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Sob a Redoma

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Eu sempre cuidei das capas dos meus livros. Sei que há muitos leitores que se preocupam apenas com o conteúdo da obra e após terminarem a sua leitura, simplesmente a colocam em algum armário, baú ou então abandonam em algum lugar. Esses leitores não dão a mínima importância para o layout daquele conjunto de páginas protegido por uma capa e sobrecapa que passa horas, dias ou semanas em suas mãos e por isso mesmo, acabam lendo em qualquer lugar: na cozinha, enquanto cozinham; no restaurante, enquanto comem ou no banheiro, enquanto... já sabem, né (rs). Por culpa desses hábitos, a capa de seus livros são um verdadeiro desastre. Contém de tudo, desde gordura, riscos, rasuras e o escambau à quatro.
Cara! Podem me chamar de zeloso, prestimoso, caprichoso ou qualquer outro “ ‘oso’, que aliás eu odeio, mas uma coisa não posso negar: tenho um xodó incrível com as capas dos meus livros. Todos os dias, lá estou eu com um espanador nas mãos tirando o pó das ditas cujas, encapando ou restaurando as mais velhinhas, oriundas dos sebos, e por aí vai. Posso dizer que todas as capas das minhas obras literárias estão em dia com a conservação, excetuando uma: “Sob a Redoma”.
O livro está implodido. Capa amassada; rasurada; estropiada e lombada toda torta, igual a um carro desalinhado. Só pra lembrar que recebi o livro novinho em folha do pessoal da Suma de Letras. Encapadinho, sem nenhuma falha, enfim, zero bala. O livro ficou nesse estado porque a história escrita por Stephen King me obrigou – pela primeira vez – a quebrar um ‘caminhão’ de regras literárias particulares. Coisas do tipo: jamais fazer marcações à lápis na página de um romance; jamais ler enquanto estiver se alimentando, nem que seja um simples lanche (a tal da capa pode sujar); jamais ler no banheiro (com certeza irei chegar atrasado no serviço, sem contar que é uma P... falta de higiene) e etc  e mais etc.
“Sob a Redoma” tem uma história tão viciante e frenética que me obrigou fazer coisas que jamais tinha feito, como por exemplo: chegar atrasado no serviço por estar tão compenetrado na história. E... adivinha onde estava nesse momento? No banheiro!!
Podem acreditar, o novo e tão esperado livro de King tem esse poder. Aliás, o próprio autor quis que o ritmo da história fosse assim e como não bastasse, ele também foi obrigado, pela sua agente e revisora Nan Graham, a ficar com o pé ‘atolado’ no acelerador. O próprio King ressaltou isso no final do romance em ‘Nota do Autor’ quando diz: “Tentei escrever um livro que mantivesse o pedal no fundo o tempo todo. Nan entendeu isso e, sempre que eu aliviava, ela punha o pé em cima do meu e berrava: Mais depressa, Steve! Mais depressa!”. O resultado da vontade do autor com a pressão de sua agente só poderia resultar num enredo semelhante a uma montanha russa, o que ‘venhamos e convenhamos’ foge um pouco dos padrões de King que segue uma linha mais desacelerada, típica do gênero terror psicológico do qual é o mestre supremo.
O próprio The New York Times, cujos críticos literários não perdoam nem mesmo os grandes autores, acabou se rendendo a montanha russa de emoções que é “Sob a Redoma”. ‘Apurado e vigoroso desde o início. (...) Difícil de deixar de lado’. Essa foi a avaliação do respeitado jornal americano.
Um dos detalhes que me surpreendeu no livro, além do ritmo acelerado, foi a infinidade de personagens. Se não contei errado, “Sob a Redoma” tem em média 64 personagens, incluindo os cães. Cara! Escrever um livro com 15 ou 20 personagens já é complicado e quase sempre, grande parte deles acaba ficando em segundo plano; agora, escrever um romance com mais de seis dezenas de personagens e ainda ‘por cima’ conseguir fazer com que quase todos sejam protagonistas é praticamente impossível, certo? Não; errado. King conseguiu dar aos mais de 60 personagens de “Sob a Redoma” o status de protagonistas. Todos eles tem a sua importância na história. Desde o veterano de guerra Dale Barbara ao odioso vilão Big Jim, passando pelos cães Horace e Audrey, pelos quais me apaixonei. Como queria ter cães como aqueles.
“Sob a Redoma” conta a história de uma pequena cidade de aproximadamente dois mil habitantes que se vê envolta por um misterioso campo de força, os moradores percebem que terão, então, de lutar por sua sobrevivência. Pessoas morrem e são separadas de sua família com a repentina aparição da redoma. As conseqüências ficam ainda mais graves quando são expostas as conseqüências ecológicas da barreira e as maquinações de Big Jim, um político dissimulado que usa a redoma como um meio de dominar a cidade. Enquanto isso, o veterano de guerra Dale Barbara é reincorporado ao Exército e promovido a condição de coronel e juntamente com um pequeno grupo de destemidos moradores de Chester’s Mills tentam colocar um fim ao reinado de terror instalado por Big Jim que passa a se auto-declarar o chefe supremo da pequena cidade. Em meio a crise, o governo dos Estados Unidos, juntamente com Dale Barbara e seus amigos tentam descobrir a origem da redoma e destruí-la.
Como já disse no post anterior, Big Jim pode ser considerado um dos maiores e mais cruéis vilões da literatura. Muitas vezes me vi socando o ar por causa desse crápula. Aliás, acredito que o Sr. Jim Rennie ou simplesmente Big Jim é um dos principais responsáveis por essa montanha russa de emoções. Ele é capaz de destruir uma pessoa através de palavras ou então com as próprias mãos, que por sinal, são enormes. O que esperar de um sujeito capaz de quebrar o pescoço de uma senhora de terceira idade e ir embora assobiando, considerando-se um cara justo perante os olhos de Deus. Quer mais? OK. Que tal moer os dedos de um pobre infeliz pisoteando em suas mãos com os seus mais de 100 quilos? E mais, entrando em êxtase de prazer enquanto o moribundo uiva de dor! Ah! Tem outra atitude “filantrópica” de Big Jim: sufocar a própria mulher com um travesseiro até a morte. Mêo, acho melhor parar por aqui. E olha que o filho de Big Jim não fica atrás. Junior Rennie mata uma pessoa como se estivesse tirando a vida de um inseto. Quanto aos seus capangas, são ainda piores. É este grupo de pessoas que passa a mandar em Chester’s Mills tão logo surge a redoma isolando a pequena cidade do resto do mundo.
Um dia desses aconteceu um fato curioso envolvendo um colega e que à primeira vista achei engraçado, mas depois que mergulhei de cabeça no enredo de “Sob a Redoma”, entendi perfeitamente a atitude do Marquinhos, o tal amigo. Ele estava tão nervoso com o comportamento de Big Jim, mas tão nervoso, que a impaciência invadiu todas as veias de seu corpo. Ele acabou fazendo algo inimaginável e inacreditável para um leitor ‘sério e responsável’. Ele leu o final do livro!!! Isto mesmo cara! Ele apelou legal e foi em busca das últimas páginas do livro. Depois ele me disse: “Não dava pra agüentar as maldades daquele sujeito e quis logo saber se ele se dava mal no fim!
Pois é, ao ler o livro entendi perfeitamente a atitude do Marquinhos e olha que eu não lhe tiro a razão. O vilão de King é a própria essência do mal. Um ser bestial, mas ao mesmo tempo esperto e inteligente. O cara respira maldade. E aqui vai um spoiler. Ele se dá mal, sim! Perto do final do romance, ele recebe o ‘pagamento’ merecido pelas suas maldades. Mas apesar do seu castigo ter sido bem severo; os seus atos foram tão cruéis e bestiais que o leitor acaba desejando que ele tivesse uma morte bem mais agonizante.
Quanto a redoma vou evitar ficar escrevendo além da conta para não disparar mais um spoiler, o que seria um crime. Afinal de contas, ela é o enigma principal do livro. Quem teria criado esse poderoso campo de força isolando a cidade e os seus dois mil moradores do resto do mundo? Uma experiência alienígena? Um experimento do próprio governo americano? Ou será que a redoma teria sido criada por um dos moradores de Chester’s Mills? Essa dúvida é esclarecida bem antes do final do livro. Um pouco ‘pra lá’ do meio do calhamaço de quase 1.000 páginas, o autor já deixa uma pista no ar que faz o leitor chegar a uma conclusão óbvia.
Um dos pontos altos do livro é uma tragédia de proporções titânicas que ocorre em Chester’s Mills e que definirá o destino de muitos personagens importantes.
E quer saber de uma coisa?? Vou é parar por aqui, antes que a empolgação me faça revelar um festival de spoilers o que não seria nada legal. Finalizo dizendo escrevendo que “Sob a Redoma” superou todas as minhas expectativas e também as de Steven Spielberg que após ler o romance de King decidiu comprar os seus direitos para adaptação a uma série de televisão.
Preciso dizer algo mais?
Somente, boa leitura!


Livro que aborda a infância de Jesus será lançado em mais de 20 países, incluindo o Brasil

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Você já tentou escrever algo que exija o mínimo de raciocínio após um jantar faustuoso? Não? Pois bem, eu te lanço o desafio e aposto o que quiser que você não conseguirá fazer as suas idéias fluirem além de algumas quatro ou cinco linhas. Agora se você for daquelas pessoas mais teimosas do que um jumento e tentar espremer o seu cérebro ao máximo para que ele ‘vomite’ alguns lampejos racionais, com certeza o seu texto sairá uma m... Pois é cara... é dessa maneira que estou me sentindo, enquanto ‘tento’ escrever esse post.
Sei que estou bancando um quadrúpede teimoso e que nesse momento deveria estar fazendo aquele ‘quilo’ gostoso em meu quarto, assistindo um filme ou simplesmente dando uma cochilada e divagando com as coisas boas da vida, mas o caso é que já pretendia escrever sobre esse assunto na semana passada, só que fui enrolando, enrolando e quando cai na real, percebi que se demorasse um pouco mais, o tema acabaria perdendo a sua atualidade. Portanto, mesmo com o meu cérebro estando em marcha lenta decidi enfrentar a moooleza e a preeeguiça mental e encarar o texto.
Então vamos ao que interessa, antes que eu desmaie ou então comece a escrever coisas sem nexo como já fiz há alguns anos e quase perdi o emprego. Ah! Que dia aquele! Era freelancer de um jornal na época e tinha que entregar uma matéria no dia seguinte. Ocorre que havia acabado de jantar uma saborosa feijoada e depois fui para frente da máquina de escrever. Ehehehe, ainda estava no tempo das laudas e da famosa Remington. Fui teclando, teclando e quando vi havia escrito um monte de bobagens sem nenhum nexo.  Percebi que estava dormindo e teclando ao mesmo tempo!! Xinguei – sem saber – até o prefeito daquela época! Depois, cheguei a conclusão de que o sono tem o poder de liberar o nosso verdadeiro eu, ou seja, fazer com que coloquemos prá fora o que guardamos tão reprimidamente há sete chaves em nossas almas. Bem, resumindo: corrigi o texto, mas acabou escapando algumas cositas e então já viu né.... O meu editor montou no lombo e meteu a espora! Me senti numa arena de rodeio, só que eu era... o animal.
Tá vendo! Já comecei a divagar e fugir do assunto! Efeito do cérebro em marcha lenta. Por isso, vamos logo ao tema desse post, antes que eu repita o que ‘aprontei’ com o meu antigo editor.
O motivo de estar aqui, nesse exato momento, brigando - na base dos socos e ponta-pés – com Morfeu é um livro que será lançado, logo de cara, em 20 idiomas!!! Trata-se de “A Infância de Jesus”, novo livro de Joseph Ratzinger, mais conhecido como Papa Bento XVI.
Porque o meu interesse pelo livro? Bem, depois que li “Médicos de Homens e de Almas”, de Taylor Caldwell, me apaixonei pelo lado secreto da vida de Jesus. Quando digo o lado secreto, estou me referindo aos fatos que não são mostrados nos Evangelhos. Após ler a obra de Caldwell que foi baseada na vida do apóstolo Lucano ou São Lucas, passei a conhecer, em detalhes, passagens que não estavam descritas na Bíblia ou então, a descrição completa e em profusão de detalhes de trechos que nas escrituras sagradas são mostrados em poucas linhas. E qual leitor não gostaria de conhecer um pouco mais sobre esse período ‘secreto’ da vida de Cristo, narrado sem sofismas? E segundo a maioria dos críticos literários, “A Infância de Jesus” promete isso.
Para se ter uma idéia, logo no início, Bento XVI já desmistifica detalhes importantes do presépio da Sagrada Família de Nazareth, um dos ícones do Natal. No livro, o Papa diz que Jesus nasceu em Belém em uma época determinada, mas que, no Evangelho, não se fala de um boi e um jumento no presépio. Logo, eles não fizeram parte daquele importante momento.
No texto, o pontífice também contesta São Agostinho, que afirmou que a Virgem Maria teria feito um voto de castidade e teria se comprometido com José para que a protegesse, afirmando que essa reconstrução “está fora do mundo judeu do tempo de Jesus”.
“É certo que Jesus foi concebido por obra e graça do Espírito Santo e nasceu da santa Virgem Maria?. Sim, sem reservas”, afirma o Pontífice, para quem há dois pontos na história de Jesus nas quais a ação de Deus intervém diretamente no mundo material: “O parto de Nossa Senhora e a Ressurreição no Sepulcro “.
Bento XVI ressalta que se a Deus só fosse permitido agir na esfera espiritual, e não na material, “então não seria Deus”, mas que sim, Deus “tem esse poder e, com a concepção e a ressurreição de Jesus Cristo, inaugurou uma nova criação”.
 O livro aborda os chamados ‘evangelhos de infância’, sobre os primeiros anos de vida de Jesus, sem ressalvas, dando aos leitores um panorama completo e sem “cortinas de fumaça” sobre esse período bíblico tão importante.
O livro é o terceiro de uma série, sendo que o primeiro volume “Jesus de Nazareth” foi publicado em 2007 e dedicado ao começo da vida pública de Jesus. Quanto a segunda parte da obra, foi lançada em março de 2011, abordando em suas páginas, o momento que precederam a morte de Jesus e a sua ressurreição.
Conheci Joseph Ratzinger – por meio de reportagens, artigos e entrevistas publicadas nas redes sociais – e posso afirmar com convicção que o atual Papa é um dos teólogos mais respeitados da atualidade com defesas de tese de doutorados nas principais universidades da Alemanha e Estados Unidos. Ratzinger  pode ser considerado também um dos papas mais estudiosos da Santa Sé o que credencia ainda mais os seus livros.
Após uma ampla pesquisa em diversos sites prós e contra o Papa – que fiz ao longo de uma semana, mais ou menos – entendi que não há como negar a sua sinceridade’. O que ele pensa, ele sustenta, mesmo que o mundo caia em suas costas. Sei lá, é um fardo – digamos, assim – que o cardeal alemão, hoje Papa faz questão de carregar.
Penso com os meus botões, ou melhor, penso com o meu travesseiro e a minha caminha macia e aconchegante, aos quais já estou louco para me entregar de corpo e alma, que se Ratzinger transferiu toda essa sinceridade - que é a sua marca registrada - para a “A Infância de Jesus”, teremos uma obra, pelo menos, bem próxima da realidade, retratando com honestidade e sem aquelas viagens ‘zens’, a vida de Jesus.
A prova dessa seriedade do papa é que ele faz questão de ressaltar em seu novo livro que os judeus não foram culpados pela morte de Cristo e que isso ocorreu por um conjunto de fatos. Ratzinger afirma ainda – com muita coragem, faço questão de frisar – de que a igreja atual parece um navio em naufrágio, mas mesmo assim, Jesus sempre está à seu lado.
Por isso meus amigos, esqueçam aquelas viagens amalucadas do ‘grande’ Benitez em suas ‘Operações Cavalos de Tróia” e leia algo mais realista.
E chega! Porque já estou roncando acordado. Vou fazer uma revisão rápida do texto e postá-lo. Por isso mesmo, me perdoem pelos erros que, por ventura, surgirem... culpa de Morfeu. (rs)

O Círculo Matarese

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Quer saber de uma coisa? Não entendo como tantos livros de qualidade, com enredos extraordinários e personagens que esbanjam carisma são literalmente “escanteados” pela maioria dos produtores cinematográficos. Estes canastrões da sétima arte - produtores apenas no nome - preferem comprar os direitos de adaptação para o cinema de uma porcaria como ‘Fallen’ ou ‘Hush, Hush’ ou ainda ‘Wake’ e deixar de lado jóias preciosas da literatura, do tipo: ‘As Crônicas de Artur’, ‘A Sombra do Vento’ e ‘O Círculo Matarese’.
Caramba! Essa tal cretinice desses produtores FDP é fod...! Me desculpem a revolta e o palavreado chulo  mesclados  ao desabafo, mas não dá pra aceitar tanta... Ah! Deixe prá lá!.
Dói no coração pensar que estamos deixando de ver nas telonas essas histórias antológicas por puro relaxo e ignorância dessa alta cúpula Hollywoodiana que não vale um tostão furado.
Confesso que no início dessa semana já estava pronto para comprar alguns fogos para comemorar uma notícia inebriante que havia visto na Internet. A de que o “O Círculo Matarese”, do mestre da espionagem Robert Ludlum – o pai de Jason Bourne – iria ser adaptado para os cinemas, e ainda tendo como diretor o mago David Cronenberg. Tudo bem que um dos atores principais seria o “missão impossível” Tom Cruise. Ok, ok, eu agüento o Tom, mas o importante é que a história de Ludlum seria transposta para os cinemas. Vejam bem o que escrevi: “Seria”.
É que na ânsia da emoção não percebi que essa notícia havia sido veiculada nas redes sociais em 2009!! E até agora nada de nada! E lá vai o blogueiro aqui, fuçar, novamente, na Net na louca esperança de encontrar alguma notícia, duas ou três linhas que sejam sobre o assunto, mas a frustração ganha corpo quando não encontro nada atualizado. Chego a conclusão que a adaptação da obra, por algum motivo, acabou dando para trás. Fazer o que, né.
Já li o “Círculo Matarese” duas vezes e estou me preparando para encarar as suas páginas pela terceira vez. A história é viciante, daquelas que você agarra e só tem vontade de largar quando termina. Achei o “Circulo” muito melhor do que “A Identidade Bourne”, apesar dessa segunda obra ser considerada aquela que abriu as portas do sucesso para Ludlum, transformando-o num dos autores de Best-Sellers mais respeitados do mundo.
Imagine em plena guerra fria, dois agentes – um americano e outro, russo –
obrigados a trabalharem juntos, apesar de serem considerados inimigos mortais. Aliás, a capa da edição mais recente do livro deixa evidente o que Bradon Scofield e Vasili Talaniekov representam um para o outro. Só para lembrar que na capa de “O Círculo Matarese” vemos dois escorpiões venenosos numa luta aguerrida onde, provavelmente, só um deles sairá vivo. É assim que Scofield e Talaniekov  se tratam: inimigos mortais.
Mas qual situação seria capaz de fazer com que esses dois agentes – considerados os melhores em seus respectivos países – esquecessem, temporariamente, as suas diferenças e passassem a trabalhar juntos. Somente uma coisa maligna ao extremo e com o poder de levar o mundo em que vivemos à destruição total. A‘coisa’, em questão, com todo esse poder de fogo se chama Circulo Matarese.
Esta violenta organização criminosa é dedicada ao financiamento de terroristas da qual fazem parte altos escalões da CIA, da KGB, do governo da Rússia, do Departamento de Estado norte-americano e até o futuro presidente dos Estados Unidos. Agora, essa confraria deseja o domínio para além dos limites do poder das nações. O ‘cabeça’ dessa organização é o bilionário corso, Guillaume Matarese, que planeja liquidar corruptores e corruptos, lançando no caos os governos da Europa e fazendo com que grandes empresas multinacionais e bancos percam seus protetores.
O Círculo Matarese é formado por perigosos serial killers capazes de se infiltrar em qualquer setor governamental, administrativo, financeiro e institucional, incluindo CIA , FBI e KGB sem serem notados.
Eles são mais poderosos do que a própria Máfia, estão em todo o lado, embora ninguém  os veja ou saiba alguma coisa sobre eles. E agora, querem dominar o mundo.
Scofield e Talaniekov são os únicos agentes em todo o mundo que podem deter o Círculo Matarese; dois inimigos mortais jurados de ideologias opostas. O primeiro, agente da CIA e Talaniekov, do KGB. Os melhores terão de por de lado o ódio que sentem um pelo outro e superar momentaneamente as diferenças existentes entre eles, pois só assim, poderão enfrentar a invencível organização.
Mas porque essas esses dois agentes - obrigados a trabalharem juntos, se odeiam tanto. Bem, vamos lá. Taleniekov assassinou gratuitamente a mulher de Scofield em Berlim Oriental. Uma provocação. Por outro lado, Scofield matou o irmão de Taleniekov em Praga. Uma vingança. Dois motivos mais do que necessários para que esses homens de ideologias distintas se transformem em dois venenosos escorpiões inimigos, prontos para se ferroarem até se matarem. Por tudo isso, um encontro entre os dois, em qualquer hipótese, seria fatal.
Ludlum, através de sua escrita mágica, vai prendendo o leitor de uma tal maneira que se torna impossível largar o livro. No meu caso, não via a hora de Scofield e Taleniekov se encontrarem, após um acordo entre os seus chefes americanos e russos. Como seria esse encontro? Qual a reação de ambos ao se encararem? Fui engolindo as páginas até chegar esse momento. E quando chegou. Uhauuu! Foi épico cara! Algo que o leitor jamais irá imaginar; só mesmo lendo para entender. E é claro que não vou estragar esse momento épico com spoilers.
Vou parar por aqui para não ficar revelando detalhes sobre o enredo do livro. Apenas recomendo. Leiam e não se arrependerão.
Indo!



O Conde de Monte Cristo

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Desculpem-me por começar, logo de cara, com um assunto que não tem nada a ver com esse post, mas confesso que não dá prá segurar. Portanto, lá vai: O Tourão caiu!! E caiu bonito – quer dizer – caiu feio. Dizem que o tombo sentado é um dos piores, se não o pior, por causa de dois motivos: o primeiro deles, a dor insuportável naquele ossinho perto do... do... bem lá mesmo. Um ossinho tão simplório, mas que dói tanto, chamado cóccix. E o segundo motivo que faz desse tombo o pior de todos é a gozação. Isso mesmo, as gargalhadas, tirações de sarro, chacotas e etc e mais etc. Afinal de contas quer um tombo mais cômico do que aquele em que a pobre vítima beija o chão com a bunda! Cara foi isso que aconteceu com o ‘seo’ Touro ou ‘Tourão’ ou ainda ‘Kid Touro’ para os mais chegados.
Putz! Que distração a minha! Com certeza vocês querem saber quem é o tal ‘Tourão’. Ok. Saibam mais aqui; porque não vou encher uma outra lingüiça explicando quem é a fera. Mas retomando a minha divagação. O ‘Tourão’ foi se abaixar para apanhar um papel de bala que tinha tentado encaçapar na lata de lixo. No momento em que se abaixou, as pernas deixaram de obedecer ao comando do cérebro, então para não despencar no chão para uma platéia considerável, ele optou por ficar de cócoras ou como dizem no ‘interiô’: de ‘cóqui’. Ele raciocinou: - “Bem, espero até que as benditas pernas destravem, então me ajoelho –disfarçadamente - e depois me levanto e já sento no sofá imediatamente. Ocorre que nesse exato momento, ou seja, quando o ‘Kid Tourão’ ainda estava de ‘cóqui’ – no início do seu plano - passou um antigo colega e o cumprimentou: “- Ô Touro! Bom dia!”. E o ‘Tourão’, educadamente, mesmo de costas levantou a mão direita para cumprimentá-lo. Foi onde começou a tragédia. Ao erguer a mão, perdeu o equilíbrio e pranchou no chão.... de bunda... para delírio da galera que assistia a tudo com a boca retorcida, tentando conter a gargalhada, e para desespero do meu querido velho que soltou um Uiii!... tremendamente doído.
Resultado: enquanto escrevo esse texto, em meu notebook,  me encontro ao lado do ‘Tourão’, em sua cama no hospital, esperando a sua recuperação que segundo os médicos, apesar das radiografias não terem acusado nenhuma fratura, será um pouco lenta devido a sua idade.
Agora deixando as divagações de lado e partindo ao que interessa, confesso que nunca consegui ler um livro enquanto estive num hospital, seja como paciente ou acompanhante, como agora. Sei lá, deve ser algum tipo de bloqueio, não me sinto bem com o cheiro, as roupas brancas e engomadas, os barulhos de macas indo e vindo pelos corredores. Tudo isso me tira a concentração e acabo ficando disperso, abandonando a história.
Cena de "O Conde de Monte Cristo" de 1975 com Richard Chamberlain
Mesmo assim, quando o ‘Tourão’ veio pra cá, arrisquei levar um livro para ficar apenas folheando, matando o tempo. Escolhi, na minha estante, um que julgava meio sem sal e açúcar: “O Conde de Monte Cristo”, para não ‘queimar’ a leitura de uma outra obra, a qual pretendia ler com toda a tranqüilidade possível no meu quarto ou em minha sala de leitura. Já tinha assistido o tal Conde com o Jim Caviezel, aquele ator que havia interpretado Jesus Cristo no filme do Mel Gibson. Como achei o filme horroroso, peguei o livro para saber se a história seia diferente.
Cara! Quando percebi, já estava devorando as páginas magistralmente escritas por Alexandre Dumas! Que nada de cheiro esquisito, macas no corredor, roupas brancas engomadinhas e muito menos uma enfermeira filezinho que toda hora passava no quarto para ver como o Tourão estava. O meu negócio era ler, ler e ler a saga de Edmond Dantes. Conclui a leitura praticamente agora e aproveitando a inspiração que a história me deu, resolvi escrever esse post.
Para início de conversa, o livro não tem nada a ver com o filme sofrível produzido em 2002 e que apesar disso, acabou fazendo um sucesso razoável nos cinemas.
Na obra de Dumas, Edmond Dantés é um destemido, mas ingênuo marinheiro que em 1815 acaba sendo  preso, sob falsa acusação,  por ter ido à Ilha de Elba, onde teria recebido uma carta de Napoleão em seu exílio. Na correspondência, Napoleão deixava evidente o seu desejo de reconquistar o trono. Mas na verdade, Dantés havia sido vítima de um complô armado por três pessoas interessadas no assunto: o juiz de Villefort, filho do destinatário da carta de Napoleão, que, mesmo atestando sua inocência, quis silenciá-lo; o seu amigo, Danglars, que desejava o posto de capitão do navio, já que Dantés recebeu o posto por mérito, e Fernand Mondego, melhor amigo, mas por outro lado, apaixonado por Mercedes, noiva de Dantes. Mondego, inclusive, morre de inveja de Dantés e sonha com o dia em que poderá ter Mercedes em seus braços.
Jim Caviezel como o conde no filme de 2002
Graças a cilada preparada por essas três pessoas, Edmond Dantés vai para a temível prisão do castelo d’If, onde é condenado a ficar encarcerado até os últimos anos de sua vida. Após muito tempo, ele consegue fugir com a ajuda de um abade, vizinho de cela, com o qual passou a nutrir uma sólida amizade nos anos em que esteve preso. O abade Faria, um preso político, lhe indica o local onde está escondido o tesouro do Cardeal Spada. O abade ainda educa Dantes por vários anos sobre diversas artes e ciências (química, esgrima, línguas e história em geral). Mesmo não acreditando muito, Edmond investe na aventura e descobre, de fato,  o tesouro indicado pelo seu amigo de prisão, tornando-se milionário.  A partir daí começa a vingança de Dantes que engendra um plano inteligente e ao mesmo tempo maquiavélico. O ex-marinheiro passa a assumir vários disfarces, entre os quais um poderoso e multimilionário conde, um pirata e por aí afora.  Todos esses disfarces são utilizados em sua teia de vingança.
O livro tem passagens fortes e emocionantes, entre as quais o encontro do Conde de Monte Cristo com a sua ex-noiva Mercedes que agora está casada com o seu amigo traidor Fernand Mondego.
Apesar de ter a classificação de literatura infanto-juvenil, “O Conde de Montecristo” tem passagens fortes e marcantes. Por isso, posso classificá-lo de extremamente vigoroso. O enredo magnífico nos prende como a teia de aranha tecida por Dantes para se vingar de seus inimigos.
Gostei tanto do livro que agora pretendo assistir ao filme com Richard Chamberlain e Tony Curtis que passou nos cinemas em 1975 e ao contrário da aberração de 2002, sem muito estardalhaço. Um amigo meu que assistiu ao filme me garantiu que é muito fiel ao romance de Dumas. Vejamos.
Inté!

Os livros mais vendidos em todo o País em 2012

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Enquanto estou preparando um novo post sobre escritores malditos e suas obras também malditas, resolvi publicar nesse espaço um “Paradão de Sucessos dos Livros”. Através dele, vocês terão condições de saber quais são as obras mais lidas e adquiridas no momento. Aquelas que estão saindo das livrarias como água da fonte, não parando nas prateleiras um minuto sequer.
E cá entre nós, quer um playlist de livros melhor do que o da Revista Veja? A pesquisa é realizada junto às livrarias de um “batalhão” de cidades e capitais do país. E olha, só tem livrarias conceituadas. Portanto, pode ter certeza de que não se trata de uma pesquisa furada, daquelas feitas com cinco ou sei lojas.
Espero que esse listão ajude a galera que acompanha o “Livros e Opinião” a escolher a sua obra literária que será devorada nos dias seguintes.
Na categoria ficção, o livro de E.L. James, ‘Cinquenta Tons de Cinza’ segue liderando, já estando no paradão há 20 semanas. ‘Nada a Perder’, do bispo da Igreja Universal, Edir Macedo domina na categoria não ficção; enquanto ’Viajante Chic’ de Gloria Kalil ocupa o primeiríssimo lugar em auto ajuda e esoterismo.
Vale lembrar que o listão de livros mais lidos da Veja é atualizado toda a semana. Essa relação é válida até 19 de dezembro.
Vamos à ela!
Ficção
01º Lugar: Cinquenta Tons de Cinza (E.L. James)
Editora: Intrínseca
02º Lugar: Cinquenta Tons de Liberdade (E.L. James)
Editora: Intrínseca
03º Lugar: Cinquenta Tons Mais Escuros (E.L. James)
Editora: Intrínseca
04º Lugar: Morte Súbita (J.K. Rowling)
Editora: Nova Fronteira
05º Lugar: Profundamente Sua (Sylvia Day)
Editora: Paralela
06º Lugar: A Travessia (William Young)
Editora: Arqueiro
07º Lugar: Toda Sua (Sylvia Day)
Editora: Paralela
08º Lugar: A Guerra dos Tronos (George R. R. Martin)
Editora: Leya Brasil
09º Lugar: A Dança dos Dragões (George R. R. Martin)
Editora: Leya Brasil
10º Lugar: A Viagem do Tigre (Coleen Houck)
Editora: Arqueiro
11º Lugar: A Furia dos Reis (George R. R. Martin)
Editora: Leya Brasil
12º Lugar: O Festim dos Corvos (George R. R. Martin)
Editora: Leya Brasil
13º Lugar: A Tormenta de Espadas (George R. R. Martin)
Editora: Leya Brasil)
14º Lugar: Um Porto Seguro (Nicholas Sparks)
Editora: Novo Conceito)
15º Lugar: Assassin’s Creed (Oliver Bowden)
Editora: Galera Record
Não Ficção
01º Lugar: Nada a Perder (Edir Macedo)
Editora: Planeta
02º Lugar: Diálogos Impossíveis (Luis Fernando Veríssimo)
Editora: Objetiva
03º Lugar: Um Lugar na Janela (Martha Medeiros)
Editora: L&PM
04º Lugar: Giane - Vida, Arte e Luta (Guilherme Fiuza)
Editora: Primeira Pessoa
05º Lugar: A Queda (Diogo Mainardi)
Editora: Record
06º Lugar: Carcereiros (Drauzio Varella)
Editora: Companhia das Letras
07º Lugar: Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil (Leandro Narloch)
Editora: Leya Brasil
08º Lugar: Uma Breve História do Cristianismo (Geoffrey Blainey)
Editora: Fundamento
09º Lugar: 30 Minutos e Pronto (Jamie Oliver)
Editora: Globo)
10º Lugar: Nunca Fui Santo (Marcos Rei e Mauro Beting)
Editora: Universo dos Livros
11º Lugar: Guinness World Records 2013 (Guinness)
Editora: Agir
12º Lugar: Mensalão (Marco Antonio Villa)
Editora: Leya Brasil
13º Lugar: Não Há Dia Fácil (Mark Owen e Kevin Maurer)
Editora: Pararela
14º Lugar: Coragem Para Sonhar – Nossa Vida Como One Direction (One Direction)
Editora: Prumo
15º Lugar: O Livro da Psicologia (Nigel Benson)
Editora: Globo
Annnhh.... Você se liga em esoterismo e auto-ajuda? Ok. A Veja também tem essa categoria no seu “Paradão”. Vamos à ela...
Autoajuda e esoterismo
01º Lugar: Viajante Chic (Gloria Kalil)
Editora: Agir
02º Lugar: Eu Não Consigo Emagrecer (Pierre Ducan)
Editora: Best Seller
03º Lugar: Casamento Blindado (Renato e Cristiane Cardoso)
Editora: Thomas Nelson Brasil
04º Lugar: Viver com Fé (Cissa Guimarães)
Editora: Casa da Palavra
05º Lugar: Nietzsche para Estressados (Allan Percy)
Editora: Sextante
06º Lugar: Feridas da Alma (Padre Reginaldo Manzotti)
Editora: Agir
07º Lugar: Empresários no Divã (Luiz Fernando Garcia)
Editora: Gente
08º Lugar: O Monge e o Executivo (James Hunter)
Editora: Sextante
09º Lugar: É Sagrado Viver (Padre Fábio de Melo)
Editora: Planeta
10º Lugar: As 25 Leis Bíblicas do Sucesso (William Douglas e Rubens Teixeira)
Editora: Sextante
11º Lugar: Agapinho – Ágape para Crianças (Padre Marcelo Róssi)
Editora: Globo)
12º Lugar: Ágape (Padre Marcelo Róssi)
Editora: Globo
13º Lugar: O Poder do Hábito (Charles Duhigg)
Editora: Objetiva
14º Lugar: Encantadores de Vida (Eduardo Moreira)
Editora: Record
15º Lugar: Contos do Dia a Dia (Zibia Gasparetto)
Editora: Vida e Consciência
Pronto! Façam as suas escolhas e boa leitura!


Escritores malditos e suas obras também malditas

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O escritor e ex-jornalista napolitano, Roberto Saviano, foi a minha grande inspiração para escrever esse post. Sei que para a maioria das pessoas, o termo ‘escritor maldito’ está relacionado aquele autor que teve a sua obra ou os seus pensamentos censurados em sua época, mas após dezenas ou trezenas de anos, essa mesma obra que foi considerada abominável no seu tempo, acaba sendo descoberta e reconhecida pelos críticos e o público em geral. Pronto! De censurada, a tal obra perto da excomunhão se transforma numa obra prima. O sujeito que a escreveu junta, também, à sua alcunha de maldito um novo termo: gênio.
Outro segmento considerável de leitores entende que ‘escritor maldito’ é o fulano ou beltrano que choca toda uma sociedade com as suas atitudes confrontando o ‘status quo’. Para esse rebelde o que vale é a arte e ponto final. O resto que se dane. Na primeira categoria  podemos destacar o  polêmico (para a sua época) D.H. Lawrence, criador de “O Amante de Lady Chatterley”, publicado clandestinamente em 1928, na França e taxado de leviano, obsceno e até mesmo maldito pelo puritanismo francês e inglês. Já o “rei dos ébrios”, o alemão Charles Bukowski  que se mudou ainda criança para Los Angeles, entra como uma luva no  segundo exemplo: do sujeito que choca a sociedade muito mais com as suas atitudes do que com o que escreve. Sem afeto familiar, Bukowski se tornou um alcoólatra homérico deixando as damas e os cavalheiros dos idos tempos escandalizados com as suas atitudes.
Quanto a Saviano fez o caminho inverso desses dois escritores e nem por isso deixou de ser considerado maldito e a sua obra mais maldita ainda; pelo menos para ele. O autor de Gomorra” - lançado no Brasil em 2009 com o título de “Gomorra: A História Real de um Jornalista Infiltrado na Violenta Máfia Napolitana” -  não foi um bad boy, alcoólatra, drogado, briguento ou revolucionário que escandalizou o seu país com o nseu comportamento. A sua obra, não foi censurada por navegar contra o estado atual das coisas de sua época, ou seja, há cinco anos atrás. Na minha opinião, Saviano pode ser considerado um escritor maldito por ter tido a coragem de romper um paradigma literário que nenhum outro autor teve ‘colhões’ para fazer. Ele escancarou para todo o mundo as portas da Máfia napolitana, uma das mais violentas. Abriu o jogo, literalmente! Fez um Raio X da organização. O livro bombou nas livrarias (no bom sentido, é claro), se tornando uma das obras mais lidas e comentadas pelos quatro cantos do mundo. “Gomorra” transformou Saviano num escritor milionário, mas para isso ele teve de pagar um preço muito caro. Como foi jurado de morte pela máfia, acabou sendo obrigado a viver nas sombras e com seguranças 24 horas por dia. Resumindo: a sua vida acabou aos 30 anos de  idade, pouco depois do lançamento de seu livro. Uma verdadeira maldição.
Inspirado pela história de Saviano, eu resolvi elaborar esse post. Fiz uma relação de dez autores que fazem jus à alcunha malditos. Vamos à eles!
01 – Salman Rushdie (Os Versos Satânicos)
Caso semelhante ao de Roberto Saviano, mas com um pequeno diferencial. Enquanto o autor napolitano atacou a Máfia; Rushdie estocou o islão. “Os Versos Satânicos”, lançado no Brasil em 1989, condenava o Islão por perseguição contra várias religiões cristãs e hindus, causando uma enorme controvérsia no mundo Islâmico. A obra de Rushdie foi considerada ofensiva ao profeta Maomé; o que fez o líder máximo do Irã, o  Aiatolá Khomeini (se lembram dele?) ordenar a execução do escritor indiano. Isso mesmo, por causa de seu livro, por causa de sua coragem em desmistificar uma organização ou instituição religiosa, o cara foi jurado de morte. Rushdie é ou não é um papel carbono de Saviano?  Khomeini chamou “Os Versos Satânicos”  de ‘blasfêmia contra o islão’.  O líder do Irã viria, também, condenar o escritor pelo crime de apostasia, ou seja, fomentar  o abandono da fé islâmica, o que de acordo com as leis de Maomé  é punível com a morte. Isto porque Rushdie comunicava através do romance que já não acreditava no Islão. 
 Da mesma maneira que os chefões mafiosos ordenaram aos seus clãs  uma caçada impiedosa à Saviano, colocando a sua cabeça à prêmio; Khomeini ordenou a todos os "muçulmanos zelosos" o dever de tentar assassinar Rushdie. Devido a este fato, o autor de “Os Versos Satânicos” foi forçado a viver no anonimato por mais de 13 anos. Atualmente, Salman Rushdie vive a maior parte de seu tempo em Nova York (EUA). Em 1998, o Irã garantiu que a sentença de morte não seria cumprida. No entanto, em 2005, o sucessor do aiatolá Khomeini disse que Rushdie poderia ser morto impunemente. Será que ele vive tranqüilo?
02 – Marquês de Sade (Os 120 Dias de Sodoma)
Donatien Alphonse Francois de Sade, o Marquês de Sade, passou os seus últimos dias encarcerado num hospício, solitário, escrevendo com sangue e com as próprias fezes para substituir a pena que havia sido tirada de suas mãos. Antes de ser preso, na juventude, tinha o hábito de praticar atos repulsivos e dolorosos em suas parceiras de sexo, como por exemplo, retalhar os seus corpos enquanto fazia amor. Esse ato lhe dava enorme prazer na conjunção carnal.
Uggghhh!!! Apaga! Pode apagar tudo isso que acabei de escrever acima! Essas atrocidades nunca fizeram parte da vida de Sade. Tudo não passou da mais pura lenda. Não que o famoso Marquês fosse santo. Ele era um devasso, um libertino, um mulherengo. Um baita de um tarado. Mas segundo os historiadores, Sade não era muito diferente da maioria dos homens do século 18. Naquela época a libertinagem era uma atitude normal entre os aristocratas. O mito em torno do Marquês de Sade começou a surgiu logo com as suas primeiras prisões. Depois de seu casamento, aos 23 anos, o rapaz foi denunciado por atos de devassidão ultrajante por causa de orgias que organizou numa casa que havia alugado para atividades extra-conjugais. Essa pisada na bola, irritou a família de sua esposa e fez com que a sua sogra obtivesse uma ordem de prisão contra ele. De nada adiantou esse corretivo. Após 15 dias de prisão, lá estava o jovem marquês de volta as suas festas orgiásticas das brabas. Depois seria acusado por quatro prostituas de sodomia, flagelação e ingestão forçada de afrodisíacos, fato que quase as levou a morte. O rapaz tinha ainda o hábito de fazer é...me desulpe o linguajar chulo, mas o termo correto seria esse mesmo: ‘suruba’ com mendigas que encontrava morando nas ruas da França. Todos esses fatos serviram para criar uma lenda em torno do Marquês de Sade. Lenda que ganhou ainda mais força quando ele começou a escrever os seus romances na prisão. Os leitores daquela época entendiam que os personagens e as histórias criadas por ele, eram na realidade algo autobiográfico. E assim, na cabeça das pessoas, Sade acabou se transformando num verdadeiro monstro.
“Os 120 Dias de Sodoma” é considerada a sua obra máxima. O texto foi dado como perdido e publicado apenas no início do século 20. O romance inspirou "Salò" (1975), filme de Pier Paolo Pasolini (1922-1975). O livro foi execrado no século 18 e teve a sua venda proibida. Mesmo assim, muitas pessoas optavam em correr riscos para obter exemplares clandestinos. Cara, o texto é violento. Aqueles que tiverem pensamentos mais puritanos nem sonhem em pegar a obra nas mãos, pois se tornarão candidatos de ponta à sofrerem um enfarto fulminante. Já os leitores mais liberais ou libertinos (rs), com certeza irão adorar a escrita e o estilo de Sade. Ah! “Os 120 Dias de Sodoma” foi relançado há poucas semanas e pode ser encontrado facilmente em qualquer livraria.
03 – Edgard Allan Poe (O Gato Preto)













Poe é um dos principais escritores malditos. Enquanto em sua época, os escritores de terror apelavam para monstros ou fantasmas para assustar os seus leitores; Poe buscava esse medo na mente humana. Seus personagens neuróticos, atormentados e cheios de fobias esquisitas provocavam calafrios nos leitores. Muitos acreditavam que esses personagens eram fruto de uma mente transtornada e doentia o que colaborou para aura de ‘maldito’ de Poe.
A morte do escritor aos 40 anos de idade foi cercada de mistério – à exemplo de suas histórias. Menos de uma semana antes de falecer, Poe foi encontrado pelas ruas de Baltimore em completado estado de delírio, totalmente fora de si. Ninguém soube o que aconteceu. O mistério colaborou para o surgimento de inúmeras lendas urbanas sobre a morte do escritor.
“O Gato Preto” é uma das obras mais doentias e perversas de Poe, onde ele narra a história de um misterioso gato preto chamado Plutão que passa a despertar um sentimento de ódio em seu dono. Essa raiva que sente do animal faz com que o homem acabe enforcando o bichano. A partir daí, ele passa a ser perseguido pelo fantasma do gato. Ao decidir  adotar outro animal, com o tempo, descobre que passa a sentir  a mesma aversão. O novo gato tem a marca da forca em sua pelagem. História bem neurótica, não acham?
04 – Charles Bukowski (Crônica de um Amor Louco)
O hobby preferido desse contista e escritor de origem alemã e criado nos Estados Unidos era escrever sobre prostitutas, bêbados, mendigos e miseráveis. O sujeito vivia embriagado, se alimentava mal e dormia em quartos imundos de pensões de quinta categoria. Ganhava menos de R$ 200,00 pelos seus escritos, sendo explorado até a última gota pelos seus editores.
Quando criança, Charles Bukowski era constantemente espancado pelo seu pai por motivos fúteis. Na adolescência teve o seu rosto deformado por um tipo raro de acne, tornando-se motivo de chacota na escola. Com tantos problemas, o rapaz  resolveu fugir de casa e passar a viver em quartos de pensões. Neste período se entregou de corpo e alma as suas duas paixões: álcool e livros.
Repulsa, nojo, ódio, paixão e melancolia. Esses foram alguns sentimentos que inspiraram o autor alemão em sua obra, rejeitada no início, mas idolatrada ao final. Exemplo disso foram “Crônica de Um Amor Louco”, que passou de odiada e rejeitada na época de seu lançamento à amada e enaltecida, alguns anos depois.
05 – Henry Miller (Trópico de Câncer)
Henry Miller, por muitos anos foi considerado um escritor maldito. Seus livros foram taxados de obscenos e degradantes, sofrendo uma censura rígida, só sendo adquiridos clandestinamente.
“Trópico de Câncer”- sua obra-prima – lançado em 1934, sofreu dificuldades de distribuição, sendo banido em alguns países sob a acusação de pornografia. Depois dessa obra, ele continuou a escrever romances que foram proibidos de serem vendidos nos Estados Unidos sob a acusação de obscenidades. Miller já tinha ficado marcado como um escritor obsceno, um pornógrafo, por causa de “Trópico de Câncer” que foi repudiado na década de 30.
O reconhecimento ao talento de Miller só aconteceria 30 anos depois do lançamento de “Trópico de Câncer”. Na década de 60, suas obras que estavam censuradas foram liberadas e dessa forma, obteve grande sucesso, ganhando até mesmo, um memorial na Califórnia, onde morou.
Algumas de suas obras mais famosas que causaram grande impacto na sociedade, passando de malditas à adoradas foram “Sexus”, “Nexus” e “Plexus” que compõem a trilogia da crucificação encarnada; além de “O Mundo do Sexo”e “O Colosso de Marússia”.
Para que você tenha uma noção do poder de fogo de “O Trópico de Câncer”, basta citar que o governo brasileiro proibiu a venda da obra traduzida na década de 70, porém o livro continuou sendo vendido no País no original em inglês.
06 – D.H. Lawrence (O Amante de Lady Chatterley)
Escritor britânico que ganhou o estigma de maldito porque decidiu peitar as convenções estabelecidas e dar uma banana para o puritanismo inglês do início da século XX. Lawrence foi perseguido pela imprensa daquele período que taxou o seu livro mais famoso “O Amante de Lady Chatterley” como o mais imundo da literatura inglesa. Nem preciso disser escrever que essa obra foi expulsa a chibatadas das livrarias, se tornando uma verdadeira maldição para o seu escritor que passou a ser rotulado de pornógrafo.
O enredo desenvolvido por Lawrence explora abertamente o amor e o sexo, rompendo as convenções sociais e as relações de classe. O autor glorifica a alegria dos corpos durante o sexo ao narrar a história de Constance Reid, uma bela mulher que se casa com o aristocrata Clifford Chatterley, um oficial inglês. Logo após a lua-de-mel ele é chamado para uma das frentes de batalha da Primeira Guerra e retorna inválido, numa cadeira de rodas. Após a limitação física do marido, os desejos sexuais arrebatadores de Lady Constance Chatterley são satisfeitos pelo amante, Oliver Mellors, um dos empregados do solar dos Chatterley, tendo como cenário a Inglaterra conservadora do início do século XX.
Hoje, “O Amante de Lady Chatterley” é tido como obra-prima da literatura mundial, já tendo passado de mãos em mãos, de geração para geração. Um livro inesquecível...
07 - Nelson Rodrigues (Álbum de Família)
Quem disse que o Brasil não iria emprestar um nome para essa lista de escritores malditos? Vocês estavam pensando que apenas os autores europeus e americanos tinham direito a essa aura? Que nada! Nós temos um cara ‘trucão’ para competir com essa galera rebelde.
Estou me referindo ao mito Nelson Rodrigues, o cruel expositor das fraquezas humanas. E certamente, por isso, a sua obra tenha sofrido tanta censura por parte de governos ditadores e também dos leitores mais puritanos. Afinal, quem é que fica à vontade quando os seus piores defeitos são expostos de maneira nua e crua para a sociedade? E Nelson Rodrigues era mestre nessa arte. Ele conseguia através de seus personagens, expor as piores mazelas e os mais vergonhosos defeitos da sociedade brasileira. Com isso, muitos puritanos se sentiam os próprios personagens do nosso escritor maldito, como se fossem eles que estivessem ali nas páginas de um livro ou no palco de um teatro.
Tanto os livros quanto as peças teatrais de Nelson Rodrigues eram ‘violentas’ nesse sentido. Um verdadeiro tapa ‘sem luvas de pelicas’ na cara dos puritanos. Pra ser sincero, acho que um soco no rosto com direito a todos os dentes quebrados e lábios partidos cairia melhor.
Cara, não deu outra! A sociedade hipócrita daquela época juntamente com o governo milico caíram matando em cima de Rodrigues. Nasceria assim, o nosso ‘boca maldita’... o nosso escritor maldito.
Em “Álbum de Família” a ‘coisa pega’, mesmo partindo pelo lado freudiano, já que seria impossível uma família agir dessa maneira. Quando foi lançada, a obra escandalizou grande parte dos brasileiros, aumentando a fama de maldito do autor; mas atualmente é vista como um verdadeiro diamante lapidado. Neste livro, Rodrigues mostra o cotidiano de uma família aparentemente comum, formada pelo casal, os quatro filhos e a tia solteirona. A normalidade do clã, porém, logo é desmistificado para o público. Não há uma única personagem que não perca sua máscara em algum momento da peça. O incesto, grande tabu da humanidade, aparece aqui como uma das personagens principais. Glória, a filha, é apaixonada pelo pai; Edmundo, o filho, é apaixonado pela mãe; Guilherme, o primogênito, castrou-se para não ameaçar a virgindade da irmã, por quem ainda é apaixonado; Jonas, o pai... bem, Jonas, o pai... melhor deixar pra lá (rs).
Taí! Esse é o nosso grande Nelson Rodrigues. Vale ou não vale a fama de escritor maldito?
08 – Louis Ferdinand Destouches / L.F. Céline (Viagem ao Fim da Noite)
Só mesmo aquelas pessoas que colocam a arte acima de qualquer coisa, independente de quem a faça, para admirarem o francês, Louis-Ferdinand Destouches ou simplesmente L.F. Céline.
Que Deus o tenha, mas o sujeito era ‘podre’ em termos de moral e atitudes o que lhe garantiu, com um pé nas costas, o título de o ‘mais maldito de todos os escritores malditos’; mas um maldito dito com toda a raiva contida no peito, deixando de lado até mesmo a ortografia correta. Assim ó: “Mardito!!”. De novo; mas agora com a boca escancarada – ao extremo - e cheia de dentes (se ainda os tiver): “Marditoooooooo!!” Mas deixando o aspecto moral de lado, o sujeito era bom no que fazia, ou seja, na elaboração de sua arte. Bom não. Ele era ótimo, apesar dos seus escritos só terem recebido o reconhecimento merecido  décadas depois; à exemplo de outros escritores malditos. Talvez, porque as pessoas, naquela época, só levassem em conta as suas atitudes, passando assim, a desprezar a sua arte.
O escritor francês desempenhava as suas atividades jornalísticas na França quando a Alemanha nazista ocupou aquele país. Vocês pensavam que os alemães eram cruéis com os judeus? Então veja só os textos que Céline queria publicar: “É preciso matá-los todos, homens, mulheres, velhos e crianças, o mais rapidamente possível”. Arghhhhh!! Vou parar por aqui com as atitudes do francês. Por essa e por outras, ele foi rotulado com um festival de adjetivos “elogiosos”: de nazista a racista; passando por mentiroso, impostor, anti-semita e vingativo. Segundo a ótima reportagem de Edilson Pereira (aqui), L.F. Céline era tão radical que considerava Hitler um frouxo pelas suas atitudes anti-semitas!! Acho que ele queria um “negociozinho” mais quente, digamos assim.
Mas com relação à sua arte, não podemos negar; Céline era um gênio. A sua obra mais famosa foi “Viagem ao Fim da Noite” que é um grande retrato da loucura de toda uma sociedade, e não apenas de um homem só. O escritor francês revolucionou o romance tradicional com o seu vocabulário ao mesmo tempo vulgar e científico.
09 – Ana Cristina César (A Teus Pés)
Hã... hã! Pensaram que essa lista só teria “escritores”, não é?? Sinto dizer, escrever, mas se enganaram. Ana Cristina César a rainha da poesia marginal também faz jus a essa relação. Ela se matou em 1983, ao se atirar do sétimo andar do apartamento onde moravam os seus pais. Ana Cristina já estava muito deprimida e por isso, contava com a assistência constante - à domicílio - de um psicólogo. Inclusive esse profissional, juntamente com a empregada da família, foi testemunha da tragédia. Deve ter sido uma cena chocante, ver a escritora se encaminhar para a janela do edifício de maneira tranqüila e despretensiosa e depois se atirar do sétimo andar.
O suicídio dessa poetisa ainda é cercado de mistérios. Ao invés de bilhetes de despedida, ela deixou apenas poesias. Um detalhe que poucos biógrafos sabem é que Ana Cristina tinha acabado de voltar de uma viagem à Londres e estava muito deprimida, o que fez com que os seus familiares procurassem um psicólogo para lhe dar assistência. Antes, de se atirar do prédio onde morava, ela já havia tentado o suicídio se afogando no mar.
Podemos afirmar que Ana Cristina foi uma poetisa da época do mimeógrafo... da época da ditadura, quando esses artistas eram obrigados a procurar caminhos alternativos para distribuir as suas poesias, os seus pensamentos livremente, sem interferência de militares, torturadores e delatores. Naquele tempo, o mimeógrafo a álcool fazia sucesso, pois era através dele que os pensamentos desses poetas e escritores marginais ganhavam vida, chegando ao conhecimento de um grande número de pessoas.
Ana Cristina presenciou e viveu tudo isso, já que era uma dessas escritoras marginais.
Acredito que pela morte prematura e misteriosa e também por ter vivido com poetas marginais de seu tempo, Ana Cristina acabou ganhando o rótulo de escritora maldita. Um rótulo que não tem nada a ver com as suas obras que foram escritas num estilo bem cerebral, completamente diferente daqueles enredos proibidos e loucos que escandalizaram tantas pessoas ao longo de décadas passadas.
“A Teus Pés” foi o último livro escrito pela poetisa carioca, um ano antes de seu suicídio. Misturando prosa e poesia e gêneros de prosa (carta e diário), o livro possui poemas fragmentados, com uma linguagem íntima e confessional, que relatam o cotidianode maneira construtiva e desconstrutiva.
10º - Roberto Saviano (Gomorra)
Fecho esse post da mesma maneira que abri: escrevendo sobre o autor que serviu de inspiração para o tema “Escritores malditos e suas obras malditas”. E não poderia ser diferente, já que tenho uma grande admiração por Saviano. Sua coragem e determinação em quebrar um tabu perigoso e mortal que é a máfia merece todo o nosso respeito.
“Gomorra” pode ser considerado um ‘livro-denúncia’ sobre a Camorra, como é conhecida a máfia napolitana. O tráfico de drogas e a extorsão são as atividades mais comuns desenvolvidas pela Camorra, passando pela prostituição, tráfico de pessoas, jogo ilegal, ameaças e chantagens. E Saviano – após uma pesquisa profunda – abriu as portas da máfia napolitana para o mundo, revelando segredos que vinham sendo guardados a sete chaves; segredos ligados à código de honra, administração das famílias, transações realizadas pelos altos escalões e muito mais.
Saviano disse que escreveu Gomorra porque lhe era impossível ficar calado. “Alguém tinha que fazer algo”, disse ele. De fato, ele fez algo, só que a partir daí ficou jurado de morte pela máfia.
Depois dessa ameaça confirmada pelo governo italiano, Saviano vive sob escolta permanente de cinco policiais, desde 13 de outubro de 2006. Ele muda constantemente de endereço e não frequenta lugares públicos, em virtude de ameaças de morte feitas pelos mafiosos. O escritor deixou de ter residência fixa; não atende telefonemas; não recebe ninguém, a não ser que essa pessoa tenha a sua vida inteiramente vasculhada por serviços de inteligência da polícia; além de se comunicar esporadicamente com os seus familiares, usando apenas SMS do celular. Em outras palavras: a vida do ex-jornalista e escritor italiano foi para o espaço. Uma definição correta seria: “morto em vida”.
Quer maldição pior do que essa? Se transformar num escritor milionário, sem poder usufruir de toda essa grana. Não é permitido nem mesmo, abrir a veneziana de uma janela, pois ele corre o risco de levar um tiro na cabeça disparado por um assassino de aluguel da máfia.
Espero que tenham gostado do post. Inté galera!!


Noturno (Trilogia da Escuridão - Volume I)

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Juro que entrei em pânico quando comecei a ler vários posts nas redes sociais sobre “Noturno”. A maioria dos textos implodia a história, os personagens e os autores. Cara! Fiquei desesperado porque havia comprado numa cacetada só os dois primeiros livros da chamada “Trilogia da Escuridão” de Guilherme Del Toro e Chuck Hogan. Numa das várias noites insones de minha vida, fuçando nas lojas e sebos virtuais, vi dois livros sobre vampiros que fugiam daquele arroz com feijão, ou seja, o vampirão  metido a conquistador com aqueles dois dentinhos pontiagudos, capa e um castelo abandonado como moradia ou então o vampiro bonzinho que se apaixona por uma mortal que só falta fazer o pobre coitado ficar de quatro por ela. Não queria nada disso, mesmo porque já havia lido tudo isso. Queria algo diferente, que fugisse do convencional. Então encontrei uma história bem interessante, onde as pessoas se transformavam em vampiros por causa de um vírus. A partir do momento em que elas ficavam contaminadas transmitiam o vírus não através de uma mordida com dois dentes incisivos e salientes no pescoço alheio, mas por meio de uma ferroada com a língua que na realidade era uma extensão direta de todo o sistema digestivo do vampiro. Quando o infeliz colocava aquela língua de sapo horrorosa para fora, a fim de “caçar” alguma pobre vítima, na realidade, o sanguessuga estava projetando, juntamente com a língua: a garganta, estômago, intestino, enfim, todo o seu sistema digestivo!! Arghhhhh! Que nojo!
Além da picada com essa língua imunda, o vírus vampírico também entrava no corpo do hospedeiro através de qualquer orífico do corpo. Quando um vampiro morria, o verme ficava ‘zanzando’ no chão, à espera, para invadir o corpo da vítima pelo ouvido, boca, nariz, olhos ou qualquer outro... digamos... buraquinho.
Essa breve resenha que li numa livraria virtual começou a me seduzir. Depois que descobri os nomes dos autores, pronto! Me entreguei de corpo e alma para a sedução dizendo: “me leva, vai; me leva!”
Gente! Afinal de contas quem havia escrito a história eram dois monstros sagrados: o primeiro do cinema e o segundo da literatura. Para quem não sabe, Del Toro é o pai de Hellboy, Blade e do Labirinto do Fauno. Quanto a Hogan escreveu Princes of Thieves, eleito por Stephen King como um dos dez melhores romances de 2004.
Pode parar! Nem pesquisei mais nada. Comprei de cara “Noturno” e “A Queda”. Deixei os dois livrinhos guardadinhos na estante, à espera daquele momento especial para devorá-los. Mas num belo dia, zapeando a net, por acaso entrei em alguns blogs e pau! pau! pau! Era pancada pra todos os lados. Del Toro, Hogan e sua rempa de personagens vinham sendo trucidados por um grande número de blogueiros. No facebook não era diferente: mais pau e pau. Caraca! As críticas eram em número bem maior do que os elogios; então entrei em pânico por dois motivos: pela minha expectativa de ler os livros estar sendo ruída terra abaixo como se recebesse um golpe na ponta do queixo aplicado pelo Anderson Silva e também pelo prejuízo no meu já apertado orçamento mensal. Afinal de contas, os dois livros, na época, não saíram tão baratos, assim.
Podem me chamar de influenciável, mas confesso que as críticas me abateram. Por isso, perdi em parte o tesão de ler os dois livros; quer dizer, até a semana passada, quando criei coragem e puxei – meio enraivecido – da minha estante, o exemplar de “Noturno”. “Vem cá! Tomara que você não me decepcione porque a minha grana ta curta e investi parte dela em você!” E lá vou eu meio receoso para a minha sala de leitura, numa madrugada dessas ler a obra de Del Toro e Hogan.
“Noturno” começa explicando a origem de um dos personagens centrais da história: Abraham Setrakian. Desde a sua infância até o momento em que consegue fugir de um campo de concentração nazista. É no prólogo, também, que o leitor começa a entender a origem de um dos vampiros mestres responsáveis pela propagação do vírus e que no futuro viria se tornar o maior inimigo de Setrakian.
A história narrada num tom sombrio, de fato prende o leitor. E foi o que aconteceu comigo. Após o prólogo de três páginas, meu receio começou a se esvair, mas ainda tinha um restinho de dúvida que insistia em ficar grudado em alguma parte do meu subconsciente. Prossegui a leitura e quando cheguei nas partes seguintes: “O Início” e “O Pouso”, pronto, a coisa pegou. A partir daí não consegui mais largar o livro. Cara! Não dava! A história te prendia, amarrava, viciava. Juro que se tivesse uma caixa de rojões em casa, iria correndo para o meio da rua  - mesmo de madrugada – para soltar um foguetório dos diachos! Viva! Viva! Acertei na compra! Iahuuuu!!
Guillermo Del Toro e Chuck Hogan
Gente! Os capítulos iniciais: “O Início” e “O Pouso” são definitivamente aterrorizantes e cria o clima de tensão que irá predominar durante toda a história.
Estes dois capítulos se resumem ao Boeing 777 da Regis Airlines, vindo de Berlim, que aterrissa no aeroporto JFK com todas as suas luzes apagadas e as janelas fechadas. Em outras palavras a aeronave fica parecendo um ‘avião fantasma’.
Considerando a possibilidade de um ataque terrorista biológico, o Centro de Controle de Doenças é acionado e o Dr. Eph Goodweather, responsável pelo projeto Canário, assume a liderança das investigações. Ao subir a bordo, o seu sangue gela com o que vê. É claro que não vou ser um crápula à ponto de contar o que o médico infectologista presenciou quando abriu a porta de emergência do avião, mas garanto que realmente é de gelar o sangue.
Quanto ao número excessivo de personagens que foi muito criticado por alguns blogueiros; tudo bem, há de fato muitos personagens, mas todos eles são interessantes, desde um roqueiro gótico muito louco chamado Gabriel Bolivar; à advogada que quer processar todo mundo do vôo 777; passando por uma dona de casa que depende do marido contaminado até para respirar. Ah! Tem ainda um tal Gus, ladrãozinho barato que tem um papel importante na história; além de Nora, a bióloga do projeto Canário que nutre uma paixão secreta por Eph; Matt, um sujeito chato para caramba que se torna o namorado da ex-mulher de Eph; Barnes, o alienado diretor do projeto Canário que insiste em fechar os olhos para pandemia vampírica, não dando a atenção devida; etc. Todos eles com um papel importante na trama.
Não há como ficar disperso com a corrida contra o tempo de Eph, Nora, Setrakian e  Vasily - um caçador de ratos do subsolo de Nova York que também se junta a equipe – para evitar a infestação de Nova York pelo vírus. Se nada for feito Manhattan será destruída; depois, em um mês, os Estados Unidos; em dois meses, o mundo.
“Noturno” tem passagens pesadas e que requer estômagos fortes, como o momento em que os nojentos vibriões vampíricos entram na vagina de uma mulher, tomando todo o seu corpo. Para evitar a transformação em vampira, ela decida cometer o suicídio da maneira mais dolorosa possível. Del Toro e Hogan, prá variar, fazem questão de contar em detalhes como a personagem põe fim à própria vida.
Olha, mas cá entre nós, nada é mais nojento do que aquela língua gurgitando de sangue, que após a transformação, se torna parte do sistema digestivo do vampiro.
E para finalizar não poderia deixar de falar do eclipse solar que ocorre na história. É de “g-e-l-a-r” o sangue do leitor. A melhor descrição do medo e mal-estar provocado pelo eclipse é narrado por uma astronauta que do interior de um módulo espacial resolve fotografar o momento em que a lua encobre o sol. “A tarefa de Thalia era tirar algumas fotos da terra... A grande mancha negra formada pela sombra da lua parecia um trecho morto na terra... toda aquela região do nosso planeta fora tragada por um vazio negro”  Vários personagens revelam os seus medos durante o eclipse. A impressão que fica para o leitor é de que aquele momento de escuridão total da terra em pleno dia jamais irá terminar!
Enfim, gostei tanto de “Noturno” que acabei quebrando uma regra particular com relação à leitura de trilogias: a de jamais ler os três livros na sequência. Eu não consigo fazer isso. Sei lá, tenho que dar um tempo porque se não a história acaba ficando cansativa, enfadonha, por melhor que seja. Mas com o primeiro volume da “Trilogia da Escuridão”, simplesmente, não consegui fazer isso. Como já disse no início desse post, a história é muito viciante para darmos um tempo após a leitura do primeiro volume. Por isso, tão logo terminei “Noturno” já mergulhei de cabeça em “A Queda”, e acho que farei o mesmo com o recém lançado “Noite Eterna” que fecha a trilogia idealizada por Del Toro e escrita por Hogan.
Até a próxima!

10 atrizes perfeitas para o papel de Brigitte Montfort nos cinemas

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Se você não é da minha geração esqueça esse post, pois com certeza essa beldade de 28 anos, olhos azuis, cabelos negros e pele bronzeada, considerada um dos maiores ícones da cultura pop dos anos 70, não passará de uma estranha. Então, é melhor voltar a ter contato com as heroínas dos livros e videogames contemporâneos. Coisas do tipo: Lara Croft, Temperance Brennan, Eve Dallas, etc.  Mas, desde já me perdoem. Sem nenhuma ofensa da minha parte heimm... Estas agentes secretas, médicas disfarçadas de investigadoras, policiais burrinhas que gostam de resolver tudo no muque, além de outras mais, criadas e idealizadas por inúmeros escritores e escritoras famosas não servem para limpar as sandálias de Brigitte Montfort: a grande musa dos livrinhos pulp fiction da ZZ7.
A espiã número um da Cia: charmosa, letal, poliglota, corajosa e milionária. Assim é “Baby”, como é conhecida a estonteante espiã. Não ficarei escrevendo muito sobre ela porque vou acabar passando mal. Afinal de contas não sou mais um adolescente e... o coração, sabe né, acaba envelhecendo junto com o corpo. (rsss). Quem quiser conhecer melhor esse baita mulherão, basta acessar aqui. Leiam esse post que fiz há algum tempo sobre “Baby”; vale à pena.
Bem, voltaaaandooo.... Agora se você faz parte da minha geração que cresceu lendo os livrinhos de bolso de Brigitte Montfort nos anos 70, com certeza irá curtir esse post. Desde já quero agradecer a ‘lindanara’,uma das leitoras desse blog. Foi através de um comentário seu que surgiu a idéia de escrever esse texto. Ela disse que adoraria ver a espiã da CIA nos cinemas. Cara ‘lindanara’, mas quem não gostaria??!! Todos que admiram essa mulher, sonham um dia vê-la nas telas dos cinemas de todo o mundo. Anteontem, fiquei pensando com os meus botões: “Se Hollywood fosse produzir um filme sobre Brigitte Montfort quem seria a atriz ideal para vivê-la nas telonas?”   
Uhauuu! Cara! Um filme da “Baby”! Só em pensar nessa possibilidade entro em êxtase! Caraca! Esses produtores pé rapados de Hollywood ‘encampam’ tantas porcarias; bem que poderiam pensar na idéia de produzir um filme sobre esse ícone dos anos 70 e que se tornou uma lenda, um verdadeiro mito das fulp fiction. Pôxa vida! Prá quem já produziu porcarias homéricas como “Salt”, com a Angelina Jolie e “Despertar de Um Pesadelo”, com Geena Davis, bem que poderiam pensar com carinho num filme com Brigitte Montfort. Tenho certeza de que com a atriz certa para o papel, a produção seria um grande sucesso.
Pensando nessa possibilidade – aliás, esperança é a última que morre - resolvi escolher 10 atrizes que na minha opinião conseguiriam dar conta do recado como a belíssima e perigosa agente “Baby”. Resta saber, qual delas estaria mais preparada para encarar o desafio.
E para os internautas que lêem esse post agora? Qual dessas 10 beldades seria a nossa Brigitte Montfort perfeita?  Dêem uma espiada e tirem as suas dúvidas.
01 – Angelina Jolie
A atual mulher de Brad Pitt já está acostumada a viver personagens que não sentem vergonha de segurar uma arma e sair atirando por aí, além de distribuir porradas em homens metidos a valentões. E o curioso é que a moça dos lábios carnudos faz tudo isso com muito charme, sem nenhuma truculência. Basta conferir os filmes: “O Procurado” , “Salt” e “Sr. e Sra. Smith”. Acredito que ela não teria nenhuma dificuldade em “vestir” a personalidade da charmosa e letal espiã “Baby”.
02 – Cameron Diaz
O que vocês acham dessa loiraça de fechar o comércio?! - “Pera aí o mêo!! Tá louco!! A ‘muié’ é loiruda e a ‘Baby’ tem os cabelos negros como a noite! Acorda!” Se você, amigo internauta, fã ardoroso de Brigitte Montfort deu essa exclamada, pode ficar mais tranqüilo, respira fundo e olhe para a foto da atriz logo abaixo. E aí? Gostou? Tá mais calmo? Pois é cara, depois que inventaram as tinturas de cabelo não existe mais esse negócio de loira, morena ou ruiva.
E devo admitir que apesar do fator idade; Cameron tem 40 anos, enquanto a personagem criada por Lou Carrigan e desenhada pelo brasileiríssimo José Luís Benício da Fonseca, apenas 28 anos; essa diferença de 12 anos é – cá entre nós – imperceptível. A loiraça, loiruda ou morenaça Cameron Diaz tem o jeitinho de “Baby”.
03 – Eva Mendes
Fiquei pasmo com essa foto de Eva Mendes. Outras fotos que também mexeram comigo foram da Milla Javovich e Liv Tyler. Achei as duas juntamente com Eva Mendes, pelo menos nessas poses, muito parecidas com a espiã nº 1 da CIA.
Apesar de seus pais serem cubanos, Mendes nasceu em Miami, Flórida e até agora não trabalhou em nenhum blockbuster, mas apenas em filmes meia-bocas. Tudo bem, vai! Filmes com grande apelo comercial, mas... meia-bocas: “Lenda Urbana 1 e 2”, a série “Velozes e Furiosos”, “Motoqueiro Fantasma” e “Rede de Corrupção”. Por isso, o meu receio é como ela se sairia em seu primeiro papel de protagonista, encarando logo de cara um ícone da cultura pop dos anos 70 e com uma legião de fãs espalhados pelo mundo. Mas que Eva Mendes é parecida com Baby, isso é.
04 – Evangeline Lilly
Famosa por sua participação no seriado de TV Lost, a atriz canadense de 33 anos seria uma forte candidata. Não há como negar que ela tem os traços da personagem desenhada por Benício. Lilly é uma atriz em ascensão no competitivo mercado cinematográfico de Hollywood. Depois do sucesso de Lost foi convidada para fazer um papel de destaque na mega-produção “O Hobbit”, de Peter Jackson. Acho que estaria apta para viver a super-espiã nas telonas.
05 – Keira Knightley
Mais conhecida por sua atuação como Elizabeth Swann em “Piratas do Caribe: O Baú da Morte”. Se o ‘fator’  idade fosse preponderante para a candidata conquistar o papel de Brigitte Montfort no cinema, Kate Knightley seria a preferida entre as 10 postulantes, já que tem apenas 27 anos; um a menos do que Baby. Além disso, ela tem os traços bem próximos do rosto de Montfort. Ficaria mais parecida ainda se trocasse os castanhos de seus cabelos pelo negro total, uma das marcas de Baby. Ah! Não se esquecendo das lentes de contato azuis. Imagine Knightley após essas duas mudanças. E aí?? O que achou?
06 – Liv Tyler
Galera; vamos ser sinceros? Ok. Liv Tyler é uma das mulheres mais bonitas do mundo; então, logicamente ela teria todas as condições e muito mais para viver nas telas a espiã mais bonita do universo! Liv Tyler, a filha do vocalista do Aerosmith é a “Baby” em pessoa. Preste atenção nos cabelos, olhos e boca... Não preciso dizer ou escrever mais nada.
07 – Megan Fox
Para muitos, essa atriz e modelo, de apenas 26 anos, descendente de franceses, irlandeses e índios é a preferida para viver a super-espiã no cinema. A ex Mikaela Banes da franquia Transformers é tão bonita que chega a ser estonteante e acredito que seria uma excelente Brigitte Montfort. Bem, para quem já foi sondada para viver a “Mulher Maravilha” no cinema, para Montfort seria apenas um pulinho.
08 – Milla Javovich
My God!! Olha prá ela! É a cara da Brigitte!! Tudo bem que uma Brigitte com os cabelos mais curtinhos, mas vá lá né, isso é o de menos! E que pose! Fiquei admirando essa foto um tempão. Quando a encontrei na Net - enquanto preparava o post - fiquei boquiaberto. Falei prá mim mesmo: - “Javovich está parecendo o clone de Baby”.
À exemplo de Angelina Jolie, a atriz ucraniana não teria nenhuma dificuldade em interpretar a Nº 01 da CIA, já que está acostumada a manejar vários tipos de armamentos diferentes. Basta assistir a série “Resident Evil”. Sem dúvida nenhuma seria uma forte candidata ao papel de “Baby”.
09 – Minka Kelly
Se houvesse apenas duas atrizes disputando o papel de Brigitte Montfort e se essas atrizes fossem Minka Kelly e Keira Knightley; os produtores – após coçarem muito a cabeça – tomariam a seguinte decisão: - “Quer saber de uma coisa: já que o filme terá uma hora de duração, cada uma delas trabalha meia tempo.”
Observem as fotos das duas atrizes e vejam como são semelhantes. Kelly teria uma desvantagem maior já que, até agora, não teve nenhum papel de destaque no cinema. Ela é mais conhecida por sua atuação na série de TV Fridat Night Lights e só.
10 – Sandra Garcia
E não é que na lista das 10 atrizes “Top” em condições de viver a agente da CIA nas telonas temos uma brazuca! Sandra Garcia que começou a sua carreira no programa Fantasia, do SBT, em 1998, é considerada a Brigitte Montfort tupiniquim. Em setembro de 2008, a revista Playboy lançou uma edição histórica para os fãs da espiã. O documentário “ O Encontro entre Benício e Brigitte Montfort” mostrava uma entrevista com o ilustrador brasileiro que desenhou as 500 capas dos livros da espiã que fez parte do imaginário masculino de 1965 a 1995. A entrevista veio acompanhada de um ensaio sensual com Brigitte Montfort na pele de Sandra Garcia.
O documentário fez tanto sucesso, mas tanto sucesso que catapultou a carreira de Sandra Garcia que começou a receber convites ‘adoidados’ para participar de campanhas publicitárias de marcas famosas e consagradas, além de novelas no SBT e Bandeirantes.
Quem sabe, ela não teria alguma chance nessa disputa com Javovich, Jolie, Fox, Tyler e Cia. Tudo é possível...
Espero que os fãs da nossa musa Brigitte Montfort tenha apreciado o post. E fiquem a vontade para opinar e também colaborar com sugestões.
Abraços!!

O Homem Terminal

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Os livros de Michael Crichton sempre mexeram comigo; quero dizer, sempre me impressionaram... me encucaram. Após a leitura ficava pensando naqueles lances de nanotecnologia, micro-robôs capazes de entrar na corrente sanguínea e alterar todo funcionamento do nosso organismo; viagens no tempo, principalmente para o período medieval; bactérias oriundas de satélites que caíam na terra, capazes de dizimar toda a população e tecnologia suficiente para trazer perigosos animais pré-históricos de volta ao nosso século.
E para piorar ainda mais esse ‘encucamento’, Crichton apresentava argumentos científicos capazes de sustentar o seu enredo fantástico. Foi assim com aqueles nano-robôs assassinos de “Presa” que invadiam, sem pedir licença, qualquer orifício do corpo da vítima. Foi assim com aquele vírus letal de “O Enigma de Andrômeda” que chacinou todos os moradores de uma pequena cidade americana. E foi assim, também, com aquela experiência médica que abriu a cabeça de um sujeito para implantar eletrodos em seu cérebro com o objetivo de evitar que ele saísse por aí matando outras pessoas.
Fiquei impressionado com “O Homem Terminal”, logo no início dos anos 70, quando estava começando a curtir a minha adolescência. Tinha acabado de chegar em casa com os meus pais após uma viagem, acho que acabei ligando a TV, por acaso, e tava lá! O tal do filme baseado no livro de Crichton e que me impressionou pacas!
Ao final da exibição, mesmo sendo ainda um pirralho, refleti que o drama do personagem central que passou por aquela terrível experiência poderia acontecer com qualquer pessoa, inclusive... comigo!!
O cara teve um acidente de carro, bateu a cabeça, sofreu uma pane mental do tipo que desliga um botãozinho que inibe certas atitudes más e a partir daí passa a sofrer lapsos de memória. O problema é que durante esses lapsos, ele perde completamente a inibição contra atos violentos e assume uma postura agressiva, se tornando um perigoso homicida. E tudo culpa dessa lesão cerebral. Pode?! Os argumentos do autor impressionam tanto que até o nome da lesão: Lesão Desinibitória Aguda (LDA) sôa como algo verdadeiro.
Cara, fiquei tão impressionado com o filme que mesmo depois de décadas, ele ainda não saía da minha cabeça. Foi, então que decidi ler a obra de Crichton. Isso aconteceu há pouco tempo atrás e posso garantir que, voltei a ficar encucado. Logo no início do livro, o autor explica que no Japão em 1965 foi realizada um tipo de cirurgia semelhante em 98 pacientes com comportamento violento.
Não há como negar, os argumentos científicos apresentados durante o enredo são muito fortes e ao mesmo tempo que convencem também impressionam o leitor.
Em “O Homem Terminal”, Crichton Nara o drama de Harry Benson, um cientista de computação especializado em vida artifical e que após um traumatismo craniano causado por um acidente, descobre ser portador de LDA – Lesão Desinibitória Aguda – uma espécie de lesão cerebral que o faz sofrer terríveis crises nas quais perde completamente a inibição contra atos violentos e assume uma personalidade agressiva, cometendo crimes dos quais nada lembra ao término da crise.
Por suas atitudes estranhas e por seus delírios, amigos o aconselham a procurar um especialista. É assim que Benson chega à Unidade de Pesquisa Neuropsiquiátrica do Hospital Universitário de Los Angeles e torna-se paciente da Drª Janet Ross. A equipe de cirurgiões, liderada por um gênio da neurocirurgia, transforma Benson na principal cobaia do projeto desenvolvido pelo hospital.
Na tentativa de curar a lesão, o paciente é submetido a uma cirurgia única e inacreditável, onde tudo pode certo ou ficar pior do que já está.
Se você está à procura de um livro de ação com corre-corre entre personagens fuja de “O Homem Terminal” e leia “Presa” – também de Crichton – que certamente cairá melhor para o seu estilo; mas se o que deseja é uma obra tensa; um teste para os seus nervos, corra até uma livraria ou sebo e adquira já esse livro escrito em 1972 por Crichton, ainda no início de sua carreira como escritor.

A Queda (Trilogia da Escuridão - Volume II)

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Posso fazer uma pergunta ‘na lata’ prá você? Promete que, também, vai me responder ‘na lata’, sem parar prá pensar? OK, lá vai. “Qual foi o trecho do livro O Exorcista que mais lhe perturbou?”
Pêra aí um pouquinho; vou refazer a pergunta: “Qual foi o trecho mais perturbador do livro O Exorcista que após décadas ainda não saiu de sua cabeça provocando horrendos calafrios toda vez que se lembra da maldita passagem, impedindo-lhe que chegue perto, novamente, da obra de  Willian Peter Blatty?”
Me desculpem pela pergunta comprida, mal feita e um pouco sem nexo, mas foi a única forma que encontrei para expressar aos leitores o meu pavor com relação ao trecho em que a Regan começa... é... bem...putz!! Lá vai eu rebuscar essa ‘terrível’ lembrança nas profundezas mais recônditas da minha memória!! Olha só o que esse post sobre “A Queda”, do Del Toro e do Hogan me fez!! Mas já que comecei, não vou voltar atrás para ficar rotulado de ‘covardon’,  mas não posso negar que já tinha enterrado aquela visão horrível da Reagan possuída, toda encurvada para atrás, encostando as duas mãos no chão e descendo a escadaria de seu quarto igualzinha a uma aranha gigante. Logo em seguida, esse ser demoníaco parava atrás de um cara que conversava com a sua mãe e ficava olhando para o sujeito com aquela expressão bizarra no rosto.. Arghhhh!! PQP! O trecho do livro de Blatty é tão medonho e intimidador que rendeu uma cena horripilante no cinema. Tão horripilante que chegou a ser cortada pelo diretor do filme em sua versão que passou nos cinemas em 1973.
Tudo bem que para algumas pessoas, a cena em que a garota vira a cabeça sobre o tronco, num ângulo de 360 graus, dando uma volta completa, tenha sido a mais impressionante, mas para o blogueiro aqui, a “Regan-Aranha” foi a pior (no bom ou no mau sentido, sei lá).
Pois é, e quando pensei que estava livre desse meu medo interior, eis que chegam as crianças vampiras, conhecidas como “tateadoras”, do livro “A Queda”, o segundo que integra a chamada “Trilogia da Escuridão”. Podem acreditar, esses personagens bizarros chegam a superar a “Regan-Aranha” em várias cenas do romance de Guillermo Del Toro e Chuck Hogan. Elas são horríveis, maléficas, algo que realmente impressiona o leitor. E quando digo impressiona, estou querendo dizer que impressiona mesmo!
As tateadoras são crianças cegas transformadas em vampiros pelo mestre e com uma percepção infinitamente sensível dos outros sentidos em substituição a visão. Elas não caminham normalmente, mas sobre “quatro pés” como se fossem aranhas humanas. São totalmente desfiguradas, com uma imagem assustadora, bem mais do que os vampiros adultos. Se movem de maneira estranha, todas desengonçadas, mas são rápidas e ágeis. Cara! O que deixa o leitor com aquele mal estar é a maneira como Del Toro e Hogan descrevem a movimentação desses seres demoníacos. A forma como elas mexem a cabeça vagarosamente de um lado para o outro, farejando a sua presa, lembra muito a cena do velociraptor no filme do Spielberg, “O Parque dos Dinossauros”, quando o dino invade cozinha da casa de controle do parque em busca daquele menino que se esconde dentro de um armário. As tateadoras da “Trilogia da Escuridão” não estão muito longe disso.
As crianças vampiras fazem o papel de “cães farejadores e caçadores” dos vampiros que as soltam para localizarem e atacarem os humanos fugitivos. Os melhores momentos do livro são os confrontos entre as tateadoras e os membros da resistência, com ênfase para a luta com a bióloga Nora que acontece num túnel subterrâneo do metrô, dezenas de metros abaixo do rio Hudson que corta Nova York, além do ‘pega prá capar’ antológico com um grupo de caçadores humanos que saem a procura do professor Setrakian para tentar salvá-lo de um momento crítico. Esta batalha acontece na casa do velho professor que acaba sendo destruída e lançada para os ares.
Mas “A Queda” não resume apenas as chamadas “crianças-aranhas” ou “crianças-vampiras”. O livro vai muito além disso. Aliás, considero o segundo volume da “Trilogia da Escuridão” uma ‘obra de amarra’. Escrevo isso, porque Del Toro e Hogan usaram o enredo para amarrar alguns fios - envolvendo personagens importantes – que acabaram ficando soltos em “Noturno”.
E agora cuidado com alguns pequenos spoilers. Se você ainda pretende ler “Noturno”, aconselho que pare por aqui. O primeiro fio que os autores amarram em “A Queda” diz respeito a Kelly, ex-esposa do Dr. Ephrain Goodweather, que após ser transformada em vampira pelo mestre inicia uma caçada desesperada por seu filho. Em “A Queda” você fica sabendo o motivo desse desejo alucinado da mãe de Zack, hoje uma perigosa vampira à serviço do mestre. Através de Kelly, você passa a entender também o comportamento social dos demais vampiros e o que faz com que eles voltem sempre à procura dos seus entes queridos após serem transformados.
O segredo do coração de um vampiro que o professor Abraham Setrakian traz guardado em um recipiente e que alimenta com o seu próprio sangue todos os dias, também tem a sua origem revelada. O misterioso “coração vampiro” é a porta de entrada para os autores explicarem os motivos que levaram Setrakian a se tornar um obsessivo caçador dessas criaturas malignas.
No capítulo final de “Noturno”, o destino do personagem Gus, membro de uma gangue mexicana, que acaba sendo capturado pelos caçadores dos três vampiros antigos, não é totalmente esclarecida. A final de contas o que aquelas criaturas que se opõem ao plano do Mestre de conquistar o mundo queriam com Gus? Em “A Queda”, Del Toro mata a curiosidade dos leitores de uma forma completa com relação a situação de Gus.
E assim vai, um festival de ‘amarrações de fios’ que nem por isso torna o livro maçante, ao contrário, acho que ele fica mais interessante ainda, porque matamos a curiosidade com relação ao destino de muitos personagens importantes.
Sei que nesse momento, alguns internautas já devem estar bradando: - “Pô! Mas e a ação onde é que fica?!” Pessoal, podem ficar tranqüilos que “A Queda”, apesar de em menor quantidade do que Noturno, não nega fogo no quesito ação. Como já disse o embate entre Nora e as tateadoras   comandadas por Kelly nos túneis do metrô é de tirar o fôlego. A fuga de Zack que tenta desesperadamente fugir das ‘crianças-aranhas’; o roubo do do Occido Lumen pela resistência, um livro secreto e amaldiçoado que guarda o segredo de como destruir o mestre e consequentemente livrar a terra do vírus vampírico; a caçada empreendida por Vasily nos túneis de Nova York, onde pretende instalar uma bomba para matar milhares de vampiros. Aqui, vale uma ressalva, porque esse momento é ao mesmo tempo cômico e trágico e tudo por culpa de um mendigo que vive há anos nos túneis do metrô. O trecho vale e muito!
“A Queda” termina com aquele gostinho de ‘quero mais’. Posso dizer que sou feliz por poder, logo ao término de A Queda, engatar a leitura de “Noite Eterna”. A ansiedade em saber como termina a saga de Eph, Nora, Zack, Vasily e cia é ... digamos que sufocante. Isso mesmo, sufocante!
E olha que não tenho o hábito de ler uma trilogia sequencialmente. “Noturno” e “A Queda” conseguiram mudar essa mania do ‘menino’ aqui.
Inté!

Dois lançamentos que prometem agitar 2013: O terceiro diário de Bridget Jones e o novo livro do autor de O Caçador de Pipas

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Não seria exagero de minha parte se afirmasse que um dos momentos mais marcantes da  minha vida de leitor inveterado foi o dia em que li o livro “O Caçador de Pipas”, do escritor e médico afegão Khaled Hosseini. Seguramente, uma das melhores histórias que li em toda a minha vida. Me emocionei pra caramba, mas prá caramba mesmo! Me respondam uma coisinha: É vergonha um homem chorar enquanto lê um romance? Se for, então eu paguei o maior mico, porque me debulhei em lágrimas. Aliás, quem não se emocionar com a história de Amir e Hassan é porque tem o coração de pedra, ou melhor, não tem coração.
Bem, do outro lado da ponta de “O Caçador de Pipas”, mas com o mesmo peso do livro de Hosseini, está “O Diário de Bridget Jones”. Outra jóia rara que li. Quando digo escrevo “do outro lado da ponta” estou me referindo ao contexto da história e não a sua importância. Enquanto “O Caçador de Pipas” tem um enredo dramático; “O Diário de Bridget Jones” possui um clima leve, bem teen, mas nem por isso, menos importante.
O 3º diário de Bridget Jones deve ser lançado no Brasil em outubro de 2013
O livro de Helen Fielding me ajudou muito num período de minha vida em que eu precisava desestressar. Estava entupido de reportagens e pautas ‘pesadas’: homicídios violentos, misérias sociais, rebeliões e isso e mais aquilo. E como não bastassem esses temas “atrativos” direcionados pelo meu editor, naquela época, a minha vida particular estava um pouco que, digamos, às avessas, com problemas de saúde em família, conflitos no emprego, etc. E somando tudo isso, já viu o que dá né? Mas aí, você me pergunta, o que o primeiro livro de Bridget Jones tem a ver com tudo isso? A resposta é simples. “É uma leitura leve e engraçada”. Tão leve e engraçada que aprendi a chamar a obra de Fielding de gargalhante. A personagem Bridget Jones trata os seus problemas e neuras de uma maneira hilária, por isso aprendi muito com ela.
E antes que os leitores metidos à machões comecem a dar aquele sorriso torto com o canto da boca, murmurando: “Esse cara é cuecão de coooouro!!” Eu digo que “O Diário de Bridget Jones” é uma leitura ‘unisex’ que serve para ambos os sexos.
Por esses detalhes, considero “O Caçador de Pipas” e “O Diário de Bridget Jones”, dois livros especiais em minha vida. Então, adivinhem qual foi a minha reação quando fiquei sabendo que Hosseini e Fielding iriam lançar novos livros? Nem preciso dizer, não é?
O novo romance do médico afegão que um dia decidiu se enveredar pelos caminhos da literatura – com muito sucesso, diga-se de passagem – vai se chamar And The Mountains Echoed (algo como "E As Montanhas Fizeram Eco", em tradução livre). A obra deverá ser lançada pela Globo Livros que também republicará, brevemente – “O Caçador de Pipas”. Vale lembrar que os títulos do autor vinham sendo editados pela Nova Fronteira que agora “passa” a batuta ou “perde” a batuta, sei lá o que houve nos bastidores editoriais, para a Globo Livros.
Como ocorre com o terceiro livro da personagem Bridghet Jones – que se nada for alterado, deverá ser lançado aqui no Brasil pela Record – a editora Globo deu ínfimos detalhes sobre a nova história de Hosseini. O que se sabe – e da boca do próprio autor – é que o enredo se centrará numa saga familiar. Pinçando um pouco aqui e ali, deu para descobrir que será uma história sobre várias gerações de uma família, girando em torno de irmãos e irmãs; das maneiras com que amam, machucam , traem, honram e sacrificam-se uns pelos outros.
Escritor e médico afegão Khaled Hosseini
A previsão de lançamento no Brasil de And The Mountais Echoedé para o primeiro semestre deste ano. Isto significa que até junho próximo ou quem sabe antes, poderemos encontrar em qualquer livraria a nova promessa de sucesso literário de Hosseini.
Já o terceiro livre de Bridget Jones vai demorar um pouco mais para chegar em terras tupiniquins. Se o cronograma dos editores não sofrerem nenhum furo, a obra de Fielding estará aterrissando nas livrarias brasileiras somente em outubro de 2013. Mas antes de ficar emburrada com o atraso, pense de uma maneira positiva, ou seja, mais importante do que o atraso é a confirmação de que a obra chegará bem traduzidinha por aqui.
A autora inglesa disse em entrevista para rádio BBCque o livro irá explorar "uma etapa diferente da vida de Bridget" e que a história será desenvolvida em Londres.  A famosa solteira revelará a sua obsessão  por seus seguidores no Twitter. Isso fará com que Bridget consulte,com exagerada freqüência,  aquela rede social  para verificar se o número de seguidores aumentou ou não e também o que estão ‘twittando’ sobre ela.  Por sua vez, o  tabaco,  o álcool e as calorias ingeridas continuarão  sendo as causas das maiores preocupações da protagonista. Fielding disse que Bridget Jones seguirá tentando deixar a bebida, o tabaco e continuará  com a dieta.
A escritora não revelou o título do novo livro e nem ao menos comentou se os personagens Mark Darcy e Daniel Cleaver, os dois homens com os quais Bridget tentou encontrar o amor nos livros anteriores, aparecerão nessa nova fase da protagonista. Revelou apenas que “alguns personagens permanecerão e outros desaparecerão.
Bem galera, agora só resta contar nos dedos a chegada de outubro para curtir a terceira sequência do hilariante diário de Bridget Jones. Quanto ao novo livro de Hosseini, acredito que a espera será bem menor. Já nesse primeiro semestre poderemos nos deliciar com E As Montanhas Fizeram Eco.

“Inferno”, novo livro de Dan Brown será lançado em maio de 2013

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Nem Judas, nem moedas de Judas. Nada disso. Esqueça o controverso personagem bíblico e direcione a sua atenção para um escritor, poeta e político italiano que escreveu uma obra épica chamada “A Divina Comédia”. Estou me referindo ao lendário Dante Alighieri.
É isso aí pessoal, o tão esperado livro de Dan Brown que se chamará “Inferno” será inspirado na obra de Alighieri e será lançado nos Estados Unidos e Canadá no dia 14 de maio de 2013. Pelo menos, foi o que informou a editora Doubleday. Vale lembrar que no Brasil, a obra será lançada pela Arqueiro. Quanto a data, ainda não há uma previsão, mas tudo indica que não será muito distante do lançamento nos states. Quem sabe não pode pintar por aí um lançamento simultâneo? Afinal de contas, esperança é sempre a última que morre.
Com relação a Robert Langdon - personagem carismático criado por Brown e que esteve presente nos livros “O Código da Vinci”, “Anjos e Demonios” e “O Símbolo Perdido” -  os seus fãs podem ficar tranqüilos, pois o famoso simbologista da Universidade de Harvard já foi confirmado nessa nova história.
Mas o que levou o autor norte-americano a optar por esse tema, deixando Judas de lado? Bem, numa rápida entrevista, Brown explicou que, pesquisando na cidade italiana de Florença, entendeu "a persistente influência" no mundo contemporâneo do mito do inferno evocado por Dante Alighieri em sua obra, escrita no início do século 14. Ele chegou a conclusão que o tema daria um ótimo romance fundindo história, arte, símbolos e quebra-cabeças.
Cara, sei não. A princípio parece que “Inferno” vai beber na mesma fonte de “O Código da Vinci”, com a história levando o leitor a uma viagem através de códigos, símbolos e segredos.
Muito pouco foi revelado sobre o enredo do novo livro. O pouco que se sabe é que a obra acompanhará as aventuras de Langdon "no coração da Europa", onde ele será "tragado para um mundo centrado em uma das obras-primas literárias mais misteriosas da história".
Uma das ilustrações de "A Divina Comédia"
O autor revelou em comunicado oficial que apesar de ter lido Dante quando estudava;  apenas recentemente, durante uma pesquisa em Florença, é que começou a apreciar a duradoura influência de seu trabalho no mundo moderno. Finalizou dizendo que "com esse novo romance, pretende levar os leitores em uma jornada a um lugar misterioso... um panorama de códigos, símbolos e muitas passagens secretas."
Sei que é chato ficar especulando coisas sem ter certeza, a impressão que fica é que estamos disparando para todos os lados sem enxergarmos o alvo. Mas pelo título do livro, tudo indica que Brown deverá dar prioridade ou até mesmo exclusividade à primeira parte do poema épico A Divina Comédia, chamada “Inferno”. As outras duas partes são: Purgatório e Paraíso.
Em A Divina Comédia, Dante inicia uma viagem ao inferno guiado pelo poeta romano Virgilio. No poema, o inferno é descrito com nove círculos de sofrimento localizados dentro da Terra. Na obra de Dante, o inferno torna-se mais profundo a cada círculo, pois os pecados são mais graves.
A curiosidade dos leitores é como Brown irá ‘trabalhar’ essa parte de A Divina Comédia em seu novo livro. Curiosidade que certamente será satisfeita no dia 14 de maio.
Aguardemos!

Michael Crichton lança livro póstumo no mesmo estilo de “O Parque dos Dinossauros”.

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Um dos momentos mais tristes de minha vida como leitor, aconteceu em novembro de 2008: mês e ano - o dia não me lembro - em que Michael Crichton morreu. Olha, confesso que foi um tapa com a mão aberta no meio da ‘oreia’. Mas um tapa do tipo espalmado, daqueles que pega bem no centro do ‘escutador de novelas’ e que deixa o sujeito tonto, surdo e sem ação. A primeira coisa que passou pela minha cabeça foi a de que jamais iria ler, novamente, um livro com a magia de “O Parque dos Dinossauros”, “Mundo Perdido”, “Presa” ou “Linha do Tempo”.
Eu sou fissurado nas obras de Crichton. Ele tinha o dom de convencer os seus leitores usando argumentos científicos razoáveis que tornavam confiáveis qualquer enredo de ficção, que à primeira vista se pareciam com uma viagem ou loucura psicodélica. Foi assim com “Linha do tempo”, quando ele criou um jeito de transportar um grupo de estudantes e cientistas para o Século XIV. Não uma viagem no tempo amalucada com um enredo bisonho e fraco; mas utilizando dados científicos, provando ser possível fazer essa viagem. Foi assim, também, em “O Parque dos Dinossauros” e “ O Mundo Perdido”, quando convenceu a sua grande legião de leitores de que não era nenhum bicho de sete cabeças reproduzir animais pré-históricos extintos há milhares de anos, fazendo uso da biotecnologia.
Pensei comigo: _ “Puxa vida, qual escritor vai conseguir fazer algo pelo menos parecido com Crichton...” E a resposta era sempre a mesma: “Ninguém será capaz disso”. Portanto, pelo menos para mim, o legado das histórias fantásticas com o “selo” Crichton tinha, definitivamente, chegado ao fim.
Juro que vinha aguardando com esperança e ansiedade o lançamento de um livro no mesmo estilo de “ O Parque dos Dinossauros”. Sei lá, algum escritor que fosse fã de Crichton e decidisse prestar uma homenagem ou então, algum jovem autor da nova safra que desenvolvesse uma história que se aproximasse daquele enredo mágico. Mas o tempo foi passando e nada. Nestes quatro anos, não surgiu nenhuma novidade. E quando já estava me conformando, eis que na terça-feira passada, por acaso, fiquei sabendo que a Editora Rocco estará lançando um livro póstumo de Crichton. Ihauuuuuuuuu!!! Cara! O Ihauu que gritei não foi qualquer Ihauuu; foi um Iahuuu com todas as nuances fonéticas: uivado, gritado, soprado, gorgolejado, em Ré, em Dó, em Fá. Sei lá. Foi um Ihauuu danado de bom. Isso eu posso garantir.
Veja bem, além de saber que Crichton lançaria um livro póstumo, também descobri  que esse livro teria as características de “ O Parque dos Dinossauros”!!! Cara; agora pára e pensa. Será que toda a minha euforia não é merecida? Juda eu, pô!!!
Gente, o novo livro de Crichton se chama ‘Micro’ e a previsão é de que a Editora Rocco o lance em terras brasileiras no dia 31 de janeiro próximo.
Segundo release da editora, a trama começa no sofisticado e selvagem mundo das grandes corporações. Em um escritório trancado nos arredores de Honolulu, no Havaí, três corpos são encontrados, sem quaisquer sinais de luta a não ser cortes ultrafinos no corpo. A cena do crime não tem instrumentos ou armas capazes de produzir tão estranhos ferimentos, nem sinais de invasão ou arrombamento.
Enquanto isto, em Cambridge, sete promissores estudantes são convidados por Eric Jansen, irmão de um dos alunos, e pelos altos executivos da Nanigen MicroTechnologies, INC a se juntarem à pioneira empresa. Com a promessa de conhecer a tecnologia de ponta que será responsável por abrir um novo horizonte e mudar a ciência da forma como conhecemos, os jovens são levados para uma experiência na floresta tropical de Oahu.
A partir daí, o talento de Michael Crichton e de Richard Preston cria um novo mundo, tão sedutor e crível quanto a Ilha Nublar de O parque dos dinossauros. Os autores apresentam uma tecnologia radical e ultramoderna, capaz de reduzir a matéria a tamanhos microscópicos. Os sete estudantes são obrigados a enfrentar perigos extremos e surpreendentes na luta pela sobrevivência, tirando forças de si e da natureza.
Espionagem industrial, assassinatos, ganância e traição são os elementos de fundo de uma ficção científica de primeira. Com Micro, os fãs de Crichton conhecem um novo universo surpreendente e muito mais selvagem do que se poderia imaginar.
Pelo release da Rocco, fica no ar se o autor não estará desenvolvendo algum tema científico relacionado à miniaturização. Algo do tipo, os personagens principais – no caso, esses sete estudantes – acabam, por algum motivo, passando por um processo de miniaturização, sendo assim, reduzidos a tamanhos microscópicos, tendo de enfrentar um ambiente totalmente adverso e hostil as suas novas formas.
Bem, mas vamos deixar as especulações de lado e falarescrever sobre o que já é fato nesta “volta” triunfal de Crichton ao mercado editorial.
Há algum tempo, alguns familiares diretos de Crichton descobriram, após a sua morte, o original de um novo livro. Crichton já havia escrito  um-terço de ‘Micro’. Foi então que essas pessoas responsáveis pelo espólio do autor procuraram Richard Preston, amigo pessoal da família, para saber de seu interesse em dar sequência ao enredo iniciado pelo autor falecido. Preston concordou, houve interesse da editora e pronto! “Micro” já estava confirmado como o mais novo lançamento de Crichton.
"Michael estava escrevendo em sua melhor forma, com um grande senso de aventura, em um mundo estranho que parece quase além da imaginação", disse, "Para mim foi um desafio irresistível terminar a história e fui guiado por um desejo de honrar o trabalho e a criatividade de um dos autores mais visionários." Disse Preston que é conhecido por um livro de não ficção sobre o vírus Ebola: “The Hot Zone”.
Bem, tai pessoal! Vamos aguardar em contagem regressiva a chegada do dia 31 de janeiro para termos em mãos essa verdadeira jóia rara. Um livro que, certamente, tem tudo para se transformar em mais um grande sucesso de Crichton, mesmo tendo dividido o livro com outro autor.
Inté!

Noite Eterna (Trilogia da Escuridão – Volume III)

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“Noite Eterna”, livro que fecha a polêmica “Trilogia da Escuridão” pode ser definido como uma obra de redenção. Isso mesmo, redenção de um único personagem que começou a história como um verdadeiro líder aglutinando seguidores com uma facilidade ímpar, mas que ao longo de dois anos (período temporal da história) foi se alquebrando até se tornar um ser fraco, impotente, desprezível e ainda por cima viciado. Quem concluiu a leitura dos três livros da trilogia - “Noturno”, “A Queda” e “Noite Eterna” – sabem à quem estou me referindo. Não poderia ser outro, senão o renomado biólogo Ephfrain Goodweather ou simplesmente Eph.
Por respeito àqueles que ainda pretendem ler os três livros de Guillermo Del Toro e Chuck Hogan, é evidente que não vou revelar aqui os motivos que levaram Eph a se transformar num verdadeiro trapo humano. Nada de spoilers! Basta dizer que o personagem não conseguiu superar certos problemas familiares que surgiram ao longo de sua vida e acabou se entregando aos vícios, se tornando um fraco.
O que o leitor presencia, enquanto vai virando as páginas do romance é a desmistificação de um mito, cujo poder e liderança, antes de seus problemas particulares, eram absolutos. Eph era um autentico líder. Seguro e firme em suas decisões. As outras pessoas o seguiam espontaneamente, pois tinham a certeza de que as decisões tomadas eram as mais corretas e coerentes. Eph tinha o que chamamos de memória em flash, ou seja, ao surgimento de um problema, ele não pensava mais do que segundos para tomar a decisão. Analisava as possíveis soluções e imediatamente escolhia aquela que considerava mais coerente.
Cara! É triste vermos essa quebra gradativa de entidade do personagem que atinge o ápice em “Noite Eterna”, onde ele perde o respeito e a confiança de todas as pessoas que formam o grupo de resistência à invasão dos vampiros. Nessa parte da história, vemos o surgimento de um novo líder: Vasiliy Fet, que no início do enredo não passava de um bronco exterminador de ratos dos esgotos de Manhattan. Nem mesmo a atraente e corajosa Drª Nora Martinez, que via em Eph o sentido de sua vida, seguindo-o cegamente onde quer que ele fosse, consegue suportá-lo depois de sua mudança. Ela chega ao ponto de trocá-lo por Vasiliy. Por aí já é possível imaginar como é grande a queda de Eph. Costumo dizer para os meus amigos que a derrota do biólogo foi pior do que a queda do morcego no filme de Nolan. A sensação que temos quando o personagem de Del Toro e Hogan chega ao fundo o poço é semelhante ao triste episódio em que o estropiado Batman – completamente desesperado – joga aqueles foguinhos de artifício inofensivos em Bane, tentando fugir da surra eminente. É assim que vi o Dr. Ephraim Goodweather  em Noite Eterna.
Mas à exemplo do filme do morcegão, Eph também consegue dar a volta por cima, conquistando a confiança de seu grupo e voltando a ser o antigo líder. Esse é o seu momento de redenção na história, E olha amigo... não há como você evitar aquele grito de Valeuuuuuuuuuu!!! È muito gostoso ver o ex-chefe do Centro de Controle de Doenças de Manhattan voltar a ser o velho líder. É graças a sua decisão final que... que... Putz! Quase solto um spoiler! Melhor esquecer.
Se os tateadores – aquelas crianças vampiras cegas, verdadeiras aberrações que se deslocam agilmente “de quatro” – foram a bola da vez em “A Queda”, a ‘redenção’ de Eph foi o momento mais importante em “Noite Eterna”.
O livro que fecha a Trilogia da Escuridão também é o mais denso de todos eles. Os autores vão descrevendo de uma maneira angustiante a destruição do nosso planeta, ou seja, a extinção da raça humana. Cara! Del Toro e Hogan falam dessa destruição de uma maneira tão convincente que o leitor passa a não enxergar nenhuma esperança de reconstrução. Os próprios personagens que compõem o grupo de resistência perdem a ilusão de que o mundo em que viviam voltará a ser como antes. “A esta altura, é tipo... para que estamos fazendo isso? Estamos tentando salvar o mundo?  O mundo já era. Se os vampiros desaparecerem amanhã, o que nós faríamos? Reconstruir? Como? Para quem?!” Esse questionamento, feito por um dos personagens, mostra o caos em que o planeta terra se transformou após o alastramento do vírus vampírico.
Outro momento pesado e que provoca certo mal estar no leitor é o trecho em que Gus, um dos integrantes da resistência decide manter a sua mãe transformada em vampira presa numa masmorra. Todos os dias, ele desce até o porão onde a monstruosidade está encarcerada, faz um corte no braço e lhe dá o seu próprio sangue como alimento. Arghhhh!
O trecho em que uma astronauta é obrigada a ficar mais de dois anos presa numa estação espacial, impossibilitada de descer na terra, também é angustiante. Del Toro e Hogan, descrevem detalhadamente o processo de deterioração da moça. “A maior parte dos músculos desaparecera , com os tendões atrofiados. A coluna vertebral, os braços e as pernas haviam se dobrado em ângulos esquisitos e perturbadores...” E isto é apenas o início do sofrimento da pobre astronauta perdida no espaço, sem poder voltar para o nosso planeta que se encontra quase que destruído.
“Noite Eterna” é isso aí... Sufocante, denso, pesado e mais isso e aquilo. Quanto a ação, fique tranqüilo. Há muitas batalhas de tirar o fôlego. O final, então... Caramba!! É apocalíptico, com direito até mesmo a intervenções divinas.
Quer saber?? Vou parar por aqui. Leia porque vale a pena. Agora, se você está pensando em encarar a trilogia de Del Toro e Hogan de maneira não cronológica, pode esquecer. O ideal é que se leia o primeiro, o segundo e o terceiro livro na sequência, bem bonitinhos...
Inté!

Livros da moda: enquanto alguns fizeram a cabeça de gerações, outros viveram apenas um derradeiro sucesso

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Rapaz!! Você se lembra do lançamento do primeiro livro da série Harry Potter? Eu me lembro... e como lembro! Foi uma febre mundial, como um vírus que começou “contaminando” (no bom sentido, é claro) os states, depois a Europa, em seguida o continente africano, o sul-americano e em pouco tempo, pessoas no mundo todo estavam “infectadas” pela chamada ‘HarryPottermania”.
E quanto ao “Exorcista”, de William Peter Blatty? Eu tinha 11 anos quando o livro foi lançado e outros 13 anos quando a história chegou aos cinemas. Apesar da pouca idade, me recordo da histeria que tomou conta de milhares de leitores e cinéfilos. Pessoas que não conseguiam ler o livro inteiro ou então assistir ao filme porque passavam mal; lendas urbanas que surgiam, criando uma aura maldita em torno do livro e do filme; boatos de mortes e acidentes graves envolvendo pessoas ligadas direta ou indiretamente às duas obras:  literária e cinéfila.
Ah! E que tal a saga Crepúsculo? A escritora americana, Stephenie Meyer conseguiu uma proeza que poucos do ramo conseguiram. Transformar seres horríveis, ardilosos, perversos e sanguinários em verdadeiros anjinhos. Imagine um vampiro adolescente;  lindo de morrer, bonzinho.. bonzinho...  mas bonzinho ao extremo! Mas tão inocente e meigo que é capaz de ficar de quatro por uma simples mortal. Esse vampiro chamado Edward Cullen virou uma febre mundial, fazendo com que muitas adolescentes sonhassem dia e noite com ele, querendo ter o gato em sua cama só para elas.
Estes foram apenas três livros que tiveram o dom de ditar normas, conseguindo mudar hábitos e até mesmo valores de uma geração de leitores, sejam eles, adultos ou adolescentes. São os chamados “livros da moda” que surgem a cada três, cinco ou oito anos. Alguns se tornam meros modismos, caindo no esquecimento num curto espaço de tempo; enquanto outros  acabam fazendo uma verdadeira revolução, cujo resulto dura anos e anos, passando de geração para geração.
Vejam bem, não pretendo escrever um post sobre clássicos literários. Nada a ver, pessoal. Mesmo porque existem verdadeiras obras de arte da literatura que não tiveram nenhuma influencia em determinado grupo social. Foram livros exaltados pela crítica ou então que se tornaram cults, mas não tiveram força para mudar a rotina normal de um número avassalador de leitores. Por isso, com certeza, alguns livros que citarei nessa relação podem ser considerados  “lixos culturais” ou simplesmente obras sem nenhuma expressão, mas mesmo assim, por algum motivo, causaram um grande impacto na vida de jovens e adultos.
A idéia para escrever esse post não foi minha, mas de um amigo blogueiro: o Augusto Fernandes Salles, do Gato Smucky. Após ler um post que escrevi sobre os 12 livros mais vendidos em todo o País, ele me disse isso, literalmente: “-  Já percebeu que, nos últimos tempos, todo ano tem um "livro da moda"? Há alguns meses eram os da saga Crepúsculo. Antes disso, Harry Potter. Depois, A Cabana. Há um pouco mais de tempo, O Caçador de Pipas e A Cidade do Sol. Já pensou em fazer um post sobre isso? Sobre essas febres  e suas quase sempre inevitáveis versões cinematográficas?” Adorei a idéia e mandei ver. Pronto, surgiu assim esse post que espero agrade, pelo menos, uma pequena parcela dos internautas que visitam esse espaço.
Bem, chega de lero-lero e blá-blá-blá e vamos aos livros que na minha opinião se tornaram verdadeiras febres.
01 – Saga Harry Potter (1997)
A saga do menino bruxo idealizada por J.K.Rowling é na minha visão, o maior fenômeno literário de todos os tempos. Para aqueles que duvidam, me respondam qual foi o enredo literário que teve fôlego suficiente para lançar sete livros num período de 10 anos e transformar todos esses sete livros em uma febre mundial? Isso é pouco? Tá bem, deixa eu prosseguir. Qual série de livros vendeu aproximadamente 400 milhões exemplares e foi traduzida em mais de 67 idiomas? Ainda não te convenci? Beleza. Que tal essa. Qual escritor ou escritora conseguiu se tornar o mais rico entre todos os escritores, escrevendo apenas uma série de livros com os mesmos personagens?
Se ainda não consegui te convencer, só posso dizer que você, de fato, é duro na queda e deve participar do rodeio em Barretos, porque jamais vai cair do lombo de um touro.
A série de livros Harry Potter conseguiu revolucionar uma geração inteira de leitores. Aqueles que começaram a ler as aventuras do menino bruxo com 13 anos continuaram lendo até os seus 23 anos, não abandonando, por nada, durante uma década, as peripécias de Harry, Hermione, Rony, professor Dumbledore e Cia.
Com o lançamento dos sete filmes que foram adaptados fielmente das páginas, a febre cresceu ainda mais, com os fãs da série passando a seguir o visual dos seus personagens favoritos.
Cara! Sobrou até para as corujas! Por causa dos livros, a demanda por corujas como bichinhos de estimação aumentou muito, mas com o fim da série, os bichinhos começaram a ser abandonados.
Harry Potter e sua turma conseguiram segurar o cetro por uma década inteirinha, mudando os hábitos e costumes de todos os adolescentes dos anos 80. Para se ter uma idéia do poder de persuasão do universo criado por Rowling, nem mesmo o, então na época, Príncipe Charles conseguiu escapar dos encantos da série, se declarando um fã de carteirinha dos livros de Potter.
02 – Saga Crepúsculo (2005)
Adolescentes e adultos ainda estavam vivendo a febre do lançamento de “O Enigma do Príncipe” – penúltimo livro da série Harry Potter – quando, aproximadamente, três meses depois, o mundo passaria a conhecer um novo fenômeno editorial. No início de outubro de 2005, Stephenie Meyer lançaria Crepúsculo, o primeiro volume da saga de Edward Cullen e Bella Swan.
Meyer decidiu implodir o mito do vampiro mau, ardiloso e com uma aparência maquiavélica. Ela deve ter dado um grito de independência, do tipo: “Nada disso!”.  Os vampiros da família Cullen criados pela autora são sedutores, honestos e lindos de morrer. Prova disso é que o protagonista da saga, Edward arrasou milhares de corações adolescentes pelo mundo afora. Garotas de 15, 18 anos ou mais chegavam perto da histeria quando Robert Patisson aparecia nas telas dos cinemas, na adaptação do romance, vivendo o vampirão Edward Cullen.
Quando “Lua Nova”, segundo livro da saga Crepúsculo, foi lançado em 2007, filas enormes de leitores se formaram nas livrarias americanas e européias, deixando evidente que Harry Potter já tinha um substituto a altura para ocupar o trono: o vampiro ultra-apaixonado Edward.
Nem mesmo os protestos de Stephen King que numa entrevista acabou revelando que detestava o universo criado por Meyer, mas idolatrava o mundo de Potter, serviu para atrapalhar as vendas dos livros da saga.
 “Crepúsculo”, “Lua Nova” e “Amanhecer” - já venderam cerca de 120 milhões de cópias ao redor do mundo, com traduções em 37 línguas diferentes, para 50 países. 
03 – O Exorcista (1972)
Se houve um livro que conseguiu provocar histeria em massa, fazendo que muitas pessoas, na época de seu lançamento, sofressem mudanças comportamentais significativas foi “O Exorcista”. E quais seriam essas mudanças comportamentais significativas? Por exemplo, muitos que leram o livro nos anos 70, tiveram auto-sugestão de que estavam possuídos e começaram a agir de maneira estranha. Também, devido a profundidade da história, inúmeros leitores sofreram crises nervosas.
O lançamento do filme baseado na obra de William Peter Blatty, em 1973,  serviu para aumentar, ainda mais, essa histeria coletiva. Pessoas que desmaiavam ou passavam mal durante a exibição do filme; outras que começavam a agir de maneira estranha; e por aí afora.
Os grupos de discussões sobre o tema proliferaram da noite para o dia. A grande imprensa transformaria tanto o livro, quanto o filme na “bola da vez”. Enquanto isso, Blatty seria transformado, em pouco tempo, numa celebridade mundial.
Acredito que nem mesmo o próprio autor ‘levava fé’ de que o seu livro atravessaria décadas e mais décadas sem perder a atualidade. E foi, exatamente, isso que aconteceu. Após 40 anos, a história sobre a possessão diabólica de uma criança de apenas 12 anos – a pequena Regan – ainda continua assustando muitas pessoas e criando polêmica.
Duas passagens antológicas do livro que foram transpostas para as telonas dos cinemas, acabaram se tornando verdadeiros ícones da literatura e do cinema de terror. A primeira delas, a pequena Regan descendo a escadaria de seu quarto, toda encurvada para trás como se fosse uma aranha. E a outra, o giro de 360 graus que a personagem dá em sua cabeça, como se não tivesse pescoço. Esta última passagem ocorre durante o exorcismo de Regan feito pelos padres Merrin e Karras.
Por tudo isso, não resta dúvidas de que o livro de Blatty revolucionou
gerações.
04 – O Código Da Vinci (2003)
Sei que muitos leitores torcem o nariz para Dan Brown que é o tipo de escritor “me ame ou me deixe”. Mas não há como negar que o seu livro “O Código Da Vinci” criou uma celeuma danada em todo o mundo. Na época em que a obra foi lançada, chegamos perto de uma guerra santa. Ehehehe, brincadeirinha. Mas escrevendo sério agora; tudo bem que não tivemos uma guerra santa, mas que o texto ousado, amalucado, esquisito ou sei lá o quê, foi algo muito corajoso.
O livro causou polêmica ao questionar a divindade de Jesus Cristo. A trama do livro envolve desde grandes organizações católicas como o Opus Dei, até a sociedade secreta conhecida como Priorado de Sião, que, de acordo com documentos encontrados na Biblioteca Nacional de Paris, possuía inúmeros membros famosos como Sir Isaac Newton, Botticelli, Victor Hugoe Leonardo da Vinci.
Brown criou ao mesmo tempo um dos personagens mais carismáticos da literatura policial e de suspense: o professor de simbologia da Universidade de Harvard, Robert Langdon.
O livro tem recebido críticas de religiosos, argumentando que Brown distorceu os fatos históricos. O modo controverso como Dan Brown trata a Igreja Católica gerou  uma série de protestos. Por esse motivo, a obra tem tido muitas vezes uma resposta negativa entre grupos cristãos.
“O Código Da Vinci” polemizou ao extremo quando questionou verdadeiros dogmas que transcendem o catolicismo, atingindo outras religiões, entre os quais – como já mencionei – a divindade de Jesus.
Esta suposição levantada por Brown em seu primeiro sucesso literário, rebombou nos meios religiosos gerando controvérsias e discussões entre teólogos, padres, pastores e leigos.
“O Código Da Vinci” é um livro com a “cara” de seu autor e que por isso também faz jus a máxima: “Me ame ou me odeie.”
05 – A Guerra dos Mundos (1898)
Escrito há mais de um século, esse livro, simplesmente, deu origem ao que hoje conhecemos por ficção científica. Acho que só essa frase já serve para justificar a inclusão da obra de H.G. Wells na lista desse post, mas como hoje estou inspirado vou escrever algo mais sobre “A Guerra dos Mundos”. Lançado originalmente em 1898, o livro ‘empestiou” (no bom sentido) a mente de muitas crianças daquela época que após lerem a história de Wells passaram a sonhar em serem cientistas um dia. E com certeza muitas delas seguiram ‘ à risca’ o seu sonho de criança, lançando-se nos estudos – influenciadas pelo enredo de “A Guerra dos Mundos” – ingressando numa universidade e se tornando pesquisadores respeitados no campo da ciência espacial.
Como não bastasse influenciar diretamente muitas crianças e jovens há dezenas e mais dezenas de anos atrás, o livro de Wells, também levou pânico há mais de 1,2 milhão de pessoas nos Estados Unidos. Em 30 de outubro de 1938, a rede de rádio CBS interromperia a sua programação para noticiar uma suposta invasão alienígena. Na verdade, nada mais era que um programa semanal, onde a história de A Guerra dos Mundos era dramatizada em forma de programa jornalístico. Resultado: nem todos os ouvintes ligaram o rádio no início da dramatização e assim, perderam a explicação de que tudo não passava de uma encenação. Esses ouvintes –cerca de 1,2 milhões - entraram em pânico e saíram as pressas de suas casas, causando congestionamentos no trânsito e aglomerações nas ruas de inúmeras cidades onde as ondas da rádio CBS chegavam.
Acredite; “A Guerra dos Mundos” foi capaz de fazer tudo isto. Uma obra, de fato, antológica e que até hoje, decorridos mais de 100 anos, continua atual, já tendo mais de uma vez, o seu enredo adaptado fielmente para as telonas dos cinemas. A primeira em 1954, quando faturou o Oscar de Melhores Efeitos Especiais, e a mais recente, em 2005, com Tom Cruise, tendo na direção Steven Spielberg.
06 – Saga O Senhor dos Anéis (1954)
A deslumbrante trilogia “O Senhor dos Anéis” vem sendo lida pelos jovens em todo mundo há aproximadamente seis gerações, ganhando assim, o status de obra antológica. Talvez a trilogia de J.R.R. Tolkien – “A Sociedade do Anel”, “ As Duas Torres” e “O Retorno do Rei” – tenham sido os livros mais emblemáticos das últimas décadas.
Desde a primeira vez em que foi lançado, em 1954, nunca mais parou de ganhar admiradores. O sucesso da obra do escritor britânico seria consolidado de maneira definitiva logo após a adaptação cinematográfica idealizada por Peter Jackson. Pronto! “O Senhor dos Anéis”  se tornaria sucesso inquestionável de público e crítica.
Para que vocês tenham uma idéia do poder de fogo dessa obra através dos tempos, basta dizer que até agora, “fuçando” na Net não vi nenhuma crítica contrária a trilogia. Posso dizer que “O Senhor dos Anéis” é unanimidade de crítica e público.
Apesar de seu lançamento ter acontecido em 1955 no Reino Unido,  a trilogia só começou a ser publicada no Brasil em 1974 pela Artenova. A partir de 1994, os livros de Tolkien passariam a ser publicados pela Martins Fontes.
Acredito que alguns internautas que estejam lendo esse post, questionem porque não incluí “O Hobbit” nessa relação, já que o livro pode ser considerado o pai da trilogia. Ocorre que tanto a obra literária quanto o filme “O Hobbit” não tiveram repercussão semelhante ao “Senhor dos Anéis”.
07- Laranja Mecânica (1962)
Apesar de alguns considerarem uma leitura difícil por causa das gírias faladas pelos personagens, não há como negar que a obra de Anthony Burgess se transformou num livro de cabeceira de uma multidão de pessoas nesses últimos 50 anos. Foram jovens do passado  que leram e curtiram a história de Alex e sua gang e depois de casados “doaram” o livro para os seus filhos, indicando a leitura. Por isso, “Laranja Mecânica” acabou passando de geração para geração.
O enredo criado por Burgess influenciou até mesmo o cineasta Stanley Kubrick que em 1971 faria uma adaptação do famoso romance para as telonas. O filme, à exemplo do livro, foi um sucesso mundial, entrando na maioria das listas de obras cinematográficas e literárias mais famosas de todos os tempos e que fizeram a cabeça de gerações.
08 – O Diário de Anne Frank (1947)
A história de Annelisse Maria Frank, mais conhecida como Anne Frank, se tornou conhecida em todo mundo. O diário da garota alemã, de origem judaica, com apenas 13 anos e que de repente viu a sua existência sofrer uma transformação radical, ao ver o seu País ser invadido pelos nazistas emocionou muitos leitores através de décadas. Embora tenha nascido em Frankfurt, Anne passou a maior parte da vida em Amsterdã, nos Países Baixos. Sua família se mudou para lá em 1933, ano da ascensão dos nazistas ao poder. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, o território neerlandês foi ocupado e a política de perseguição do Reichfoi estendida à população judaica residente no país. A família de Anne passou a se esconder em julho de 1942, abrigando-se em cômodos secretos de um edifício comercial. A garota e sua irmã morreram num campo de concentração, presenciando inúmeras atrocidades cometidas pelos nazistas. Ela escreveu em um diário as suas intimidades e também das pessoas que a cercavam, além do sofrimento do povo nos campo de concentração, onde ela se encontrava.
Consta que Otto Frank, pai de Anne e único sobrevivente da família, retornou a Amsterdã depois da guerra e teve acesso ao diário da filha. Seus esforços levaram à publicação do material em 1947. O livro se tornaria um dos mais traduzidos em todo o mundo. Com certeza, de 1947 até os tempos atuais, milhares de leitores tiveram a oportunidade de conhecer a intimidade de Anne Frank.
09 – Saga Operação Cavalo de Tróia (1987)
Polícia! Socorro!! Prende! Prende o cara porque ele ficou loouco!!! Sei que muitos internautas quando “baterem os olhos” nesse trecho do post irão gritar ou exclamar algo semelhante. Certamente, o espanto deve-se a escolha do livro do escritor espanhol J.J. Benitez. Sei, também, que muitos consideram todos os livros dessa saga mais do que lixo cultural, uma verdadeira perda de tempo, uma piada. Mas também há aqueles que devoraram toda a coleção com muita avidez e consideram os livros do espanhol verdadeiras obras primas. Não posso negar que a saga “Operação Cavalo de Tróia” vem se renovando há 25 anos!! Cara, me responda uma cosita: “Uma saga que tem fôlego para manter a expectativa de seus leitores acessa por duas décadas e meia, não merece fazer parte dessa humilde listinha?
Pois é, “Operação Cavalo de Tróia” já está em seu nono volume e vendeu mais de seis milhões de exemplares. Em sua obra, Benitez conta a história de um militar americano que participou de uma experiência da NASA, que lhe possibilitava realizar uma viagem no tempo. A época escolhida por ele foram os últimos sete dias de Jesus Cristo na terra. Dessa maneira, o viajante do tempo pôde acompanhar todos os passos de Jesus Cristo naquele período.
Benitez alega que a história é real e que ele jamais teria imaginação suficiente para criar um romance com passagens tão detalhadas sobre a vida de Jesus Cristo. Outros consideram tudo isso uma fraude. Mas fraude ou não, a verdade é que “Operação Cavalo de Tróia” está bombando nas livrarias desde 1987, com os livros sobre a viagem do militar conhecido apenas por ‘major’, saindo aos borbolhões. 
10 – Eram os Deuses Astronautas (1968)
Um livro que foi um sucesso e revolucionou o modo de pensar da humanidade. Foi exatamente isso que me levou a escolher a obra de Eric Von Daniken a fazer parte dessa lista. Confesso que estava em dúvida entre o livro do escritor suíço e o polêmico “Cristiane F., 13 Anos, Drogada e Prostituída. Cheguei a dar uma balançada, pois as duas obras fizeram o maior barulho na época de seus lançamentos, mas no final acabei pendendo para von Daniken, cujo livro, creio eu, teve um peso maior, já que questionou abertamente idéias que eram verdadeiros dogmas científicos e religiosos há quase cinco décadas.
Em seu livro que já está perto de alcançar a sua 50ª edição, o autor questiona sobre a possibilidade de as antigas civilizações terrestres serem resultado de alienígenas que para cá teriam se deslocado. Como provas das ligações com os ETs, ele citava as pirâmides egípcias e incas, as quilométricas linhas de Nazca, os misteriosos moais da Ilha de Páscoa, entre outros grandes mistérios arquitetônicos. Ele também cria uma teoria de cruzamentos entre os extraterrestres e espécies primatas, gerando a espécie humana.
Ficou abismado?! Agora imagine essas idéias sendo lançadas no final da década de 60! Não dá pra negar que o livro criou uma polemica enorme através dos tempos. Tanto é que von Daniken continua sendo um dos palestrantes mais requisitados em todo o mundo para abordar o tema ufologia.
10 e um pouquinho mais... – Feliz Ano Velho (1982)
Tudo bem, tudo bem. Sei que esse post deveria ter apenas 10 livros e só. Mas é que eu não poderia deixar de fora um escritor nacional e que merece fazer parte desse post, graças a sua obra fantástica. Entonce... o motivo desse "um pouquinho mais" no post.  “Feliz Ano Velho” de Marcelo Rubens Paiva, publicado pela primeira vez em 1982, marcou toda uma geração de leitores brasileiros e se tornou uma obra de referencia na literatura contemporânea em nosso País. Quer fazer um teste? Ok. Peça para 10 amigos leitores citarem um livro de um autor brasileiro que marcou a sua adolescência nos anos 80. Com certeza, mais de cinco irão responder “Feliz Ano Velho”.
O livro – uma verdadeira lição de vida - é um relato real do acidente que deixou Marcelo tetraplégico, a poucos dias do Natal de 1979. Jovem paulista de classe média alta, vida boa, muitas namoradas, estudante de Engenharia Agrícola na Unicamp, ele vê sua vida se transformar num pesadelo em questão de segundos. Durante um passeio com um grupo de amigos, Marcelo, de farra, resolve dar um mergulho no lago. Meio metro de profundidade. Uma vértebra quebrada. O corpo não responde. Começa ali, naquele mergulho, a história de Feliz Ano Velho.
A partir do acidente, Marcelo vê sua vida mudar radicalmente. Seus dias no hospital, as visitas que recebeu, as histórias que viveu são relatadas sob uma nova perspectiva: a de um jovem que sempre fez tudo o que podia e queria, e que, agora, sentado em uma cadeira de rodas, vê-se impotente diante dos acontecimentos, dependendo da ajuda de amigos e familiares para reaprender a viver. Apesar do tema trágico, Feliz Ano Velho – vencedor do Prêmio Jabuti e adaptado para o teatro e cinema – tem momentos de humor, ternura e erotismo. Marcelo se encarrega de colocar em palavras a relação de amor e respeito à mãe, o carinho das irmãs, a camaradagem e encorajamento da turma, as festas e as fantasias sexuais. O acidente no lago seria o segundo tranco na vida do garoto. O primeiro foi aos 11 anos: o “desaparecimento” do pai – o ex-deputado federal Rubens Paiva – pela ditadura militar.
Definitivamente, um livro mais do que emblemático. Encantador, audacioso. Sei lá. Acho que tudo isso no mesmo bolo.
Valeu!

10 livros que serão adaptados para a televisão

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Ainda ontem estava pensando com os meus botões: “Foi muito difícil para o pessoal da minha geração assistir na TV séries ou minisséries adaptadas de livros famosos”. Aqueles e também aquelas que são da minha época – as saudosas décadas de 60 e 70 – viam muito na telinha os ‘Ultra-Sevens’, ‘Robô Gigante’, ‘Perdidos no Espaço’, ‘ Cyborg – O Homem de Seis Milhões de Dólares’, ‘Hawai 5.0’ e os ‘Túneis do Tempo’ da vida. Aliás, é melhor riscar a palavra ‘minissérie’ do mapa, mesmo porque naqueles idos e longínquos tempos nem se sabia o que era isso. Para se ter uma idéia, a Globo só lançaria as suas primeiras minisséries no início dos anos 80. Quanto as séries internacionais baseadas em livros, eram muito raras. Nos anos 70, vamos ver... Huuumm... Caraca! Tá Difícil! Pêra aí... Olha, no sufoco consegui me lembrar de uma minissérie chamada ‘Holocausto’ que contava a história do Holocausto sob a perspectiva de uma família de judeus alemães. Aliás, essa minissérie que teve apenas quatro capítulos, nem se encaixaria na categoria de livros adaptados para a TV, porque ocorreu o contrário, ou seja, o roteiro do produtor da série, Gerald Green, é que acabou virando um livro.
As conhecidas séries internacionais de TV baseadas no enredo de Best-Sellers famosos, só começaram a aparecer – à exemplo das minisséries da Globo - também nos anos 80. Lembro de algumas: “Brilho do Poder” (1984), inspirada no romance “O Reverso da Medalha”, de Sidney Sheldon e “InstintoAssassino” (início dos anos 90), baseado num caso real e publicado no livro escrito pelo promotor Willian Randolph Stevens.
Estou escrevendo tudo isso para que vocês entendam como no início dos anos 80 era difícil vermos na TV adaptações de romances famosos. Este mesmo problema não acontecia com o cinema onde tínhamos enredos ‘arrancados’ das páginas dos livros aos borbolhões. Vamos lá? Anotem aí: “E O Vento Levou”, “A Volta ao Mundo em 80 Dias”, “Vinte Mil Léguas Submarinas”, “Laranja Mecânica”, “2001: Uma Odisséia no Espaço”, “Aeroporto”. Ufaaa!! Melhor parar por aqui!
Então, a partir dos anos 80 as mudanças começaram; em 90, cresceram e a partir de 2000 virou festa. Hoje, antes de um livro sair do prelo, os seus direitos já são comprados por produtores para serem adaptados para TV.
Bem galera, entrando nesse clima de ‘milhares’ de lançamentos de séries e minisséries na TV com roteiros baseados em livros, resolvi escrever esse post. E vamos às séries.
01 – Sob a Redoma (Stephen King)
Buuuumm!! E já começo lançando uma bomba atômica. Mas daquelas bombas poderosas, incomparáveis e únicas. Aliás, o que escrever do mestre do terror, Stephen King? Que o cara é um gênio? Que tem o QI acima do normal no que se refere a criação de enredos literários? Que é o mestre da escrita de terror e suspense? Acho que tudo isso é pouco para definir a capacidade do sujeito. E olha que nem pertenço ao fã clube de King. Não quero e não faço questão. Apenas curto alguns de seus livros que incluo tranquilamente na lista das melhores obras literárias do gênero terror dos últimos tempos.
Britt Robertson será a garçonete Angie McCain
E é uma dessas obras que estará sendo adaptada brevemente para a TV: “Sob a Redoma”; um dos melhores livros que li nos últimos tempos.
Agora me respondam uma coisinha. Por acaso, vocês já ouviram falar de um diretor desconhecido que está começando praticamente agora? Ele é meio inexperiente, mas quebra o galho. É esse sujeito que vai produzir a minissérie baseada no livro de King. Ah! O nome do cara! Que distração a minha. Estou falando escrevendo de Steven Spielberg. Ehehehe.... Desculpem a brincadeira; vamos conversar sério agora. Spielberg fez questão de produzir essa série. Agora me digam. Será que ela tem chances de fazer sucesso?
Dizem que Spielberg decidiu levar a história de King para a tela pequena antes de chegar no meio do livro de quase 1.000 páginas. Segundo ele, o pouco que havia lido já era o suficiente para conhecer que tinha um verdadeiro tesouro em mãos.
Colin Ford viverá o garoto Joe "Espantalho"
O canal CBS encomendou 13 episódios somente para a primeira temporada. A série está prevista para estrear no mês de junho nos Estados Unidos. Aiiii!! Como estou torcendo para um lançamento simultâneo com o Brasil!! Ainda não se sabe qual canal irá transmiti-la aqui na terrinha.
Quanto aos atores, diretores e roteiristas, vamos que vamos. O roteirista que estará adaptando a história do livro para a TV será Brian K. Vaughan que escreveu alguns episódios do mega-sucesso Lost. Britt Robertson (“Secret Circle” e “Life Unexpected”) viverá a garçonete Angie McCain e o ator mirim Colin Ford (“Supernatural” e “Compramos um Zoológico”) será Joe Espantalho, aquele garoto considerado um gênio em informática e que tem um papel preponderante na história de King. Mas cá entre nós, estou me coçando de curiosidade para saber quem irá viver o tresloucado Phil Bushey. Bem... aguardemos...
Ah! Antes que me esqueça. Não vou escrever novamente sobre o enredo do livro de King. Quem quiser saber detalhes sobre a história leia aqui, aqui e mais aqui.
02 – Um Grande Garoto (Nick Hornby)
Cena do filme Um Grande Garoto com Hugh Grant e Nicholas Hoult
Por acaso, o pessoal que me acompanha no ‘Livros e Opinião’ já leu uma obra de Nick Hornby que descreve a amizade de um cara solteirão de 36 anos, que ainda não amadureceu, e de um menino de 12 anos, que apesar da inocência natural da idade, já pensa como um adulto? Se não leu, pelo menos, já assistiu ao filme com o Hugh Grant, que estreou nos cinemas em 2002, dois anos após o lançamento da obra de Hornby? Não? Caramba! Então corra à uma locadora perto de sua casa e alugue imediatamente o DVD ou então providencie com urgência a compra do livro que ainda está fácil de ser encontrado nas livrarias. Tanto livro quanto filme são ótimos.
Agora, quem já leu e assistiu livro e filme, a boa notícia é que depois do sucesso nas páginas e nas telonas, a história desses dois amigos incomuns irá também para a televisão.
O piloto da série de TV que está sendo desenvolvida pela NBC terá como diretor Jon Favreau, o mesmo que comandou o set de filmagens de “O Homem de Ferro”.
Escrevendo mais detalhadamente sobre a obra de Hornby, para aqueles que ainda não leram; a trama acompanha um cafajeste solteirão, que finge ter um filho para se passar por sensível e conquistar mães solteiras. A situação se complica quando uma das mães mais bonitas quer conhecer a criança. E é aí que ele tem a idéia de trazer para sua vida um garoto introvertido e problemático, filho de uma mulher que sofre de depressão crônica.
A série também deverá acompanhar um solteirão, mas desta vez o menino será seu vizinho, que mora ao lado de sua casa com a mãe excêntrica. Ainda não há data de estréia para a série. O que se sabe é que ela deve sair ainda este ano.
03 – A Seleção (Kiera Kass)
Olha... às vezes pago caro pela minha sinceridade, mas fazer o quê... sou assim, vou morrer assim. Me desculpem o fãs do livro de Kiera Kass, mas pelo release do selo Seguinte da Editora Companhia das Letras, a obra não me atraiu nem um pouco. E... somado a maioria dos comentários que vi na Net, fiquei menos “católico” ainda com relação a história do tipo cinderela idealizada pela autora. Mas quem sou eu para gostar ou não, o que importa é que os ‘hômi’ amaram, tanto é que já compraram os direitos do livro para adaptá-lo para a TV.
A CW já está produzindo uma série baseada no livro “A Seleção”. O piloto, inclusive já foi gravado. Não me perguntem quanto a data de lançamento, porque ainda não tem nada definido.
Confiram a sinopse de “A Seleção” fornecida pela Seguinte: ‘Num futuro com uma sociedade dividida em castas, a competição que reúne moças  de todas as partes para decidir quem se casará com o príncipe é a oportunidade de escapar de uma realidade imposta a elas ainda no berço. É a chance de ser alçada de um mundo de possibilidades reduzidas para um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha. Para America Singer, no entanto, uma artista da casta Cinco, estar entre as Selecionadas é um pesadelo. Significa deixar para trás Aspen, o rapaz que realmente ama e que está uma casta abaixo dela. Significa abandonar sua família e seu lar para entrar em uma disputa ferrenha por uma coroa que ela não quer. Então America conhece pessoalmente o príncipe. Bondoso, educado, engraçado e muito, muito charmoso, Maxon não é nada do que se poderia esperar. A vida com que sonhou talvez não seja nada comparada ao futuro que ela nunca poderia imaginar’. E aí se interessaram? Eu não.
Aimee Teegarden como America Singer
Pelas críticas que vi em alguns blogs e sites deu pra perceber que “A Seleção” funciona com um reality show que é exibido para todo o País, onde o príncipe Maxon escolherá a sua futura rainha entre as 35 garotas concorrentes. Acontece que uma delas, a tal America, já ama outro rapaz e só está participando do concurso por imposição dos pais que sonham em ter uma vida melhor.
Sei lá, isso me cheira uma história de amor comum no formato de reality show. Pode ser que eu queime a língua e a série se torne um grande sucesso. Vamos ver.
Para aqueles que curtiram o livro de Kiera Kass e agora estão na maior expectativa, aguardando a escolha dos atores que viverão os personagens principais, já adianto os nomes de dois deles: Aimee Teegarden, sómente 23 aninhos, mais conhecida por sua participação na série Friday Night Lights, no papel da personagem Julie Taylor, será a América Singer e o ator William Mosely, o Príncipe Pedro de “As Crônicas de Nárnia” na ‘pele’ de Aspen.
04 – Morte Súbita (J.K. Rowling)
Escritora J.K. Rowling e seu novo livro "Morte Súbita"
Uma notícia boa e outra ruim. Lá vai. Primeiro a boa: o livro de J.K. Rowling será adaptado para a TV numa série. A ruim: Isto só vai acontecer em 2014. Tudo bem, sei que foi um duro golpe para os fãs da mãe de Harry Potter que estão aguardando ansiosamente a estréia desse projeto, mas pelo menos, há o consolo daquele velho ditado: “quem espera sempre alcança”. Portanto... paciência e mais paciência.
A série será produzida pela ultra famosa BBC. Viu só como Rowling não é fraca??! De ruim mesmo, como já escrevi, só mesmo a demora na estréia. Tomara que esse projeto não esfrie, pois já vi muitos anúncios antecipados de produções de filmes ou adaptações de séries serem esquecidas pelos produtores através dos tempos. Entonce... Deixa eu ficar quietinho porque os fãs de Rowling já devem estar me chamando de pessimista prá cima. Mas acreditem, eu mais do que ninguém estou torcendo para que essa série saia o mais rápido possível do papel. Tenho curiosidade em ver como os personagens carismáticos do livro se sairão na TV.
'Morte Súbita', o primeiro livro para adultos de Rowling, escrito logo depois dela ter encerrado a saga do bruxo Harry Potter, mostra como a morte de um vereador e a consequente eleição para substituí-lo, faz explodir uma série de conflitos em uma pequena cidade inglesa, a fictícia Pagford. O livro já vendeu mais de um milhão de exemplares somente no Reino Unido. Imagine, então, no resto do mundo!
Quando a sua adaptação para a telinha ainda não ficou definido o número de episódios e tampouco atores e diretor. Também, pudera, a série só vai estrear daqui a um ano!!
05 – Outlander (Diana Gabaldon)
Não conheço e não li, só vi comentários na Net. Portanto, antes de mais nada, me perdoe os fãs dessa série de livros. É que no infinito universo literário, onde todos os dias estão sendo lançadas novas obras literárias não dá prá acompanhar tudo que sai do prelo. Por isso, faço a opção em ler apenas o que me interessa nesta vasta galáxia literária.
Tomando por base os artigos e posts que vi, trata-se de uma série de livros que está no seu sétimo volume, sendo seis deles já lançados no Brasil. A obra de Gabaldon é uma mistura de ficção científica, aventura e principalmente romance. Conta a história de Claire, uma enfermeira da Segunda Guerra Mundial, que acidentalmente volta no tempo para o ano de 1743 em que ela é imediatamente jogada para dentro de um mundo de aventura, que a obriga correr e lutar pela sua vida. Quando Claire é forçada a se casar com Jamie, um elegante e romântico jovem guerreiro escocês, seu coração ficará dividido entre dois homens de duas diferentes épocas. É... bem... sei lá, a primeira vista, parece interessante, mas como não me senti tão atraído pelo enredo prefiro não arriscar palpites. Pelo que fiquei sabendo, cada livro da série tem aproximadamente 700 páginas! Um verdadeiro calhamaço!
“Outlander”  será produzida por Ron Moore, o mesmo das séries Caprica, Battlestar Galactica e Jornada nas Estrelas (Deep Space Nine e A Nova Geração). A má notícia para os fãs dos livros de Gabaldon é que a série de TV ainda não tem data para desembargar no Brasil.
06 – Delírio (Lauren Oliver)
Caro leitor-internauta desse humilde blog, me responda o que acha de Prison Break? Você deve estar se perguntando: - “Caraca! O que Prison Break tem a ver com Delírio?!! Eu respondo: “- Tem tudo a ver!” É que a adaptação para a tela pequena está sendo escrita por Karin Usher, o idealizador de um dos maiores fenômenos mundiais da TV: Prison Break. Cara, acho que só isso – é evidente que se Usher acertar a mão – já é sinônimo de sucesso antecipado para Delírio na TV.
“Delírio”, lançado pela Intrínseca é o primeiro livro de uma trilogia onde o amor é considerado uma doença. A história se passa Estados Unidos que considera o amor como uma doença mortal, uma verdadeira praga que deve ser exterminada, antes que dizime a população. Sendo assim, as pessoas tão logo completem 18 anos devem ser programadas a não ter esse sentimento, ficando ‘curadas’ por completo. Segundo o governo americano desse mundo distópico, criado pela escritora, a culpa de todos os males da sociedade, como guerra, fome, dentre outros, reside em um só acontecimento: a entrega dos seres humanos às suas paixões e, consequentemente, amor.
No enredo de Oliver, a protagonista Lena está prestes a passar pelo processo que estirpa de maneira definitiva o amor. A garota acredita, de fato, que esse é o melhor caminho a ser seguido, mas ela começa a mudar de idéia quando Alex surge em sua vida e mostra que nem tudo é como parece ser nesse mundo ilusório.
A série será produzida pela Fox e ainda não tem data de estréia definida. Nem mesmo atores e diretor foram citados. A única confirmação é que o roteiro será adaptado por Usher.
07 – O Exorcista (William Peter Blatty)
Apesar da minha pouca idade naquela época, me lembro como se fosse hoje... Logo que saí – tremendo igual vara verde – da sala de exibição do cinema da minha cidade, ouvi um senhor - já com uma certa idade – questionando com alguns amigos o que teria acontecido com Regan e sua família depois do exorcismo sofrido. Fui embora com aquele questionamento em minha cabeça de pré-adolescente e como diziam naquele tempo: fui burilando, burilando e burilando esse questionamento e acrescentei outra pergunta: - “Só faltava a menina sofrer uma nova possessão!!” E conclui: - “Seria muita falta de imaginação!” Ehehehe... Dito e feito, alguns meses depois surgiria um bando de desafortunados produtores, roteiristas e diretor, os quais nem quero saber quem são que teriam a “brilhante” idéia de lançar uma sequência para o clássico “O Exorcista”, chamada: “O Exorcista II: O Herege”.
A merd... dessa produção tentava, eu disse tentava, ser uma sequência direta da obra prima de 1973, mas a falta de criatividade dos roteiristas mostrou aos cinéfilos apenas uma nova possessão de Regan, agora já mais crescida. Pô!! Os caras chamaram os padres Merrin e Karras de incompetentes! Mêo! Na cabeça desses infelizes de nada adiantou a morte dos dois exorcistas, já que na sequencia tiveram de apelar para um terceiro! Bah!! Quanta falta de QI!!
Por tudo isso, acredito que ficou faltando uma continuação digna para o filme dirigido por William Friedkin. Aliás, venhamos e convenhamos, todas as sequencias de “O Exorcista” foram um tiro no pé. Verdadeiras aberrações cinematográficas. Faço questão de citar todas elas: “O Exorcista 2: O Herege”, “O Exorcista III” e “Exorcista: O Início”. Este último, em 2004, conquistou duas framboesas de ouro, prêmio instituído pela crítica americana que premia os piores filmes do ano. As framboesas foram para a pior sequencia e o pior diretor. Quer mais?!
E agora, vejam só; a redenção do clássico de 1973 pode acontecer através da televisão e não de uma nova tentativa no cinema.
Cena antológica do exorcismo feito pelos padres Merrin e Karras
A  adaptação do livro de  Blatty para a TV já está confirmada e terá de 10 a 12 capítulos. Por isso, acho que podemos chamar de minissérie; não é? Falta definir a data de lançamento, o time de atores e também o canal que exibirá a minissérie, já que há muitas redes de televisão interessadas. À frente do projeto está o escritor e diretor Sean Durkin que dirigiu o elogiadíssimo “Martha Marcy May Marlene”.
A ´produção televisiva deve focarna gradual transformação que Regan MacNeil passa até ser possuída por espíritos do mal e como sua família reage a situação. O ponto positivo da minissérie será o foco nos fatos pós exorcismo, ou seja, como Regan e seus familiares passaram a viver depois dessa terrível experiência. Ah! Antes que a galera me pergunte, já antecipo:  os padres Damien Karras e Lankester Merrin também deverão estar envolvidos na trama.
08 – Harper Connely Mysteries (Charlaine Harris)
Terceiro livro da série Harper C. Mysteries
Em 2005, a escritora Charlaine Harris lançaria uma saga de livros com uma heroína ‘prá lá’ de esquisita. Os livros seriam sucesso absoluto de venda, inclusive no Brasil.
Harper Connely, a protagonista da série que já está em seu quarto volume (três deles lançados no Brasil) após ser atingida por um raio, acaba se tornando uma especialista em encontrar cadáveres. Que dom esquisito mêo!! Bem, prosseguindo: desde que aprendeu a controlar seus novos instintos, Connely e seu meio irmão, Tolliver, partem em busca de trabalhos para solucionar casos macabros em diversas cidades.
Cá entre nós, me interessei pela história e talvez até compre o primeiro livro da série. Vamos ver...
Com relação a adaptação da saga da personagem para a TV, fiquei sabendo que a Syfy comprou os direitos e pretende estreá-la o mais rápido possível, provavelmente no início do segundo semestre.
O piloto da série está sendo escrito por Kam Miller (Law and Order: SVU). Acho que poderemos ter  algo legal.
09 – Saga Crepúsculo (Stephenie Meyer)
Não bastasse esse bando de vampiros lindos, charmosos e atraentes invadirem os cinemas de todo o mundo com o maior estardalhaço, agora eles também querem tomar de assalto a sua TV. Pode Acreditar: Edward Cullen, Jacob, Bella e Cia também podem ser personagens de uma série de TV. Segundo o site de entretenimento TV Line, com o término da franquia de filmes das produtoras Lionsgate/Summit, os executivos de TV de Hollywoodestariam interessados em manter viva a saga baseada nos livros de Stephenie Meyer, mas agora nas telinhas.
O objetivo dos produtores é recriar a história original de Crepúsculo, com o clã dos vampiros, lobisomens e o triângulo amoroso, mas com uma grande diferença: sem o trio original. Aqueles que estavam sonhando ver na TV os queridinhos da saga: Robert Pattison, Kristen Stewart e Taylor Lautner, podem esquecer. É quase certo como 2 e 2 são quatro que famoso trio será substituído por outros atores.
Pelo que eu pude ver até agora em sites e blogs confiáveis na Net é que o projeto ainda está bem cru. Que ele vai sair, vai, com certeza, mas quanto ao enredo não há nada definido. Pode ter, inclusive, a possibilidade da série focar apenas o clã dos lobisomens que ao longo dos filmes foi conquistando a simpatia dos cinéfilos. Se isso ocorrer, Os Cullen e Bella ficariam de fora. Será que a galera iria gostar?? Sei não...
10 – Trilogia da Escuridão (Guillermo Del Toro e Chuck Hogan)
Guillermo del Toro e Chuck Hogan
Pêra aí um pouquinho. Esta notícia merece um iahu bem caprichado. Duplo e em caixa alta ainda por cima; prá deixar evidente toda a alegria deste pobre blogueiro mortal. Lá vai: IAHUUUUUUUUUUUUU!!!!!!!!!!!! IAHUUUUUUUUUU!!!!!!! Cara! A trilogia que me fez perder noites e madrugadas de sono; devorando, papando, ruminando e engolindo sem mastigar as suas páginas, finalmente vai ganhar uma adaptação. Olha, juro que preferia uma versão cinematográfica. Com certeza merecia e muito! Mas já que a TV chegou na frente da sétima arte, paciência.
Caramba! Quem será que vai viver o médico epidemiologista Ephraim Goodweather? E a bióloga Nora Martinez?? E o Mestre terá alguém de carne e osso para representá-lo ou será um produto de computação gráfica? E os vampiros e suas línguas asquerosas? Será que a maquiagem ficará convincente?
Cara! São tantas perguntas, tantos questionamentos! Só mesmo esperando para ver. Desculpem a empolgação acima da média, é que eu simplesmente amei essa trilogia. Considero uma das melhores que li em toda a minha vida de leitor inveterado.
Ufa! Respirando... respirando... Pronto. Vamos, agora, pensar racionalmente (rss). A chamada Trilogia da Escuridão (Noturno, A Queda e Noite Eterna). Não vou perder tempo fazendo uma sinopse dos livros, pois isso já foi feito. Quem quiser ver mais detalhes sobre a obra do cineasta Guillermo del Toro e do romancista Chuck Hogan, podem ‘fuçar’ aqui, aqui e mais aqui.
A trilogia fez tanto sucesso nas páginas que acabou ganhando uma adaptação para os quadrinhos. O canal FX já fechou as negociações que confirmam a produção de um episódio piloto que terá roteiro dos próprios autores. Creio que convencer Del Toro e Hogan a escrever o roteiro do primeiro episódio da série já é uma conquista enorme dos produtores. O meu medo é com relação aos próximos episódios que deverão ser escritos por outros roteiristas, já que os autores da Trilogia da Escuridão concordaram em assinar apenas o episódio piloto. Tomara que os executivos do canal FX escolham as pessoas certas para essa importante função.
O roteiro piloto será gravado a partir de setembro de 2013. E a boa notícia é que a série baseada nos livros da trilogia deverá ser bem longa, tendo várias temporadas. Algo do tipo “Lost”. Os produtores estão tentando convencer del Toro a escrever alguns desses episódios. Ôooo Del Toro! Aceita aí vai!!
Galera ta aí! Espero que tenham gostado do post. Agora é só esperar, contando nos dedos a chegada dessas séries baseadas em livros e que prometem arrebentar a boca do balão.
Indo!

Sabrina, Júlia e Bianca: os famosos romances de banca que marcaram gerações de leitoras

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Recentemente, as saudosas coleções Sabrina e Vagalume geraram inúmeras discussões no facebook do Livros e Opinião. Várias pessoas curtiram e opinaram favoravelmente sobre os livrinhos de bolso com histórias românticas melosas, estilo Nora Roberts e também sobre livros com capas revolucionárias, para a sua época, escritos por autores brasileiros. Por isso, hoje, resolvi escrever alguma coisa sobre essas duas séries literárias. Bem, inicialmente, vou reviver a época de Sabrina; quanto aos livros da Vagalume, já é outra história... um outro post... quem sabe, logo após este (rs).
Aqui na minha cidade tem um programa de flashbacks, onde o locutor, logo na abertura, coloca no ar uns barulhos estranhos simulando uma viagem no tempo. Logo em seguida, ele diz mais ou menos assim: “Agora convido todos os nossos ouvintes a tomarem os seus lugares em nossa máquina do tempo porque vamos iniciar a nossa viagem. Atenção técnica, acionando os controles dos painéis da nossa máquina porque vamos começar a viajar! Retrocedendo no tempo! Estamos indo para a saudosa época dos anos 70 e recordando o grande Rei do Rock, Elvis Presley...”
Hoje, eu vou emprestar a máquina do tempo desse locutor, para levá-los à uma viagem, também aos anos 70, mas não para assistir a um show de Elvis Presley no ano de sua morte, mas para visitarmos uma antiga banca de jornal, onde o jornaleiro está acabando de receber o primeiro número do romance Sabrina com o título “Passaporte para o Amor”, de Anne Mather. Quer o ano exato em que a nossa máquina nos levou? Ok; anote aí: 1977.
Isso mesmo galera! Vocês que embarcaram nessa viagem acabaram de presenciar um momento histórico: o nascimento de uma série de livros que iria mudar definitivamente os hábitos de milhares de leitoras, inclusive várias mães que por sua vez, viriam influenciar suas filhas a terem a mesma atitude.
Apesar de serem muito criticados através dos tempos, os ‘livrinhos’ das séries “Sabrina”, “Julia” e “Bianca” causaram uma verdadeira revolução no público leitor feminino dos anos 70 e comecinhos da década de 80.
Aliás, quero esclarecer que esse post não é específico da série “Sabrina”, mas também das ‘Julias’ e ‘Biancas’, todas elas importantes para a propagação dos romances de banca no Brasil. Tudo bem que “Sabrina”  foi a pioneira do gênero nos anos 70, mas as outras duas séries também tiveram uma importância fundamental.
O romance de banca teve origem, aqui na terrinha, em 1935 e esta fase inicial durou até 1960, quando a Companhia Editora Nacional já publicava coleções de livros para as ‘moças’ daquela época, as chamadas coleções Azul, Rosa e Verde. Desses selos, o mais popular foi a Coleção Verde, também chamado de Biblioteca das Moças que contava com 175 títulos.
O gênero teve o seu grande “boom”  nos anos 70 quando a Editora Nova Cultural de São Paulo colocou no mercado, quer dizer... nas bancas, as coleções “Sabrina”, “Julia” e “Bianca”. Agora, pasmem. As tiragens desses romances chegavam a atingir 600 mil exemplares por mês, fazendo a alegria não só das leitoras, como também dos jornaleiros.
Exemplar que deu origem á série Sabrina
Sabrina foi a grande pioneira. Foi esta série, a primeira à ser lançada em 1977, mais de uma década e meia após o encerramento das atividades da Companhia Editora Nacional com as suas coleções azul, rosa e verde.
Sabrina revitalizaria o romance de banca em nosso País, que já era considerado um gênero praticamente morto e enterrado. Os primeiros livros fizeram tanto sucesso que no ano seguinte, 1978, a Nova Cultural colocaria no mercado a série “Julia”; e em 1979, a série “Bianca”. Dessa maneira, os donos da Nova Cultural estavam praticamente copiando uma fórmula que havia dado certo em 1935 com a Editora Nacional, ou seja, lançar uma série de livros com três selos diferentes. Assim, “Sabrina” substituiria o selo verde; “Julia”, o rosa e “Bianca”, o azul.
As mulheres mais... digamos.... recatadas, eram fãs de “Bianca” que abordavam os relacionamentos amorosos dos casais de protagonistas de uma forma mais clássica, mais poética. Os relacionamentos calientes, do tipo ‘corpo a corpo colocado no meu com gritos, sussurros e gemidos antes do vamu vê’ não tinha espaço na série.
As moças mais moderninhas e impetuosas que gostavam de encarar desafios, além de serem mais liberais em seus relacionamentos amorosos atacavam de Júlia.
Quanto as meninas que adoravam devorar aquelas histórias repletas de conflitos familiares e amorosos, recheados de lágrimas de sangue e final feliz; semelhantes aos famosos dramalhões mexicanos, iam de “Sabrina”.
A Nova Cultural continuou distribuindo “Sabrina”, “Julia” e “Bianca” nas bancas até 2011. Depois disso passou a vender os livros da série apenas no site da editora.
Vamos agora com algumas características inconfundíveis dos enredos desses três selos:
01 – Casal de protagonistas sempre bonitos
O casal de protagonistas é sempre bonito. Com certeza, você nunca viu uma mulher ou um homem com uma beleza comum. Eles eram lindos!! A mulher loira de olhos azuis ou então morena com cabelos negros, compridos e volumosos. Ele, um verdadeiro príncipe.
02 – Autoras desconhecidos
A autora da tramas era o menos importava no esquema. Quer uma prova? Então lá vai. Será que você, que há anos, foi leitora assídua das “Sabrinas”, “Julias’ e “Biancas” se recorda de nomes como Anne Hampson, Sara Craven, Margery Hilton, Violet Winspear e também de... bem, melhor parar por aqui. Se você disser que conhece uma dessas escritoras; com certeza estará mentindo. Quando uma escritora era convidada a escrever um enredo para qualquer um dos três selos da Nova Cultural, ela tinha de seguir uma estrutura narrativa única e que pouco ou quase nada mudava. Uma verdadeira cartilha. Ah! Eram contratados apenas escritoras desconhecidas da grande massa de leitor. Muitas delas sem nenhuma bibliografia na Net.
03 – Simplicidade e finais felizes
Enredos simples e com finais felizes. Por acaso, você já leu alguma história de Sabrina, Júlia ou Bianca onde a “mocinha” ou o “mocinho” morre no final? Ou então onde eles acabem separados? Com certeza não conhece porque... simplesmente não existe! Quem é mau morre ou sofre no final... e quem é “bonzinho” se dá bem. Essa é a tônica!
04 – Exclusivo para as mulheres
As histórias eram direcionadas exclusivamente ao público feminino. Naquela época de ouro era muito difícil, praticamente impossível, ver qualquer marmanjo lendo “Sabrina”, “Julia” ou “Bianca”. Se bem que há muitos e muitos anos eu cheguei a ganhar de uma ouvinte um livro da série Sabrina com a seguinte dedicatória: “Como você gosta de ler, espero que aprecie...” Cara! Até hoje não sei se essa fã fez isso consciente, inconsciente ou se simplesmente estava afim de zuar (rsss).
05 – Cenas de amor exageradas
Quando os dois protagonistas desse tipo de romance se encontravam após tantas agruras ou então no meio da narrativa, quando as adversidades e intriga dos vilões davam “um tempo”, caramba!! Sobrava beijos, abraços, juras de amor, lágrimas e isso e mais aquilo. As autoras caprichavam! E se a série de livros fosse do selo Júlia... ai, ai, ai... então a coisa pegava. Eram amassos e mais amassos, além daqueles beijos ‘estupidamente calientes’. (rs)
Pessoal, para finalizar esse post, deixo no ar uma dúvida que não consegui esclarecer em minhas pesquisas e fuçadas nas redes sociais: “o motivo dessas séries de livros se chamarem Sabrina, Julia e Bianca”. O que teria levado a Nova Cultural a escolher esses três nomes femininos para batizar as séries. Se alguém souber, gostaria que postassem os comentários aqui.
Ah! Outra curiosidade mais ‘chegada’  para o lado da fofoca. Sabiam que muitas mães que eram fãs de carteirinha de “Sabrina”, “Julia” e “Bianca” chegaram ao ponto de batizar as suas filhas com esses nomes numa forma de homenagear a série?! Por isso, se você se chama Sabrina, não custa nada perguntar para a sua mãe a origem de seu nome.
Abraços e até daqui a pouco!

O que seria de nós, leitores inveterados, se não fossem os sebos

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Escrever o quê quando se está sentado numa cadeira tendo como companheiras uma mesinha e uma cama de hospital? Sem se esquecer do grande e velho Touro. Esse personagem real que faz parte de minha vida desde o primeiro ar que expeli dos pulmões na forma de um choro sofrido há tantos e tantos anos atrás.
Cara! Prá você que sempre acompanha esse blog e me dá o prazer de sua visita há aproximadamente dois anos, vou confessar uma coisa. Tá difícil... O ‘Tourão’ tá com um problema meio complicado no abdômen e que certamente necessitará de uma intervenção cirúrgica. E, já viu né, pelos seus mais de 80 anos, quase noventa bem vividos, uma intervenção, às vezes , nem tão complicada, acaba se tornando complicada.
Bem, mas o caso é que estou aguardando a visita do médico para fazer um relatório dos exames e cá entre nós, estou muito preocupado. Como o ‘seo dotozinho’ – ele é muito jovem - só vai dar os ares da sua graça daqui há duas horas, resolvi abrir o meu laptop e bater um papo com vocês.
Sei lá; pode ser efeito da solidão, já que estou numa outra cidade, longe da minha; pode ser preocupação, já que estou contando nos dedos os minutos para a vinda do médico; pode ser angústia; mas o que acho, de verdade, é que simplesmente o instinto de escrever sobre um assunto que eu amo, acabou ‘falando’ mais alto. Então, vamos à palavrinha mágica que como num conto de fadas consegue expulsar da minha aura, do meu espírito, qualquer carma ou fluído negativo. Essa palavrinha se chama: L-E-I-T-U-R-A!!
Hoje, quando recebi a informação de que o velho Touro iria ser internado para realizar essa bateria de exames, antes da cirurgia, só tive tempo de passar a mão em algumas roupas, colocar numa sacola e Zuummm!!! Escapulir porta afora, entrar no carro e pneus para quem te quero! (rs). Mas apesar de toda essa correria desvairada, ainda tive tempo de pegar um livro da minha estante e colocar na manjada sacolinha de roupas. A palavra certa é “pegar” mesmo, já que não tive tempo para escolher.
Quando cheguei no hospital e abri a sacola para começar a leitura, adivinha o estado da obra.Paupérrima!! Velhinha, velhinha. Mas como diz o ditado popular: “O que vale é o que está dentro da casca”. E posso garantir que o enredo desse livro é fantástico.
Agora que me encontro sentado ao lado da cama do Tourão, redigindo essas linhas - após ter lido mais um capítulo exuberando desse “velhinho calhamaço - paro pra pensar o quer seria de nossas vidas de leitores inveterados se não existissem os sebos!  Imagine aquele livro que você sempre sonhou ler, mas a edição já está esgotada há “milênios”, como esse que peguei da minha estante. Rapaz! Não dá aquele desespero saber que não será lançada uma nova edição e que você ficará privado por toda a eternidade de ler, talvez, a história dos seus sonhos?!
Fico aqui, nesse quarto de hospital à meia luz e com um cheiro visceral de remédios, pensando se lá pelo século XVI - acho que foi nesse período que surgiram os primeiros sebos,  me desculpem a incerteza, mas é que estou sem internet por aqui, nem modem apanhei – um ou alguns mascates europeus não tivessem tido a idéia de comercializar, de porta em porta,  papiros e outros documentos raros. Mas aqui, ao lado da cama do Tourão, me bateu uma dúvida cruel e profunda, daquelas que coçam as raízes dos neurônios: “Qual foi o cara que teve peito e coragem para começar a comercializar livros velhos no Brasil, concorrendo com as já famosas e estruturadas livrarias?”. Mêo! Nós leitores inveterados, nós ratos de bibliotecas, nós devoradores de livros, nós sei lá o que mais, devemos muito à esse sujeito. Afinal de contas, se não fosse ele, talvez os sebos não teriam “vingado” por aqui. Pôrra! Quem foi esse sujeito ou esse grupo de sujeitos!! Me desculpe o palavrão; é que às vezes me empolgo além da conta. Mas quem seria esse cara, caramba!!
Bem, como a curiosidade foi crescendo, decidi procurar o postinho de enfermagem prá ver se algum “enfermeiro sangue bom” concordaria em me liberar a senha do sinal de internet por alguns poucos minutos para que eu pudesse fazer uma rápida pesquisa. “Não posso”. A enfermeira – uma senhora com cara de vovó matrona – foi lacônica em sua resposta. Tentei novamente; dessa vez ela foi mais simpática, mas a negativa continuou valendo. Então, desci até a recepção e fiz o mesmo pedido para um ‘carinha’ que estava com um notebok matando o tempo na Net. Acho que como já era de madrugada e não havia mais nada pra fazer naquele horário, ele decidiu ‘embromar’ no Face. Passei óleo de peroba na cara e fui com tudo: “Tô com meu pai internado e precisaria pesquisar na Net alguma coisa sobre o seu problema de saúde... sabe como é, apenas curiosidade... e além do mais, ele tem mais de 80 anos...”
Ok... Ok... antes de dizer escrever o que o cara da recepção me respondeu, confesso que fui sínico, dissimulado, descarado e etc. Por isso pode me chamar do que quiser. Tá legal, eu dou a minha face para receber os tapas; aceito numa boa, pois na hora eu me senti pior do que um inseto por ter usado o Tourão numa mentira; mas... entenda...  como eu já disse, a curiosidade estava triturando os meus neurônios. Cara! Eu não tava mais agüentando! Pois é, voltando a recepção... O sujeito do “Face no Notebok” – foi assim que aprendi a chamá-lo – deve ter ficado com pena de mim ou então simplesmente se sentiu culpado por ter sido flagrado em seu trabalho matando o tempo numa rede social e acabou concordando em liberar o sinal. Iahuuuuuuuuu!! Só faltei ir para o quarto aos pulinhos!
Chegando lá, entrei no nosso infalível Google e comecei a minha viagem na rede para juntar subsídios sobre o assunto, ou seja, descobrir como surgiu o primeiro sebo, aqui, na terrinha.
Olha, você não imagina como foi difícil encontrar alguma coisa sobre o assunto. A maioria das informações que obtinha só falava da origem dos sebos na Europa, lá nos idos do século XVI. Mas após vasculhar e vasculhar consegui pinçar alguma coisinha.
Bem, pelo que eu vi, reza a lenda que foi um livreiro de Pernambuco, o primeiro adotar o nome sebo no Brasil. Ele teria escrito essa palavra numa tabuleta e pregado na porta de seu estabelecimento. A partir de então começou a vender e trocar livros usados. E o negócio acabou se tornando um grande sucesso comercial, o que incentivou outras pessoas a seguirem o seu exemplo. Cansei de zapear na Net prá ver se conseguia localizar a data desse fato, e parece que tudo começou no início dos anos 50.
Juro que se pudesse daria um abraço nesse livreiro ‘cabra-macho’ de Pernambuco, pois tudo começou com ele aqui no Brasil. Vejam bem, ele teve coragem suficiente para peitar as primeiras livrarias famosas que estavam começando os seus negócios no Brasil. Etchaa cabrinha da peste esse (rsss).
Apesar da maioria dos estudiosos acharem que o termo surgiu por causa dos  livros serem manuseados constantemente, o que deixava os volumes engordurados, “ensebados”; eu prefiro ficar com a teoria relacionada ao livreiro ‘cabra’ de Pernambuco.
Entonce, dos anos 50 pra cá, os sebos não pararam mais de crescer, até chegarem a nosso mundo globalizado, onde a Net é quem dita as regras.
Apesar das facilidades da rede mundial de computadores, no início de 2000 não eram muitos os sebos que se dispunham a realizar vendas on line. Dessa forma, os leitores interessados em alguma obra tinham de ir à loja física do livreiro para adquiri-la. O problema era quando não havia sebo na cidade. Isso obrigava o leitor a viajar para algum município vizinho que tivesse uma loja, na esperança de encontrar o seu ‘objeto de desejo e consumo’. Isso me faz recordar de como suei para conseguir “ O Parque dos Dinossauros” , de Michael Crichton. Comecei a torpedear  mensagens nas salas de bate-papos – era um assíduo freqüentador de chats, hoje parei de vez – na esperança de que alguma alma caridosa me indicasse um sebo, próximo à minha cidade, onde pudesse encontrar a obra. No final, acabei recebendo o livro de presente de uma amiga virtual pelo correio. Acredita?!
Depois me lembro que comecei a comprar on line várias obras na Livraria Osório, de Curitiba, considerada um dos primeiros sebos – não gosto de dizer “o primeiro”, mas no site da livraria, eles se consideram os pioneiros – a lançar um portal ultra-completo livros usados na Net, com sistema de buscas e tudo mais.
E em 2005, os sebos brasileiros dariam um salto milenar, parecido com aquela cena antológica do filme “2001 – Uma Odisséia no Espaço”, quando um bando de macacos jogava um pedaço de osso para cima e na mesma hora, a câmera dava um corte para uma nave no espaço sideral. Este salto milenar se chama: “Estante Virtual”: um portal brasileiro de comércio eletrônico que reúne o maior acervo de sebos e livreiros de todo o país.
A Estante Virtual se transformou nesses sete anos, em referência para todos os leitores do Brasil que desejam encontraram obras já esgotadas nas livrarias. Através de um eficiente sistema de busca, o portal oferece aos interessados acesso rápido e fácil a mais de 9 milhões de livros semi-novos e usados, além de raros a preços acessíveis.
Putz! Quantos livros comprei , graças a esse portal!
Galera é isso aí! Acredito que deu pra viajar um pouquinho no mundo dos sebos e matar algumas curiosidades. E graças ao meu amigo da recepção do hospital. É... o cara do “Face no Notebok”. Se não fosse ele, acredito que o final da matéria ficaria bastante vago, sem informações técnicas. E pior, a galera não iria ficar sabendo desse livreiro de Pernambuco, o tal do cabra macho que escreveu sebo numa tabuleta e pregou na porta de sua loja. Como já disse acima, prefiro acreditar nessa teoria do que em outras mais populares, mas tão chocas.
Bom... chega por hoje. Fechando o Notebok. Vamos aguardar o “dotozinho”. Ele  já avisou que hoje vai passar bem mais tarde para ver o Tourão e trazer os resultados dos exames.
Inté!

Forrest Gump – O Contador de Histórias

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Já ocorreu alguém lhe contar uma piada engraçada, mas tão engraçada que após ouvi-la, você acaba perdendo o controle sobre ela? Pêra aí, acho que me expressei mal. O que eu quis dizer é que existem situações tão engraçadas em nossas vidas – incluindo aquela piadinha infame contada por um amigo mais infame ainda – que insistem em permanecer na nossa memória. Pior do que isso; essas tais recordações se afloram quando menos esperamos e nos momentos mais impróprios. Por exemplo, você está expondo um tema seríssimo, como convidado especial, numa mesa redonda  e então, de repente, “bomba” em sua mente a cena daquele tombo engraçado de um amigo ou então a piada ultra-infame que lhe contaram há algum tempo. Essas lembranças emergem em sua cabeça com uma rapidez avassaladora, com a velocidade da luz e então... e então... Ahahahahha!!! No meio de sua exposição e para o espanto de todos os presentes, você solta aquela sonora gargalhada. E pimba! Sua palestra vai para o brejo e você acaba pagando o maior mico de toda a sua vida profissional.
Pois é, você que lê esse post, agora, pode acreditar que essa cena inusitada aconteceu comigo. E tudo por culpa de um livro que tinha acabado de ler há menos de uma semana. Aliás, culpa de uma única passagem desse livro.
Não estava participando de nenhuma mesa redonda e tampouco expondo algum assunto importante; a pobre vítima aqui, estava apresentando o noticiário principal de um dos núcleos de uma rede de rádio. E justamente no momento em que comentava um homicídio brutal ocorrido na região, começou a sair do fundo das entranhas dos meus neurônios, o capítulo do... do pum’ ... É!! Do peido! Pronto! Enrolei, enrolei e acabei falando em letras claras e garrafais. Que me perdoem as mais puritanas, mas a palavra chula já saiu. Portanto, não vejo problema nenhum em repeti-la; então lá vai: o trecho do peido que o Forrest soltou durante uma partida de xadrez com o “Honesto Ivan” num salão de eventos completamente lotado. Cara! Esse momento foi gostosamente hilariante! Foi o chamado pum “rasga mortalha” ou “torpedeiro”. Daqueles que abalam todas as estruturas físicas e psíquicas. Digno daquele tradicional grito das festas de pões: “Seguraaaaa, porque o chão vai tremer!!!” Foi um desses ‘puns’ que o Forrest soltou e que acabou por nocautear o seu adversário no exato momento em que ele estava pronto para dar o xeque-mate.
Taí! Foi esta passagem do livro “Forrest Gump – O Contador de Histórias”, de Winston Groom que também acabou me nocauteando na hora mais imprópria de toda a minha vida. No momento em que eu não poderia jamais dar o mínimo sorriso. Mas sei lá, aconteceu. Nem mesmo agora, quando escrevo esse post, consigo ficar livre da imagem que a minha mente criou em cima do trecho brilhantemente escrito por Groom. Se você pudesse ver a minha cara, agora, iria rachar de rir. Meu amigo!! Eu estou digitando essas linhas e rindo como um louco! Não só por causa do pum do Forrest, mas também por muitos outros foras do Forrest registrados no livro.
E ‘aquela’ em que o presidente dos Estados Unidos pergunta ao Forrest onde ele foi ferido na Guerra do Vietnã e ele, inocentemente, abaixa as calças e a cueca vira as nádegas na cara do presidente e responde apontando o dedo para a cicatriz na “poupança”: “- Aqui oh!!”
Mas nem todos os foras são do protagonista da história. Muitas ‘distrações’ – digamos assim – são de ‘autoria’ coletiva, como por exemplo, o momento em que toda a China pára para ver o líder comunista e revolucionário, Mao Tsé-Tung – já velho, com mais de 80 anos e com uma pança de dar medo – fazer uma aparição pública bem diferente. Ele iria entrar num rio e nadar publicamente. O dirigente chinês entrou na água e todo mundo começou a bater fotos e fazer festa. Bem, agora seguem as palavras de Forrest que presenciou o fato: “Ele tava na metade da travessia do rio quando parou e ergueu a mão, acenando pra gente. Todos mundo acenou de volta. Um minuto depois, ele acenou de novo e todos acenaram de volta. Pouco tempo depois o dirigente Mao acenou mais uma vez e todos responderam ao aceno com um sorriso bem largo e feliz”...
Gente, tudo seria normal se na realidade o velho dirigente chinês não estivesse se afogando!!!! Ele não estava acenando, mas pedindo pelo amor de Deus que alguém lhe ajudasse a sair da água juntamente com a sua pança!! E Forrest fez isso. Ele mergulhou de maneira corajosa no rio e lá foi o nosso herói. Herói?. Bem, você não imagina o fóra homérico que Forrest cometeu ao mergulhar naquele rio!!! Resultado: mais gargalhadas para os leitores.
É por essa e muitas outras passagens que não considero o livro de Groom, uma obra dramática. Aliás, um dos motivos que me fez procurar de maneira desesperada essa obra, foi por imaginá-la ser bem dramática. Sei lá, estava a fim de ver o mundo pela ótica de uma pessoa especial como Forrest. Então, quando começo a ler, pronto... chegam as risadas. Parei e disse: -“Pera aí; cadê o drama??!! Você quer mesmo saber? Pois bem, o drama estava só no final do livro. No finalzinho mesmo; quando Forrest ... Bem, deixa pra lá, seria sacanagem de minha parte dar pistas desse final que realmente emociona o leitor. Mas de resto, risadas, gargalhadas e mais gargalhadas.
Talvez por essa quebra de expectativa não tenha gostado muito do livro, mesmo porque estava à procura, naquele momento de uma história que se encaixasse no gênero drama. Mas, com certeza, se você estiver a fim de um enredo leve, para dar uma desestressada irá adorar “Forrest Gump – O Contador de Histórias”. E olha que já adianto que o Forrest do livro é bem diferente do Forrest do cinema. O personagem das páginas é mais maroto, mais ácido do que o Forrest “inocentão” das telas.
E não se preocupe se você já assistiu ao filme. O enredo do livro fica a quilômetros de distância da produção cinematográfica. Muito diferente.
Enfim; fica a dica de leitura para aqueles que quiserem esfriar a cabeça,  lendo algo leve e divertido, com uma ‘pontona’ de drama somente nas últimas páginas.
É isso aí pessoal!

“O Homem Que Não Queria Ser Papa”: uma obra séria ou oportunista?

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O livro de Andreas Englisch caiu como uma bomba na net. Qualquer blog ou site ou ainda qualquer tipo de rede social não traz outro assunto a não ser a obra “O Homem Que Não Queria Ser Papa”. E não poderia ser diferente, já que o livro do jornalista que trabalha como correspondente alemão do Vaticano promete revelações surpreendentes sobre os motivos que levaram o cardeal – também alemão – Joseph Ratzinger a deixar o papado.
Tão logo tomei conhecimento do lançamento de “O Homem Que Não Queria Ser Papa” escrevi algumas poucas linhas no Facebook do blog, deixando evidente o meu receio. E posso confessar prá vocês que é um baita receio! Cara, fico pensando com os meu botões: como esse jornalista conseguiu escrever um assunto tão complexo num recorde?! É muito estranho. Aliás, chega a ser inacreditável! Passaram-se, apenas, poucos dias da renuncia de Ratzinger e pronto! Lá estava um livro exposto nas principais livrarias de todo o mundo falando sobre o tema.
Sei não... Talvez por isso, fico com os dois pés bem para atrás. A impressão que tenho é que se trata de uma obra oportunista. Daquelas que são lançadas - após a ocorrência de um fato polarizador de atenções em todo o mundo - unicamente com o intuito do malfadado autor colocar alguns milhões no bolso. “facinhu”, facinhu”.
Já cai em muitas dessas armadilhas e juro que me senti o sujeito mais cretino do mundo. Pensei comigo depois de ter caído na arapuca: - “ Mêo! Como você pôde ser tão tonto!!” Nessas obras infelizes que tive o desprazer de ler – quer dizer, ler pela metade, já que não consegui terminar – ficou provada a má intenção do escritor, já que as obras foram escritas de afogadilho para aproveitar aquele momento em que o fato estava bombando. Então, nada de pesquisas, nada de seriedade, nada de honestidade, nada de nada e mais nada.
Só faltei dar cabeçadas na parede após cair no conto do vigário e comprar a bibliografia do Michael Jackson escrita e produzida por seu pai. Tudo o que está no livro foi tratado de maneira superficial, sem muitos detalhes. Os fatos revelados na obra, já haviam sido explorados à exaustão pela imprensa.
Mas como dizia minha saudosa avó: -“ É fio, burro véio não aprende andar”. E fazendo jus a essa pérola da Dona Francisca, lá vai o burro véio de novo. Há alguns anos, após várias redes de TV terem explorado a notícia de que um grupo de arqueólogos teria, supostamente, descoberto o local onde a arca da aliança, que continha os 10 mandamentos, teria sido enterrada; no impulso comprei o livro de Laurence Gardner sobre o assunto. A obra chamada “Os Segredos Perdidos da Arca Sagrada” foi o pior pesadelo de minha vida. Gastei uma fortuna, na época, para adquiri-lo e a linguagem rebuscada, complicada, misturando religião com física, esoterismo, cabala e o escambau a quatro me tirou do sério. Hoje, faço questão de guardar esse livro em minha estante para lembrar da minha inocência ou burrice em ter comprado alguns calhamaços ruins sem pesquisar.
Portanto, acho que deu pra entender todo o meu receio com relação ao livro de Englisch. Por mais otimista que eu seja, não dá para acreditar que o sujeito teve tempo hábil para realizar uma pesquisa séria e apurada sobre os motivos que levou o cardeal Ratzinger a abandonar o trono de Pedro. Me desculpem, mas definitivamente não dá.
Acredito que ao contrário do que penso, muitos leitores já mergulharam de cabeça nas informações chamativas sobre o livro e adquiriram-no  sem pestanejar.  E cá entre nós; a intensidade do fato somado ao eficiente trabalho de divulgação promovido pela Editora Universo dos Livros, se transformam numa verdadeira armadilha para que as vítimas façam aquela compra por impulso... sem pensar.
O autor disse durante entrevistas de divulgação que promete apresentar com exclusividade em sua obra todas as polêmicas vividas nos sete anos em que Ratzinger foi papa. Entre as polêmicas que ele garante ter explorado estão as especulações sobre uma possível relação entre o papa e o exército de Hitler, durante a Segunda Guerra Mundial; crimes de lavagem de dinheiro; além de supostas ocultações em casos de pedofilia.
Englisch diz em seu livro que Ratzinger, mesmo antes de ser nomeado pontífice em 2005, já expressava sua aversão em se tornar a figura governamental mais conhecida e importante dentro da maior comunidade religiosa do planeta. Segundo o autor, o cardeal alemão não queria se expor a grandes multidões e, muito menos, enfrentar os conflitos internos da Igreja Católica. Seu objetivo era continuar com os trabalhos de teologia num mundo particular.
“O Homem Que não Queria ser Papa” revela que entre os assuntos polêmicos da gestão de Ratzinger estão os graves casos de pedofilia e as supostas tentativas de ocultações criminosas realizadas pela Igreja Católica. Em um desses crimes, o nome de Ratzinger teria sido citado como um dos responsáveis por esconder o sacrilégio de um padre, quando ainda era arcebispo de Munique na década de 1980.
Caramba! Na apresentação de sua obra, o autor só torpedeia o papa. É soco, chute e rasteira pra todos os lados. Bem, não vamos ser inocentes ao âmago para acreditarmos que o Vaticano é o Éden e o papa um ser humano perfeito que nunca erra, livre de ambições e pecados. Muitas intrigas, com certeza, ocorrem nos bastidores do Vaticano e o Papa também cometeu os seus erros, mas pêra lá! O sumo-pontífice da Igreja Católica também teve os seus acertos, as suas conquistas; mas Englisch oculta tudo isso na apresentação de seu livro. E como não bastasse, fecha com chave de ouro lembrando que o leitor viverá através das páginas da obra, as intrigas explosivas, os encontros secretos, os casos de mortes e muitos conflitos internos, transportando-os para um universo digno de romance de suspense.
Sei lá, esse argumento final do autor ficou mais parecido com o anuncio de “O Código da Vinci” do que uma biografia sobre um ex-papa.


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