seus 111 quilos começam a diminuir vertiginosamente. De acordo com os médicos, não há nada em seu organismo que possa justificar a súbita perda. A infeliz vítima está desaparecendo e, se não conseguir deter o processo, em pouco tempo não será mais do que um feixe de ossos.
Começa assim uma busca implacável em que Halleck reúne o pouco que lhe resta de forças e sai à caça de Taduz Lemke. Ele sabe que somente o velho será capaz de mudar o seu destino – encontrá-lo é uma questão de vida ou morte.
Abandonado pela esposa e pelos amigos que duvidam de sua sanidade, passa a contar apenas com suas poucas forças e com a ajuda de Richard Ginelle, um gangster perigoso, mas amigo fiel, que se dispõe a tudo para salvá-lo.
Como já disse escrevi no início do post, “A Maldição” é um livro agonizante e perturbador, mesmo King não estando no melhor de seus dias quando o escreveu, mas mesmo assim, vale a leitura... vale mesmo!

Kid Tourão versus “Señor Destino”

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Hoje eu quero escrever sobre um personagem de carne e osso que já marcou presença em vários posts do blog. Acredito que toda vez que ele apareceu deixou os textos mais leves, singelos e engraçados. É claro que estou falando do Kid Tourão! Como diz aquela letra do Roberto, ele é o “meu querido, meu velho, meu amigo”.
E porque o Tourão vale a publicação de um post só dele? É simples, galera. Nos próximos dias ele estará prestes a encarar mais um desafio em sua vida; mais uma luta. Sabem de uma coisa? Quase sempre imagino esse velhinho matreiro como um cowboy do velho oeste que vive sendo desafiado constantemente pelo destino, às vezes de forma cruel e traiçoeira. E até agora, em todas as oportunidades em que foi desafiado, chamado para a luta, o Kid Tourão conseguiu vencer. Alguns combates deixarem cicatrizes, outros não, mas o que importa é que ele conseguiu sacar o seu ‘45’ e atirar primeiro. Mas acontece que o “Señor Destino” é persistente e traiçoeiro e por isso mesmo, vive preparando armadilhas. E agora o Kid Tourão foi chamado para o combate novamente e talvez este seja o maior de todos os desafios nos seus 90 anos de vida.
O velhinho guerreiro está ficando afônico a cada dia e somado a essa tal rouquidão, há uma tosse persistente. A chamada tosse ‘engasga gato’, como ele mesmo a batizou. No início, eu, meus irmãos e Lulu pensávamos que os sintomas – principalmente a tosse – estava associada a sua Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), mas no mês passado decidimos procurar um otorrino que, por sua vez, nos encaminhou para um especialista em cabeça e pescoço. E então, anteontem, veio o tiro do “Señor Destino”: suspeita de um tumor nas pregas vocais. O médico alertou que há o risco de fechamento de parte da laringe e então, nem mesmo uma intubação de emergência resolveria o problema. Aí ‘mon ami’, o vilão “Señor Destino” seria mais rápido no gatilho e não teria como o Kid Tourão ir para a desforra num novo duelo.
A saída para evitar essa tragédia é realizar uma biópsia laríngea, onde o cirurgião introduz um tipo de sonda nas profundezas da garganta do paciente para retirar uma amostra de tecido para análise. Um procedimento de aproximadamente 15 minutos.  Cara! Você deve estar se perguntando: “Pô! Tanto drama para um exame de apenas 15 minutos?!” Acontece que para fazer esse tipo de biópsia, o paciente obrigatoriamente deve tomar anestesia geral. Vale lembrar que o Kid Tourão com as suas nove décadas de vida quase partiu dessa para melhor na última vez que tomou uma ‘geralzona’. Foi há um tempinho atrás quando fraturou o braço e novamente teve que duelar contra o “Señor Destino”. Banggg!! A bala disparada pelo dito cujo alvejou o nosso cowboy, mas mesmo assim, o valente velhinho conseguiu sacar à tempo e feriu gravemente o seu perseguidor implacável que acabou fugindo.
Depois vieram outros duelos menores como uma cirurgia para implantação de uma prótese na veia aorta abdominal; uma mal sucedida operação de catarata - inclusive, ele está ‘caçando’ o médico até hoje para arrancar o seu couro (rs) – a fuga de um marca passo, conseguiu dobrar uma médica bonitinha de mini-saia (-“Doutora! Como a Senhora é ‘vistosa’, mas eu não quero botar esse pedaço de lata no meu peito não!”). Antes disso, tiveram duelos menores, todas vencidas, como: viroses, uma gripe muito forte que por pouco não ‘virou’ pneumonia, uma queda com luxação no cóccix, o que acabou rendendo-lhe um presente de grego, no caso, uma bengala; uma crise persistente de nevralgia do nervo trigêmeo e assim foi-se indo.
Mas agora, galera, confesso que esse duelo será o pior e mais acirrado de todos porque o temível pistoleiro virá ‘babando’, louco de raiva por ter sido ludibriado até agora. Por isso, o Kid Tourão terá de ser muito esperto e novamente rápido no gatilho, mas ‘tá’ difícil... O nosso herói já não saca o seu 45 com tanta rapidez; culpa do tempo que acabou reduzindo a sua destreza e vivacidade, mas mesmo assim, ele é corajoso e está se preparando para um novo encontro, talvez o maior deles: o bom combate. O velho e valente Kid aposta que mais uma vez mandará o “Señor Destino” para as ‘cucuias’.
Nesta sexta-feira (31) estarei enfrentando toda aquela burocracia médica e hospitalar que antecede todo e qualquer procedimento invasivo no corpo de um paciente. Antes de tudo a consulta à um cardiologista para verificar a máquina; depois vem o anestesiologista; na sequencia, o psicólogo; depois sei lá mais o que. Uffaa!! Já estou vendo o médico cardiologista levando um susto ao verificar o eletrocardiograma do Tourão. Seria bem sui generis ver um cardiologista sofrendo um infarto após levar um baita susto com os gráficos amalucados dos batimentos cardíacos de um paciente prestes a “ser brindado com uma geralzona”.
Bem, brincadeiras à parte – e só Deus sabe como preciso sorrir para não dar trelas à tristeza e ao abatimento – a tal biópsia laríngea, isto é se o médico cardiologista sobreviver após ver o resultado do eletro do Tourão, será marcada com urgência. E, então, veremos quem levará a melhor nesse novo confronto. Ontem foi dia de São Judas Tadeu, o santo das causas impossíveis; recorri à ele para dar uma ‘força’ para o velhinho. E agora, recorro à todos vocês que acompanham tanto o blog quanto a fanpage do Livros e Opinião – e já se apaixonaram por esse personagem tão especial, presente em vários posts – para que façam uma corrente de orações para que o Kid Tourão consiga, novamente, sacar rápido a sua arma e vencer este novo duelo.
Para aqueles que estão visitando o blog pela primeira vez e ainda não conhece “El Touro”, seguem alguns posts dos quais ele participou, sempre alegrando a galera com a sua espontaneidade e alto astral. Basta acessar aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e mais aqui. Continuem vasculhando, com certeza, encontrão muitos outros links.
Inté!

Novo livro de Stephen King, “Doutor Sono”, já está em pré-venda. A sequência de “O Iluminado” deve chegar às livrarias em novembro

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Muitos fãs de Stephen King devem estar passando mal, correndo o risco de sofrerem uma parada cardíaca devido a ansiedade, aliás uma bruta ansiedade. E posso afirmar que essa tal ansiedade não é nenhum exagero, afinal de contas, o mestre do terror e suspense decidiu publicar a sequencia de uma história que ele escreveu a 37 anos atrás!! Uma história que  fez tanto sucesso, mas tanto sucesso que acabou ganhando o status de antológica. O mesmo pode-se dizer do filme baseado no livro e que teve Jack Nicholson no papel principal. “O Iluminado” marcou a vida de muitas gerações, incluindo a minha. Assisti ao filme – no início da década de 80 - quando estava abandonando a minha adolescência,  mas confesso que algumas cenas ficaram tatuadas na memória e ali permanecem até hoje, como aquela em que Jack Torrance começa a arrebentar a porta do quarto de sua mulher a machadadas ou ainda a tomada em que aparecem no corredor do Hotel Overlook as irmãs de 8 e 10 anos assassinadas. Brrrrrr!!!
Aliás, foi por ter gostado tanto da produção cinematográfica que acabei lendo o livro e, então, percebi que muita ‘coisa’ da obra de King foi alterada em sua transposição para o cinema, como a própria cena do machado que na obra literária é bem diferente. Mas essa e muitas outras alterações não tiram os méritos do filme e muito menos do livro. Cada um é excelente, à sua maneira.
Entendo toda essa histeria em torno do lançamento de “Doutor Sono”, título já definido da continuação de “O Iluminado”. Todos estão curiosos para saber o que aconteceu com Danny Torrance, o garotinho com o poder da iluminação, capaz de prever várias situações e que conseguiu escapar do machado assassino de seu pai Jack.
Agora, todas as atenções dos fãs tupiniquins de Stephen King que estavam ‘doentes’ para conhecer o destino de Danny Torrance serão satisfeitas. No próximo dia 07 de novembro chega às livrarias de todo o País “Doutor Sono”. E a boa notícia é que o livro já se encontra em pré-venda na maioria das livrarias virtuais. Quer mais? Ok, lá vai: e com preço promocional!! De R$ 44,90 por R$ 33,90. Quem optar pela compra antecipada estará economizando R$ 11,00. Uma boa, não é mesmo? Afinal de contas, com dez pilas dá prá comprar muitas coisas.
Em “Doutor Sono”, o personagem principal Danny Torrance, que na época de “O Iluminado” era um garoto com habilidades paranormais, já está na meia idade e enfrenta um poderoso inimigo: o alcoolismo.  Assombrado pelas lembranças do Overlook Hotel, onde passou um ano terrível de sua infância, Dan ficou à deriva por décadas, desesperado para se livrar do legado de alcoolismo e das lembranças de violência do pai. Finalmente, ele se instala em uma cidade de New Hampshire, onde encontra abrigo em uma comunidade do Alcoólicos Anônimos que o apoia em um emprego em uma casa de repouso, onde seu poder remanescente da iluminação fornece o conforto final para aqueles que estão morrendo. Ajudado por um gato que prevê a morte dos pacientes, ele se torna o "Doutor Sono". Então Dan conhece Abra Stone, uma menina com um dom espetacular, a iluminação mais forte que já se viu.
Abra é perseguida por uma tribo de nômades disfarçados de viajantes que rondam os Estados Unidos em trailers. Os integrantes dessa tribo, chamada de “A União Verdadeira” são uma espécie de vampiros de alma que se alimentam devorando “auras” das pessoas iluminadas quando elas morrem, mas só dos humanos iluminados, assim como Abra e Dan. O vapor é mais poderoso se a vítima foi submetida à torturas brutais. A partir daí, Dan se vê envolvido em uma batalha pela alma e sobrevivência de Abra. Uma guerra épica entre o bem e o mal.
Pois é galera, achei o enredo bem interessante, bem ‘a La King’, mas agora se o livro que será lançado pela Suma de Letras irá ganhar o status de antológico – como o seu antecessor, só o tempo e principalmente as vendas poderão dizer.
Buenas noches, quer dizer... Buenas madrugadas.
Fui!... pra cama (rs)!

Cinco biografias não autorizadas que deram um bafafá danado

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Nunca fui fã de biografias e autobiografias. Só leio se me interessar e olha lá! Mas, confesso que algumas – bem poucas, é verdade – me agradaram, entre elas destaco “O Outro Lado de Mim” e “Elvis e Eu”. Li esses dois livros porque sou fã ao limite de Sidney Sheldon e também do eterno Rei do Rock, por isso fiquei interessado em conhecer alguns detalhes sobre as suas vidas. Digamos que tenha sido um ataque de fã tresloucado que me levou a tomar essa atitude. Mas... mas... bem, sempre tem as exceções, como por exemplo, aquelas saborosas biografias não autorizadas que ‘volta e meia’ aparecem forrando as prateleiras das livrarias, deixando muitas pessoas de cabelo em pé e com a pressão arterial nas nuvens, principalmente os personagens desses enredos reais. Caraca! De repente aquele sujeito que faz pose de santinho, do tipo protetor dos pobres e oprimidos - mas que entre quatro paredes é um verdadeiro cão - vê os seus pecados expostos por algum guarda-costa despedido, um jornalista desaforido ou então por uma mulher traída e escanteada. Pronto! A coisa ferve!
Podem me taxar de curioso, sensacionalista e até mesmo de leitorzinho sem qualidade. Tudo bem eu aceito; mas não venha querer dar uma de santinha ou santinho e dizer que nunca teve vontade de conhecer os bastidores da vida de Elvis Presley, Roberto Carlos, Michael Jackson, Tina Turner ou até mesmo Getúlio Vargas? Claro que sim! Até mesmo aqueles que não são fãs desse gênero literário, assim como eu.
Em homenagem a galera dos curiosos resolvi escrever um post sobre cinco biografias apimentadas que renderam muita dor de cabeça para as “vítimas” e também para os autores. Os primeiros tiveram a vida inteiramente vasculhada e com isso, segredos que vinham sendo guardados a sete chaves acabaram se tornando públicos; os segundos tiveram que “brigar” contra processos que exigiam o pagamento de verdadeiras fortunas por calúnia e difamação.
Vamos às obras!
01 – “Lampião – O Mata Sete” (Pedro de Morais)
E se alguém lhe falasse que Virgulino Ferreira, o temido e famoso Lampião, rei do cangaço era gay? Pois é, Pedro Morais, juiz aposentado e autor da polêmica obra “Lampião – O Mata Sete”, garante que sim. O autor afirma que o seu livro foi escrito baseado em pesquisas sólidas, tendo colhido, inclusive depoimentos de remanescentes de Virgulino e Maria Bonita.
Um dos pontos do livro de Pedro Morais que mais causou barulho foi o triângulo amoroso entre Lampião, Maria Bonita e Luiz Pedro. Confiram o que disse o escritor numa de suas entrevistas:
- “Desde 1960, estudo sobre Lampião. Estudo e fui a lugares por onde ele andou. Tenho depoimentos de remanescentes, de parentes de Maria Bonita, de Lampião. Que ela era adúltera, está em todos os livros. O que eu digo e mostro é que havia no cangaço um trio amoroso, envolvendo Lampião, Maria Bonita e Luiz Pedro, o amor dos dois. Luiz Pedro era um cangaceiro, namorado de Lampião, e trocaram juras de amor eterno. Certa vez, Luiz Pedro matou o irmão de Lampião, que era a coisa que Lampião mais queria bem, e, em troca, Lampião, que nunca foi de clemência, absolveu Luiz Pedro, exigindo dele juras de que jamais se separariam. Isso não me parece coisa de macho.”
PQP! PQP novamente! PQP um milhão de vezes! PQP quantas vezes for necessário!! Caramba, estou babando de estarrecimento! Cara, desde criança, eu considerada Lampião o cabra mais macho do mundo e agora, querem retratá-lo com a “Flor do Sertão”!
Em sua obra, Morais também desmistifica a fama de justiceiro de Lampião e o retrata como um verdadeiro facínora, capaz de executar verdadeiras monstruosidades por puro capricho.
Familiares do cangaceiro entraram com um pedido na Justiça para proibir as vendas da obra. Eles acabaram ganhando em primeira instância e assim, “Lampião – O Mata Sete” havia entrado para o rol das obras censuradas, mas agora, após três anos de brigas nos tribunais, o escritor e juiz aposentado teve autorização para lançar o livro.
No processo, o desembargador Cezário Siqueira Neto aponta que, no caso de familiares se sentirem ofendidos pelo conteúdo “podem se valer dos meios legais cabíveis”. Para o jurista, impedir a publicação seria “medida de censura”.  A outra parte do processo é a neta de Lampião, Vera Ferreira.
O livro, de 306 páginas, ainda não tem data para ser lançado. Segundo o autor, há mil exemplares prontos e uma tiragem de 10 mil livros encomendada.
Aguardemos, mas com certeza Lampião deve estar se remexendo no fundo da cova; tenha sido ele um cangaceiro ou uma florzinha do sertão, não importa.
02 - Roberto Carlos em Detalhes (Paulo César de Araújo)
O livro escrito por Paulo César de Araújo, lançado em 2006, foi recolhido no ano seguinte, após um acordo entre o músico, a editora Planeta e o autor. Resumindo: autor e editora se borraram inteiros temendo levar um processo nas costas. O tal Roberto deve ter caprichado nas ameaças, já que Araújo e a Planeta “colocaram” o rabinho no meio das pernas e concordaram que os livros fossem recolhidos das bancas.
Por causa dessa briga, “Roberto Carlos em Detalhes” ganhou o status de livro raro, já que nem todos os leitores que pretendiam adquiri-lo foram rápidos o suficiente. Pois é man, se você tem o livro, sinta-se um felizardo.
Araújo afirma que demorou 16 anos para escrever “Roberto Carlos em Detalhes”. Foram inúmeras pesquisas e entrevistas com pessoas ligadas ao “Rei” que concordaram em passar informações importantes desde que fosse mantido sigilo sobre os seus nomes.
Na obra o autor conta em detalhes como foi o acidente sofrido por Roberto Carlos numa estação ferroviária, quando foi atropelado por uma locomotiva a vapor. Na época, ainda criança, a sua perna direita teve de ser amputada até pouco abaixo do joelho. Araújo revela que o Roberto e a coleguinha de escola Fifinha estavam na plataforma da estação. Quando o trem se aproximava, a professora puxou repentinamente a menina com medo que ela caísse. Roberto, que estava de costas para os trilhos, assustou-se e acabou caindo. Ele usou muletas até os 15 anos, quando colocou a sua primeira prótese – essa parte de sua perna é mecânica.
Outra revelação polêmica foi a briga existente entre Roberto e Erasmo perto do final da jovem guarda. O tremendão teria ganhado o troféu de melhor compositor e no momento de receber a premiação acabou se esquecendo de se referir ao parceiro inseparável. De acordo com a obra, eles ficaram sem conversar por mais de um ano, mas por questões contratuais eram obrigados a fingir que eram amigos em público.
Há ainda muitas outras passagens interessantes, mas como a venda do livro está proibida, acredito que elas continuarão conhecidas por poucos privilegiados que conseguiram adquirir “Roberto Carlos em Detalhes” antes do seu recolhimento.
Ok, ok, fique triste não, porque nem tudo está perdido. Se você ‘dormiu no ponto’, basta acessar o portal da Estante Virtual (www.estantevirtual.com.br). Há vários exemplares por lá. O problema é o preço que varia de R$ 298,00 a R$ 1.299,98. Alguém se arrisca??
03 – Marilyn e JFK (Francois Forestier)
Os familiares de JFK cuspiram marimbondos de fogo quando tomaram conhecimento dessa biografia não autorizada, mas de nada adiantou, porque após acirradas batalhas nos tribunais, a Justiça americana acabou optando pela liberação da obra.
O livro de Forstier foi lançado em 2009 e narra informações chocantes sobre os hábitos nada salutares do ex- presidente dos EUA John Fitzgerald Kennedy. Segundo a publicação ele dormia com dezenas de prostitutas, estrelas do cinema e mulheres de amigos. O autor descreve também o consumo de diversas drogas por Kennedy como maconha, anfetaminas, cocaína e LSD. E relata o amor secreto e trágico entre Marilyn Monroe  e John e a luta para manter em segredo um relacionamento de dez anos. Por trás da imagem da loira fatal havia uma pobre moça à beira da loucura, ninfomaníaca, viciada em drogas e apaixonada.
Forestier relata ainda que o affair entre as figuras públicas durou anos, enquanto Kennedy era casado com Jackie Kennedy, e em meio ao romance, Marilyn teria chegado a se envolver com o irmão mais novo do presidente, Robert Kennedy.
Outra passagem interessante do livro é aquela em que Marilyn teria cantado  Happy Birthday, Mr. President” de maneira tão animada e provocativa, o que teria despertado a ira da primeira dama Jackie Kennedy Onassis. A partir daí, ela deu  um ultimato para que Kennedy se afastasse da amante. O aniversário teria sido a última vez em que os amantes se viram.
O livro pode ser encontrado em vários “sebos da vida”.
04 – Angelina (Andrew Morton)
Esta biografia não autorizada é trucão pesado! Pudera que os advogados da atriz tentaram mover céus e terra para proibir o seu lançamento, mas não conseguiram. Escrita por Andrew Morton, o mesmo que causou uma bafafá danado ao revelar segredos sobre a vida de personalidades com Lady Di e Tom Cruise, “Angelina” traz detalhes sobre o vício da atriz em heroína, as festas sadomasoquistas, as passagens por hospitais psiquiátricos e, até mesmo, a tentativa de contratar um assassino profissional para que a matasse.
Morton afirma que Angelina sempre teve uma certa tara por homens casados, tanto é que já planejava roubar Brad Pitt dos braços de Jennifer Aniston mesmo antes de conhecê-lo pessoalmente. E isso teria se repetido com os atores Johnny Depp e Willem Dafoe.
Mas o que teria levado Brad Pitt a se envolver com Angelina Jolie? No livro, o autor conta que Pitt já estava cansado do jeito carente de Jennifer Aniston e teria se encantado com a maneira rebelde e independente de Jolie o que o levou a dar um ‘chega pra lá’ na esposa. Essa possível atração por homens comprometidos seria, segundo Morton, ligada ao fato de Jon Voight, pai de Angelina, ter traído a mãe da atriz.
O livro trata Angelina Jolie como uma devoradora de homens casados e consumidora padrão de heroína e cocaína. Como já disse, uma biografia ‘trucão pesado’.
05 – Sinfonia Minas Gerais – A Vida e a Literatura de João Guimarães Rosa (Alaor Barbosa)
Em 2008, a Justiça autorizou a retirada do livro sobre a vida de Guimarães Rosa de todas as livrarias do País, acatando um pedido de Vilma Guimarães Rosa, filha do famoso poeta. Além de ser contra o livro que não havia autorizado, Vilma acusava a obra de possuir trechos plagiados de seu livro “Relembramentos: João Guimarães, Meu Pai”. Por outro lado, alaor Barbosa se defende dizendo que não está plagiando ninguém. "Este é um livro que ela chama de biografia, mas que traz documentos, cartas, discursos de Guimarães", explicou recentemente ao jornal O Estado de São Paulo. Ele diz que usou o conteúdo de tais trechos em seu livro, mas em quantidade menor do que a apontada por Vilma. "Além do mais, são trechos que não são da autoria dela." 
Pelo pouco que pesquisei, o texto escrito por Barbosa não tem conteúdo polêmico ou ofensivo contra Guimarães Rosa; o problema se restringe a acusação de plágio movida por Vilma.
Agora, a boa notícia para os leitores que desejam ler a obra é que numa decisão inédita no Brasil, um tribunal acaba de permitir que uma biografia não autorizada pelos herdeiros do biografado seja lançada. E com isso, “Sinfonia Minas Gerais – A Vida e a Literatura de João Guimarães Rosa” está de volta às livrarias.
Fui!

Prêmio FNAC – Novos Talentos da Literatura

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Não gostei. Cara, antes de tudo gostaria de dizer que é muito difícil – pelo menos para mim – comentar livros de autores novatos. Se você não gosta da obra e mesmo assim, rasga uma seda de elogios somente para não derrubar o astral de quem está começando a árdua e difícil carreira de escritor, está agindo como o pior dos piores críticos ou blogueiros. Bem, você pode afirmar: - “Pelo menos dei uma força pro cara”. Tá certo. Deu uma força pro cara, mentindo? Mentindo pra você e principalmente para os seus leitores e seguidores? Você acha isso legal? Por outro lado, se você fala a verdade, dizendo que não gostou ou que o material que leu é ruim demais; a sua sinceridade pode, de fato, quebrar o ânimo de um jovem escritor que tinha tudo para ser, futuramente, um grande talento da literatura. Ocorre que a história ou o conto que ele escreveu e caiu em suas mãos naquele dia, foi ‘criado’ num mau momento de sua vida. Então, o cara lê a sua ‘mardita’ crítica e acaba perdendo o tesão de continuar escrevendo. Pronto! Aqui jaz, bem enterradinho, um jovem escritor talentoso.
Por isso, por muito pouco estive perto de bancar um blogueiro calhorda PDP. Estive próximo de mentir para não magoar. Depois, pensei em pular essa resenha; deixar pra lá, não falar “nem bem-nem mau”, ou seja, omitir a verdade, mas também não mentir. Simplesmente esquecer.
Então parei para pensar com os meus botões e disse para mim mesmo: - “Cara, não existe tesouro maior do que a sua sinceridade”. Portanto, que me perdoem a galera da FNAC, mas não gostei da coletânea de contos do livro “Prêmio FNAC – Novos Talentos da Literatura”. Dos dez contos, apreciei apenas quatro e mesmo assim, desses quatro, um pode ser considerado meia boca. Bom, de fato, somente três.
O conto de Cesar Bravo - nesta coletânea, ele assina com o pseudônimo de Flávio Possete – que abre o livro é um dos que se salvaram. A história é muito boa e não foge em nada do estilo “Bravo” que é o terror gore, apesar de um pouco mais ameno, mas nem por isso menos assustador.
Em “Do Que o Inferno é Feito”, Bravo conta a história de três amigos que fazem um pacto: quando um deles morrer, deverá voltar ao mundo dos vivos para dizer aos outros dois companheiros como é a casa do encardido. Bem, por aí já deu pra perceber que o trio só ‘fez coisas boas na vida’ (rs). E quando um deles bate as botas, já viu o que acontece, né? Ehehehe... o ‘infeliz’ resolve cumprir a promessa tim tim por tim tim.
O texto mescla momentos de tensão, medo e descontração, como por exemplo, o trecho em que os dois amigos – um deles ‘medroso de ré’  estão preparando o cadáver e começam a se questionar se o ex-companheiro, de fato, voltará ao mundo dos vivos para cumprir o que prometeu.
Também gostei de “Dez de Maio” de Fernanda de Castro Lima. Achei o texto leve e muito divertido. Um sujeito começa a namorar uma garota chamada Alice, a qual considera muito comum, simplória e até mesmo inocente. Então num ‘belo dia’ ele tem uma surpresa nada agradável e que muda todos os seus conceitos sobre a tal Alice e também sobre outras cositas mas. E tudo por causa de uma endoscopia. Não entendeu? Leiam o conto e, com certeza, entenderão. De primeira!
Quanto as outras duas histórias que escaparam: uma boa, outra meia boca, prefiro não revelá-las. Vou deixar minhas impressões no ar, afinal de contas todos os autores que participaram da coletânea da FNAC tem a suas qualidades e não podemos julgá-los por um único conto.
E quer saber mais? Vou parar de ficar enrolando e encontrando desculpas para não criticar aqueles que estão começando a escrever porque  se não vou entrar em conflito com tudo o que escrevi no início dessa resenha.
Inté!

Em pré-venda, “Herdeiros do Império”, livro que revela os destinos de Luke Skywalker, Princesa Léia e Han Solo

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Assisti a trilogia original de Guerra nas Estrelas em minha adolescência e até hoje não enjoei de revê-la. Volta e meia lá estou eu colocando o DVD no aparelho para ‘delirar’ com as aventuras de Luke Skywalker, mestre Yoda e companhia. Mas confesso que sinto uma pontinha de decepção por que após décadas, ainda desconheço o destino dos personagens Luke, Han Solo e Léia. Afinal, o que será que aconteceu com o famoso trio?
A verdade é que a trama envolvente e cheia de ação da trilogia original acabou aguçando a curiosidade dos fãs que continuaram através dos anos sempre pedindo mais. Ocorre que os próximos filmes da franquia Star Wars acabaram por menosprezar o destino de Luke, Solo e Léia. “Ameaça Fantasma”, “Ataque dos Clones” e “A Vingança dos Sith” deram ênfase, principalmente, para Obi-Wan Kenobi e Anakin Skywalker que viria no futuro se tornar o vilão Darth Vader. Os enredos dos filmes de 1999, 2002 e 2005 abordavam a mocidade desses dois personagens e sequer citavam a galera da trilogia original. E com isso, os fãs que estavam ansiosos para saber o que ‘rolou’ com os três foram obrigados a ficar chupando o dedo.
Agora, depois de ‘séculos’, parece que será lançado nos cinemas o Episódio VII de Star Wars e que dará sequencia a série de eventos de “O Retorno de Jedi”, mas isto só para o final do ano que vem.
Bem, como os filmes não nos davam essa chance, nós, fãs da saga, éramos obrigados a preencher a nossa curiosidade lendo revistas em quadrinhos ou então assistindo algumas séries animadas que eram lançadas em DVD’s de tempos em tempos.
Pelo menos para mim, essas opções não me satisfaziam. Sei lá pessoal, funcionavam como algo artificial. Coisa do tipo: ‘quem não tem cachorro-caça com gato’, entendem? Só que o gato não caçava nada!
E assim foi indo até que certo dia decidi parar de ficar lendo esses quadrinhos e assistindo as tais animações que só me deixavam mais irritado ainda. Eis, então, que fico sabendo que em 1988 a editora norte-americana Bantan Books havia feito uma proposta para publicar uma série de três livros que daria sequencia a saga original de “Star Wars” a partir do ponto em que escritor algum tinha recebido permissão para trabalhar até então: o período posterior à morte de Darth Vader e a derrocada do Império em O retorno de Jedi. Com a resposta positiva da LucasFilm, a editora começou a trabalhar no projeto.
O escritor eleito para dar sequencia na história de Luke e companhia foi Timothy Zahn, vencedor do Hugo Award por seu romance Cascade Point, e autor de duas séries de sucesso, Cobra e Blackcollar. A trilogia escrita por  Zahn, composta por “Herdeiros do Império”, “O Despertar da Força Negra” e “Última Ordem”, foi um sucesso do tipo “arrassa-quarteirões”, figurando em primeiro lugar na lista dos mais vendidos do New York Times e novamente acendendo o interesse do público pelo universo de Star Wars a partir de 1991.
No enredo que começa cinco anos após a derrota do Imperador e a destruição da segunda Estrela da Morte, a guerra continua, mesmo não tão acirrada como antigamente.
Apesar de seu efetivo reduzido, contando com oficiais jovens e inexperientes, o Império continuava a ameaçar a paz e a liberdade na galáxia. Enquanto isso, Luke Skywalker alcança seu amadurecimento como Jedi e realiza seu último contato com o espírito de Obi-Wan Kenobi. Léia está casada com Han Solo e, grávida de gêmeos, passa por um treinamento Jedi pelo irmão Luke. Mas nenhum deles faz idéia da ameaça que terão que encarar: o Império sob a liderança do último Grande Almirante, o insidioso Thrawn, humanóide de pele azul e o único não-humano a receber o título do Imperador. Thrawn é provavelmente o maior gênio em estratégia militar já conhecido, capaz de analisar a psicologia do inimigo e prever suas ações através das obras de arte de seu povo.
Vasculhei sebos e mais sebos, já que a Editora Bestseller lançou os três livros em terras tupiniquins no início dos anos 90, mas infelizmente as buscas foram frustradas. Os livros sumiram e as “sobras” estão sendo vendidas à preço de ouro.
“Caraca, Caraquinha da Silva! Quando esses livros serão relançados por aqui?!” Exclamei com os meus botões. Entonce nessa semana veio a resposta imediata para as minhas dúvidas ou melhor, para as minhas preces: as principais livrarias virtuais brasileiras já  colocaram “Herdeiros do Império”, o primeiro livro da “Trilogia Thrawn” em pré-venda. A previsão é de que o livro seja lançado oficialmente no dia 1º de dezembro.
“Herdeiro do Império” é considerado um dos mais importantes marcos do universo expandido de Star Wars. Desde seu lançamento, tem sido aceito pelos fãs da franquia como a verdadeira continuação da trilogia original.
E como fanzaço da mítica saga de Geoge Lucas é claro que já reservei o meu exemplar. Agora fico na torcida para que não demore à chegar os próximos dois volumes. E que venha logo “O Despertar da Força Negra” e “Última Ordem”.
Fui!

Herdeiros de Agatha Christie autorizam a volta de Hercule Poirot pelas mãos de uma nova escritora

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Os fãs de Agatha Christie devem estar gritando, urrando, dando cambalhotas, plantando bananeiras e rolando no chão de alegria. Afinal de contas o emblemático detetive belga idealizado pela escritora está de volta em uma nova história. – “Pô, mas pêra aí! Hercule Poirot morreu em ‘Cai o Pano’, livro antológico que literalmente ‘enterra’ o famoso detetive belga!” Ehehehe... Calma, calma... afinal de contas, esses escritores contemporâneos sempre encontram um jeito de invocar famosos personagens literários do mundo dos mortos. Resultado: as pobres almas que estão descansando numa outra dimensão, acabam sendo obrigadas a voltar para uma derradeira missão... quer dizer: uma derradeira continuação. E foi assim que aconteceu com Poirot. Ah! Querem saber quem o chamou, quer dizer quem o invocou, já que Agatha Christie está completamente fora de questão, já que nos deixou no início de 1976. A responsável por ‘ressuscitar’ Poirot se chama Sophie Hannah, uma britânica que ganhou o aval e os elogios dos herdeiros de Christie, em especial de Mathew Prichard, neto da consagrada autora. Veja só o que ele disse: "A ideia dela (Sophie) para um enredo era tão convincente e a paixão dela pelo trabalho da minha avó tão forte, que sentimos que era hora de escrever um novo livro de Christie". É mole ou quer mais? As palavras do neto de Christie deixam evidente a confiança irrestrita no trabalho da autora.
Mas vamos ao que interessa, pois imagino que a galera já deva estar a beira de um ataque de nervos para saber quem é essa tal Sophie Hannah, além, é evidente, de alguns detalhes sobre o retorno de Poirot. Ok, vamos lá. Primeiramente, vou dar algumas pinceladas sobre Hannah. A moça, ao que tudo indica, não é nenhuma novata no ramo, sendo muito elogiada no meio. Logo de cara, em seu primeiro romance publicado, foi amplamente aclamada pela crítica. “O Pesadelo de Alice” caiu no agrado dos críticos literários, até mesmo dos mais severos. Logo depois, ela lançou “Intimidade Perigosa” que também conquistou tanto crítica quanto leitores. Hannah é especialista no desenvolvimento de thrillers piscológicos, por isso acredito que se dará muito bem nessa nova história de Poirot.
Agora falando do livro em si; em “Os Crimes do Monograma”, Hercule Poirot se aposentou da polícia belga há muitos anos, mas um novo caso acaba chamando a sua atenção. Tudo começa quando o detetive ao se encontrar num café em Londres, acaba sendo surpreendido pela entrada dramática de uma mulher certa de seu assassinato iminente. Mas, para o espanto de Poirot, ela não deseja ajuda: diz que merece o que está por vir e sai desabalada do local, sem mais explicações.
escritora britânica Sophie Hannah
Enquanto isso, o policial Edward Catchpool se depara com um cenário perturbador: em quartos diferentes do mesmo hotel, três cadáveres são encontrados dispostos da mesma maneira cuidadosa e com uma abotoadura de ouro com as iniciais P.I.J. em cada um. Juntos, Poirot e Catchpool tentarão desvendar a possível conexão entre aquela estranha mulher e os três crimes, antes que mais mortes ocorram e seja tarde demais. À primeira vista, o enredo é bem interessante; não acham?
Uma decisão tomada por Hannah causou muita polêmica entre os fãs de Poirot: a ausência do capitão Hastings, considerado o melhor amigo do detetive e seu parceiro inseparável. No lugar, estará um novato da Scotland Yard: o Catchpool que citei logo acima.
A autora disse que criou um caso diferente daqueles que Poirot está habituado a viver e resolver. “Espero elaborar um quebra-cabeça que vai confundir e frustrar o incomparável Hercule Poirot por pelo menos alguns capítulos”, declarou Hannah.
“Os Crimes do Monograma” será lançado no Brasil no dia 10 de outubro, mas já está em pré-venda nas grandes livrarias virtuais. O livro vem editado pela Nova Fronteira com 224 páginas e uma capa ‘da hora’.
Aguardemos!
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